LIÇÃO
05 - CAIM ERA DO MALIGNO
TEXTO
ÁUREO
"[...] Que nos amemos uns aos
outros. Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão [...]." (1
Jo 3.11,12)
VERDADE
PRÁTICA
Quem ama de verdade não se deixa dominar
nem pela inveja nem pelo ódio.
INTRODUÇÃO
O capítulo 4 de Gênesis apresenta a
triste história do primeiro homicídio da Terra. Caim, o primeiro homem nascido
de mulher, matou o próprio irmão depois que teve sua oferta recusada por Deus.
O que deveria ser uma ocasião de ações de graças enlutou a família de Adão.
Caim demonstrou, dessa forma, que era do maligno, que tinha um coração e
atitudes que desagradavam a Deus.
I -
CAIM, SEGUIDOR DE SATANÁS
1. A
semente da mulher. O nascimento de Caim foi acolhido com ações
de graças a Deus. Ao contemplar o filhinho, exclamou Eva: "Alcancei do
Senhor um varão" (Gn 4.1). Eva considerou que seu primeiro filho foi um
presente de Deus. A seguir, nasceu Abel, o segundo filho, e a partir daí a
narrativa bíblica vai apresentar as profissões de cada um dos irmãos: Caim se
tornou um lavrador, e Abel, um pastor.
Satanás, pelo que inferimos dos fatos,
não teve muito esforço em aliciar o primeiro filho de Adão. Dessa forma, Caim
entra para a História Sagrada como o primeiro discípulo declarado do Diabo,
cuja lista seria longa e enfadonha: Faraó, Herodes, Stalin, e alguns
contemporâneos nossos.
2. O
agricultor. Já homem feito, pôs-se Caim a trabalhar a terra,
conforme o Senhor havia ordenado (Gn 1.26-28). E, pelo que depreendemos, ele
foi muito bem-sucedido como agricultor. A Terra, embora amaldiçoada pela
transgressão de seu pai, não lhe negou colheita alguma. Solo arável não lhe
faltava naquele mundo sem fronteira.
3. A
apostasia de Caim. Apesar de seu sucesso profissional, Caim
não se voltou a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.23). Antes, deixou-se
cooptar pelo Diabo. Este, sempre oportunista, fez daquele jovem o seu principal
aliado, objetivando frustrar a redenção da humanidade.
Mas Satanás estava enganado. Embora
sagaz, pouco sabia dos reais planos de Deus para a nossa salvação. Enquanto
isso, ia o jovem Abel tangendo o seu gado na graça divina.
II -
O CULTO DE CAIM
A Escritura diz que, passado algum
tempo, Caim e Abel trouxeram, do fruto do seu trabalho, uma oferenda ao
Senhor.
1. O
sacrifício rejeitado. "E aconteceu, ao cabo de dias, que
Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor" (Gn 4.3). É provável
que ele tenha aprendido a cultuar a Deus com o seu pai, Adão, pelo menos,
exteriormente. Do fruto de sua colheita, separou uma oferta ao Criador. Podem
ter sido frutas, legumes ou cereais, oferendas válidas (Lv 23.10).
Abel também pôs-se a cultuar o Senhor,
oferecendo-lhe as primícias do rebanho (Gn 4.4). Diz o texto sagrado que Deus
atentou para o sacrifício de Abel, mas rejeitou o de Caim (Gn 4.5). O problema
não estava na oferta, mas no ofertante. Tanto a oferta de animais, como a de
frutos da terra, eram igualmente aceitáveis no culto divino. Não nos esqueçamos
de que o Senhor viria a reprovar até mesmo a oferta animal ao tornar-se esta
formal e impiedosa (Jr 6.20).
2. A
atitude interior reprovada. Por que o Senhor reprovou o sacrifício
de Caim? Porque o seu culto não passava de uma mera formalidade. Como se não
bastasse, apresentava-se a Deus com a alma tomada pelo ódio. Naquele instante,
indaga-lhe o Senhor: "Por que te iraste? E por que descaiu o teu
semblante?" (Gn 4.6). Por esse motivo, recomenda-nos Paulo: "Quero,
pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem
contenda" (1 Tm 2.8).
Na Igreja de Deus não pode haver espaço
para homens iracundos e contenciosos, que farão da obra do Senhor uma causa de
ganho pessoal. Deus não se agrada de pessoas que agem dessa forma.
3. O
pecado sempre presente. Se Caim o quisesse, poderia reverter
aquela situação, dominando o seu coração homicida. Eis o que lhe aconselha o
amoroso Deus: "Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não
fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele
dominarás" (Gn 4.7).
Caim racionaliza o seu pecado.
Recusando-se a fazer o bem, permitiu que Satanás lhe tornasse mal o coração.
Neste, o homicídio foi um processo que, germinado pela inveja, frutificou numa
ira assassina (Tg 1.13-15). Se não quisermos pecar contra Deus, não permitamos
que o pecado nos germine na alma. Arranquemos, pois, as ervas daninhas que
Satanás nos lança no íntimo.
III
- CAIM NÃO GUARDOU O SEU IRMÃO
O crime de Caim foi doloso. Além de
mover um ódio doentio contra o irmão, dissimuladamente levou-o até a cena do
crime, onde veio a matá-lo.
1. O
crime. Narra o autor sagrado que, estando ambos no campo,
longe dos olhos dos pais, Caim insurgiu-se contra Abel e o matou (Gn 4.8).
Assassino dissimulado e cruel, aproveitou-se da confiança de seu irmão para
matá-lo. Esse fato deve nos servir de aviso: até que ponto estamos nutrindo
sentimentos perniciosos contra nossos irmãos a ponto de planejar contra eles o
mal ou coisa pior? Que Deus nos faça refletir sobre nossas atitudes e não nos
deixe ser pessoas como Caim.
2. O
álibi. Quando inquirido por Deus acerca do paradeiro do irmão,
Caim desculpa-se, como se estivesse noutro lugar, quando da morte de Abel:
"Não sei; sou eu guardador do meu irmão?" (Gn 4.9). O seu álibi é
energicamente destruído pelo justo Senhor: "Que fizeste? A voz do sangue
do teu irmão clama a mim desde a terra" (Gn 4.10).
Há muito sangue clamando no mundo. A
pergunta não haverá de ser emudecida: "Onde está Abel, teu irmão?"
(Gn 4.9). O que responderemos? De fato, somos chamados a demonstrar amor e
respeito uns pelos outros, pois somos guardadores de nossos irmãos.
OBS: Não sabemos que marca foi colocada em Caim, a imagem acima é apenas uma forma visual de ilustrar que Caim recebeu uma marca de Deus. Com a finalidade de evitar discussões acerca da imagem do slide, já faço antecipadamente este esclarecimento. Reforço, a Imagem é apenas ilustrativa e não retrata com fidelidade a respeito da marca que recebeu Caim.
Grato, pastor Ismael Oliveira
3. A
marca do crime. Como a administração da justiça ainda não
havia sido delegada à comunidade humana, o Senhor põe um sinal em Caim, para
que ninguém viesse reivindicar-lhe o sangue de Abel (Gn 4.15).
Caim, de fato, não foi penalizado com a
morte, mas ficou marcado para o resto de seus dias, dando início a uma geração
de assassinos, devassos e inimigos de Deus.
CONCLUSÃO
O exemplo de Caim deve nos fazer lembrar
de que precisamos ter uma vida íntegra diante de Deus e demonstrar amor e
respeito para com o nosso próximo.
Abel foi o primeiro crente a ser
arrolado entre os heróis da fé. Quanto a Caim, foi o primeiro ser humano a ter
o nome riscado do Livro da Vida.
O que lhe faltava? Uma vida que
agradasse a Deus e o exercício do amor fraternal. Quando não se ama como Jesus
amou, o homicídio torna-se corriqueiro na vida do homem. Por isso, há tantos
homicídios em nosso meio. Homicídios espirituais, morais e emocionais.
Lembremo-nos das palavras de João: "Porque esta é a mensagem que ouvistes
desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que era do
maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram
más, e as de seu irmão, justas" (1 Jo 3.11,12).
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Referências
Revista Lições Bíblicas. O COMEÇO DE TODAS AS COISAS, Estudos sobre o livro de Gênesis. Lição
05 – Caim era do maligno. I – Caim, seguidor de Satanás. 1. A semente da mulher.
2. O agricultor. 3. A apostasia de Caim. II – O culto de Caim. 1. O sacrifício
rejeitado. 2. A atitude interior reprovada. 3. O pecado sempre presente. III – Caim
não guardou o seu irmão. 1. O crime. 2. O álibi. 3. A marca do crime. Editora
CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 84070979 (Oi) e 63 –
81264038 (Tim), pregação e ensino.