LIÇÃO
13 - JOSÉ, A REALIDADE DE UM SONHO
TEXTO
ÁUREO
"E disse Faraó a seus servos:
Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus?" (Gn
41.38)
VERDADE
PRÁTICA
Escravo, ou senhor, José sempre se
destacou por uma vida de excelência e fidelidade a Deus.
INTRODUÇÃO
Neste domingo, veremos como Deus usou
José para garantir a sobrevivência de Israel. Tudo começou com um sonho que, no
devido tempo, fez-se realidade. Mas, do sonho à realidade, o jovem hebreu
viu-se reduzido à escravidão até ser exaltado como governador de toda terra do
Egito.
José soube esperar com paciência. Quem tem sonhos dados por Deus não tem
pressa. Sabe que tudo haverá de cumprir-se no tempo estabelecido pelo Eterno.
I -
A HISTÓRIA DE JOSÉ
José era bisneto de Abraão, amigo de
Deus. À semelhança de seu pai, Jacó, e do avô, Isaque, era um homem de
profundas experiências com o Senhor. A seu modo, era um profeta e um
especialista em sonhos.
1.
Filho da afeição. José era filho de Raquel, a esposa amada de
Jacó (Gn 29.18-20,30). Seu nascimento foi celebrado por sua mãe (Gn 30.22-24).
Em hebraico, José significa Jeová acrescenta.
2.
Filho da decisão. Talvez o seu nascimento tenha levado Jacó a
munir-se de uma firme atitude diante de Labão, seu sogro: "Deixa-me ir;
que me vá ao meu lugar e à minha terra" (Gn 30.25). O filho do coração
mexeu com a alma do patriarca que, por longos anos, achava-se exilado em
Padã-Arã. Enfim, chegara a hora de retornar à casa de Isaque, seu pai.
3.
Filho dos sonhos. Já deixando a adolescência, José teve dois
sonhos. Assim ele relata o primeiro deles aos irmãos: "Eis que estávamos
atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava e também
ficava em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu
molho" (Gn 37.7). Embora campesinos e rudes, eles não tiveram dificuldades
em interpretar-lhe o sonho: "Tu deveras terás domínio sobre nós?" (Gn
37.8).
Nem sempre nossos sonhos são compreendidos.
Mas, se procedem de Deus, certamente se cumprirão no tempo da oportunidade.
O segundo sonho foi ainda mais
significativo: "E eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a
mim" (Gn 37.9). Ao ouvir o relato, indagou-lhe o pai: "Porventura viremos
eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra?" (Gn
37.10). Por causa disso, seus irmãos vieram a odiá-lo. Jacó, entretanto, tudo
guardava no coração. Na qualidade de profeta e sacerdote de Deus, sabia que
algo grandioso estava para acontecer com o filho sonhador.
II -
UM ESCRAVO CHAMADO JOSÉ
Se em casa era o mais querido dos
filhos, no exílio, José teria de experimentar as angústias de um escravo. O
Senhor, porém, era com ele.
1. O
preço de um jovem. Os irmãos de José venderam-no a uns
mercadores ismaelitas por vinte siclos de prata (Gn 37.28). Avaliaram-no abaixo
da cotação do mercado para a compra de um escravo (Êx 21.32). As pessoas
socialmente aviltantes não tinham muito valor. O valor de José, entretanto,
excedia ao do próprio ouro.
2. A
pureza de um jovem. Quem serve a Deus prospera até mesmo na
servidão. Não sabemos o preço que Potifar ofereceu por José. Mas logo
descobriria ter adquirido um bem mui valioso, pois tudo o que o jovem hebreu
punha-se a fazer prosperava (Gn 39.6,7). Quem serve a Deus prospera em qualquer
circunstância (Sl 1.3).
Por ser um jovem formoso, não demorou a
ser cobiçado pela esposa de seu amo (Gn 37.7). José, porém, temia a Deus, e
guiava-se por uma ética superior. Por isso, respondeu à sua senhora:
"Como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?" (Gn
39.9). Os Dez Mandamentos ainda não haviam sido decretados, mas a lei de Deus
já estava gravada em seu coração (Rm 2.14).
3. A prisão de um jovem.
Embora muito o assediasse, a mulher de Potifar não conseguiu arrastá-lo ao
pecado. Certo dia, porém, estando apenas os dois em casa, ela o agarrou pelas
roupas. Ele, desvencilhando-se, deixou-lhes as vestes nas mãos, e fugiu nu (Gn
39.10-12). Só um homem revestido da graça de Deus é capaz de semelhante reação.
Vendo-se rejeitada, a mulher acusa-o de
querer forçá-la. Quanto a Potifar, a fim de salvar as aparências, manda-o à
prisão, onde eram apenados os oficiais do rei (Gn 39.20). O egípcio poderia ter
executado o hebreu. Todavia, apesar de sua ira, preferiu não matá-lo.
Apesar do cárcere, José é bem-sucedido.
Por isso, o carcereiro-mor entrega-lhe o cuidado dos outros presos, pois
"tudo o que ele fazia o Senhor prosperava" (Gn 39.23).
III
- UM LUGAR DE REFÚGIO PARA ISRAEL
José não se limitava a sonhar; também
interpretava sonhos. O seu ministério era parecido com o de Daniel.
1. O
intérprete de sonhos. Na prisão, José foi designado a cuidar
pessoalmente de dois assessores de Faraó (Gn 40.4). E, certa manhã, ao
ouvir-lhes os sonhos, interpretou-os fidedignamente. De acordo com as suas
palavras, o copeiro-mor foi restituído ao cargo; o padeiro-mor, enforcado (Gn
40.6-22).
Quem sonha não despreza os sonhos alheios.
José, porém, atribuía este poder não a si, mas ao Senhor: "Não são de Deus
as interpretações?" (Gn 40.8). Quando atribuímos a glória a Deus, não nos
tornamos arrogantes e jamais seremos esquecidos.
2.
Um economista de excelência. Passados dois anos completos, Faraó
teve dois sonhos bem agropecuários. No primeiro, viu que sete vacas gordas eram
devoradas por outras sete magras e feias. E, no segundo, observou que sete
espigas boas e graúdas eram igualmente devoradas por outras sete mirradas e
queimadas pelo vento oriental (Gn 41.2-7).
Ao interpretar o sonho ao rei,
entregou-lhe também um plano econômico que, embora simples, se mostraria eficaz
para salvar não somente o Egito, mas os povos vizinhos, entre os quais, os
hebreus (Gn 41.32-36). O plano era bastante prático: a fartura dos primeiros
sete anos deveria ser armazenada para socorrer a penúria dos sete anos
seguintes. Ao ouvi-lo, Faraó constitui imediatamente José como governador do
Egito: "Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de
Deus?" (Gn 41.38). Seria muito bom se nossos ministros tomassem algum
conselho com José.
3. O
salvador de seu povo. Foi como primeiro-ministro do Egito que
José acolheu a família. Não somente perdoou as ofensas aos seus irmãos, como
proveu-lhes toda a subsistência. Ele soube como interpretar as adversidades
pelas quais passara. Diante da perplexidade de seus irmãos, declarou-lhes:
"Deus me enviou diante da vossa face, para conservar vossa sucessão na
terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento" (Gn 45.7).
Após encontrar-se com o velho pai, Jacó,
instala seus familiares na terra de Gósen, onde os sustenta. E, ali, distante
da influência dos cananeus e dos egípcios, os hebreus puderam desenvolver-se
até se tornarem uma grande e poderosa nação (Êx 1.6,7). Aquele isolamento seria
benéfico a Israel.
CONCLUSÃO
Se
fizermos a vontade de Deus, até as adversidades redundarão em bênçãos e
livramentos aos que nos cercam. Todavia, não nos impacientemos se os sonhos que
nos dá o Senhor demoram a se cumprir. Para tudo há um tempo determinado. Há
tempo para sonhar e também para que cada sonho se realize. Que tudo ocorra,
pois, de acordo com a vontade de Deus.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. O COMEÇO DE TODAS AS COISAS, Estudos sobre o livro de Gênesis. Lição
12 – Isaque, o sorriso de uma promessa. I – Isaque o sorriso tão esperado. 1. O
nascimento do “riso”. 2. Isaque e Ismael. II – Isaque, o bem mais precioso de
Abraão. 1. A provação das provações. 2. O encontro de Isaque com Deus. III – O
casamento de Isaque. 1. Uma esposa para Isaque. 2. O casamento de Isaque. 3. Os
filhos que não vinham. IV – Isaque, o bendito do Senhor. 1. Príncipe de Deus. 2.
Profeta de Deus. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 84070979 (Oi) e 63 –
81264038 (Tim), pregação e ensino.
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