LIÇÃO 10 - ÉTICA CRISTÃ E VIDA FINANCEIRA
TEXTO ÁUREO
“Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o
produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Is 55.2a)
VERDADE PRÁTICA
As finanças do crente devem ser bem administradas para ele
garantir o sustento da família, contribuir na manutenção da igreja local e
ajudar o próximo.
1 Crônicas 29.10-14; 1 Timóteo 6.8-10
1 Cr 29.10 – Pelo que Davi louvou ao SENHOR perante os olhos
de toda a congregação e disse: Bendito és tu, SENHOR, Deus de nosso pai Israel,
de eternidade em eternidade.
11 – Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e
a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu
é SENHOR, o reino, e tu te exaltaste sobre todos como chefe.
12 – E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas
sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e
dar força a tudo.
13 – Agora, pois, ó Deus nosso, graças te damos e louvamos o
nome da tua glória.
14 – Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, que tivéssemos
poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas? Porque tudo vem de ti, e
da tua mão to damos.
1 Tm 6.8 – Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos,
estejamos com isso contentes.
9 – Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço,
e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na
perdição e ruína.
10 – Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de
males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos
com muitas dores.
INTRODUÇÃO
O Senhor é a fonte de toda riqueza e tanto a prata quanto o
ouro pertencem a Ele (Ag 2.8). Logo, as posses e os bens são
concedidos ao ser humano por meio do nosso Deus. Assim, cada um prestará contas
de tudo o que recebeu nesta vida para administrar (Rm 14.12), inclusive na esfera financeira (Mt 25.19). Nesta lição, veremos como podemos
gerir melhor as nossas finanças.
I - A DÁDIVA DA NOVA ALIANÇA
O equilíbrio financeiro foge dos extremos da riqueza e da
pobreza, e ainda possibilita uma vida desprovida de preocupações
desnecessárias.
1. Vida financeira equilibrada. No livro de Provérbios estão
registradas as palavras de Agur (Pv 30.1). Ele fez dois pedidos ao Senhor
pelos quais almejava usufruir antes de sua morte (Pv 30.7). O primeiro pedido foi por uma vida
íntegra, livre da vaidade e da falsidade (Pv 30.8a). O segundo foi uma vida
financeira equilibrada: “não me dês nem a pobreza nem a riqueza” (Pv 30.8b). O motivo desse segundo pedido é
explicado no versículo nove: “para que, porventura, de farto te não negue e
diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome
de Deus”. Agur desejava dinheiro suficiente para uma vida digna que não o
levasse a pecar. Ele não queria muito dinheiro, objetivando, assim, evitar a
soberba; mas também não desejava que lhe faltasse para não ser desonesto. Nesse
propósito, ele apenas aspirava à porção necessária para cada dia (Pv 30.8c). Foi exatamente isso que Cristo nos
ensinou a pedir: “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6.11).
2. O perigo do amor do dinheiro. O apóstolo Paulo confirma que a
vida moderada é o melhor caminho para fugir dos laços e das tentações das
riquezas (1 Tm 6.9). É fato que a cobiça pelo dinheiro
corrompe os homens e os faz desviar da fé (1 Tm 6.10). Entretanto, o texto bíblico mostra
que o mal em si não está no dinheiro e sim no “amor do dinheiro”. O mal está em
perder a comunhão com Deus e passar a depositar a confiança nas riquezas. A
Bíblia revela que essa atitude foi empecilho de libertação na vida de muitos,
como nos exemplos do jovem rico (Lc 18.23), de Judas Iscariotes (Lc 22.3-6) de Ananias e Safira (At 5.1-5) que valorizaram o dinheiro em
detrimento da salvação. Portanto, mesmo que o Senhor nos permita enriquecer, o
salmista nos adverte quanto ao pecado em relação às riquezas: “se as vossas
riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Conhecer a teologia bíblica a respeito das finanças nos ajuda
a ter uma vida financeira equilibrada.
II – MEIOS HONESTOS PARA GANHAR DINHEIRO
Ganhar dinheiro não é pecado, mas uma necessidade
indispensável. Trabalhar de modo honesto para o sustento de sua família é uma
atitude altruísta.
1. Trabalho e emprego. Desde a queda no Éden, o homem precisa empregar
esforços para obter os bens de que necessita para sobreviver. Disse Deus: “No
suor do teu rosto, comerás o teu pão…” (Gn 3.19a). Assim, o trabalho passou a ser um
meio legítimo para prover o sustento humano. O Senhor Jesus ensinou que “digno
é o trabalhador do seu salário” (Lc 10.7 - ARA). Quando escreveu aos irmãos
de Tessalônica, Paulo enfatizou que o trabalho é um meio digno de ganhar
dinheiro (1 Ts 2.9). Porém, no afã de obter o seu
salário, o cristão não pode envolver-se com meios ilícitos ou criminosos (Pv 11.1; 20.10), nem tampouco explorar ou extorquir
seu semelhante (Am 2.6). A responsabilidade individual de
trabalhar para o próprio sustento é tão relevante que a Bíblia condena o
preguiçoso (Pv 21.25; 22.13) e ainda assevera: “Se alguém não
quiser trabalhar, não coma também”(2Ts 3.10).
2. Escolarização e Mobilidade Social. A sociedade é formada por classes
sociais. A possibilidade de um cidadão trocar de classe é denominada
“mobilidade social”. Um dos meios disponíveis para isso é a escolarização, ou
seja, a educação acadêmica. A escolarização proporciona a capacitação
profissional e o acesso a níveis superiores de ensino. Os que alcançam maior
escolarização possuem maior probabilidade de encontrar empregos com bons
salários. No entanto, o cristão precisa tomar cuidado na busca de seu
aprimoramento intelectual para não ser enredado por meio de filosofias e vãs
sutilezas (Cl 2.8). Precisa também ter em mente que
não devemos buscar conhecimento por vanglória ou para nos considerar melhor que outros (Fp 2.3). Assim, o padrão bíblico está em
usarmos a escolarização e a ascensão social para servir melhor o Reino de Deus
(Fp 2.4,21; 1 Co 10.32,33).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O trabalho, o emprego, a escolarização e a mobilidade social
são meios honestos para se ganhar dinheiro.
III – COMO ADMINISTRAR O DINHEIRO?
A mordomia das finanças é de responsabilidade de todos os
membros da família. A má gestão financeira provoca endividamento e
constrangimentos desnecessários.
1. Fidelidade na Casa do Senhor. A boa administração financeira tem
início com a fidelidade do cristão na entrega dos dízimos e das ofertas. O
dízimo era praticado antes da Lei (Gn 14.18-20), requerido no período da Lei (Ml 3.7-10) e permaneceu em vigor na Nova
Aliança (Mt 23.23; Lc 11.42). É mandamento da Lei e da Graça −
da antiga e da nova dispensação. Entregar os dízimos significa devolver ao
Senhor a décima parte de todos os nossos rendimentos. Já a oferta é extra ao
dízimo. Tanto um quanto outro devem ser dados com alegria (2 Co 9.7), amor, altruísmo e voluntariedade.
O sentimento que deve predominar no coração do crente no momento da entrega
solene é o da gratidão a Deus: “O povo se alegrou com tudo o que se fez
voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao SENHOR;
também o rei Davi se alegrou com grande júbilo.” (1 Cr 29.9 – ARA).
2. Estabelecendo prioridades. A Bíblia ensina que o dinheiro
serve de proteção (Ec 7.12 – ARA). Contudo, o dinheiro somente
será uma bênção se a família souber administrar os rendimentos. Estipular
prioridades e metas a serem atingidas é o caminho mais fácil para aplicar
habilidosamente os recursos e evitar o desperdício (Pv 21.5). As metas devem ser estabelecidas,
obviamente, de acordo com as condições financeiras da família. O planejamento
evita aplicação do dinheiro em atividades supérfluas ou desnecessárias (Is 55.2). Nesse sentido, as prioridades
devem ser ordenadas pela necessidade e urgência de cada situação. Assim, uma
administração transparente e sincera demonstra temor de Deus na aplicação das
finanças da família (1 Tm 5.8).
3. Evitando as dívidas. A falha no estabelecimento de prioridades provoca o
endividamento. Quando a família não planeja suas compras acaba por contrair
dívidas acima de suas posses, assim, o lar passa a sofrer privações e se torna
refém do credor, pois “o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). O comprometimento da renda
familiar acarreta uma série de outros prejuízos, tais como: impaciência,
nervosismo e desavenças no lar. Para evitar essas desagradáveis situações é
aconselhável comprar tudo à vista (Rm 13.8), não ser fiador de estranhos (Pv 11.15; 27.13), fugir dos agiotas (Êx 22.25; Lv 25.36) e ser fiel nos dízimos e nas
ofertas (Ml 3.10,11).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Precisamos administrar nossos recursos financeiros sendo fiel
ao Senhor e a sua casa e estabelecendo prioridades.
CONCLUSÃO
O cristão deve trabalhar honesta e diligentemente para suprir
o sustento de sua família. Ele deve administrar bem seus recursos a fim de não
pecar contra Deus e não expor a sua família ao vexame moral e privações.
Devemos, em primeiro lugar, confiar que Deus suprirá todas as nossas
necessidades (Fp 4.7); em segundo, fazer todo o possível ao nosso alcance para
bem administrar os recursos que Deus nos deu.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. VALORES CRISTÃOS, Enfrentando
as questões morais de nosso tempo. Lição 10 – Ética cristã e Vida
Financeira. I – A dádiva da nova aliança. 1. Vida financeira equilibrada. 2. O
perigo do amor do dinheiro. II – Meios honestos para ganhar dinheiro. 1. Trabalho
e emprego. 2. Escolarização e mobilidade social. III – Como administrar o
dinheiro? 1. Fidelidade na Casa do Senhor. 2. Estabelecendo prioridades. 3.
Evitando as dívidas. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2018.
Elaboração
dos slides: Ismael
Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA,
matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos
para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.