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[1] “1. Esmirna, uma cidade soberba. A cidade
de Esmirna, apesar de inferior a Éfeso e de não possuir os atrativos de
Laodiceia, ufanava-se de ser a mais importante da região. Afinal, tinha lá as
suas vantagens. Localizada na região sudoeste da Ásia Menor, era também afamada
por seu porto e pela mirra que produzia. Utilizada na conservação de cadáveres,
a essência era obtida espremendo-se a madeira da commiphora myrrha. Não é uma
figura perfeita para uma igreja confessante e mártir?”
[1] “2. A igreja em Esmirna. Informa Lucas que,
durante a estadia de Paulo em Éfeso, toda a Ásia Menor foi alcançada pelo
Evangelho: “E durou isto por espaço de dois anos, de tal maneira que todos os
que habitavam na Ásia ouviram a palavra
do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos” (At 19.10). Infere-se, pois, tenha
sido a igreja em Esmirna estabelecida nesse período. Conquanto plantada numa
cidade opulenta, ela era pobre, mas ricamente florescia em Deus (Ap 2.9).
Um
dos mais notáveis bispos de Esmirna foi Policarpo (69-155 d.C). Diante do
carrasco romano, não negou a fé em Cristo.”
O dia estava quente. As autoridades de Esmirna procuravam Policarpo, o respeitado bispo da cidade. Elas já haviam levado outros cristãos à morte na arena. Agora, uma multidão exigia a morte do líder.
Policarpo saíra da cidade e se escondera na propriedade de alguns amigos, no interior. Quando os soldados entraram, ele fugiu para outra propriedade. Embora o idoso bispo não tivesse medo da morte e quisesse permanecer na cidade, seus amigos insistiram em que se escondesse, talvez com temor de que sua morte pudesse desmoralizar a igreja. Se esse era o caso, estavam completamente equivocados.
Quando os soldados alcançaram a primeira fazenda, torturaram um menino escravo para que revelasse o paradeiro de Policarpo. Assim, apressaram-se, bem armados, para prender o bispo. Embora tivesse tempo para escapar, Policarpo se recusou a agir assim. “Que a vontade de Deus seja feita”, decidiu. Em vez de fugir, deu as boas-vindas aos seus captores, ofereceu-lhes comida e pediu permissão para passar um momento sozinho em oração. Policarpo orou durante duas horas.
Alguns dos que ali estavam com a finalidade de prendê-lo pareciam arrependidos por prender um homem tão simpático. No caminho de volta a Esmirna, o chefe da guarda tentou argumentar com Policarpo: “Que problema há em dizer ‘César é senhor’ e acender incenso?”. Policarpo calmamente disse que não faria isso.
As autoridades romanas desenvolveram a idéia de que o espírito (ou o “gênio”) do imperador (César) era divino. A maioria dos romanos, por causa de seu panteão, não tinha problema em prestar culto ao imperador, pois entendia a situação como questão de lealdade nacional. Porém, os cristãos sabiam que isso era idolatria.
Pelo fato de os cristãos se recusarem a adorar o imperador ou os outros deuses de Roma e adorar Cristo de maneira silenciosa e secreta em seus lares, a maioria das pessoas achava que eles não tinham fé. “Fora com os ateus!”, gritavam os habitantes de Esmirna, enquanto buscavam os cristãos para prendê-los. Como sabiam apenas que os cristãos não participavam dos muitos festivais pagãos e não ofereciam os sacrifícios comuns, a multidão atacava o grupo considerado ímpio e sem pátria.
Então, Policarpo entrou em uma arena cheia de pessoas enfurecidas. O procónsul romano parecia respeitar a idade do bispo. Como Pilatos, queria evitar uma cena horrível, se fosse possível. Se Policarpo apenas oferecesse um sacrifício, todos poderiam ir para casa.
— Respeito sua idade, velho homem — implorou o procónsul.
— Faça o juramento e eu o libertarei. Amaldiçoe Cristo!
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[2] "Policarpo, nascido em uma família cristã da alta
burguesia no ano 69, em Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre
sua vida nos foram transmitidos pelo seu biógrafo e discípulo predileto,
Irineu, venerado como o “Apóstolo da França” e sucessor de Timóteo em Lion.
Policarpo foi discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer
outros apóstolos que conviveram com o Mestre. Ele se tornou um exemplo íntegro
de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos
depois, Policarpo foi escolhido e consagrado para ser o bispo
de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio apóstolo João, o Evangelista.
Foi amigo de fé e pessoal de Inácio Antioquia, que
esteve em sua casa durante seu trajeto para o martírio romano em 107. Este
escreveu cartas para Policarpo e para a Igreja de Esmirna, antes de morrer,
enaltecendo as qualidades do zeloso bispo.
Ao contrário de Inácio, Policarpo não
estava interessado em administração eclesiástica, mas em fortalecer a fé do seu
rebanho. Ele escreveu várias cartas, porém a única que se preservou até hoje
foi a endereçada aos filipenses no ano 110. Nela, Policarpo exaltou a fé em
Cristo, a ser confirmada no trabalho diário e na vida dos cristãos. Também
citou a Carta de Paulo aos filipenses, o Evangelho, e repetiu as muitas
informações que recebera dos apóstolos, especialmente de João.
Durante a perseguição de Marco Aurélio,
Policarpo teve uma visão do martírio que o esperava, três dias antes de ser
preso. Avisou aos amigos que seria morto pelo fogo. Estava em oração quando foi
preso e levado ao tribunal. Diante da insistência do pro cônsul Estácio
Quadrado para que renegasse a Cristo, Policarpo disse: “Eu tenho servido Cristo
por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu
Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão”! Foi condenado e ele mesmo subiu na
fogueira e testemunhou para o povo: “Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o
vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos”. Mas a profecia de
Policarpo não se cumpriu: contam os escritos que, mesmo com a fogueira
queimando sob ele e à sua volta, o fogo não o atingiu.
O
martírio de Policarpo
O dia estava quente. As autoridades de Esmirna procuravam Policarpo, o respeitado bispo da cidade. Elas já haviam levado outros cristãos à morte na arena. Agora, uma multidão exigia a morte do líder.
Policarpo saíra da cidade e se escondera na propriedade de alguns amigos, no interior. Quando os soldados entraram, ele fugiu para outra propriedade. Embora o idoso bispo não tivesse medo da morte e quisesse permanecer na cidade, seus amigos insistiram em que se escondesse, talvez com temor de que sua morte pudesse desmoralizar a igreja. Se esse era o caso, estavam completamente equivocados.
Quando os soldados alcançaram a primeira fazenda, torturaram um menino escravo para que revelasse o paradeiro de Policarpo. Assim, apressaram-se, bem armados, para prender o bispo. Embora tivesse tempo para escapar, Policarpo se recusou a agir assim. “Que a vontade de Deus seja feita”, decidiu. Em vez de fugir, deu as boas-vindas aos seus captores, ofereceu-lhes comida e pediu permissão para passar um momento sozinho em oração. Policarpo orou durante duas horas.
Alguns dos que ali estavam com a finalidade de prendê-lo pareciam arrependidos por prender um homem tão simpático. No caminho de volta a Esmirna, o chefe da guarda tentou argumentar com Policarpo: “Que problema há em dizer ‘César é senhor’ e acender incenso?”. Policarpo calmamente disse que não faria isso.
As autoridades romanas desenvolveram a idéia de que o espírito (ou o “gênio”) do imperador (César) era divino. A maioria dos romanos, por causa de seu panteão, não tinha problema em prestar culto ao imperador, pois entendia a situação como questão de lealdade nacional. Porém, os cristãos sabiam que isso era idolatria.
Pelo fato de os cristãos se recusarem a adorar o imperador ou os outros deuses de Roma e adorar Cristo de maneira silenciosa e secreta em seus lares, a maioria das pessoas achava que eles não tinham fé. “Fora com os ateus!”, gritavam os habitantes de Esmirna, enquanto buscavam os cristãos para prendê-los. Como sabiam apenas que os cristãos não participavam dos muitos festivais pagãos e não ofereciam os sacrifícios comuns, a multidão atacava o grupo considerado ímpio e sem pátria.
Então, Policarpo entrou em uma arena cheia de pessoas enfurecidas. O procónsul romano parecia respeitar a idade do bispo. Como Pilatos, queria evitar uma cena horrível, se fosse possível. Se Policarpo apenas oferecesse um sacrifício, todos poderiam ir para casa.
— Respeito sua idade, velho homem — implorou o procónsul.
— Jure pela felicidade de
César. Mude de idéia. Diga “Fora com os ateus!”. O procónsul obviamente queria
que Policarpo salvasse a vida ao separar-se daqueles “ateus”, os cristãos. Ele,
porém, simplesmente olhou para a multidão zombadora, levantou a mão na direção deles
e disse:
— Fora com os ateus! O
procónsul tentou outra vez:
— Faça o juramento e eu o libertarei. Amaldiçoe Cristo!
O bispo se manteve firme.
— Por 86 anos servi a
Cristo, e ele nunca me fez qualquer mal. Como poderia blasfemar contra meu Rei,
que me salvou?
A tradição diz que Policarpo estudou
com o apóstolo João. Se isso foi realmente verdade, ele era, provavelmente, o
último elo vivo com a igreja apostólica. Cerca de quarenta anos antes, quando
Policarpo começou seu ministério como bispo, Inácio, um dos pais da igreja,
escreveu a ele uma carta especial. Policarpo escreveu, de próprio punho, uma
carta aos filipenses. Embora não seja especialmente brilhante e original, essa
carta fala sobre as verdades que ele aprendeu com seus mestres. Policarpo não fazia
exegese de textos do Antigo Testamento, como os estudiosos cristãos
posteriores, mas citava os apóstolos e os outros líderes da igreja para exortar
os filipenses.
Cerca de um ano antes do martírio, Policarpo foi a Roma para acertar algumas diferenças quanto à data da Páscoa com o bispo daquela cidade. Uma história diz que, nessa cidade, ele debateu com o herege Marcião, a quem chamava “o primogênito de Satanás”. Diz-se que diversos seguidores de Marcião se converteram com sua exposição dos ensinamentos apostólicos.
Este era o papel de Policarpo: ser uma testemunha fiel.
Cerca de um ano antes do martírio, Policarpo foi a Roma para acertar algumas diferenças quanto à data da Páscoa com o bispo daquela cidade. Uma história diz que, nessa cidade, ele debateu com o herege Marcião, a quem chamava “o primogênito de Satanás”. Diz-se que diversos seguidores de Marcião se converteram com sua exposição dos ensinamentos apostólicos.
Este era o papel de Policarpo: ser uma testemunha fiel.
Líderes posteriores apresentariam
saídas criativas diante de situações em constante mutação, mas a era de
Policarpo requeria apenas fidelidade. Ele foi fiel até a morte.
Na arena, a argumentação continuava
entre o bispo e o procónsul. Em certo momento, Policarpo admoestou seu
inquisidor: “Se você [...] finge que não sabe quem sou, ouça bem: sou um
cristão. Se você quer aprender sobre o cristianismo, separe um dia e me conceda
uma audiência”. O procónsul ameaçou jogá-lo às feras. Policarpo disse: “Pois
chame-as. Se isto fosse uma mudança do mal para o bem, eu a consideraria, mas
não posso admitir uma mudança do melhor para o pior”. Ameaçado pelo fogo,
Policarpo reagiu: “Seu fogo poderá queimar por uma hora, mas depois se
extinguirá; mas o fogo do julgamento por vir é eterno”.
Por fim, anunciou-se que Policarpo
não se retrataria. O povo de Esmirna gritou: “Este é o mestre da Ásia, o pai
dos cristãos, o destruidor de nossos deuses, que ensina o povo a não sacrificar
e a não adorar!”.
O procónsul ordenou que o bispo fosse
queimado. Policarpo foi amarrado a uma estaca, e o fogo foi ateado. Contudo, de
acordo com testemunhas oculares, seu corpo não se consumia. Conforme o relato
dessas testemunhas, ele “estava lá no meio, não como carne em chamas, mas como
um pão sendo assado ou como o ouro e a prata sendo refinados em uma fornalha.
Sentimos o suave aroma, semelhante ao de incenso, ou ao de outra especiaria
preciosa”.
Quando um dos executores o
perfurou com uma lança, o sangue que jorrou apagou o fogo. Este relato foi
repassado às congregações por todo o império. A igreja valorizou esses relatos
e começou a celebrar a vida e a morte de seus mártires, chegando a coletar seus
ossos e outras relíquias. Em 23 de fevereiro, todos os anos, comemoravam o “dia
do nascimento” de Policarpo no Reino celestial. Nos 150 anos seguintes, à
medida que centenas de outros mártires caminharam fielmente para a morte,
muitos foram fortalecidos pelos relatos do testemunho fiel do bispo de Esmirna."
[1] “3. Esmirna, confessante e mártir. A igreja em Esmirna era confessional e
mártir. Professando a Cristo, demonstrava estar disposta a sustentar-lhe o
testemunho até o fim; sua fidelidade ao Senhor era inegociável (Ap 2.10). Como
está a nossa confissão nestes tempos difíceis e trabalhosos?
[1] Revista Lições Bíblicas. AS
SETE CARTAS DO APOCALIPSE, a mensagem
final de Cristo à Igreja. Lição 4 – Esmirna, a igreja confessante e mártir.
I – Esmirna, uma igreja mártir. 1. Esmirna, uma cidade soberba. 2. A igreja em
Esmirna. 3. Esmirna, confessante e mártir. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2°
Trimestre de 2012.
[2] Texto adaptado do site http://www.oarcanjo.net/site/index.php/testemunhos/sao-policarpo-de-esmirna/#.T4wNr9k2ems. Acessado em 15/04/2012
[2] Texto adaptado do site http://www.oarcanjo.net/site/index.php/testemunhos/sao-policarpo-de-esmirna/#.T4wNr9k2ems. Acessado em 15/04/2012
Amei a informação. Sou professora de escola dominical e não tinha nenhum conhecimento sobre a vida de Policarpo. Esta matéria vai me ajudar muito amanhã.
ResponderExcluirMuito obrigado pela participação aqui no site! Este espaço é dedicado a todos os integrantes da EBD, especialmente aos professores. Deus abençoe o seu ministério! Volte e participe sempre! Um grande abraço! Ismael Pereira de Oliveira
ExcluirGostaria de disser que ao ler os relatos aqui contidos me emocionei profundamente foi uma leitura que realizei , não com a mente mas com a alma. Exemplos como o de Policarpo ajudam a melhorar e questionar o evangelho que vivemos nos dias atuais. Agradeço e louvo a Deus por essa ferramenta usada por nosso Senhor para o aprendizado da palavra, que Deus continue abençoando irmãos como vocês.
ResponderExcluirPaulo Ibernon, saudações em Cristo! Obrigado pela sua participação! Deus o abençoe ricamente! Nunca se canse de buscar o conhecimento, sempre podemos aprender e crescer espiritualmente! Sinto-me satisfeito de saber que este trabalho facilitou o seu aprendizado, continue orando por nós para que possamos continuar esta Obra que pela misericórdia de Deus estamos desenvolvendo aqui. Um forte abraço!
ExcluirMeu Deus do céu. que maravilha de estudo.eu me vir lá ao ler a cerca de policarpo. obrigada meus queridos irmãos paz seja convosco amado pastor
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