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28 maio 2018

LIÇÃO 10 - ÉTICA CRISTÃ E VIDA FINANCEIRA / SLIDES DA LIÇÃO / CLASSE ADULTOS







LIÇÃO 10 - ÉTICA CRISTÃ E VIDA FINANCEIRA



TEXTO ÁUREO
“Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Is 55.2a)



VERDADE PRÁTICA
As finanças do crente devem ser bem administradas para ele garantir o sustento da família, contribuir na manutenção da igreja local e ajudar o próximo.




1 Crônicas 29.10-14; 1 Timóteo 6.8-10



1 Cr 29.10 – Pelo que Davi louvou ao SENHOR perante os olhos de toda a congregação e disse: Bendito és tu, SENHOR, Deus de nosso pai Israel, de eternidade em eternidade.
11 – Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é SENHOR, o reino, e tu te exaltaste sobre todos como chefe.
12 – E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e dar força a tudo.
13 – Agora, pois, ó Deus nosso, graças te damos e louvamos o nome da tua glória.
14 – Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas? Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos.
1 Tm 6.8 – Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.
9 – Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
10 – Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.





INTRODUÇÃO


O Senhor é a fonte de toda riqueza e tanto a prata quanto o ouro pertencem a Ele (Ag 2.8). Logo, as posses e os bens são concedidos ao ser humano por meio do nosso Deus. Assim, cada um prestará contas de tudo o que recebeu nesta vida para administrar (Rm 14.12), inclusive na esfera financeira (Mt 25.19). Nesta lição, veremos como podemos gerir melhor as nossas finanças.






I - A DÁDIVA DA NOVA ALIANÇA


O equilíbrio financeiro foge dos extremos da riqueza e da pobreza, e ainda possibilita uma vida desprovida de preocupações desnecessárias.

1. Vida financeira equilibrada. No livro de Provérbios estão registradas as palavras de Agur (Pv 30.1). Ele fez dois pedidos ao Senhor pelos quais almejava usufruir antes de sua morte (Pv 30.7). O primeiro pedido foi por uma vida íntegra, livre da vaidade e da falsidade (Pv 30.8a). O segundo foi uma vida financeira equilibrada: “não me dês nem a pobreza nem a riqueza” (Pv 30.8b). O motivo desse segundo pedido é explicado no versículo nove: “para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus”. Agur desejava dinheiro suficiente para uma vida digna que não o levasse a pecar. Ele não queria muito dinheiro, objetivando, assim, evitar a soberba; mas também não desejava que lhe faltasse para não ser desonesto. Nesse propósito, ele apenas aspirava à porção necessária para cada dia (Pv 30.8c). Foi exatamente isso que Cristo nos ensinou a pedir: “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6.11).



2. O perigo do amor do dinheiro. O apóstolo Paulo confirma que a vida moderada é o melhor caminho para fugir dos laços e das tentações das riquezas (1 Tm 6.9). É fato que a cobiça pelo dinheiro corrompe os homens e os faz desviar da fé (1 Tm 6.10). Entretanto, o texto bíblico mostra que o mal em si não está no dinheiro e sim no “amor do dinheiro”. O mal está em perder a comunhão com Deus e passar a depositar a confiança nas riquezas. A Bíblia revela que essa atitude foi empecilho de libertação na vida de muitos, como nos exemplos do jovem rico (Lc 18.23), de Judas Iscariotes (Lc 22.3-6) de Ananias e Safira (At 5.1-5) que valorizaram o dinheiro em detrimento da salvação. Portanto, mesmo que o Senhor nos permita enriquecer, o salmista nos adverte quanto ao pecado em relação às riquezas: “se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10).



SÍNTESE DO TÓPICO I
Conhecer a teologia bíblica a respeito das finanças nos ajuda a ter uma vida financeira equilibrada.






II – MEIOS HONESTOS PARA GANHAR DINHEIRO


Ganhar dinheiro não é pecado, mas uma necessidade indispensável. Trabalhar de modo honesto para o sustento de sua família é uma atitude altruísta.

1. Trabalho e emprego. Desde a queda no Éden, o homem precisa empregar esforços para obter os bens de que necessita para sobreviver. Disse Deus: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão…” (Gn 3.19a). Assim, o trabalho passou a ser um meio legítimo para prover o sustento humano. O Senhor Jesus ensinou que “digno é o trabalhador do seu salário” (Lc 10.7 - ARA). Quando escreveu aos irmãos de Tessalônica, Paulo enfatizou que o trabalho é um meio digno de ganhar dinheiro (1 Ts 2.9). Porém, no afã de obter o seu salário, o cristão não pode envolver-se com meios ilícitos ou criminosos (Pv 11.1; 20.10), nem tampouco explorar ou extorquir seu semelhante (Am 2.6). A responsabilidade individual de trabalhar para o próprio sustento é tão relevante que a Bíblia condena o preguiçoso (Pv 21.25; 22.13) e ainda assevera: “Se alguém não quiser trabalhar, não coma também”(2Ts 3.10).



2. Escolarização e Mobilidade Social. A sociedade é formada por classes sociais. A possibilidade de um cidadão trocar de classe é denominada “mobilidade social”. Um dos meios disponíveis para isso é a escolarização, ou seja, a educação acadêmica. A escolarização proporciona a capacitação profissional e o acesso a níveis superiores de ensino. Os que alcançam maior escolarização possuem maior probabilidade de encontrar empregos com bons salários. No entanto, o cristão precisa tomar cuidado na busca de seu aprimoramento intelectual para não ser enredado por meio de filosofias e vãs sutilezas (Cl 2.8). Precisa também ter em mente que não devemos buscar conhecimento por vanglória ou para  nos considerar melhor que outros (Fp 2.3). Assim, o padrão bíblico está em usarmos a escolarização e a ascensão social para servir melhor o Reino de Deus (Fp 2.4,21; 1 Co 10.32,33).




SÍNTESE DO TÓPICO II
O trabalho, o emprego, a escolarização e a mobilidade social são meios honestos para se ganhar dinheiro.






III – COMO ADMINISTRAR O DINHEIRO?


A mordomia das finanças é de responsabilidade de todos os membros da família. A má gestão financeira provoca endividamento e constrangimentos desnecessários.

1. Fidelidade na Casa do Senhor. A boa administração financeira tem início com a fidelidade do cristão na entrega dos dízimos e das ofertas. O dízimo era praticado antes da Lei (Gn 14.18-20), requerido no período da Lei (Ml 3.7-10) e permaneceu em vigor na Nova Aliança (Mt 23.23; Lc 11.42). É mandamento da Lei e da Graça − da antiga e da nova dispensação. Entregar os dízimos significa devolver ao Senhor a décima parte de todos os nossos rendimentos. Já a oferta é extra ao dízimo. Tanto um quanto outro devem ser dados com alegria (2 Co 9.7), amor, altruísmo e voluntariedade. O sentimento que deve predominar no coração do crente no momento da entrega solene é o da gratidão a Deus: “O povo se alegrou com tudo o que se fez voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao SENHOR; também o rei Davi se alegrou com grande júbilo.” (1 Cr 29.9 – ARA).




2. Estabelecendo prioridades. A Bíblia ensina que o dinheiro serve de proteção (Ec 7.12 – ARA). Contudo, o dinheiro somente será uma bênção se a família souber administrar os rendimentos. Estipular prioridades e metas a serem atingidas é o caminho mais fácil para aplicar habilidosamente os recursos e evitar o desperdício (Pv 21.5). As metas devem ser estabelecidas, obviamente, de acordo com as condições financeiras da família. O planejamento evita aplicação do dinheiro em atividades supérfluas ou desnecessárias (Is 55.2). Nesse sentido, as prioridades devem ser ordenadas pela necessidade e urgência de cada situação. Assim, uma administração transparente e sincera demonstra temor de Deus na aplicação das finanças da família (1 Tm 5.8).




3. Evitando as dívidas. A falha no estabelecimento de prioridades provoca o endividamento. Quando a família não planeja suas compras acaba por contrair dívidas acima de suas posses, assim, o lar passa a sofrer privações e se torna refém do credor, pois “o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). O comprometimento da renda familiar acarreta uma série de outros prejuízos, tais como: impaciência, nervosismo e desavenças no lar. Para evitar essas desagradáveis situações é aconselhável comprar tudo à vista (Rm 13.8), não ser fiador de estranhos (Pv 11.15; 27.13), fugir dos agiotas (Êx 22.25; Lv 25.36) e ser fiel nos dízimos e nas ofertas (Ml 3.10,11).




SÍNTESE DO TÓPICO III
Precisamos administrar nossos recursos financeiros sendo fiel ao Senhor e a sua casa e estabelecendo prioridades.





CONCLUSÃO




O cristão deve trabalhar honesta e diligentemente para suprir o sustento de sua família. Ele deve administrar bem seus recursos a fim de não pecar contra Deus e não expor a sua família ao vexame moral e privações. Devemos, em primeiro lugar, confiar que Deus suprirá todas as nossas necessidades (Fp 4.7); em segundo, fazer todo o possível ao nosso alcance para bem administrar os recursos que Deus nos deu.










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Referências

Revista Lições Bíblicas. VALORES CRISTÃOS, Enfrentando as questões morais de nosso tempo. Lição 10 – Ética cristã e Vida Financeira. I – A dádiva da nova aliança. 1. Vida financeira equilibrada. 2. O perigo do amor do dinheiro. II – Meios honestos para ganhar dinheiro. 1. Trabalho e emprego. 2. Escolarização e mobilidade social. III – Como administrar o dinheiro? 1. Fidelidade na Casa do Senhor. 2. Estabelecendo prioridades. 3. Evitando as dívidas. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2018.

Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.








LIÇÃO 10 - A MANIFESTAÇÃO DO ANTICRISTO E O DIA DO SENHOR / SUBSÍDIOS / CLASSE JOVENS







Aula ministrada pelo professor Daniel Costa











Aula ministrada pelo Pr. Edvaldo Bueno











Aula ministrada pelo professor Gabriel Raso











Aula ministrada pelo professor Janderson Nascimento












Aula ministrada no canal do Youtube Estudos Bíblico C.E.B.















LIÇÃO 10 - ÉTICA CRISTÃ E VIDA FINANCEIRA / SUBSÍDIOS / CLASSE ADULTOS






Aula ministrada pelo Dr. Pr. Caramuru Afonso Francisco 
 Acesse (www.portalebd.org.br)











Aula ministrada pelos professores da IEADPE









Aula ministrada pelo professor Alberto Alves da Fonseca










Aula ministrada pelo pastor Sebastião Otávio











Aula ministrada pelo professor Gabriel Raso










Aula ministrada pelo presbítero Mauro Lúcio










Aula ministrada pelo presbítero Janderson Nascimento










Aula ministrada pelo professor Sandro Moraes









Aula ministrada pelo professor do canal no youtube Moldado











Aula ministrada pela professora Rosa Marques











Aula ministrada pelo pastor Paulo Delanheze











Aula ministrada pelo pastor Fábio Segantin










Aula ministrada pelo pastor Jeferson França












Aula ministrada pelo professor da AD Blumenau











Aula ministrada pelo Pb. Rogério









Aula ministrada pelo professor da AD Criciúma














24 maio 2018

LIÇÃO 09 - ÉTICA CRISTÃ E PLANEJAMENTO FAMILIAR / SLIDES DA LIÇÃO / CLASSE ADULTOS






LIÇÃO 09 - ÉTICA CRISTÃ E PLANEJAMENTO FAMILIAR





TEXTO ÁUREO
“Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o seu galardão.” (Sl 127.3)



VERDADE PRÁTICA
Gerar filhos, ou não, não é só uma questão de planejamento familiar, mas um encargo que abrange a obediência aos desígnios divinos para a família.




Gênesis 1.24-31



24 – E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi.
25 – E fez Deus as bestas-feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom.
26 – E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
27 – E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
28 – E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
29 – E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento.
30 – E a todo animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim foi.
31 – E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia sexto.





INTRODUÇÃO


O casamento, no plano divino, pressupõe o nascimento de filhos. Nele, estão inseridos a criação dos filhos, o sustento deles e todo o cuidado indispensável para o desenvolvimento humano. Por conseguinte, dentre outros deveres do casal, o planejamento familiar é importantíssimo.





I – CONCEITO GERAL DE PLANEJAMENTO FAMILIAR


1. Controle de natalidade. Não é planejamento familiar, mas procedimentos de políticas demográficas com o objetivo de diminuir ou até mesmo impedir o nascimento de crianças. Tais medidas são adotadas pelos governos totalitários para refrear o aumento da população de um país. Nesse caso, regular o número dos filhos é visto como solução para erradicar os níveis de pobreza, bem como alternativa para a preservação do meio ambiente e o melhor uso dos recursos naturais. Por ordem do Estado o número de filhos é limitado à revelia da vontade dos pais. Para esse fim são utilizados métodos contraceptivos e até a esterilização permanente. Em países totalitários ocorrem denúncias do uso do aborto, e até do infanticídio, como soluções para o controle de natalidade.



2. Planejamento familiar. Diferente do “controle de natalidade”, que consiste em evitar o nascimento dos filhos por meio do controle estatal, a proposta do “planejamento familiar” é a de instituir a paternidade-maternidade responsável. Trata-se de uma decisão voluntária e sensata por parte dos pais quanto ao número de filhos que possam ter com dignidade. No planejamento familiar fatores diversos são analisados, tais como: a saúde dos pais, as condições da família (renda, moradia, alimentação), o espaçamento de tempo entre uma e outra gestação. No contexto cristão, quanto ao número de filhos, o casal deve buscar orientação divina por meio da oração, submeter-se à direção do Espírito Santo e levar em conta o bom senso (Rm 14.21-23).




SÍNTESE DO TÓPICO I
Planejamento familiar não é controle de natalidade, mas é a paternidade-maternidade responsável.







II – O QUE AS ESCRITURAS DIZEM SOBRE O PLANEJAMENTO FAMILIAR


O planejamento familiar, desde que não seja feito por meio de aborto e meios abortivos, não contraria a Palavra de Deus.

1. A família e a procriação da espécie. Após criar o primeiro casal, Deus o abençoou e disse: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). Nesse primeiro mandamento, o Senhor requereu a reprodução do gênero humano. Após o dilúvio, Noé e seus filhos também receberam o mesmo mandamento acerca da procriação: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 9.1). Note que essa é uma ordem universal direcionada às gerações pré e pós-diluviana. Repare que Deus não especificou qual seria o fator multiplicador nem quantos filhos deveriam ser gerados por cada família. Além disso, o propósito do mandamento é único: homens e mulheres devem se reproduzir para “encher a terra”.



2. O planejamento familiar no Antigo Testamento. Na Antiga Aliança a fertilidade era vista como uma dádiva: “Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre, o seu galardão.” (Sl 127.3). Neste contexto, ter muitos filhos era sinal de benevolência do Altíssimo e sinônimo de felicidade (Sl 127.5). A esterilidade era motivo de discriminação (1 Sm 1.6,7), provocava desavenças (Gn 30.1,2) e era vista como vergonha (Gn 30.23). Em contraste a essa cultura, as esposas dos patriarcas foram estéreis e sofreram muito até que Deus lhes abriu a madre: Sara concebeu na velhice e gerou apenas um filho: Isaque (Gn 21.2); ao casar-se, durante vinte anos, Isaque orou pelo ventre de Rebeca e ela gerou dois filhos: Jacó e Esaú (Gn 25.21); Raquel, a esposa amada de Jacó, após anos de espera, também concebeu apenas dois filhos: José e Benjamim (Gn 35.24). Aqui, principalmente no caso dos patriarcas, podemos perceber a intervenção divina, bem como o fator de multiplicação, de família para família.




3. O planejamento familiar no Novo Testamento. Na Nova Aliança a fertilidade também é exaltada. Ao visitar Maria e anunciar a sua gravidez, o anjo lhe disse: “Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1.28). Na mesma ocasião, ao contar para Maria acerca da gravidez de Isabel, o anjo enfatizou: “tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril” (Lc 1.36). Isabel gerou um único filho, João – o batista (Lc 1.59-60), e Maria, após o nascimento de Jesus, gerou ao menos quatro filhos e duas filhas (Mt 13.55,56). Repare, em ambos os casos, a intervenção divina, bem como a diferença no fator de multiplicação de uma casa para outra.




SÍNTESE DO TÓPICO II
O planejamento familiar não contraria as Escrituras Sagradas.





III – ÉTICA CRISTÃ E O LIMITE DO NÚMERO DE FILHOS


1. A questão do fator de multiplicação. Quem se opõe ao planejamento familiar considera a limitação do número dos filhos uma desobediência ao mandamento de procriação (Gn 1.28). Por isso ensinam que a mulher deve gerar filhos indefinidamente. Contrariando essa ideia, a mulher não é fértil todos os dias. O Criador agraciou a mulher com apenas três dias férteis a cada mês, indicando que ela não tem o dever de gerar filhos a vida toda. Deus não estipulou qual deveria ser o número de filhos. Portanto, o mandamento de multiplicação é cumprido quando o casal gera um filho, pois eram duas pessoas e agora passaram a ser três. Deve-se também entender que a ordem de procriação é “geral” e não “específica”; ou seja, Deus ordenou a reprodução da raça humana, não a reprodução de cada pessoa. Do contrário, os solteiros e os viúvos (1 Co 7.8), os eunucos (Mt 19.12) e os casados estéreis (Lc 23.29) estariam em pecado. E se fosse pecado não procriar, até a privação sexual voluntária, autorizada nas Escrituras, estaria em contradição (1 Co 7.5). Desse modo, o fator de multiplicação depende da vontade do Senhor para cada família.




2. A questão ética no planejamento familiar. Planejar não é pecado. Cristo falou positivamente do planejamento do construtor e do rei guerreiro (Lc 14.28-32). O pecado está na presunção em não pedir a aprovação divina para o projeto (Tg 4.13-15). O cristão deve aconselhar-se com Deus para tomar qualquer decisão (Tg 1.5; 1 Jo 5.14). Nossas motivações devem ser apresentadas ao Senhor em oração e devem ser desprovidas de vaidade e de egoísmo (Tg 4.2,3). É vaidade a mulher não querer procriar para não alterar a beleza do corpo, bem como é egoísmo do homem não gerar filhos para fugir da responsabilidade. No entanto, postergar o nascimento dos filhos até que se possa cuidar melhor da família; limitar o número dos filhos para que se possa criá-los com dignidade e, espaçar o tempo de nascimento entre um e outro filho para melhor acolher mais uma criança, não são pecados, pois as Escrituras ensinam que o homem deve cuidar bem de sua família (1 Tm 5.8). Para tanto, sempre se faz necessário consultar à vontade soberana do Senhor em tudo (Mt 6.10).



SÍNTESE DO TÓPICO III
O planejamento familiar é uma questão ética que precisa ser analisada a luz da Palavra de Deus e discutida pela Igreja.




CONCLUSÃO


O homem não peca pela simples limitação ou espaçamento do nascimento de seus filhos. Ele comete pecado quando suas motivações são presunçosas e utilitaristas. O cristão que consulta ao Senhor, e aceita a vontade divina na limitação do número de seus filhos, é abençoado em toda a esfera de sua família (Sl 128.1-6). Todavia, ele rejeita por completo o aborto e os meios abortivos no planejamento familiar.








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Referências
Revista Lições Bíblicas. VALORES CRISTÃOS, Enfrentando as questões morais de nosso tempo. Lição 09 – Ética cristã e planejamento familiar. I – Conceito geral de planejamento familiar. 1. Controle de natalidade. 2. Planejamento familiar. II – O que as escrituras dizem sobre o planejamento familiar. 1. A família e a procriação da espécie. 2. O planejamento no Antigo Testamento. 3. O planejamento familiar no Novo Testamento. III – Ética cristã e o limite do número de filhos. 1. A questão do fator de multiplicação. 2. A questão ética no planejamento familiar. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2018.


Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.