LIÇÃO
08 – O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA
TEXTO
ÁUREO
"Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as
aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério" (2 Tm
4.5).
VERDADE
PRÁTICA
O evangelista proclama o pleno Evangelho
de Cristo com ousadia; é um arauto de Deus no mundo.
O ministério de evangelista é dado por
Deus à Igreja como um dom valioso. Por isso, o estudaremos procurando
vislumbrar como o Senhor Jesus o considerou, e como esse dom ministerial por
Deus concedido é tratado em o Novo Testamento, bem como sua destacada operação
nas igrejas de Corinto e Éfeso. Temos de Jesus a ordem para pregar o Evangelho,
e em sua multiforme sabedoria Deus dispõe para a igreja o poder necessário para
proclamar o Evangelho com ousadia.
I
- JESUS ENVIA OS SETENTA (LC 10.1-20)
1.
São poucos os que anunciam. Quando Jesus enviou os setenta para
anunciarem as boas novas do Reino de Deus na região da Galiléia, Ele asseverou:
"Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos" (v.2).
São poucos porque, primeiramente, os discípulos não podem proclamar a si mesmos
ou uma mensagem própria. Em segundo lugar, porque os discípulos do Senhor são
enviados a falar única e exclusivamente de Jesus e do Reino de Deus, jamais de
si mesmos. Lamentavelmente, ao longo dos séculos, muitos foram aqueles que na
Seara do Senhor falaram em seu próprio nome e pregaram a sua própria mensagem.
Os discípulos segundo o coração do Nazareno ainda são poucos, mas o Senhor
continua a convocar obreiros para a sua seara (v.2b).
2.
Enviados para o meio de lobos. Proclamar o Evangelho num
mundo contrário à mensagem do Reino de Deus certamente levaria os arautos de
Cristo a serem perseguidos. Os setenta que Jesus enviou seriam rejeitados,
perseguidos e até ameaçados de morte. A história da igreja nos mostra que
pessoas pagaram com a vida por professar a fé em Cristo. Nas últimas décadas,
mais cristãos foram mortos no mundo que em qualquer outra época da história da
Igreja. Os verdadeiros evangelistas enfrentarão ainda muitas perseguições,
sobretudo em países dominados por religiões anticristãs e fundamentalistas.
Eles são comparados a cordeiros que se dirigem para o meio dos lobos (v.3).
3.
Os sinais e as maravilhas confirmam a Palavra. Os setenta
discípulos receberam poder em nome de Jesus para pregar a mensagem do Reino de
Deus com graça (vv.9,10; Mt 10.1,8). Quando voltaram da missão, os
evangelistas, maravilhados e surpreendidos, diziam: "Senhor, pelo teu
nome, até os demônios se nos sujeitam" (v.17). Mas naquele momento Jesus
falou-lhes de uma realidade que eles não compreendiam: aquele poder era para
confirmar a Palavra do Reino, não a palavra do homem. O verdadeiro significado
de desfrutar da alegria no Espírito não é primeiramente ver milagres, mas saber
que através da exposição do Evangelho de poder temos os nossos nomes escritos
nos céus (v.20).
II
- A GRANDE COMISSÃO (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20)
1. O
alcance da Grande Comissão. A ordem dada por Jesus aos seus
discípulos, após a sua ressurreição, foi: "ide, ensinai todas as nações,
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a
guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado" (Mt 28.19,20). Esta
ordem é chamada comumente de A Grande Comissão. É o apelo de Jesus para os
discípulos anunciarem o Evangelho até as últimas consequências. Foi nesse
"espírito" que o apóstolo Paulo encarou a tarefa da evangelização (1
Co 9.16).
2. O
mundo está dividido em dois grupos. "Quem crer e for
batizado será salvo; mas quem não crer será condenado" (Mc 16.16). Aqui, o
Evangelho de Marcos destaca que há dois grupos de pessoas diante da mensagem de
Jesus: Os que creem e os que não creem. Acerca da salvação, os Evangelhos não
se preocupam com nacionalidade, raça, sexo ou condição sócio-econômica do homem
(Gl 3.28). Não há judeu, não há gentio (Rm 3.9,10,23). Toda a humanidade é
carente da graça de Deus e precisa decidir o seu futuro eterno crendo ou não no
Evangelho.
3. A
Grande Comissão hoje. A tarefa da evangelização do mundo está
inacabada. Apenas 33% da população mundial é composta por cristãos das várias
confissões de fé. Há regiões em que número de cristãos está diminuindo, como na
Europa. Recentemente, na Alemanha, cerca de 340 igrejas fecharam as portas; em
Portugal, quase 300. A Holanda e a Inglaterra são países considerados
"pós-cristãos". Ainda na Europa, cerca de 1500 templos cristãos foram
transformados em mesquitas, restaurantes, bibliotecas e casas de shows. Se a
Igreja não experimentar um real e poderoso avivamento espiritual, em poucas
décadas a Europa se tornará mulçumana ou o cristianismo não mais a
influenciará. Precisamos reevangelizar o continente europeu.
III
- O DOM MINISTERIAL DE EVANGELISTA
1. O
conceito de evangelista. O termo "evangelista" deriva
do verbo grego evangelizo, isto é, transmitir boas novas (do evangelho). Como
dom, refere-se àquele que é chamado para pregar o Evangelho. Foi concedido pelo
Pai através de uma capacitação ministerial objetivando propagar o Evangelho de
Cristo para toda a humanidade. O evangelista tem paixão pela salvação dos perdidos.
Esmera-se por buscar da parte de Deus mensagens inspiradas para tocar os
corações e quebrantar a alma dos pecadores.
2. O
papel do evangelista. O evangelista é, por excelência, o pregador
das boas-novas de salvação. Através da sua mensagem, vidas são alcançadas e
conduzidas a Deus. Muitas vezes, o evangelista torna-se um plantador de
igrejas, como tem ocorrido em diversos lugares do Brasil e pelo mundo afora. Um
evangelista cheio da graça de Deus poderá tocar corações com a mensagem do
Evangelho de modo tão convincente que leva o povo a crer e acatar as boas-novas
da salvação e ao Salvador Jesus.
3. A
finalidade do ministério do evangelista. Da mesma forma que o
ministério do apóstolo e do profeta, o do evangelista tem por finalidade
preparar os santos do Senhor para uma vida de serviço cristão, bem como à
edificação do Corpo de Cristo (Ef 2.20-22). Por isso, espera-se desse obreiro
que o fundamento do seu ministério seja Jesus Cristo, o nosso Senhor. Não pode
haver outro fundamento, senão Cristo!
O evangelista deve também, em tudo, ser
sensível à voz do Espírito Santo. A exemplo de Filipe, o obreiro deve ser
obediente ao Senhor, seja para pregar a multidões, seja para falar a uma única
pessoa (At 8.6,26-40). Outro aspecto importante desse ministério é a habilidade
que o evangelista deve ter na transmissão das boas-novas. O arauto de Deus
precisa ser capaz de responder à seguinte pergunta dirigida ao pecador:
"Entendes o que lês?" (At 8.30).
O dom ministerial de evangelista é
concedido por Deus a algumas pessoas conforme o propósito do Espírito Santo
para o fortalecimento e a edificação das igrejas locais. Isto, porém, não
significa desobrigar os crentes individualmente do labor da evangelização. Todo
seguidor de Cristo, isto é, todo aquele que se acha discípulo de Jesus, tem em
sua caminhada cristã o firme compromisso de propagar a mensagem do Evangelho. E
deste compromisso não pode se apartar um único milímetro. Que Deus levante mais
evangelistas para a sua grande seara!
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OBS:
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qualidades dos slides, sugerimos alterar o tamanho do seu slide no PowerPoint
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Referência
Revista
Lições Bíblicas. DONS ESPIRITUAIS E
MINISTERIAIS, Servindo a Deus e aos
homens com poder extraordinário. Lição 08 – O Ministério de Evangelista. I
– Jesus envia os setenta. 1. São poucos os que anunciam. 2. Enviado para o meio
dos lobos. 3. Os sinais e as maravilhas confirmam a Palavra. II – A grande
comissão. 1. O alcance da Grande Comissão. 2. O mundo está dividido em dois
grupos. 3. A grande comissão hoje. III – O Dom ministerial de Evangelista. 1. O
conceito de evangelista 2. O papel do evangelista. 3. A finalidade do
ministério do evangelista. Conclusão. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2°
Trimestre de 2014.