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30 janeiro 2018

LIÇÃO 05 - CRISTO É SUPERIOR A ARÃO E À ORDEM LEVÍTICA / SLIDES DA LIÇÃO / REVISTA CLASSE ADULTOS







LIÇÃO 05 - CRISTO É SUPERIOR A ARÃO E À ORDEM LEVÍTICA




TEXTO ÁUREO
"Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão." (Hb 4.14)



VERDADE PRÁTICA
Como Filho de Deus e Sumo Sacerdote, Jesus intercede eficazmente por sua Igreja.






Hebreus 4.14-16; 5.1-14
Hb 4.14 - Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
15 - Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
16 - Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
Hb 5.1 - Porque todo sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados,
2 - e possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados, pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza.
3 - E, por esta causa, deve ele, tanto pelo povo como também por si mesmo, fazer oferta pelos pecados.
4 - E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão.
5 - Assim, também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei.
6 - Como também diz noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.
7 - O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.
8 - Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.
9 - E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem,
10 - chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.
11 - Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação, porquanto vos fizestes negligentes para ouvir.
12 - Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento.
13 - Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino.
14 - Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.





INTRODUÇÃO


A doutrina do sacerdócio de Jesus começa a ser exposta a partir de Hebreus 4.14-16. Nessa seção o autor apresenta Jesus como "o grande sumo sacerdote que penetrou os céus". Jesus, portanto, era um Sumo Sacerdote grandioso, misericordioso e compassivo. Na seção de Hebreus 5.1-10, o autor sacro apresenta de forma detalhada uma discussão sobre as atribuições e qualificações do sacerdócio. A intenção dele é mostrar que o sacerdócio de Jesus superou o sacerdócio arônico e a ordem levítica em grandeza e qualificação. Os sacerdotes humanos eram cobertos de fraquezas e defeitos e, por isso, pouco podiam fazer pelos homens. Todavia, Jesus, como Sumo Sacerdote, era de uma ordem superior e perfeita e, por conta disso, capaz de condoer-se e socorrer os que a Ele recorrem. Por fim, o autor finaliza censurando os crentes pela ignorância deles frente a uma doutrina de tão grande relevância.






I - UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À QUALIFICAÇÃO


1. Por representar melhor os homens diante de Deus. O escritor de Hebreus mostra que o sumo sacerdote do Antigo Pacto era escolhido dentre seus pares (Hb 5.1). Com essa exposição o autor quer chamar a atenção para o mistério da encarnação, quando Deus se humaniza para tratar com os homens. Mesmo porque, como afirma certo teólogo, "é necessário que um homem seja escolhido para representar homens ao tratar dos pecados deles contra Deus". Jesus, nosso Sumo Sacerdote, é quem nos apresentou diante de Deus. Ao contrário do sacerdócio arônico, que oferecia ofertas e sacrifícios, Jesus ofereceu sua própria vida como oferta a Deus em nosso favor (Hb 4.14-16).




2. Por compreender melhor a condição humana. Para melhor compreender a condição humana, o autor prossegue com sua exposição da função sacerdotal. O sumo sacerdote era alguém tirado de entre o povo e com a capacidade de compreender a condição humana. A palavra "compadecer-se" (Hb 5.2,3) traduz o termo grego metriopatheia, que significa escolher um meio termo a fim de se evitar os extremos. Um sacerdote que trabalhava com as exigências da Lei e, ao mesmo tempo com as fraquezas humanas, necessitava, a todo momento, evitar os extremos. Isso se tornava mais emblemático quando ele precisava fazer sacrifícios pelos pecados alheios e os seus próprios. Ele não poderia ser complacente com o pecado nem tampouco agir com extrema severidade. Na mente do autor sagrado somente Jesus, o Sumo Sacerdote perfeito, pôde cumprir esse requisito.



3. Pela posição que exerceu. Não era sumo sacerdote quem quisesse ser, mas aquele a quem o Senhor chamasse (Hb 5.4). O contexto deixa claro que a palavra "honra" tem o sentido de "cargo" ou "posição" e está relacionada ao ministério sacerdotal ao qual o Senhor delegou a alguém. Ser um ministro do altar era algo extremamente honroso, de grande importância e de muita responsabilidade. Tanto Arão como seus filhos foram escolhidos diretamente por Deus para esse ministério (Êx 28.1; Sl 105.26). Jesus, nosso Sumo Sacerdote, em tudo foi superior e mais honrado do que Arão visto pertencer a uma ordem sacerdotal superior e haver sido enviado do céu para essa missão.



SÍNTESE DO TÓPICO I

O sacerdócio de Cristo é mais qualificado do que o de Arão e o da ordem levítica porque representa melhor o ser humano diante de Deus, pois compreende a condição humana, e também por pertencer ao "sacerdócio do céu".






II - UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO AO SERVIÇO


1. Pela realeza e o propósito pelo qual viveu. Em sua exposição sobre o sacerdócio de Cristo, o autor combina o Salmo 2.7 com o 110.4. Essas citações servem para o autor sacro argumentar a favor da filiação divina e da realeza do sacerdócio de Jesus. Respeitados especialistas em Antigo Testamento ressaltam que o tipo de "messias" que os judeus da época de Jesus esperavam era de natureza político-religiosa. Entretanto, os textos dos Salmos mostram que Jesus Cristo não era um messias político nem meramente religioso, mas o Messias aclamado por Deus em Salmos 2.7 e reconhecido pelo Pai como Sumo Sacerdote em Salmos 110.4: o Messias que os cristãos reconhecem como o Filho de Deus, Rei e Sumo Sacerdote do Novo Pacto. Nosso Cristo, mesmo sendo Filho de Deus, não glorificou a si mesmo nem tampouco buscou honra para si, mas exerceu o sacerdócio por meio da vontade do Pai (Fp 2.5-7).




2. Pela vida santa que possuía. A primeira parte do versículo sete do capítulo cinco de Hebreus é usada pelo autor sacro para se referir à vida piedosa de Jesus. Intercessão, compaixão, oração e súplicas são qualidades presentes em um verdadeiro sacerdote. O autor destaca que os fatos por ele levantados aconteceram quando Jesus ainda exercia seu ministério terreno, revelando dessa forma o seu viver santo. Os intérpretes destacam que esses fatos estão relacionados com a oração de Jesus no Getsêmani (Mc 14.33-36), conforme narra os Evangelhos e serve para mostrar que um sacerdote assim, santo, piedoso e compassivo, é capaz de condoer-se das fraquezas humanas e dos que sofriam.




3. Pela submissão que demonstrou. A expressão "foi ouvido quanto ao que temia" (Hb 5.7, ARC) é traduzida na Almeida Revista e Atualizada (ARA) como "tendo sido ouvido por causa da sua piedade". A razão da diferença nas traduções é a palavra eulabeia usada pelo autor. Essa palavra só aparece duas vezes no Novo Testamento grego e as duas ocorrências encontram-se em Hebreus: uma aqui no capítulo 5 e outra em Hebreus 12.28. Em Hebreus 12.28, tanto a ARC como a ARA traduzem como "reverência". Não há dúvida que este último sentido deve ser mantido aqui. Eulabeia, portanto, mantém o sentido de um temor piedoso e reverente. O viver temente de Jesus o conduziu a suportar o sofrimento em favor da humanidade e, dessa forma, a completar a obra expiatória em favor de todos.




SÍNTESE DO TÓPICO II

A realeza, o propósito pelo qual viveu, a vida santa que possuía e a submissão demonstrada no seu ministério apontam para superioridade do serviço de Cristo.







III - UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À IMPORTÂNCIA TEOLÓGICA


1. Uma doutrina transcendente. A última parte da seção de Hebreus 5.11-14 forma um parêntese feito pelo autor para chamar a atenção da importância teológica que possuía essa doutrina - o sacerdócio de Jesus Cristo. A compreensão dessa doutrina era de suma importância para o viver cristão, mas a falta de crescimento por parte dos leitores tornava difícil para o autor torná-la compreendida. Era uma doutrina que transcendia em muito aqueles princípios formadores da fé cristã. Requeria maturidade, o que só teria sido possível se eles exercitassem suas mentes na meditação da Palavra.




2. Uma doutrina essencial. Se por um lado essa doutrina era por natureza transcendente, por outro, formava o âmago da fé cristã. A sua compreensão traz substância à nossa fé. Não era de admirar que os hebreus estavam indolentes, desanimados e fracos. Não possuíam uma fé substancial (Hb 5.13,14). Quando não se tem maturidade suficiente na vida cristã fica difícil e, às vezes, impossível de se fazer escolhas acertadas.




SÍNTESE DO TÓPICO III
A doutrina da superioridade sacerdotal de Cristo é transcendental aos princípios formadores da fé cristã e essencial à nossa fé.





CONCLUSÃO


O final do capítulo quatro de Hebreus e todo o capítulo cinco trazem aspectos relevantes sobre o sistema sacerdotal nos dias bíblicos. Vimos que o autor apresentou, primeiramente, as qualificações que eram exigidas para um sacerdote e depois as contrastou com o Sumo Sacerdote perfeito, Jesus. O Filho de Deus viveu toda a nossa condição humana e, como sacerdote perfeito, está habilitado para interceder por nós. Esta é uma doutrina que todos devemos conhecer bem.













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Referências
Revista Lições Bíblicas. A SUPREMACIA DE CRISTO, Fé, esperança e ânimo na Carta aos Hebreus. Lição 05 – Cristo é superior a Arão e à Ordem Levítica. I – Um sacerdócio superior quanto à qualificação. 1. Por representar melhor os homens diante de Deus. 2. Por compreender melhor a condição humana. 3. Pela posição que exerceu. II – Um sacerdócio superior quanto ao serviço. 1. Pela realeza e o propósito pelo qual viveu. 2. Pela vida santa que possuía. 3. Pela submissão que demonstrou. III – Um sacerdócio superior quanto à importância teológica. 1. Uma doutrina transcendente. 2. Uma doutrina essencial. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de 2018.


Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.










LIÇÃO 05 - QUEM É JESUS CRISTO? SUBSÍDIOS / REVISTA CLASSE JUVENIS









Aula ministrada pelo pastor Agnaldo Betti












Aula ministrada pelo Ev. Juninho Espírito Santo













LIÇÃO 05 - OS PRIMEIROS DISCÍPULOS / SUBSÍDIOS / REVISTA CLASSE JOVENS








Resumo da Apresentado pelo Comentarista das Revistas Lições Bíblicas Jovens da CPAD, pastor Natalino das Neves









Aula ministrada pelo Pr. Edvaldo Bueno (Igreja AD ministério Belém em Paulínia/SP)











Aula ministrada pelo Pr. Moisés Câmara









Aula ministrada pelo professor Lucas Neto










Aula ministrada pelo professor Gabriel Raso









Aula ministrada pelo pastor Abimael Vieira
















LIÇÃO 05 - CRISTO É SUPERIOR A ARÃO E À ORDEM LEVÍTICA / SUBSÍDIOS / REVISTA CLASSE ADULTOS









Resumo Apresentado pelo Comentarista das Revistas Lições Bíblicas Adultos da CPAD, pastor José Gonçalves.









Aula ministrada pelo Dr. Ev. Caramuru Afonso Francisco 
 Acesse (www.portalebd.org.br)











Aula ministrada pelo professor da EBP EM FOCO













Aula ministrada pelo Evangelista Rodrigo Gomes











Aula ministrada pelo professor Fábio Segantin










Aula ministrada pelo professor Jeferson Bastista










Aula ministrada pelos professores da Assembléia de Deus em Londrina








Aula ministrada pelo professor Alberto Alves da Fonseca










Aula ministrada pelo professor Pr. Edvaldo Bueno (Igreja AD ministério Belém em Paulínia/SP)










Aula ministrada pelo professor Marcio Mainardes









Aula ministrada pelo professor Gabriel Raso










Aula ministrada pelo presbítero Mauro Lúcio











Aula ministrada pelo professor Lucas Neto











Aula ministrada pelo presbítero Janderson Nascimento











Aula ministrada pelo professor Roberto Cardoso











Aula ministrada pelo professor Sandro Moraes










Aula ministrada pelo professor da EBD Asa Norte










Aula ministrada pelo professor Rosileudo Lima















23 janeiro 2018

LIÇÃO 04 - PECADO ORIGINAL? SUBSÍDIOS / REVISTA CLASSE JUVENIS






Aula ministrada pelo Pastor Agnaldo Betti










Aula ministrada pela professora Vilma Nascimento










Aula ministrada pelo professor Ev. Juninho Espírito Santo










Aula ministrada pelo professor Denis








LIÇÃO 04 - A TENTAÇÃO DE JESUS / SUBSÍDIOS / REVISTA CLASSE JOVENS









Resumo da Apresentado pelo Comentarista das Revistas Lições Bíblicas Jovens da CPAD, pastor Natalino das Neves










Aula ministrada pelo Professor Adriel Lemos









Aula ministrada pelo Pr. Edvaldo Bueno (Igreja AD ministério Belém em Paulínia/SP)












Aula ministrada pelo Pr. Moisés Câmara











Aula ministrada pelo professor Lucas Neto










Aula ministrada pelo Pastor Fernando Tavares










Aula ministrada pelo professor Gabriel Raso













LIÇÃO 04 - JESUS É SUPERIOR A JOSUÉ - O MEIO DE ENTRAR NO REPOUSO DE DEUS / SUBSÍDIOS / REVISTA CLASSE ADULTOS









Resumo Apresentado pelo Comentarista das Revistas Lições Bíblicas Adultos da CPAD, pastor José Gonçalves.










Aula ministrada pelo Dr. Ev. Caramuru Afonso Francisco 
 Acesse (www.portalebd.org.br)










Aula ministrada pelos professores da EBP EM FOCO











Aula ministrada pelo professor Fábio Segantin









Aula ministrada pelo professor Jeferson Bastista










Aula ministrada pelos professores da Assembléia de Deus em Londrina











Aula ministrada pelo professor Alberto Alves da Fonseca











Aula ministrada pelo professor Pr. Edvaldo Bueno (Igreja AD ministério Belém em Paulínia/SP)











Aula ministrada pelo professor Marcio Mainardes










Aula ministrada pelo professor Gabriel Raso











Aula ministrada pelo pastor Raimundo Campos










Aula ministrada pelo presbítero Mauro Lúcio









Aula ministrada pelo professor Lucas Neto










Aula ministrada pelos professores da IEADPE










Aula ministrada pelo presbítero Janderson Nascimento










Aula ministrada pelo professor Roberto Cardoso









Aula ministrada pelo professor Sandro Moraes












Aula ministrada pelo professor da EBD Asa Norte










Aula ministrada pelo professor Rosileudo Lima









Aula ministrada pelo professor Agnaldo Betti

















LIÇÃO 04 - JESUS É SUPERIOR A JOSUÉ - O MEIO DE ENTRAR NO REPOUSO DE DEUS / SLIDES DA LIÇÃO / REVISTA CLASSE ADULTOS











LIÇÃO 04 - JESUS É SUPERIOR A JOSUÉ - O MEIO DE ENTRAR NO REPOUSO DE DEUS





TEXTO ÁUREO
"Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência." (Hb 4.11)



VERDADE PRÁTICA
O descanso provido por Josué foi terreno, temporário e incompleto; o descanso provido por Cristo é celestial, eterno e completo.






Hebreus 4.1-13

1 - Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás.
2 - Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes   ?aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.
3 - Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.
4 - Porque, em certo lugar, disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia.
5 - E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.
6 - Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas-novas não entraram por causa da desobediência,
7 - determina, outra vez, um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.
8 - Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia.
9 - Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.
10 - Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.
11 - Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.
12 - Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
13 - E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.






INTRODUÇÃO




A conquista de Canaã sob a liderança de Josué é retratada pelo autor da Carta aos Hebreus como um tipo da Canaã celestial. Deus havia prometido a conquista da terra a Moisés e Josué (Êx 3.8; Js 1.2,3). Mas ao longo da jornada do Êxodo muitos ficaram pelo caminho. A incredulidade e a desobediência, somadas à falta de ânimo, fizeram com que o povo não vivesse as promessas de Deus em sua plenitude. O mesmo processo estava se repetindo agora com os crentes da Nova Aliança e pelas mesmas razões. A única forma de voltar para a corrida e completar o percurso, entrando no descanso de Deus, era observando a sua Palavra.








I - JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ


1. Uma mensagem que deve ser recebida pela fé. O autor inicia sua argumentação com uma afirmação e uma declaração. Primeiramente ele afirma que as boas-novas foram pregadas a seus contemporâneos, assim como havia acontecido com os crentes dos dias de Josué (Hb 4.2). Tanto aqui como no versículo seis, o autor usa o verbo grego euangelizomai, que significa "evangelizar", "pregar as boas-novas a alguém". É a mesma raiz que dá origem à palavra "evangelho". Em segundo lugar, o autor declara que "a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram" (Hb 4.2). Muitos crentes do Antigo Pacto haviam ficado de fora da Terra Prometida porque não receberam a mensagem com fé, o que se poderia esperar então dos que receberam a mensagem em sua plenitude, mas não lhe deram crédito?




2. Uma mensagem que se fundamenta na obediência. O autor passa a mostrar a razão de alguns não terem entrado no descanso de Deus: "Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência" (Hb 4.6). A desobediência (gr. apeitheia) é a manifestação ativa da incredulidade. Essa palavra ocorre seis vezes no texto original e foi usada pelo apóstolo Paulo para se referir aos "filhos da desobediência" (Ef 2.2). O crente, quando não crê, age da mesma forma do incrédulo. O autor de Hebreus usa essa palavra novamente no versículo 11, do mesmo capítulo, quando alerta o crente a não "cair no exemplo de desobediência". A mensagem de Deus só tem proveito quando acompanhada pela obediência.



3. Uma mensagem que conduz à contrição. A mensagem de Deus para ser recebida necessita encontrar corações receptivos, abertos: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração" (Hb 4.7b). O autor usa o termo sklerynô - traduzido como "duro", "endurecido" - quatro vezes nesta carta. Esse termo deu origem a palavra portuguesa "esclerose", "esclerosado", isto é, "endurecido", "enrijecido". É a mesma palavra usada por Lucas em Atos 19.9 para dizer que os judeus se "mostraram endurecidos" e por essa razão rejeitaram a mensagem de Paulo. Aqui em Hebreus, como em outros lugares do Novo Testamento, é o homem, e não Deus, que endurece o seu próprio coração. Deus só endurece quem já está anteriormente endurecido (Rm 1.28,29). Para que a mensagem tenha efeito é preciso encontrar corações contritos.




SÍNTESE DO TÓPICO I
A mensagem de Jesus deve ser percebida pela fé, praticada com obediência e recebida em contrição pessoal.







II - JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ


1. Um descanso total. Quando contrastamos o capítulo 11.23 com o 13.1 do livro de Josué surge uma pergunta: Josué conquistou ou não Canaã? Especialistas em línguas semíticas avaliam que Josué 11.23 refere-se a uma avaliação otimista das campanhas do líder do povo de Deus. Ora, o povo peregrino ansiava por vir chegar o dia de herdar a Terra Prometida. Nesse sentido, e como era comum à época, o exército de Josué estabeleceu a supremacia militar por sobre toda Canaã assim que chegou ao território, embora não tivesse pleno controle de cada cidade e vila, conforme deixa patente Josué 13.1. Logo, os capítulos 11 e 13 não são contraditórios, mas confirmam que o descanso dado por Josué ao antigo povo de Deus foi incompleto e parcial. Por outro lado, o que o autor de Hebreus está mostrando é que o descanso provido por Jesus foi completo, total. Nada ficou para ser conquistado.




2. Um descanso real. A redação de Hebreus 4.8, diz: "Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria, depois disso, de outro dia". A conquista de Canaã era apenas um tipo da qual a Canaã celestial é o antítipo. A conquista da Terra Prometida por Josué era apenas uma sombra da qual Jesus é a realidade. Quem proveu, de fato, um descanso para o povo de Deus foi Jesus, não Josué: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28).




3. Um descanso eterno. Para o autor de Hebreus, o descanso provido por Josué não foi apenas incompleto e tipológico, ele foi também temporário: "Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus" (Hb 4.9). O descanso não é aqui! Embora desfrutemos das bênçãos do reino na era presente, todavia, o futuro aguarda a sua plenitude. A estrada é longa e ninguém pode se deixar fatigar pelo caminho. É preciso caminhar com dedicação e vigilância: "Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência" (Hb 4.11).




SÍNTESE DO TÓPICO II
O descanso que Jesus proveu para o seu povo é completo, real e eterno.








III - JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ


1. Uma palavra viva. Já vimos que o autor de Hebreus afirma que a geração do Êxodo ouviu as boas-novas da Palavra de Deus, mas não lhe deu ouvido. Novamente o povo de Deus estava diante de sua Palavra. Essa Palavra não foi anunciada por um anjo, Moisés nem tampouco por Josué, mas pelo próprio Filho de Deus - Jesus. Essa Palavra não mais se limita à letra, a Lei, porque ela é "viva" (Ez 37.3,4). Jesus afirmou que suas palavras "são espírito e vida" (Jo 6.63). Como devemos nos portar diante da Palavra Viva de Deus?




2. Uma palavra eficaz. A Palavra de Deus é viva, ela produz vida. Mas além de viva, ela é eficaz. Produz resultados: "sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre" (1 Pe 1.23). O autor mostra que essa palavra é produtiva. O termo energes, traduzido como "eficaz", é usado na Bíblia para se referir à atividade divina que produz resultados: "assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei" (Is 55.11).




3. Uma palavra penetrante. A Palavra de Deus é retratada como um instrumento vivo, eficaz e cortante, "mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4.12). A metáfora usada pelo autor é muito forte e serve para mostrar que a Palavra de Deus possui um grande poder de penetração. Ela não fica na superfície, mas vai até o centro do ser humano. Os israelitas falharam por não ouvir as palavras de Moisés e Josué, e os cristãos, por outro lado, deveriam ter mais prontidão para responder a essa Palavra.




SÍNTESE DO TÓPICO III
A orientação de Jesus foi manifesta por meio de uma Palavra viva, eficaz e penetrante.






CONCLUSÃO


A palavra chave desta lição é "descanso". Todos nós nos fatigamos na caminhada da vida. O problema, portanto, não é se cansar, mas permitir que fatores diversos interrompam a nossa jornada de fé. Com os israelitas o desânimo veio como consequência da infidelidade, incredulidade e desobediência. As mesmas coisas podem acontecer conosco se não atentarmos para a santa, viva e eficaz Palavra de Deus. Nessa jornada temos como guia não um Moisés ou um Josué, mas Jesus, o autor e consumador da nossa fé.















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Referências
Revista Lições Bíblicas. A SUPREMACIA DE CRISTO, Fé, esperança e ânimo na Carta aos Hebreus. Lição 04 – Jesus é superior a Josué – O meio de entrar no repouso de Deus. I – Jesus proveu uma mensagem superior a de Josué. 1. Uma mensagem que deve ser recebida pela fé. 2. Uma mensagem que se fundamenta na obediência. 3. Uma mensagem que conduz à contrição. II – Jesus Proveu um descanso superior ao de Josué. 1. Um descanso total. 2. Um descanso real. 3. Um descanso eterno. III – Jesus proveu uma orientação superior a de Josué. 1. Uma palavra viva. 2. Uma palavra eficaz.  3. Uma palavra penetrante. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de 2018.

Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.