LIÇÃO
13 - A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DA SALVAÇÃO
TEXTO
ÁUREO
"Porque a graça de Deus se há manifestado,
trazendo salvação a todos os homens." (Tt 2.11)
VERDADE
PRÁTICA
A graça de Deus emanou do seu coração
amoroso para salvar o homem perdido, por meio do sacrifício vicário de Cristo
Jesus.
INTRODUÇÃO
Nesta última lição do trimestre
estudaremos a respeito da graça divina. A graça de Deus é a mais extraordinária
manifestação do seu amor para com a humanidade. Mas esta só pode usufruir os
benefícios desse recurso divino, se reconhecer o seu estado miserável, em
termos espirituais, e converter-se mediante a aceitação de Cristo como Salvador.
I -
A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS
1. A
graça comum. Graça vem da palavra hebraica hessed, e do
termo grego charis, cujo sentido mais comum é o de "favor imerecido que
Deus concede ao homem, por seu amor, bondade e misericórdia". A partir
dessa conceituação, podemos ver a "graça comum", pela qual Deus dá
aos homens as estações do ano, o dia, a noite, a própria vida, ou seja, todas
as coisas" (At 17.25 b).
2. A
graça salvadora. "Porque a graça de Deus se há
manifestado, trazendo salvação a todos os homens" (2.11). Está à
disposição de "todos os homens", mas só é alcançada por aqueles que
creem em Deus, e aceitam a Cristo Jesus como seu único e suficiente Salvador.
Por intermédio dela, Deus salva, justifica e adota o pecador como filho (Jo
1.12).
3.
Graça justificadora e regeneradora. A Graça de Deus é a fonte
da justificação do homem (Rm 3.21-26). Uma vez nascida de novo, a pessoa passa
a ser "nova criatura" (2 Co 5.17), tomando parte na família de Deus:
"Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos
Santos e da família de Deus" (Ef 2.19).
4.
Graça santificadora. A graça de Deus só pode ser eficaz, na vida
do convertido, se ele se dispuser a negar-se a si mesmo para ter uma vida de
santidade. A falta de santificação anula os efeitos da regeneração e da
justificação. Diz a Bíblia: "Segui a paz com todos e a santificação, sem a
qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14).
II -
A CONDUTA DO SALVO EM JESUS
1.
Sujeição às autoridades (v. 1). O cristão sincero deve
obedecer aos governantes e autoridades constituídas, desde que estes não
desrespeitem a Lei de Deus. Jesus mandou dar "a César o que é de
César" e "a Deus o que é de Deus" (Mt 22.21).
2. O
relacionamento do cristão (v. 2). Aqui, vemos quatro
comportamentos éticos, exigidos dos cristãos. Vejamos:
a) Não infamar a ninguém. É pecado
muito grave caluniar alguém, seja na igreja, seja fora dela. É passível de
sanção judicial ou condenação na justiça humana. Muito mais, na Lei de Deus.
Normalmente, a infâmia é ditada com intenção de prejudicar o outro. O cristão
deve cultivar o fruto do Espírito da "benignidade", que é a qualidade
de quem só faz o bem (Gl 5.22).
b) Não ser contencioso.
Contendas nas igrejas geralmente têm resultados muito prejudiciais.
Infelizmente em algumas reuniões, até mesmo de ministros cristãos, vemos
pessoas contendendo umas com as outros, por causa de interesses políticos ou
pessoais. Isso não agrada a Deus (2 Tm 2.24).
c) Ser modesto. A
modéstia deve ser evidente na vida de homens e mulheres cristãos. Revela a
simplicidade exortada por Jesus, em seu evangelho: "Eis que vos envio como
ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e
símplices como as pombas" (Mt 10.16).
d) Mostrar "mansidão para com todos
os homens". Deve ser característica marcante, do servo
de Deus, ser "manso e humilde de coração", como Jesus ensinou (Mt
11.29). Além de não ser interessante a contenda, no meio cristão, o crente
precisa ser "manso para com todos, apto para ensinar, sofredor" (2 Tm
2.24b).
3. A
lavagem da renovação do Espírito Santo (v. 3). Vivíamos
entregues ao pecado e longe de Deus, mas Cristo nos salvou e nos purificou.
Como novas criaturas não temos mais prazer no pecado. Observe, a seguir, algumas características,
segundo Paulo que caracterizam o homem que vive segundo a carne:
a) Insensatez. Refere-se
à velha vida, plena de loucura, imprudência, leviandade e incoerência, que leva
muitos à perdição eterna. Na parábola das dez virgens, Jesus chama a atenção
para as cinco "loucas" ou insensatas, que não se preveniram com o
azeite para esperar o noivo (Mt 25.1-13). Jesus também falou sobre o homem
"insensato", que edifica sua casa sobre a areia (Mt 7.26). O desastre
espiritual torna-se inevitável.
b) Desobediência. A
desobediência foi o primeiro pecado cometido pelo homem (Rm 5.19). E desde
então é a "mãe" de todos os pecados, cometidos, em todos os tempos (Rm
11.30), por aqueles que são "filhos da desobediência" (Ef 2.2; 5.6; Cl
3.6).
c) Extravio. Sem
Deus, sem a salvação em Cristo, o homem é um perdido, como ovelha sem pastor (Mt
9.36). É uma situação difícil e por vezes desesperadora. Mas é feliz quem faz
como o "filho pródigo", que tomou a decisão sábia de retornar
humilhado à casa do pai, onde foi recebido com amor e misericórdia (Lc 15.18-24).
d) Servindo a "várias
concupiscências e deleites". Outra tradução fala de "paixões e
prazeres", que dominam a vida do homem sem Deus. Os deleites da carne
impedem que o homem se converta a Deus de verdade, sufocado pelos
"espinhos" da vida (Lc 8.14). As concupiscências da vida, ou os
desejos exacerbados da carne são impedimento para uma vida de santidade e
fidelidade a Jesus (1 Pe 4.3; Jd 16).
e) "Vivendo em malícia e
inveja". Malícia é sinônimo de maldade, perversidade,
malignidade, o que não deve fazer parte da vida cristã (Ef 4.31; Cl 3.8); a inveja
é outro sentimento indigno para um cristão sincero. A inveja é "a podridão
dos ossos" (Pv 14.30).
f) Odiosos, odiando "uns aos
outros". A
"lavagem da regeneração do Espírito Santo" nos faz "justificados
pela sua graça" e herdeiros da vida eterna (3.4-7). João adverte-nos ao
dizer que "qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que
nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna" (1 Jo 3.15). No Antigo
Testamento, só era homicida quem matasse alguém com algum tipo de objeto
perigoso. No evangelho da graça de Deus, é homicida quem, no coração, odeia o
seu irmão.
III
- AS BOAS OBRAS E O TRATO COM OS HEREGES
1. A
prática das boas obras (v. 8). Praticar boas obras faz
parte do dia a dia do servo ou da serva de Deus. "Porque somos feitura
sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para
que andássemos nelas" (Ef 2.10). Quem está em Cristo tem prazer em
praticar aquilo que é bom e agradável ao seu próximo e a Deus.
2.
Como tratar com os hereges (v. 10). Paulo ensina que devemos
evitar os falsos mestres, não nos envolvendo em suas discussões tolas. Muitas
vezes acabamos discutindo e dando uma atenção demasiada aos ensinos que são
contrários a Palavra de Deus.
CONCLUSÃO
A graça de Deus é a fonte da salvação do
homem. É favor jamais merecido por qualquer pessoa, e manifesta o seu amor e
sua benignidade para com o pecador. Essa graça é manifestada "a todos os
homens", mas só é eficaz, na vida de quem aceita a Cristo como Salvador
pessoal.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. A IGREJA E O SEU TESTEMUNHO, As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais.
Lição 13 – A manifestação da graça da salvação. I – A manifestação da graça de
Deus. 1. A graça comum. 2. A graça salvadora. 3. A graça justificadora e
regeneradora. 4. Graça santificadora. II – A conduta do salvo em Jesus. 1. Sujeição
às autoridades. 2. O relacionamento do cristão a) não infamar a ninguém. B) Não
ser contencioso. C) ser modesto. D) mostrar “mansidão para com todos os homens”.
3. A lavagem da renovação do Espírito Santo. A) Insensatez. B) desobediência. C)
Extravio. D) Servindo a “várias concupiscências e deleites”. E) “vivendo em
malícia e inveja”. F) Odiosos, odiando “uns aos outros”. III – As boas obras e
o trato com os hereges. 1. A prática das boas obras. 2. Como tratar com os
hereges. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 84070979 (Oi) e 63 –
81264038 (Tim), pregação e ensino.