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29 outubro 2023

LIÇÃO 06 - ORANDO, CONTRIBUINDO E FAZENDO MISSÕES

 


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LIÇÃO 06 - ORANDO, CONTRIBUINDO E FAZENDO MISSÕES











INTRODUÇÃO


“Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura” (Mc 16.15; cf. Mt 28.19; At 1.8). Essa passagem bíblica e outras referências ao longo do Novo Testamento mostram que a prioridade da Igreja do Senhor Jesus Cristo é com a evangelização do mundo. Esse compromisso com o chamado à evangelização mundial exige três ações distintas: orar, contribuir e ir (exercer o chamado). Assim, estudaremos essas três ações dentro do contexto da necessidade missionária.








I- ORANDO PELA CAUSA DE MISSÕES


1- A importância da oração na obra missionária. Embora considerado um “gigante na fé”, o apóstolo Paulo não dispensava as orações das igrejas, pois possuía um profundo senso de necessidade dessa disciplina espiritual. Para o apóstolo Paulo, a oração é uma disciplina interligada à obra missionária (Ef 6.18-20). A partir disso, não podemos imaginar uma obra de missões sem pessoas comprometidas com a disciplina da oração. Nesse sentido, passamos a destacar pelo menos duas finalidades da oração na obra missionária.







2- Interceder. Devemos orar para que as portas do Evangelho sejam abertas (Cl 4.2,3). Orar para que os corações das pessoas se abram à mensagem de salvação, que os missionários tenham ousadia para testemunhar e pregar o Evangelho (Ef 6.19) a fim de que a Palavra de Deus seja propagada (2 Ts 3.1). Devemos interceder pela proteção e segurança deles diante dos perigos que enfrentam (1 Ts 3.2). Há muitos outros motivos de intercessão: para que o ministério dos missionários seja aceito pelos povos (Rm 15.31); para que eles recebem a direção de Deus e haja refrigério em suas vidas nas esferas física, emocional e espiritual (Rm 15.32).





3- Despertar a igreja local para a obra missionária. A disciplina da oração missionária aumenta o desejo de o crente fazer algo no sentido de levar a salvação para os perdidos e, até mesmo, de ser enviado ao campo missionário. Nesse aspecto, é interessante destacar que os mesmos crentes que deveriam orar por ceifeiros em Mateus 9.35-38 são os que foram enviados por Jesus para ceifa em Mateus 10. Por isso, um grande líder de missões certa vez disse: “Se mais crentes se pusessem de joelhos em oração, mais crentes se poriam em pé na evangelização”.













II- CONTRIBUINDO PARA MISSÕES


1- O sustento dos missionários. Com base nas leis do Antigo Testamento, quando Deus ordenou que os sacerdotes e levitas deveriam ser sustentados por meio das ofertas das pessoas (Lv 7.28-36; Nm 18.8-21), o apóstolo Paulo instruiu os coríntios: “assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co 9.14). O nosso Senhor ensinou acerca desse mesmo princípio no Evangelho de Mateus (Mt 10.10). Em Filipenses 4.10-20, encontramos ensinamentos importantes acerca do modo como os primeiros missionários receberam apoio financeiro. Após ter deixado a cidade de Filipos, o apóstolo Paulo foi à Tessalônica para pregar o Evangelho e os filipenses enviaram o apoio financeiro e material para o apóstolo (Fp 4.16).








2- Contribuir para missões é juntar tesouros no céu. Em Mateus 6.20, lemos: “Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam”. Esse versículo revela um contexto de quem domina o coração do ser humano: o tesouro do céu (Deus) ou o tesouro da terra (Mamom). Nesse sentido, podemos afirmar que quem financia a obra missionária está ajuntando tesouro no céu, pois sua atitude faz com que resultados extraordinários sejam reconhecidos na eternidade. Por isso, somos convidados a ser participantes na cooperação financeira do anúncio do Evangelho, como os filipenses eram no ministério do apóstolo Paulo (Fp 1.5).






3- Contribuir para missões é um privilégio. Não há privilégio maior do que saber que por meio de nossa cooperação financeira, Bíblias estão chegando a lugares que nunca ouviram falar do Evangelho, vidas estão sendo alcançadas na África, na Europa, no outro lado do mundo. Participar dessa cooperação é um privilégio espiritual. Se não podemos participar de maneira presencial, podemos fazer de maneira financeira. Assim, podemos cooperar na propagação do Evangelho até os confins do mundo (Fp 4.14-20).










III- A CHAMADA PARA IR


1- Deus quer usar cada crente. Todo cristão deve estar pronto para ir e fazer o trabalho missionário, levando as Boas-Novas de Salvação aos moradores do campo e da cidade; aos estudantes, às donas de casa, órfãos, profissionais liberais, deficientes físicos, prostitutas, homossexuais, dependentes químicos, enfim, tantos grupos que o Senhor nos proporcionar. Deus deseja usar a sua Igreja em todos os lugares: hospitais, presídios, albergues, ilhas, aldeias indígenas, vilas, cidades, campos, praças, eventos em massa, individual etc. Assim, para pregar o Evangelho, o Senhor não enviará anjos, mas usará homens e mulheres (Hb 2.16; 1 Pe 1.12). Todavia, há um preço a pagar, ou seja, a obediência à chamada missionária.







2- A chamada missionária. Nas Escrituras vemos que Deus chama pessoas para uma grande obra: o profeta Isaías foi chamado por Deus no Templo enquanto o adorava (Is 6.8,9); o profeta Jeremias recebeu sua chamada antes de seu nascimento (Jr 1.5); o profeta Jonas recebeu um chamado específico para uma cidade especifica: Nínive (Jn 1.2); o Senhor Jesus chamou seus discípulos quando a maioria deles ainda exercia uma tarefa profissional (Mt 4.18-22); O apóstolo Paulo foi chamado enquanto viajava para Damasco (At 9.19-31). Aqui, podemos perceber que não existe um único padrão de chamada missionária, mas é de suma importância reconhecer que a chamada para qualquer tipo de serviço relacionado ao Reino de Cristo vem do próprio Deus.






3- Caráter e testemunho na obra missionária. Além de ser chamado por Deus, é preciso fazer a diferença no cumprimento do “Ide” de Jesus (Mt 5.13-16). Note a expressão: “Vós sois o sal da terra” (v.13). Essa sentença nos remete ao caráter do cristão, pois carrega o sentido de trazer sabor, marcando a vida das pessoas por meio das nossas. Note também a expressão: “Vós sois a luz do mundo” (v.14). Essa sentença traz a ideia do nosso testemunho pessoal, ou seja, a luz deve brilhar em meio às trevas, no contexto em que estamos inseridos.







4- O perfil do vocacionado. Podemos dizer que há um conjunto de competências necessárias ao desempenho do chamado missionário. Dentre elas, destacamos as seguintes:
a) ser escolhido por Deus (At 9.15);
b) não ser neófitos (1 Tm 3.6);
c) cheio do Espírito Santo (At 1.8);
d) reconhecido pela Igreja (At 1.21);
e) ser aprovado nas tarefas locais; 
f) estar preparado espiritual, intelectual, psicológica e transculturalmente. Além de testados, cumpridores dos pré-requisitos acima, dependendo de Deus (2 Co 12.7) e perseverando nEle (2 Tm 4.2).









CONCLUSÃO


Nosso propósito é que, a partir desta lição, cada aluno tome uma atitude de fé e se comprometa com a obra missionária. Que se coloque à disposição para se dedicar, ao menos, em uma modalidade da obra missionária: orar, contribuir ou ir. A Igreja de Cristo tem a incumbência divina de perseverar na proclamação da mensagem de salvação a toda criatura. É tempo de salvação e Deus conta conosco para expandir o seu Reino no mundo.











Boa aula a todos!

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Pr. Ismael Oliveira








23 outubro 2023

LIÇÃO 05 - UMA PERSPECTIVA PENTECOSTAL DE MISSÕES

 

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LIÇÃO 05 - UMA PERSPECTIVA PENTECOSTAL DE MISSÕES









INTRODUÇÃO


Uma característica notável do Movimento Pentecostal, desde o seu início, na virada do século passado, tem sido a paixão por Evangelismo e Missões. Nesta lição, estudaremos algumas características que marcam o trabalho pentecostal em Missões, uma marca da obra do Espírito Santo nestes últimos dias.








I- UMA PERSPECTIVA PENTECOSTAL DE MISSÕES


1- Somos evangélicos. Historicamente, o evangélico é conhecido como alguém que enfatiza
(1) o compromisso pessoal com Jesus a partir do “novo nascimento”,
(2) a autoridade bíblica e
(3) o apelo de anunciar a Cristo aos outros.

Basicamente, esses princípios são o que os evangélicos têm em comum. Eles tornam-se num impulso evangélico com raiz histórica na tríplice ênfase da Reforma Protestante:
1) a autoridade das Escrituras,
(2) a salvação pela fé e
(3) o sacerdócio universal dos crentes.

Então, de acordo com o missiólogo Paul Pomerville, podemos dizer que o Movimento Pentecostal contribuiu com esse impulso evangélico, descrito acima, com a natureza dinâmica da fé cristã. Esse princípio envolve a atividade de Deus em termos do ministério do Espírito Santo (1 Co 12.11).








2- Somos pentecostais. Com o termo “pentecostal” nos referimos ao crente que crê que a experiência do Espírito Santo que ocorreu com os apóstolos, no dia de Pentecostes, de acordo com o Livro de Atos, pode acontecer hoje também, ou seja, a experiência com o Espírito Santo hoje não é diferente da experimentada pelos cristãos do século I (At 2.1-12). Nas palavras do missiólogo Paul Pomerville, essa experiência do Espírito perpassou a História da Igreja. Ela remonta à obra do Espírito Santo com a Igreja que começou no dia de Pentecostes e continua ao longo dos últimos dias, até que Jesus Cristo volte para arrebatar a sua Igreja (At 1.10,11).







3- Contribuições Pentecostais às Missões. Uma das contribuições pentecostais mais significativas para as missões modernas, sem dúvida, é a ênfase do papel indispensável do Espírito Santo no complexo desafio de plantar igrejas onde Cristo ainda não foi anunciado. Esse entendimento está na base do importante crescimento evangélico depois das Missões operadas pela obra pentecostal. Nesse sentido, o sucesso das missões pentecostais está ligado diretamente ao “lugar” que damos ao Espírito Santo, um lugar semelhante ao que os crentes do Novo Testamento deram em Atos dos Apóstolos (At 16.6-10). Assim, podemos dizer que somos evangélicos-pentecostais, pois para além de afirmarmos todos os princípios que os evangélicos afirmam, para nós é inegociável e indispensável o poder do Espírito na prática das Missões.










II- A OBRA MISSIONÁRIA DEPOIS DO PENTECOSTES


1- A causa da obra missionária da primeira igreja. A descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes é o acontecimento que impulsiona a obra missionária da primeira igreja. O Senhor Jesus disse aos discípulos que, uma vez capacitados pelo poder do Espírito Santo, eles seriam suas testemunhas até aos confins da Terra (At 1.8). Por isso, o período em que a igreja cristã viveu seu maior crescimento foi o do primeiro século de nossa era. Ali começou o poderoso movimento de Missões. Nesse sentido, os oito primeiros capítulos de Atos dos Apóstolos explicam a razão desse crescimento: antes de sair para alcançar as nações com o Evangelho, os discípulos deveriam estar revestidos de poder (At 1.4). Isso se cumpriu fielmente em Atos 2.







2- A expansão missionária da primeira igreja. Depois de serem cheios do Espírito Santo, os discípulos puderam compartilhar a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo com outras pessoas além das fronteiras da Palestina. O livro de Atos dos Apóstolos relata, de forma detalhada e precisa, o avanço missionário da igreja do século primeiro. Embora o Livro de Atos destaque a atuação do apóstolo Paulo, considerado o maior missionário da Igreja Primitiva (1 Co 16.8,9), pois ele estabeleceu igrejas nas quatro províncias romanas (Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia), também estão registrados trabalhos importantes de outros homens e mulheres de Deus, tais como: Barnabé, Pedro, Silas, Filipe, João Marcos, Apolo, Áquila, Priscila etc. Nesse aspecto, podemos dizer que o diácono-evangelista Filipe foi o primeiro missionário transcultural enviado a pregar para um africano (At 8.26-30).








3- “Deus não faz acepção de pessoas”. O apóstolo Pedro, um missionário cheio do Espírito Santo, reconheceu que todos os seres humanos são alvos do amor de Deus (At 10.34.35; 11.17,18). De perseguidor dos cristãos, Paulo se tornou o Apóstolo dos gentios (At 9.15,16, 1 Tm 2,7; Tt 2.11). O apóstolo João relata que Deus se interessa pela salvação de todos os homens (Ap 5.9,10,13; 7.9; 11.15). Com esse entendimento a respeito da natureza ilimitada do plano de salvação de Deus para os homens, e impulsionada pelo Espírito Santo, a Missão da primeira igreja atingiria a escala mundial. Podemos ver isso no ministério de Pedro com o centurião Cornélio (At 10), o trabalho de Filipe (At 8), a igreja missionária em Antioquia (At 13.1-3). bem como em Roma e outras regiões longinquas com o ministério apostólico de Paulo (Rm 15.22-29).








III- A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO E A OBRA MISSIONÁRIA


1- A função do Espírito na obra missionária. Dentre as muitas funções do Espírito Santo estão as de ungir, inspirar, separar e enviar homens e mulheres para os quatro cantos da terra como missionários do Senhor. Por isso, a obra missionária é uma tarefa ligada à ação exclusiva do Espírito Santo. Vemos esse princípio com o nosso Senhor Jesus, que foi ungido pelo Espírito Santo para o exercício do seu ministério (Is 61.1-3; Lc 4.17-20). Em outro momento, o Espírito Santo não permitiu que os apóstolos ficassem envolvidos com problemas sociais e quaisquer outras atividades que não fosse a evangelização (At 6.1-4). Os cristãos primitivos, por seu turno, eram fiéis em suas contribuições (At 4.32), o que proporcionava condições para que os apóstolos tivessem mais ousadia e poder do Espírito Santo para pregar a Palavra de Deus (At 9.31).








2- O Espírito Santo capacita para a obra. O Espírito Santo é quem escolhe e envia missionários para anunciarem as Boas-Novas de salvação ao mundo (At 8.29; 13.2; 20.28). Em Atos 16, temos uma revelação clara de como o Espírito Santo deseja que a ação missionária seja realizada (At 16.4-7). Nesse sentido, o Espírito Santo também é o instrutor dos ministros da Palavra de Deus no exercício da proclamação da mensagem no campo missionário (1 Co 2.1-18). Não por acaso, a ação do poder do Espírito Santo na Igreja é a característica mais surpreendente no livro de Atos, a ponto de o livro ter sido chamado de “Os Atos do Espírito Santo”. Tanto o ministério público de Jesus quanto o ministério público da Igreja Primitiva foram iniciados sob a experiência do Espírito Santo.








3- Deus age por meio do Espírito Santo. Na obra “Verdades Pentecostais” (CPAD), o pastor Antonio Gilberto descreve a assistência do Espírito Santo na obra missionária. Ele mostra que o Espírito Santo escolhe, envia, capacita e direciona os evangelizadores. É o que observamos no livro dos Atos dos Apóstolos, quando o Espírito Santo age na vida da Igreja. Ali, fica claro que o Deus da Bíblia não é o deísta, isto é, impessoal, que se encontra longe do seu povo, mas Ele intervém de modo que deseja estabelecer um relacionamento vivo com a sua Igreja pelo poder ativo do Espírito Santo (At 17.28-30). Assim, a Igreja que dá espaço para a atuação do Espírito Santo será um celeiro de evangelismo, com eficácia e direção divina. Portanto, essa perspectiva de atividade do Espírito direta na obra missionária é uma ênfase dos pentecostais.






CONCLUSÃO


Nesta lição, estudamos uma das mais importantes contribuições dos pentecostais para as missões modernas: o poder do Espírito Santo na vida da Igreja. Vimos que assim ocorreu no ministério terreno de Jesus, bem como o ministério terreno da Igreja Primitiva. Tudo isso nos mostra que é indispensável para qualquer projeto missionário que toda obra comece e termine sob o poder e direção do Espírito Santo. É essa presença santa que garante o sucesso e eficácia da obra missionária em pleno século XXI.















Boa aula a todos!

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Pr. Ismael Oliveira










15 outubro 2023

LIÇÃO 04 - MISSÕES TRANSCULTURAIS NO NOVO TESTAMENTO

 


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LIÇÃO 04 - MISSÕES TRANSCULTURAIS NO NOVO TESTAMENTO










INTRODUÇÃO


No Novo Testamento, o Senhor Jesus foi o primeiro missionário enviado pelo Pai (Jo 20.21). Pelo fato de ter sido o enviado de Deus, Ele trouxe consigo um plano de resgate da humanidade que envolve todos os seus seguidores. Nosso Senhor disse aos seus primeiros discípulos: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19). Por isso, podemos dizer que o Novo Testamento é uma obra de caráter missionário do início ao fim, onde os Evangelhos, o livro dos Atos, as Cartas e o Apocalipse são instrumentos de um verdadeiro trabalho missionário.









I – O DEUS MISSIONÁRIO REVELADO NO NOVO TESTAMENTO


1- A Bíblia mostra um Deus missionário. A Bíblia Sagrada, de Gênesis ao Apocalipse, é um livro eminentemente missionário porque sua inspiração emana de um Deus missionário, aquEle que envia: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21; Jo 3.16). No Antigo Testamento, Israel foi o instrumento usado por Ele para alcançar o objetivo divino, mas Israel não o alcançou. Todavia, a partir do Novo Testamento, Deus passou a usar a Igreja para cumprir esse propósito, mostrando ao mundo o seu grande e sublime amor







2- Uma perspectiva missionária do Novo Testamento. O ensino do Novo Testamento é totalmente missionário. Pelo fato de o povo de Israel ter falhado no seu propósito missionário, Deus organizou um novo povo, a Igreja de Cristo, para que ela levasse a frente o propósito universal de Deus em redimir o ser humano. Para isso que o Nosso Senhor, o Filho Unigênito de Deus, foi enviado ao mundo, fazendo-se assim o missionário por excelência (Jo 3.16). Não por acaso, o missionário escocês, David Livingnstone, disse: “Deus tinha um único filho e fez dele um missionário”.








3- A Igreja à luz dessa revelação. A luz dessa revelação bíblica, a de um Deus missionário nas páginas do Novo Testamento, a Igreja de Cristo tem uma tarefa ainda inacabada: anunciar o Evangelho a toda a criatura (Mt 28.19). Essa tarefa começou em Deus, que enviou o seu Filho com a mesma missão, que passou a Igreja do Novo Testamento e, atualmente, perdura como missão primeira da igreja na atualidade.










II – MISSÕES NOS EVANGELHOS E EM ATOS DOS APÓSTOLOS


1- Nos Evangelhos. De acordo com os Evangelhos, Jesus é o Enviado de Deus para salvar e tornar o seu povo uma agenda missionária. Seu ministério foi marcado inteiramente por ações missionárias, demonstrando muito amor e compaixão enquanto anunciava a mensagem de salvação para todas as pessoas (Is 61.1,2). Essa natureza missionária pode ser vista também na formação dos Evangelhos à medida que eles foram produzidos sob a inspiração do Espírito Santo, para que as pessoas pudessem conhecer o Senhor Jesus (Jo 8.32,36). Não por acaso, cada um dos Evangelhos é concluído com o mandato da Grande Comissão (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc 24.44-48; Jo 20.21-23). Eis a natureza missionária deles.








2- Nos Atos dos Apóstolos: os missionários Filipe e Pedro. Na igreja cristã, os primeiros cristãos e líderes tinham a missão de propagarem a salvação a todos os povos em todos os tempos. Nesse sentido, Filipe foi o primeiro missionário transcultural da Igreja Primitiva, enviado para a estrada de Gaza, antiga região dos filisteus, onde encontrou um eunuco, alto oficial da rainha dos etíopes. Depois de lhe ter anunciado o Evangelho, batizou-o nas águas (At 8.26-39). Outro episódio importante foi quando o apóstolo Pedro reconheceu que, para Deus, todos os seres humanos são alvos do amor divino, deixando claro que sua mensagem é dirigida a todas as pessoas, indepen­dentemente de sua nacionalidade (At 10.34,35; 11.17,18).








3- Nos Atos dos Apóstolos: os missionários Paulo e Barnabé. O apóstolo Paulo, de perseguidor dos cristãos, tornou-se o apóstolo dos gentios (At 9.15,16; 3.8; 1 Tm 2,7; Tt 2.11). Em Atos, vemos que, através de seu ministério, a primeira igreja estendeu-se a todos os povos, culturas e nações conhecidas naquela época. Nesse contexto, temos também Barnabé que, após ter sido enviado pelos apóstolos a Antioquia, para pastorear os que se converteram por meio da pregação dos dispersos de Jerusalém pela perseguição, foi enviado pela igreja em Antioquia, juntamente com Paulo, pelo poder do Espírito Santo, para o campo missionário. Assim, podemos afirmar que em Antioquia estava a primeira igreja missionária de natureza gentílica (At 13.1-4).










III – A MISSÃO CUMPRIDA NAS CARTAS E NO APOCALIPSE


1- Nas Cartas Paulinas. O apóstolo Paulo escreveu suas epístolas como um missionário. Seu objetivo missionário era instruir, nos assuntos doutrinários e práticos, as igrejas que ele plantava. Por exemplo, a Carta aos Romanos é uma carta em que a universalidade do pecado e o processo de salvação são ensinados; a Carta aos Efésios traz a unidade da igreja a partir da queda “do muro da separação” entre judeus e gentios por meio de Jesus Cristo (Ef 2.14); as Cartas a Timóteo e Tito lidam especificamente com qualificações para a vocação de novos líderes das igrejas plantadas, como dirigir os assuntos de uma igreja local.








2- Nas Cartas Gerais. As epístolas gerais dão um forte testemunho sobre Missões, como por exemplo: a Carta aos Hebreus demonstra a descontinuidade entre a Antiga e a Nova aliança, enfatizando a nova como “melhor” (Hb 7.19,22), a qual, uma vez aceita, a missão de Deus nos levará para o centro da vontade de Deus, para realizar a sua vontade como lhe agrada (Hb 13.20); a Carta de Tiago contém a sabedoria prática para viver o Evangelho de Cristo. E, finalmente, as Cartas de Pedro asseguram a nossa posição de povo de Deus e a esperança da vinda do Senhor Jesus.







3- No Apocalipse. Nesse livro o Senhor Jesus revela ao apóstolo João a conclusão da longa jornada e o destino de toda a raça humana. As sete igrejas localizadas na província da Ásia Menor, nos capítulos 2 e 3, devem ser vistas como “igrejas missionarias”. Nesse sentido, o apóstolo João relata que Deus se interessa pela salvação de todos os homens (Ap 5.9,10; 7.9; 11.15).








CONCLUSÃO


O Novo Testamento mostra claramente a forma pela qual Deus planejou a redenção da humanidade caída por meio da sublime tarefa missionária. Para esse fim, Ele enviou seu único Filho que, com preço de sangue, pagou o pecado dos homens de todas as tribos, línguas, povos e nações, constituindo-os seus cooperadores na obra de redenção de toda a Criação, decaída e prisioneira de Satanás. Ora, se Missões nasce do coração de Deus, ela deve estar no coração de quem ama a obra missionária.














Boa aula a todos!

Produção dos slides
Pr. Ismael Oliveira