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30 abril 2023

LIÇÃO 06 - PAIS ZELOSOS E FILHOS REBELDES / Slides para Datashow

 

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LIÇÃO 06 - PAIS ZELOSOS E FILHOS REBELDES







INTRODUÇÃO

A história da família de Sansão se dá num contexto de pressão social, escassez e sofrimento impostos pelos filisteus sobre os israelitas, por volta do século XI a.C. O filho de Manoá nasceu por um desígnio de Deus no tempo dos juízes, sendo o 12° e o último juiz em Israel. Apesar de ele ter nascido para cumprir um desígnio divino, na defesa de Israel, tinha um temperamento irascível e rebelde. É possível constatar isso ao longo de sua vida pessoal de acordo com a Bíblia. Na presente lição, veremos que os pais de Sansão foram zelosos em sua educação, mas seu filho tornou-se rebelde.




I – OS PAIS DE SANSÃO

1- Uma situação espiritualmente deplorável. O capítulo 13 de Juízes mostra que “os filhos de Israel tornaram a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor” (v.1). Por isso, Deus entregou Israel na mão dos filisteus por 40 anos (Jz 13.1). Era um contexto em que o povo vivia na prática do pecado, onde poucas famílias temiam a Deus e procuravam guardar seus mandamentos. Entretanto, havia um casal fiel ao Eterno, que recebeu uma visita do Anjo do Senhor.



2- A mulher agraciada. O casal era formada por um homem chamado Manoá, da tribo de Dã, e sua esposa, que era estéril (Jz 13.2). Foi para essa mulher que o Anjo do Senhor apareceu, dizendo: “Eis que, agora, és estéril e nunca tens concebido; porém conceberás e terás um filho” (Jz 13.3). Dessa forma, a mulher de Manoá surge no cenário do livro de Juízes, escolhida pelo Senhor para ser mãe do “remidor de Israel”. Sua história é semelhante à de Sara, Rebeca e Ana, que tiveram a esterilidade revertida para gerar vidas que desempenhariam uma função importante para a glória de Deus. Sob uma fé inabalável, a mulher de Manoá, devido ao favor gracioso de Deus, geraria um filho que libertaria 0 povo judeu do jugo dos filisteus.



3- Recebendo orientações divinas. O Anjo do Senhor deu orientações bem precisas a respeito da criança que iria nascer Isso porque Sansão seria um nazireu desde o ventre materno (Jz 13.5), ou seja, ele seria um homem separado e consagrado para cumprir um desígnio de Deus (Nm 6.13-21). Cabia aos seus pais ensiná-lo e orientá-lo quanto aos requisitos do nazireado. Sansão não poderia beber vinho ou qualquer outra bebida considerada forte; não poderia comer coisa considerada imunda (Jz 13.4.); não poderia ter os cabelos cortados e, finalmente, não poderia tocar em cadáver ou quaisquer outras coisas que representassem uma quebra de voto de nazireu.





II – O NASCIMENTO DE SANSÃO E SUA FORMAÇÃO

1- O nascimento e desenvolvimento de Sansão. Conforme a promessa, Sansão nasceu de uma mulher estéril. Ele cresceu debaixo da bênção do Senhor (Jz 13.24) . Tanto era assim, que o Espírito Santo o dirigia para o campo de Dã (Jz 13.25) . Não havia dúvida de que a vida de Sansão estava sob a vontade soberana de Deus. Ela foi proveniente de um grande milagre executado pelo Altíssimo na vida de sua mãe.


2- A família de Sansão. O menino Sansão, no plano terreno, estava sob a responsabilidade de seus pais. Embora o texto bíblico não traga muitos detalhes do relacionamento dos pais de Sansão, podemos inferir que Manoá e sua esposa tinham uma vida conjugal de confiança e profunda piedade:

a) a esposa de Manoá compartilhou diretamente com ele a respeito do Anjo;

b) Manoá orou insistentemente pedindo orientação de como criar a criança;

c) os dois estavam juntos e contemplaram a visão do anjo subindo em meio às chamas do altar (Jz 13.6,8,9,11,20).

Nesse aspecto, podemos perceber que o relacionamento entre esposo e esposa tem impacto direto na formação dos filhos. Certamente, Sansão cresceu em um lar cuja relação baseava-se em amor, comunhão e piedade a Deus.


II - O NASCIMENTO DE SANSÃO E SUA FORMAÇÃO

3- A formação de Sansão. Pela citação da trajetória de fé de seus pais, podemos inferir que Manoá e sua esposa criaram Sansão de acordo com as orientações recebidas pelo Anjo do Senhor. Na vida adulta, podemos ver que Sansão observava o protocolo do nazireado (Nm 6.1-7), vindo a violá-lo progressivamente mais tarde. Mas os seus pais fizeram a parte deles, educando-os segundo a orientação divina recebida. Além disso, eles cumpriam os papéis esperados de país para aquele contexto.


Infelizmente, veremos que Sansão teve fraqueza de caráter e não honrou o voto de nazireu para com o Senhor. O que mostra que há pais zelosos que ensinam seus filhos no caminho em que devem andar, mas, infelizmente, algumas vezes, os filhos escolhem o caminho oposto. Por isso, a partir de uma certa idade, a responsabilidade diante de Deus é individual (Ez 18.20; Rm 2.6). Outrossim, por exemplo, Caim e Abel tiveram a mesma formação, mas comportamentos completamente distintos (Gn 4.1-5).





III – A FRAQUEZA DE CARÁTER DE SANSÃO

1- Sansão subestimou o poder do inimigo. Sansão sabia da unção que estava sobre a sua vida para vencer seus inimigos. Certa feita, ele foi cercado por mais de mil soldados filisteus armados, mas Sansão os matou com uma queixada de jumento (Jz 15.15,16). Entre muitas proezas, ele encontrou um leão nas vinhas de Timna, o qual rasgou-o como quem rasga um cabrito porque o Espírito do Senhor veio sobre o juiz de Israel para matar esse filho de leão (Jz 14.5,6). Assim, Sansão foi acostumando-se com a vitória sobre os inimigos até que mais tarde ele seria vítima dessa subestimação (Jz 16.18-22).


Não por acaso, o apóstolo Pedro alerta a igreja a respeito das artimanhas do Diabo: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8). Infelizmente, muitos filhos subestimam as circunstâncias que rondam suas vidas e ignoram a experiência dos pais.



2- A presunção de Sansão. Visto que o Espírito do Senhor o capacitou a realizar grandes proezas que o homem comum não realizaria, Sansão não percebeu que tinha um terrível inimigo: o seu próprio ego. Este o levou a subestimar a presença de Deus em sua vida. Sua força vinha de Deus, mas ele agia como se viesse dele mesmo e, por causa disso, passou a anular a glória de Deus.


Sua atitude rebelde e presunçosa o levou a não dar o primeiro lugar para o Senhor, passando a buscar o prazer, a ociosidade e a luxúria (Jz 14.1; Jz 16.1). É muito triste quando os filhos não conseguem mais ver a benevolência do Senhor. Todavia, os pais devem continuar fiéis a Ele, sendo como faróis que encorajam os filhos rebeldes a se reconciliarem com Deus (Lc 15.11-32).




3- Manipulando o poder de Deus e brincando com o pecado. Em Juízes 16.16-18, a Bíblia descreve como Sansão tratava as coisas espirituais. Ele entrou num terreno perigoso, “brincando” com a coisa santa. Ele obteve uma ideia falsa do poder de Deus. Iludido, pensava que poderia viver de qualquer maneira, pois estava certo de que o poder divino não lhe faltaria. Geralmente quem brinca com as coisas espirituais também passa a brincar com o pecado (Jz 16.1). Ele afrontou os conselhos de seus pais para se envolver com uma mulher estrangeira (Jz 16.4).


Deixou-se dominar pelas paixões carnais e passageiras. Infelizmente, alguns filhos de nossos arraiais passam a fazer as mesmas escolhas de Sansão. Nesse caso, os pais devem fazer o que se espera que eles façam: Educar os filhos no caminho do Senhor (Pv 22.6). Entretanto, saiba que as escolhas de seus filhos serão de inteira responsabilidade deles, quer para justificá-los quer para condená-los (Ec 11.9).





CONCLUSÃO

A presente lição não teve o objetivo de explorar toda a história de Sansão, mas de enfatizar a sua chamada divina, sua formação e o desvio de caráter. Vimos que, muitas vezes, os pais são zelosos em criar seus filhos no caminho do Senhor, mas, infelizmente, quando alguns deles atingem certa idade, passam a ser rebeldes contra o Senhor e os próprios pais. Nosso propósito é que os pais continuem a ser faróis como luzeiros que revelam aos filhos rebeldes o quanto equivocados espiritualmente eles estão; orando sempre, para que eles voltem ao caminho de justiça do Deus Altíssimo.










Boa aula a todos!

Produção dos slides
Pr. Ismael Oliveira



















23 abril 2023

LIÇÃO 05 - MOTIM EM FAMÍLIA / Slides para datashow

 

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LIÇÃO 05 - MOTIM EM FAMÍLIA







INTRODUÇÃO


Nesta lição, estudaremos o motim formado por Miriã e Arão contra a liderança de Moisés. Veremos que esse motim foi em família, pois Moisés, Miriã e Arão eram irmãos. A presente lição nos exorta a respeito do cuidado com as murmurações e as contendas na família, que contribuem com a desarmonia familiar. Por isso, aprendemos que é prudente evitar as contendas familiares para que a paz e a harmonia reinem entre os santos.





I – A INFLUÊNCIA NEGATIVA DA MURMURAÇÃO


1 - Assim nasce um motim. A palavra “ motim ” refere-se aos atos explícitos de desobediência ou a uma reação negativa contra as regras e as ordens estabelecidas num grupo social. É o que vemos em Números 11 e 12. Nesses capítulos há uma descrição de murmurações que culminaram na rebelião familiar contra a liderança de Moisés. Vejamos agora três queixas que remontam à rebelião na família do legislador de Israel.





2 - A primeira queixa. Israel havia saído da região ao redor do Sinai, no qual havia relativa fertilidade para a produção de grãos e água. De repente, depois de andarem para além do Sinai e depararem -se com o inóspito deserto, os israelitas começaram a reclamar de que Moisés os havia trazido para morrerem naquele lugar, quando poderiam ter ficado no Egito. Aquela murmuração não só entristeceu a Moisés, mas a Deus, que havia libertado o povo do cativeiro egípcio. Por isso, Ele operou um juízo de fogo, destruindo um grupo de israelitas que vivia reclamando. O Senhor chamou aquele lugar de “ Taberá ” que significa “ queimar” (Nm 11.1-3).





3 - A segunda queixa (Nm 11.4-7). Após experimentar o juízo de fogo, no lugar de se humilhar diante de Deus, o povo começou a murmurar contra o “maná” que a cada manhã Deus enviava, e a lembrar com saudades dos alimentos do Egito (Nm 11.4-6). Facilmente esqueceu-se de todas as privações experimentadas com os escravos no Egito. Esse povo esqueceu-se também dos milagres operados pelo Senhor, quando abriu o Mar Vermelho, quando transformou a água amarga em água doce e outros muitos milagres. A murmuração nos faz esquecer das boas coisas vivenciadas com Deus.





4 - A terceira queixa (Nm 12.1-3). No capítulo 12, após todo um contexto de murmuração apresentado no capítulo 11, temos a rebelião de Miriã e Arão contra a liderança de Moisés. Trata-se de uma rebelião na família de Moisés, Arão e Miriã. Em primeiro lugar, Miriã e Arão não aceitavam o casamento de Moisés com uma mulher cuxita, que por não ser de nenhuma família hebreia, mas da descendência de Cam, filho de Noé, teve muita resistência de aceitação, pois esse povo era considerado vil e desprezível. Porém, essa murmuração ia mais longe. Por serem mais velhos que Moisés, Miriã e Arão queriam ter um tratamento protagonista como o de Moisés (Nm 12.2). A inveja na família é um sentimento perigoso.








II – O MOTIVO DA REBELIÃO DE MIRIÃ E ARÃO


1 - A inveja. Os dois alimentaram a ideia de que a liderança de Israel teria de ser compartilhada com eles. Miriã era uma profetisa e Arão, um sumo-sacerdote. Por isso, eles julgaram ter a mesma autoridade que Moisés, o irmão mais novo. Veja que a liderança era de Moisés, mas Miriã e Arão achavam-se no direito de liderar o povo. Ora, o papel deles era de cooperar na liderança de Moisés. Esse questionamento diz muita coisa: “ Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós?” (Nm 12.2). Uma inveja instalou-se no coração de Miriã e Arão, levando-os a um sentimento corrosivo, advindo do desejo de querer o lugar do outro. Tudo isso contra o próprio irmão. Esse mesmo sentimento é muito perigoso nos dias de hoje. Quando a inveja se instala no centro da família, as consequências podem ser trágicas.




2 - O motim familiar promove dissabores e ofensas. Embora Miriã exercesse um papel importante entre o povo como profetisa e conselheira (Êx 15.20,21), ela não poderia voltar-se contra Moisés. Embora Arão fosse um sumo-sacerdote, ele não poderia arder em ciúme contra o seu próprio irmão. Infelizmente, essa atitude de Miriã e Arão influenciou o povo contra a liderança de Moisés. Deus haveria de tratar com os dois irmãos. Devemos, portanto, lembrar de que um dos segredos para manter a família espiritualmente equilibrada é a prática do respeito mútuo entre os familiares.






III – MOISÉS: UM HOMEM MANSO E HUMILDE


1 - mais manso que havia na Terra. A Bíblia declara que Moisés era um homem humilde e manso em atitudes (Nm 12.3). Ele não revidou a atitude de seus irmãos. Sua mansidão era uma qualidade de caráter que o distinguia dentre outros homens. No Sermão do Monte, Jesus disse: “ Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra ” (Mt 5.5). Mais à frente, no mesmo sermão, nosso Senhor disse: “ Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). Essas duas atitudes, enfatizadas pelo nosso Senhor, estavam presentes na liderança de Moisés para com o povo de Deus. Na mentalidade mundana, ser manso pode significar “ fraqueza e covardia”, mas no ensinamento bíblico, implica capacidade de exercer o autocontrole, o domínio de si mesmo. Assim, a mansidão é uma das qualidades do Fruto do Espírito (Gl 5.23).

Moisés teve essa serenidade para agir com firmeza sem se deixar arrebatar pela ira. Mesmo sabendo da murmuração e da sedição de Miriã e Arão contra a sua liderança, ele não teve atitude vingativa para com seus irmãos. Pelo contrário, orou para que Deus os perdoasse. Nesse sentido, a mansidão e a pacificação são virtudes que a família cristã não pode deixar de rogar a Deus e praticar. São duas virtudes indispensáveis ao equilíbrio da família cristã.




2 - O fardo de uma liderança. No capítulo 11 de Números, após a segunda queixa do povo de Israel, Moisés desabafou com Deus a respeito do peso de sua liderança com os hebreus (Nm 11.11-15). Houve um momento em sua vida, em que o peso da liderança o deixou sem ânimo para continuar a missão de conduzir Israel à Terra Prometida. Então, recebeu a orientação direta de Deus para separar 70 anciãos dentre os príncipes de Israel (Nm 11.16). Ao escolher os 70 anciãos, O Espírito de Deus repousou sobre eles e começaram a profetizar (Nm 11.25). Esse episódio remonta o contexto da rebelião dos dois irmãos contra Moisés. Outrossim, é uma bênção quando O Espírito Santo é derramado sobre a família; no lugar do ódio, há amor; no lugar do ciúme e da inveja, há parceria e comunhão. Que o Espírito Santo opere o caráter de Cristo em nossa família!






3 - A punição de Miriã e Arão (Nm 12.4.-7). A rebelião provocada pela inveja de Miriã e de Arão contra a liderança de Moisés acendeu a ira do Senhor. Por isso, eles foram convocados, juntamente com Moisés, para fora da tenda (Nm 12.4). O Senhor desceu na coluna de nuvem uma demonstração de sua presença, e falou diretamente com os dois revoltosos, mostrando-lhes a sua soberania divina. Ele deixou claro que, com Moisés, diferentemente do que fazia com eles, falava face a face , não por figura. Por causa da gravidade do pecado de Miriã em instigar seu irmão, Arão, a compactuar com ela contra Moisés, a punição foi imediata contra ela. Miriã ficou leprosa no mesmo instante e foi separada do arraial de Israel por sete dias (Nm 12.10,15). Assim, o texto mostra que todo motim no centro da família tem consequência trágica. Por isso, devemos pedir sabedoria a Deus para agir em nossa família. É preciso evitar as falsas acusações, as palavras atravessadas, a destruição de reputação de familiares. Esse não é um comportamento de quem manifesta o Fruto do Espírito (G1 5.22-24). A vontade de Deus é que a paz e a harmonia estejam sobre a família cristã, pois é o Espírito Santo que opera o caráter de Cristo na família.






CONCLUSÃO


O motim levantado por Miriã e Arão tinha como causa a inveja da autoridade delegada por Deus a Moisés. Logo, as consequências de atitudes como essas produzem grandes prejuízos morais e espirituais na família. Por isso, o apóstolo Paulo aconselha que andemos no Espírito para que as obras da carne não dominem as nossas atitudes (Gl 5.25,26). É tempo de muita prudência.













Boa aula a todos!

Produção dos slides
Pr. Ismael Oliveira






17 abril 2023

LIÇÃO 04 - ÍDOLOS NA FAMÍLIA / Slides para Datashow

 

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LIÇÃO 04 - ÍDOLOS NA FAMÍLIA










INTRODUÇÃO



Temos, nesta lição, duas histórias distintas que relatam a convivência com a idolatria dentro de casa. No primeiro caso, temos Raquel, a mulher de Jacó, que sabia que seu marido servia ao Deus de seus pais, e que Ele era , poderoso, invisível e não precisava de ídolos de sua imagem. Entretanto, Raquel achava-se insegura quanto ao seu futuro. Sentindo-se injustiçada pelo seu pai, que não lhe deu nenhuma herança, nem a ela, nem à sua irmã Leia, resolveu furtar as pequenas estatuetas, ou ídolos de seu pai, que eram os pequenos deuses dentro da casa de Labão. O segundo caso é o de Mica, um efraimita, que viveu no tempo dos juízes em Israel e que, unindo-se aos danitas, fabricou ídolos e construiu um santuário para eles em sua casa. Nesta lição, veremos as consequências da idolatria dentro de uma casa.






I – OS ÍDOLOS ENCONTRADOS NA TENDA DE RAQUEL


1 - A fuga de Jacó e sua família para a Terra Prometida. Depois de muitos anos de trabalho para o seu sogro Labão, tendo prosperado muito, Jacó resolveu voltar à terra de seus pais (Gn 31-3,4)- Em função dos ressentimentos que existiam entre ele e seu sogro e, não vendo possibilidade de liberação para viver sua própria vida, Jacó resolveu fugir das terras de Labão, sem falar nada a ninguém. Quando foi descoberta a sua fuga, Labão e seus filhos resolveram ir atrás dele para fazê-lo voltar (Gn 31.22,23).





2 - Labão descobre o furto de seus ídolos domésticos. Labão era homem idólatra e possuía pequenos deuses no interior de sua casa para os quais ele orava e pelos quais acreditava ser ajudado. Eram, na verdade, “terafins” fabricados de madeira, pedra ou barro, cujas imagens eram veneradas e adoradas como amuletos para proteção familiar e pessoal. Quem os possuísse, também tinha o direito à herança. Quando Raquel percebeu que seu pai não lhe daria herança alguma, ela furtou os ídolos dele (Gn 31.19). Ao chegar no acampamento de Jacó, Labão indagou-lhe a respeito dos seus ídolos e não os encontrou porque Raquel os escondera na “albarda de um camelo” e se sentou sobre eles (Gn 31.34).




3 - Raquel usa a mentira para esconder o ídolo. Raquel sentou-se sobre os ídolos para que Labão não os encontrasse. Ela usou a justificativa de que estava no período menstrual para não se levantar de cima do camelo e, consequentemente, para seu pai não encontrar os ídolos ali (Gn 31-35)- Fica claro que, embora Labão acusasse Jacó de roubá-lo, foi sua filha Raquel que furtou seus ídolos e, por isso, o enganou; e Labão não encontrou os seus ídolos. Esse episódio gerou uma grande discussão entre Jacó e o seu sogro (Gn 31.36).






II – UM SANTUÁRIO DE DEUSES NA CASA DE MICA



1 - A idolatria e o caráter antiético de Mica (Jz 17.1-4). Apesar de um nome especial cujo significado é “ Quem é como o Senhor nosso Deus?”, Mica não correspondia à importância do nome que tinha porque não honrava a Deus em sua vida. Ele tinha uma família, embora o relato bíblico não cite a sua esposa; sua mãe vivia com ele e era muito rica. O povo que vivia na região montanhosa de Efraim tinha se corrompido por causa da idolatria. Havia em Israel, de modo geral, um abandono total aos mandamentos da lei de Moisés (Jz 8.27) em que o povo de Israel aderiu a um sincretismo religioso que implicava uma apostasia total. Além do abandono da lei do Senhor, as famílias começaram a adotar esse sincretismo religioso dentro de suas próprias casas, admitindo “ ídolos caseiros” para os quais faziam culto e adoravam com o objetivo de obter favores materiais. Os valores morais e éticos foram abandonados e Mica era fruto dessa corrupção moral. Por isso, não foi difícil para ele roubar a própria mãe.





2 - A abominação de Mica (Jz 17.5). Mica havia construído em sua casa um santuário para pequenos deuses, ou seja, “terafins”. A Escritura diz: “E tinha este homem, Mica, uma casa de deuses, e fez um éfode e terafins, e consagrou a um de seus filhos, para que lhe fosse por sacerdote” (v.5). Mica havia roubado a própria mãe, sem que ela soubesse. Ele levou consigo 1.100 siclos de prata, equivalente a 13 quilos do metal. Visto que sua mãe não sabia que era o seu próprio filho quem a furtara, ela lançava maldições sobre o ladrão (Jz 17.2). Temendo sofrer com a maldição da mãe, Mica foi à casa dela e confessou seu pecado e a restituiu completamente todo o dinheiro: “Porém, ele restituiu aquele dinheiro à sua mãe” (Jz 17.4). Sua mãe retirou a maldição e tomou parte do dinheiro e o deu ao ourives para que fizesse imagens de escultura para a casa de Mica.




3 - Mica tinha uma casa de deuses (Jz 17.5,6). Pelo contexto bíblico, a família de Mica era de judeus, mas, desviada da fidelidade a Deus, servia aos falsos deuses representados por pequenos ídolos, chamados “terafins”. Mica e seus familiares afirmavam estar servindo, também, ao Deus de Israel. Entretanto, naquele período histórico do tempo dos juízes, “cada um fazia o que lhe parecia certo ” (Jz 17.6). Por conta própria, e depois de ter seus “terafins” em casa, Mica resolveu, também, mandar fazer um “éfode” que era utilizado somente pelo sumo sacerdote israelita, e o entrega a seu filho, separando-o para ser sacerdote na sua casa. Depois aparece um levita que não tinha onde morar e Mica o convida a viver em sua casa e tornar-se o sacerdote da família, pelo Deus de Israel (Jz 17.9). Essa mistura de divindades falsas estava presente na casa de Mica. Todos quantos chegassem à sua casa encontrariam “ o deus” que desejassem invocar. Infelizmente, um homem da tribo de Efraim, que deveria honrar o Deus de seu povo, que o libertou do Egito, agora se encontra comprometido com ídolos de uma religião pagã.








III – A IDOLATRIA DENTRO DOS LARES


Em ambas as histórias citadas, de Raquel e a de Mica, a crença em “ ídolos domésticos” indicava a forte influência pagã em lares israelitas. A partir desses dois casos bíblicos, somos convidados a refletir a respeito da idolatria hoje.

1 - Os ídolos domésticos dos tempos atuais. O apóstolo João enfrentou em seu ministério um problema com “ídolos caseiros” de famílias cristãs que tinham dificuldades em abandoná-los. Por isso, o apóstolo aconselhou: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 Jo 5 21). Para uma pessoa não crente em Cristo, a vida cristã é irreal, já que o que se vive no mundo, vive-se pelo que se vê e sente, e não pelo que a vida cristã exige. Ora, os ídolos são temporários e representam aquilo que é falso e vazio porque são enganosos. Qualquer coisa pode se tornar um ídolo dentro de casa, como por exemplo: um emprego, um carro, um dinheiro, um filho, um pai ou uma mãe, um estilo de vida. Ora, como identificar idolatria dentro e fora de casa? Tudo aquilo que requer lealdade e honra acima de Deus se constitui idolatria. Paulo escreveu aos coríntios: “ o ídolo, nada é no mundo” (1 Co 8.4). Por isso, é um perigo endeusar pessoas, colocando-as na posição, ou acima, do próprio Deus.





2 - Identificando os ídolos modernos dentro dos lares. A proliferação da “ cultura da mídia” entrou em nossas casas e, queiramos ou não, convivemos com ela no dia a dia. A mídia, por si mesma, é neutra, pois é o meio pelo qual serve à sociedade como canal de comunicação através do rádio, da televisão, da internet, dos smartphones, da rede de computadores e de outros meios. Ela é um modo de comunicação que deve ser usado com sabedoria. Entretanto, não podemos ser manipulados por ela, que faz parte de um mundo tecnológico e intelectual no qual todos vivemos. O que não podemos é fazer o uso acrítico desses instrumentos. Precisamos levar em conta o cuidado quanto ao perigo da “concupiscência da carne, dos olhos e da soberba da vida” (1 Jo 2.16,17).





3 - Precisamos reagir contra os inimigos da família. Jesus disse em seu Sermão da Montanha: “vós sois o sal da terra e, se o sal for insípido, com que se há de salgar?” (Mt 5.13). A igreja é o sal da terra e, por isso, é a única instituição da sociedade capaz de evitar a corrupção dos nossos valores morais e espirituais. Para preservar a família, atacada pelo vírus infeccioso do sistema mundano, é preciso quebrar “ os ídolos domésticos” que roubam 0 lugar de Deus na vida familiar.







CONCLUSÃO


Precisamos investir na família, criando barreiras espirituais e morais no seio dos lares para salvar nossos filhos e prepará-los para uma vida cristã sadia, que glorifique a Deus. Por isso, os ídolos da atualidade precisam ser retirados do nosso meio para que não venham a roubar o lugar de Deus em nossas vidas.











Autor:

Pr. Ismael Oliveira
















10 abril 2023

LIÇÃO 03 - CIÚME, O MAL QUE PREJUDICA A FAMÍLIA / SLIDES PARA DATASHOW




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LIÇÃO 03 - CIÚME, O MAL QUE PREJUDICA A FAMÍLIA





INTRODUÇÃO


A história dos filhos de Jacó não só é comovente, mas dramática. José, filho amado do patriarca, foi alvo do ciúme dos seus irmãos. É verdade que Jacó tinha certa preferência por ele. Por isso, tornou-se uma pessoa de confiança do velho pai. José delatava todas as más ações de seus irmãos para o patriarca da família. Por esse motivo, eles o viam como um delator e merecedor das hostilidades deles. A lição de hoje não tem o objetivo de tratar dos aspectos gerais da história de José, mas enfatizar essa relação de conflito dentro da família de Jacó. Vejamos as consequências para uma família em que a inveja e o ciúme estão presentes.




I – A FALHA NO TRATAMENTO DOS FILHOS



1 - A preferência de Jacó. Em Gênesis 37, lemos que “Jacó amava a José mais do que a todos os seus filhos” (Gn 37.3). É possível que o patriarca , tenha percebido que havia algo especial em relação a José. Entretanto, independentemente de ser o filho da sua velhice, José era um dos muitos filhos que ele havia gerado. Naturalmente, quando são conscientes do seu papel paterno e materno dentro do lar, os pais percebem as diferenças de personalidade e de temperamento de cada um dos filhos. Por isso, é preciso muita atenção no relacionamento com eles. Na lição 2, estudamos a respeito do problema que foi gerado pela predileção de Isaque e Rebeca entre Esaú e Jacó. Aqui, na história de José, veremos que a predileção de Jacó produziu o ciúme e a inveja entre os irmãos, as consequências graves dessa prática dentro da família.




2 - O ciúme em meio à preferência. Jacó não mediu as consequências ao presentear seu filho José com “uma capa de várias cores” numa clara atitude de preferência. Isso provocou ciúmes nos demais filhos, os quais entenderam que o pai não lhes dava o devido valor. Ora, José era o décimo primeiro filho de Jacó, e quando os mais velhos se sentiram alijados do amor do pai, encheram-se de fúria. Eles viam que esse traje especial significava o favoritismo da parte do pai e, por isso, “ aborreceram-no” (v.4).


3 - A inveja não permite compreender os desígnios de Deus. Além desse presente do pai a José, também havia os sonhos de José que o colocavam sempre em superioridade em relação aos seus irmãos. O sonho dos molhos de trigo e o sonho dos corpos celestes que se inclinavam diante de José (vv.5-9), quando contado para seus irmãos, fizeram com que eles entendessem que José agia com arrogância e despeito em relação a eles e, por isso, o rejeitavam. Os sonhos tinham um caráter profético, mas seus irmãos entenderam como uma atitude presunçosa da parte de José. Não podiam enxergar o que aconteceria alguns anos depois, quando José tornou-se governador do Egito (Gn 41.41-43).




II – O CIÚME COMO CAUSA DE CONFLITOS


1 - A túnica: o símbolo do desprezo. A vestimenta tradicional do povo antigo tinha, no máximo, duas cores, feita de fios de linho grosso. A “túnica colorida” de José o colocava em posição de destaque em relação aos outros filhos (Gn 37.3). Isso corroborava o sentimento de predileção de Jacó por José. O ciúme derivado dessa má atitude do patriarca promoveu tristes consequências na família de Jacó.



2 - Ciúme: o agente do conflito familiar. Os irmãos de José sentiam -se ignorados pelo pai. Por outro lado, em razão de desfrutar do favoritismo do pai, José agiu com inexperiência, imaturidade e arrogância. Seus irmãos, com o orgulho ferido por causa da preferência paterna por José, não aceitavam sequer ouvir o filho preferido de Jacó. Por isso, encheram-se de rancor e ódio, desejando até mesmo acabar com a vida do irmão.

O ciúme é uma emoção que tem origem no egoísmo. É como uma infecção que se espalha no corpo doente. A inveja, o rancor e o ódio, geralmente, têm no ciúme o nascedouro, como o sábio Salomão declarou: “ […] o ciúme desperta o furor […]” (Pv 6.34). No Novo Testamento, o apóstolo Paulo mostra que tudo 0 que provoca contenda e dissenções tem como origem a carne (1 Co 3.3). O ciúme é uma obra da carne.


3 - A extensão do ciúme. Na presente lição, analisamos o ciúme na relação entre os irmãos, mas ele está presente em muitas outras relações. O ciúme pode trazer problemas para a vida conjugal, amizades sinceras e relacionamento profissional, etc. Geralmente, onde o ciúme está presente existe mais desprazer e desgosto do que felicidade. No ambiente onde o ciúme domina, sobram desconfiança, insegurança, controle e posse. Embora todas as pessoas tenham ciúme, pois trata-se de uma emoção humana, a linha entre o ciúme controlado e o descontrolado é muito tênue.




III – OS MALES DO CIÚME


1 - O ciúme pode causar tragédias familiares. Não são poucas as notícias de tragédias conjugais em que o ciúme é a causa. Não são poucos os casos em que pessoas prejudicam as outras por causa do ciúme. Não foi diferente no tempo de Jesus, em que a casta sacerdotal ficou enciumada e invejosa por causa da extensão do ministério terreno do nosso Salvador (Mc 15.10).


2 - O ciúme entre os santos de Deus. Se, de maneira geral, o ciúme obsessivo surge da parte de um dos cônjuges, terminando quase sempre em violência, separação e ofensas mútuas, infelizmente, entre os santos de Deus, o ciúme também pode minar as relações de pessoas que outrora eram próximas. Assim, por ciúmes, se calunia, difama e ofende o irmão em Cristo ou um colega de ministério . Que o Espírito Santo guarde os nossos corações, de modo que produzam o fruto do amor, e “ não sejamos cobiçosos de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (G15.25).


3 - Vencendo o ciúme. Em primeiro lugar é preciso alimentar a mente com as coisas de Deus (Fp 4.8). O que pensam os e o que está em nosso coração determinam as nossas ações (Pv 4.23). Em segundo lugar, é muito importante saber se a emoção do ciúme está impactando e comprometendo a qualidade de vida. Se a constatação for afirmativa, é importante procurar a ajuda pastoral que, com base na Palavra, aconselhar com sabedoria. E, finalmente, considere com muita atenção o que o apóstolo Paulo ensinou a respeito do amor: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece” (1 Co 13.4). A Palavra de Deus ainda é o melhor antídoto para tratar as emoções negativas.




CONCLUSÃO

O ardor emocional denominado “ciúme” deve ser impedido de prosseguir seu caminho de destruição moral, física e espiritual. O apóstolo Paulo aconselha-nos a que andemos dignamente e evitemos contendas e ciúmes (Rm 13.13). O único modo de deter 0 poder destrutivo do ciúme é desenvolver o “fruto do Espírito” (G1 5.22). Este desenvolve a nossa alma para a prática das virtudes cristãs e, ao mesmo tempo, enfraquece as emoções humanas provenientes dos vícios da alma.





 
BOA AULA A TODOS!!!

Pr. Ismael Oliveira