LIÇÃO 09 - JESUS, O HOLOCAUSTO PERFEITO
TEXTO ÁUREO
“Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do
corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.”
(Hb 10.10)
VERDADE
PRÁTICA
Os holocaustos da Antiga Aliança eram transitórios e imperfeitos,
mas o sacrifício de Jesus Cristo é perfeito e eterno, porque Ele morreu e
ressuscitou eficazmente por toda a humanidade.
Levítico 1.1-9
1 - E chamou o SENHOR a Moisés e falou com ele da tenda da
congregação, dizendo:
2 - Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando algum de
vós oferecer oferta ao SENHOR, oferecereis as vossas ofertas de gado, de vacas
e de ovelhas.
3 - Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho
sem mancha; ŕ porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria
vontade, perante o SENHOR.
4 - E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que
seja aceito por ele, para a sua expiação.
5 - Depois, degolará o bezerro perante o SENHOR; e os filhos
de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue e espargirão o sangue ŕ roda sobre
o altar que está diante da porta da tenda da congregação.
6 - Então, esfolará o holocausto e o partirá nos seus
pedaços.
7 - E os filhos de Arão, os sacerdotes, porão fogo sobre o
altar, pondo em ordem a lenha sobre o fogo.
8 - Também os filhos de Arão, os sacerdotes, porão em ordem
os pedaços, a cabeça e o redenho, sobre a lenha que está no fogo em cima do
altar.
9 - Porém a sua fressura e as suas pernas lavar-se-ão com
água; e o sacerdote tudo isto queimará sobre o altar; holocausto é, oferta
queimada, de cheiro suave ao SENHOR.
INTRODUÇÃO
Apesar da glória e da simbologia do holocausto, os profetas
não demoraram a revelar a transitoriedade desse ritual levítico. Eles sabiam
que, embora a oferenda fosse eficiente como tipo de um sacrifício melhor e
definitivo, não era eficaz, em si mesma, para redimir o pecador. Por isso, o
holocausto tinha de ser oferecido, pela fé, com os olhos postos no Calvário.
Conforme veremos nesta lição, o Senhor Jesus Cristo, ao
encarnar-se, tornou-se o holocausto perfeito, para resgatar-nos de nossos
pecados, tornando-nos propícios ao Pai. Ele é o Holocausto dos holocaustos.
I – O HOLOCAUSTO, O SACRIFÍCIO MAIS ANTIGO
O holocausto não foi estabelecido por Moisés, nem surgiu
durante a peregrinação de Israel, no Sinai. Praticado desde a queda de Adão,
foi observado até a destruição do segundo Templo em 70 d.C.
1. Definição de holocausto. O termo holocausto provém do
vocábulo hebraico olah, que, entre outras coisas, significa: ascender ou ir
para cima. É uma referência tanto à fumaça da oferta queimada que subia, como a
essência dessa mesma oferta que se elevava às narinas do Senhor como cheiro
agradável (Lv 1.9).
O holocausto era o primeiro e mais importante sacrifício do
culto divino no Antigo Testamento (Lv 1.1-3).
Consistindo no oferecimento de aves e de animais, a oferenda implicava a queima
total da vítima, como sacrifício incondicional ao Senhor (Lv
1.9). Era a oferta que abria as solenidades diárias, sabáticas, mensais e
anuais do calendário levítico. A cerimônia era conhecida também como oferta
queimada.
Simbolicamente, Paulo considerou a atitude dos irmãos
filipenses, em favor da obra missionária, como holocausto de aroma suave (Fp 4.18).
2. Objetivos do holocausto. Dois eram os principais objetivos
do holocausto: tornar o homem propício a Deus, e aprofundar a comunhão de
Israel com o Senhor (Lv. 1.9).
O holocausto não era oferecido apenas pela culpa do pecado;
era ofertado também como ação de graças a Deus por uma vitória alcançada (Lv 1.4; cf. 1 Sm 6.14). O sacrifício representava, ainda, uma oração dramática que
o adorador, através do sacerdote, endereçava ao Senhor (Sl
116.17). Todavia, o ritual, para ter validade, tinha de ser oferecido com
fé e confiança na intervenção divina.
3. A tipologia do holocausto. Os profetas sabiam que os
sacrifícios do Antigo Testamento eram transitórios, e que uma aliança superior
e definitiva já havia sido providenciada por Deus (Jr.31.31-33). Davi, por exemplo, estava ciente
de que o holocausto apontava para um sacrifício melhor (Sl
40.6; Hb 10.8). Mais
adiante, voltaremos ao assunto.
SÍNTESE DO TÓPICO I
O holocausto é a oferta principal e mais antiga do Antigo
Testamento.
II – O HOLOCAUSTO NA HISTÓRIA DE ISRAEL
A oferenda de holocaustos pode ser encontrada nos três principais
períodos da história de Israel no Antigo Testamento: patriarcal, mosaico e
nacional.
1. No período patriarcal. O sacrifício dos patriarcas Noé e
Abraão (Gn 8.20; 22.13) foi apresentado de acordo com a
oferenda, ou seja, um holocausto, que Abel ofereceu ao Senhor. Por isso a
oferenda pode ser considerada a mais antiga da história sagrada (Gn 4.4).
2. No período mosaico. Após a saída dos filhos de Israel do Egito, o Senhor
instruiu Moisés a sistematizar o culto divino, a fim de evitar impurezas e
práticas pagãs. Quanto ao holocausto, por exemplo, apesar de já ser uma
tradição na comunidade hebreia, teria de ser oferecido, a seguir, segundo
critérios e normas bem definidos. Seria exigido, por exemplo, um altar
apropriado para as ofertas queimadas (Êx 31.9). Como pode
ser visto nas especificações da cerimônia nos capítulos de 1 a 6 de Levítico.
Portanto, tudo seria executado de conformidade com as regras
estabelecidas por Deus. Caso contrário, os israelitas corriam o risco de se
enveredar pelas idolatrias egípcias e cananeias.
3. No período nacional. Após a conquista de Israel, os holocaustos
continuaram a ser oferecidos ao Senhor por vários motivos. Josué celebrou uma
importante vitória sobre os cananeus com ofertas queimadas e pacíficas (Js 8.31). Gideão, ao ser comissionado pelo Senhor para
libertar Israel, adorou-o com igual oferenda (Jz 6.26).
Quanto a Samuel, ofereceu ao Senhor o mesmo sacrifício, antecipando uma grande
vitória sobre os filisteus (1 Sm 13.9,10). A reforma de Ezequias também foi
marcada por holocaustos (2 Cr 29.7-35).
Após o retorno do exílio, os judeus, agradecidos a Deus pela
restauração de seu culto, também apresentaram-lhe ofertas queimadas (Ed 8.35).
Ao aproximar-se do Senhor com uma oferta queimada, o crente
hebreu mostrava, através desse rito, a sua disposição de entregar, não somente
a vítima ao Senhor, como também a si mesmo. O Salmo 51 revela tal voluntariedade no Rei
Davi.
Todos esses holocaustos prefiguravam a vinda de Jesus Cristo,
o sacrifício vicário perfeito.
SÍNTESE DO TÓPICO II
O holocausto faz parte da história de Israel.
III – JESUS CRISTO, O HOLOCAUSTO PERFEITO
A fim de que o Filho de Deus se tornasse o nosso holocausto
perfeito, três coisas foram-lhe necessárias: a encarnação, o sofrimento e,
finalmente, a morte e ressurreição.
1. A encarnação de Cristo. A encarnação de Cristo foi o
cumprimento cabal e perfeito da profecia de Davi: “Sacrifício e oferta não
quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não
reclamaste” (Sl 40.6).
O Messias reconhece, através do Salmista, que os holocaustos
são ineficazes, em si mesmos, para redimir o pecador. Eis por que Ele, o Filho
de Deus, apresentou-se como a oferta e o ofertante, para resgatar eficazmente a
humanidade (Hb 10.1-10). Nessa condição, Jesus Cristo
foi provado em todas as coisas, exceto no pecado, a fim de mostrar a eficácia
de seu maravilhoso, eterno e definitivo sacrifício (Hb 9.26).
2. O sofrimento de Cristo. Assim como a vítima do holocausto
era, antes de ser queimada, repartida em pedaços, o Senhor Jesus foi submetido
a todos os sofrimentos, angústias e dores (Is 53). Diz o
profeta que o Ungido de Deus sabia o que era padecer. O autor da Epístola aos
Hebreus afirma, por sua vez, que o Senhor Jesus, durante o seu ministério
terreno, apresentou ao Pai, constantes clamores e lágrimas (Hb
5.7).
Jesus Cristo foi duramente provado em todas as coisas. Mas,
vencendo-as, apresentou um testemunho fiel e poderoso na Terra, nos Céus e no
próprio Inferno (Fp 2.9-11).
Na condição de Cordeiro de Deus, o Holocausto dos
holocaustos, Ele reunia, em si, o cumprimento de todas as ofertas, oferendas e
sacrifícios do livro de Levítico (Jo 1.29). No
Apocalipse, o Leão da tribo de Judá ainda é glorificado como o Cordeiro que foi
morto em nosso lugar (Ap 5.6).
3. A morte e ressurreição de Cristo. O auge do sofrimento de Jesus
Cristo, como o nosso perfeitíssimo holocausto, foi a sua morte no Calvário. Ele
foi morto e sepultado (Mt 27.59-66). Mas, no terceiro
dia, eis que ressurge dos mortos como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Mt 28.1-10). Com a sua ressurreição, Jesus plenifica o
sacrifício perfeito, como ofertante e oferta (Hb 9.27,28).
Ele é o Holocausto dos holocaustos. Aleluia!
SÍNTESE DO TÓPICO III
Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, é o sacrifício
perfeito.
CONCLUSÃO
Esta lição faz-nos refletir sobre o sacrifício perfeito de
Jesus Cristo. Ele morreu eficazmente por mim e por você. Por essa razão, temos
de viver uma vida de santidade e pureza. Somente assim, seremos vistos pelo Pai
Celeste como fiéis testemunhas do Evangelho. Não podemos ignorar o sacrifício
de Cristo. Se o fizermos, sobre nós recairá o justo e esperado juízo de Deus
(Hb 10.26,27).
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Referências
Revista Lições Bíblicas. ADORAÇÃO, SANTIDADE E SERVIÇO, Os
princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Lição 09 – Jesus, o
holocausto perfeito. I – O holocausto, o sacrifício mais antigo. 1. Definição
de holocausto. 2. Objetivos do holocausto. 3. A tipologia do holocausto. II – O
holocausto na história de Israel. 1. No período patriarcal. 2. No período
mosaico. 3. No período nacional. III – Jesus Cristo, o holocausto perfeito. 1. A
encarnação de Cristo. 2. O sofrimento de Cristo. 3. A morte e ressurreição de
Cristo. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2018.
Elaboração
dos slides: Ismael
Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA,
matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos
para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.