[1] “1. Prosperidade e
consumo. Contrastando a doutrina do Novo Testamento sobre a prosperidade com
o ensino de determinados mestres, constatamos haver uma abissal diferença entre
ambos. Enquanto os tais doutores incentivam o consumo e o acúmulo de bens
materiais, o Senhor Jesus e seus apóstolos até desencorajam tal ideia (Mt 6.19;
1 Tm 6.8-10). É por isso que muitos cristãos, apesar das aparências, não se
enquadram no modelo apresentado pela Palavra de Deus.
Sucesso e consumo são termos que definem o que
se considera hoje uma vida próspera. Todavia, é importante ressaltar: a
prosperidade, de acordo com o ensino apostólico, não significa realização
material, mas o aprofundamento da comunhão do ser humano com Deus. Se para o
homem moderno prosperar implica galgar os degraus do sucesso e da fama, para a
Bíblia tais coisas não têm valor algum. Aliás, ela até incentiva a perda desses
bens (Fp 3.7,8; Lc 18.22; 19.2,8)!”
[2] Amados professores e alunos da EBD, a Paz do Senhor!
Estamos diante de uma lição de grande importância para o crescimento espiritual. Se todos os alunos da EBD assimilarem esta lição, a Revista Lições Bíblicas deste primeiro trimestre já valeu a pena.
Valorizamos as coisas de acordo com o conhecimento que temos a respeito delas, sendo assim, por que a Igreja primitiva não enfatizava a riqueza material? Por que não buscavam o enriquecimento terreno? Por que não pregavam essa tão conhecida Teologia da Prosperidade? Porque eles já haviam ampliado a visão sobre o que é prosperidade.
Quando Deus criou o homem colocou nele um desejo de crescer, de dominar, de conquistar, de evoluir, "[...] Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine [...]" (Gênesis 1:26), "E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. (Gênesis 1:28). Observe que o homem só dominaria os peixes, as aves e os animais se primeiro ele desejasse esse domínio, então, Deus colocou o desejo de dominar, de sujeitar, de encher, de multiplicar e de frutificar, no coração do homem.
Esse desejo de querer, de dominar, de ser, vem desde o primeiro homem. Desde então todos os homens desejam ser dominadores, desejam ser o melhor de toda a criação terrena. Devo acrescentar que esse desejo não é pecado, porém, buscamos e desejamos aquilo que conhecemos. Por isso Satanás ao saber que o desejo estava no coração do homem, apenas trouxe um conhecimento falso das coisas para que o homem desejasse o que era pecado diante de Deus.
Satanás disse para Eva "Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." (Gênesis 3:4-5) Satanás não obrigou Eva a comer do fruto proibido, ele precisou apenas aguçar o desejo de "ser" do homem. Desde então Satanás vem usando a mesma tática para que o homem deseje o que não é bom para sua vida, deseje o que é pecado diante de Deus, basta apresentar um conhecimento falso das coisas e o homem já estará lá lutando para ter, para ser.
Trocamos o computador ou o celular por outro mais moderno, mesmo que o atual ainda esteja funcionando bem. E por que fazemos isso? Porque o homem é movido pelo desejo, basta nos mostrar outro celular e alguém dizer que esse é melhor, por isso e por aquilo, e o nosso desejo nos impulsionará a trocar o que temos pelo novo.
Mas porque estou dizendo tudo isso? Porque a Teologia da Prosperidade apresenta uma visão equivocada das coisas, e faz com que o homem deseje e busque coisas perecíveis e deixe de buscar e valorizar as coisas eternas.
A Igreja primitiva já havia rompido com essa visão das coisas materiais, o conhecimento a respeito das coisas eternas os fizeram ver que havia algo muito melhor para se desejar do que as riquezas terrenas. É a mesma coisa que desejarmos a bicicleta por pensarmos que a bicicleta é o melhor meio de transporte, mas a parti do momento que conhecemos o carro, então a bicicleta não vai deixar de ser boa, mas vai deixar de ter tanto valor para nós, agora vamos desejar e buscar ter o carro. Nesse simbolismo a bicicleta representa os bens materiais, e o carro representa a prosperidade, de acordo com o ensino apostólico, o aprofundamento da comunhão do ser humano com Deus.
A pergunta que faço agora é: Qual visão nós temos sobre a prosperidade? da bicicleta ou do carro? Se estamos preso à Teologia da Prosperidade, estamos com uma visão muito limitada, muito pequena. Se estamos com a visão da Igreja primitiva, então temos uma visão ampliada da prosperidade e os bens materiais não serão o nosso alvo, mas sim o Reino de Deus e as riquezas espirituais.
Tenham todos uma excelente aula!
Um grande abraço!
[1] “2. Prosperidade e
futuridade. A promessa de uma vida absolutamente saudável, rica,
bem-sucedida e livre de aflições nada tem a ver com a visão escatológica dos
primeiros cristãos. Por já estarem desfrutando das bênçãos do mundo vindouro
(Mc 10.29,30), eles tinham os corações completamente voltados para a
manifestação plena do Reino de Deus. Isso levou o apóstolo Paulo a desejar
ardentemente a vinda do Senhor (1 Ts 4.17; 2 Co 5.8; 2 Tm 4.8).
Faz-se necessário resgatar a dimensão escatológica que
caracterizava a Igreja Primitiva (Mt 6.31). A Escritura exorta-nos a não confiar
nas riquezas (1 Tm 6.17) nem acumulá-las (Mt 6.19). Se o crente colocar o
coração nos bens materiais certamente cairá na tentação da cobiça (1 Tm
6.9,10). Tiago alerta que a confiança nos bens terrenos conduz à opressão e ao
engano (Tg 2.6; 5.4).”
[1] Revista Lições Bíblicas. A verdadeira prosperidade, a vida
cristã abundante. Lição 04 – A prosperidade em o Novo Testamento. I – A
prosperidade no Novo Testamento é escatológica. 1. Prosperidade e consumo. 2.
Prosperidade e futuridade. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de
2012.
[2] Pb. Ismael Pereira de Oliveira.