LIÇÃO 05 - A OBRA SALVÍFICA DE JESUS
CRISTO
TEXTO ÁUREO
"E, quando Jesus tomou
o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o
espírito." (Jo 19.30)
VERDADE PRÁTICA
A obra salvífica de Cristo
nos deu o privilégio de achegarmo-nos a Deus sem culpa e chamá-lo de
"Pai".
João 19.23-30
23 - Tendo, pois, os
soldados crucificado a Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram quatro partes,
para cada soldado uma parte, e também a túnica. A túnica, porém, tecida toda de
alto a baixo, não tinha costura.
24 - Disseram, pois, uns aos
outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será.
Isso foi assim para que se cumprisse a Escritura, que diz: Dividiram entre si
as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Os soldados, pois,
fizeram essas coisas.
25 - E junto cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua
mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.
26 - Ora, Jesus, vendo ali
sua mãe e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe:
Mulher, eis aí o teu filho.
27 - Depois, disse ao
discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua
casa.
28 - Depois, sabendo Jesus
que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse,
disse: Tenho sede.
29 - Estava, pois, ali um
vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo-a num
hissopo, lha chegaram à boca.
30 - E, quando Jesus tomou o
vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
INTRODUÇÃO
A obra salvífica de Cristo
custou um alto preço ao nosso Senhor - seu próprio sangue derramado na cruz.
Sua obra nos garante a salvação porque foi uma oferta completa, perfeita e
definitiva. Por causa dessa entrega de amor, temos a garantia da vida eterna e,
antecipadamente, podemos desfrutar, neste mundo, dos benefícios dessa salvação.
I - O SACRIFÍCIO DE JESUS
1.
O sacrifício completo. Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo (Jo 1.29), pois nenhum outro sacrifício,
tanto o de animais no Antigo Testamento quanto o de seres humanos na história
das nações pagãs, com vistas a alcançar a salvação do homem, teve o êxito de
apagar os pecados do passado, do presente e do futuro (Hb
10.1). Somente o sacrifício de Cristo foi completo nesse sentido (Hb 9.26; 10.10), a
ponto de anular uma aliança antiga para inaugurar um novo tempo de
relacionamento com Deus, estabelecendo uma aliança nova, superior e perfeita (Hb 8.6,7,13).
Assim, o sistema de sacrifícios de animais e o arcabouço da Lei serviram como
um guia para nos conduzir a Cristo (Gl 3.24).
2.
O sacrifício meritório. Na sociedade judaica do AT,
desenvolveu-se uma ideia de mérito por intermédio do sistema de sacrifícios de
animais. Bastava apresentar uma vítima inocente no Templo e a pessoa satisfazia
a sua própria consciência. Entretanto, esse sistema mostrou-se antiquado e
ineficiente (Hb 8.13). Com o advento da nova aliança,
mediante o sacrifício vicário de Jesus Cristo, não há mais mérito pessoal, pois
o mérito salvífico pertence única e exclusivamente a Cristo (Gl
2.21). Só Cristo é capaz de cobrir todo e qualquer pecado. Só Cristo é
capaz de restabelecer a comunhão do pecador com Deus. Logo, o único mérito
aceito por Deus nesta nova aliança é o sacrifício vicário realizado
definitivamente por Cristo Jesus (Hb 10.11,12).
3.
O sacrifício remidor. O pecado contradiz a bondade e a autoridade
de Deus. Ele se impõe como dúvida sobre tudo quanto tem a ver com o Criador.
Além de ser horrendo, o pecado faz separação entre o homem e Deus (Is 59.2). Como o pecado deteriora o ser humano, degenerando
seu caráter, deformando nele a imagem divina, o sacrifício de Cristo aparece
nas Escrituras como redenção para trazer de volta a integridade humana e
restabelecer o caráter dele (2 Co 7.9,10; 2 Pe
3.9).
Assim, Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Co 5.19), já que a humanidade foi
criada para viver em comunhão com o Pai, em pleno relacionamento de dependência
com o Criador (At 17.28).
SÍNTESE DO TÓPICO I
O sacrifício de Jesus foi
completo, meritório e remidor.
II - A NOSSA RECONCILIAÇÃO COM DEUS PAI
1.
O fim da inimizade. A reconciliação com o Pai só foi possível
porque o Filho nos resgatou, nos redimiu e libertou-nos do poder do pecado,
promovendo assim, a nossa união com Deus (2 Co
5.18,19). Essa reconciliação foi necessária
porque o nosso relacionamento com o Altíssimo estava rompido, visto que o homem
pecador não pode ter comunhão com o Deus santo (Is 6.5).
Por isso, para se voltar a Deus é necessária uma sincera conversão, por
intermédio do Espírito Santo (Jo 16.8-11), para então,
ocorrer a regeneração e a justificação do pecador pela fé em Cristo (Rm 5.1,2).
Logo, todo esse processo de salvação para derrubar a inimizade que havia entre
nós e Deus se deu por intermédio do sacrifício de Cristo que pôs fim a essa
separação (Ef 2.13-16); eliminando, portanto, a causa da
inimizade e abrindo-nos um novo e vivo caminho em direção ao Pai (Hb 10.20).
2.
A eliminação da causa da inimizade. O pecado é a causa da
inimizade entre Deus e a humanidade (Is 59.1-3). Para que
essa condição de culpado fosse eliminada da vida do ser humano, uma oferta de
perdão paga por Cristo, no Calvário, foi necessária. Esse processo se
materializa quando há conversão em nós e, então, passamos a ser novas criaturas
livres do poder do pecado (2 Co 5.17; Rm
6.7-11). Embora seja verdade que não estamos livres de pecar (1
Jo 1.8-10), pois ainda não fomos plenamente transformados (1 Co 13.12; 1 Ts
4.16,17), em Cristo, Deus nos vê como pessoas
santas, reconciliadas e amigas dEle (Tg 2.23; Jo 15.15). Por isso, podemos lutar
com ousadia contra a natureza humana pecaminosa que há em nós (Rm
6.12-14; Gl 5.16-26).
3.
A vivificação. Uma vez reconciliados com Deus, fomos
vivificados por Ele quando estávamos mortos em ofensas e pecados (Ef 2.1,5; Rm
5.17),
um estado espiritual de quem se encontra longe de Deus. Assim, o Espírito Santo
operou em nós, produzindo vida espiritual como fonte transbordante, injetando
em nós sede pela presença de Deus (Sl 42.1,2; 63.1; 143.6), fazendo-nos uma fonte de água viva (Jo 4.10; 7.38),
nos enviando para produzir muitos frutos no Reino de Deus (Jo
15.5; 20.21,22) e capacitando-nos para que todos
conheçam a salvação em Cristo Jesus (Mt 5.20; Lc
4.19;
At 5.42; 20.27; 1 Co
9.16).
Assim, a maior consequência da vivificação espiritual é a disposição de pregar
o Evangelho (Mt 4.19,20 cf.
At 2.1-13,37-47 ).
SÍNTESE DO TÓPICO II
A nossa reconciliação com o
Pai é resultado direto do sacrifício de Jesus Cristo.
III - A REDENÇÃO ETERNA
1.
O estado perdido do pecador. O pecado normalmente é concebido como
falha moral e ética, no sentido de errar o alvo proposto por Deus, mas o seu
conceito vai muito além disso. As Escrituras revelam que o pecado é um estado
de alienação (separação) diante de Deus e que as pessoas, ao não confessarem a
Cristo como seu Senhor, são escravas do pecado (Rm 5.12; Jo
8.34).
Essas pessoas estão presas e impossibilitadas de, por si mesmas, livrarem-se
dele. Elas "alimentam" constantemente a perversão da imagem divina no
Éden, procurando ídolos e desejos prejudiciais para si mesmas e os outros (Rm 1.22-25).
2.
A redenção do pecador. A redenção é o ato de remir, isto é,
libertar, reabilitar, reparar e salvar algo ou alguém. Por meio de um valor
pago em dinheiro adquire-se algo de novo; esse é o ato de resgatar, de tirar do
poder alheio, de libertar do cativeiro. Na Bíblia, a redenção é a libertação de
um escravo do jugo ou o livramento do mal mediante um resgate (Mt 20.28). O preço do resgate do ser humano foi altíssimo,
pois custou a vida do Filho de Deus. Não haveria nada que pagasse o preço da
desobediência de quem foi criado à imagem e semelhança de Deus, o ser humano.
Só o Pai, mediante seu amor gracioso, poderia prover a remissão do pecador por
intermédio de seu único Filho (Gl 3.13; 1
Tm 2.5,6).
3.
Uma redenção plena. A condição de redimido não traz benefícios
somente para o tempo presente, mas garantia de vida eterna, de morar para
sempre com Cristo no paraíso celestial (Ap 19.9; Lc 23.43). Portanto, a redenção
eterna promovida por meio do sacrifício de Cristo extrapola as dimensões
terrenas, temporais e espaciais da vida humana (1 Co
15.19).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A redenção eterna nos é
oferecida por intermédio de Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
O alto preço do resgate pago
por Cristo (Mc 10.45) em nosso favor leva-nos a glorificar a Deus em todas as
dimensões da vida. Logo, por meio da evangelização, desejamos fazer com que
milhares de pessoas tenham o privilégio de receber essa tão grande salvação.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. A OBRA DA SALVAÇÃO, Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida.
Lição 05 – A obra salvífica de Jesus Cristo. I – O sacrifício de Jesus. 1. O
sacrifício completo. 2. O sacrifício meritório. 3. O sacrifício remidor. II – A nossa reconciliação com Deus Pai. 1. O
fim da inimizade 2. A eliminação da causa da inimizade. 3. A vivificação. III –
A redenção eterna. 1. O estado perdido do pecador. 2. A redenção do pecador. 3.
Uma redenção plena. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2017.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 –
981264038 (Tim), pregação e ensino.