LIÇÃO
11 - MELQUISEDEQUE ABENÇOA ABRAÃO
TEXTO
ÁUREO
"E abençoou-o e disse: Bendito seja
Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra." (Gn 14.19)
VERDADE
PRÁTICA
A bênção de Melquisedeque não se limitou
a Abraão, mas alcança todos os que recebem Jesus Cristo como sacerdote eterno.
INTRODUÇÃO
A história de Melquisedeque é tão breve
que o autor sagrado pôde narrá-la em apenas três versículos (Gn 14.18-20).
Aliás, nem biografia possui o misterioso homem. Sabemos apenas que ele era rei
de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo.
Se a história é pequena, a teologia é
grande. A importância de Melquisedeque faz-se plena com a encarnação de Cristo
que, desde o Calvário, exerce o seu sacerdócio junto ao Pai.
O rei de Salém entra em cena, quando sai
ao encontro de Abraão, que vinha de uma renhida batalha para libertar a Ló, seu
sobrinho. E ali na antiga Jerusalém, abençoa no patriarca toda a nação
israelita. Nesta bênção, você também foi incluído.
I -
MELQUISEDEQUE, REI DE SALÉM
Uma história sem biografia. Assim
podemos definir a aparição de Melquisedeque no relato do Gênesis.
1.
Rei de Jerusalém. A antiga Salém, cujo nome em hebraico
significa paz, é identificada com a Jerusalém atual. O objetivo deste reino era
promover a paz através da justiça divina, já que o nome de Melquisedeque traz
este glorioso significado: rei de justiça (Hb 7.2).
Portanto, sua função era difundir o
conhecimento divino em toda aquela região, pois Israel ainda não existia como o
povo sacerdotal e profético do Senhor.
2.
Sacerdote do Deus Altíssimo. Melquisedeque foi o primeiro
personagem da História Sagrada a receber o título de sacerdote. É claro que,
desde o princípio, houve ações sacerdotais. Haja vista o oferecimento que Abel
fez ao Senhor (Gn 4.4).
No texto bíblico, ele é identificado
como sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18). Ao contrário do ofício de Arão,
cuja continuidade era assegurada hereditariamente, o de Melquisedeque é eterno.
Com um único sacrifício, o seu ministério plenificou-se. Sim, com a morte de
Cristo foi-nos garantida eterna redenção perante Deus (Hb 7.23-28).
3.
Figura de Jesus. Filho do homem, Jesus tem uma genealogia
que, em Mateus, remonta a Abraão (Mt 1.1,2), e, em Lucas, vai até ao próprio
Deus (Lc 3.38). Mas, como Filho de Deus, Ele é eterno: não possui genealogia
(Jo 1.1-3). Nesse sentido, Melquisedeque é uma figura perfeita de Cristo (Hb
7.1-6).
Isso não significa que Melquisedeque
fosse eterno, ou uma pré-encarnação de Jesus Cristo. O que o autor sagrado diz
é que este personagem, apesar de sua importância, não possui uma biografia
escrita. Moisés foi inspirado a não registrar-lhe o nome dos pais, a idade, a
procedência, nem o dia de sua morte.
II -
ABRAÃO, O GENTIO
Abraão era tão gentio quanto eu e você,
quando Deus o chamou a formar o povo escolhido (Dt 26.5). No entanto, pela fé,
tornou-se pai da nação hebreia e de todos os que creem.
1. O
pai da nação hebraica. Deus precisava de uma nação, através da
qual pudesse redimir a humanidade, segundo anunciara a Adão e Eva (Gn 3.15).
Esta nação teria de vir da linhagem de Sem, o filho mais velho de Noé (Gn
9.26,27). E, como todos sabemos, Abraão era semita. Sua escolha evidenciou-se
por uma fé inabalável em Deus (Rm 4.3).
Nele seriam abençoadas todas as nações
da terra, com a proclamação do Evangelho de Cristo (Gn 12.3). Afinal, Jesus,
segundo a carne, veio da descendência de Abraão (Mt 1.1). A missão da família
hebreia, portanto, era testemunhar ao mundo acerca do amor, da justiça e da
Palavra de Deus (Rm 9.4,5). Apesar da aparente falha de Israel, sua missão foi
plenamente cumprida, pois a salvação chegou-nos por intermédio dos judeus (Jo
4.22).
2. O
pai dos crentes. Quando chamado por Deus, o gentio Abraão
creu e, sem demora, aceitou-lhe a ordem. Imediatamente foi justificado (Gn
15.6). A partir daquele momento, passou a ser visto pelo Senhor como se jamais
tivesse cometido qualquer falha: um homem justo e perfeito. Enfim, um amigo de
Deus (Is 41.8).
Por esse motivo, todos os que creem em
Deus, à semelhança de Abraão, são tidos como seus filhos na fé (Gl 3.7).
III
- A OCASIÃO DA BÊNÇÃO
Por causa da captura de Ló por
Quedorlaomer, rei de Elão, o patriarca viu-se obrigado a formar um exército
para libertar o sobrinho (Gn 14.14). Na volta, já vitorioso, é recebido por
Melquisedeque.
1.
Objetivo da visita. Depois de uma vitória tão decisiva, Abraão,
já nas imediações de Salém, agradece a Deus ao ser recepcionado por
Melquisedeque. O maior recebe o menor (Hb 7.7). O patriarca sabia muito bem que
estava diante do sacerdote do Deus Altíssimo. Por isso, reverencia-o com os
dízimos de seus bens pessoais e não dos despojos de guerra, já que se recusou a
recebê-los (Gn 14.20). Verdadeira adoração e serviço a Deus. Que exemplo para
nós.
2. A
autoridade de Melquisedeque. Por intermédio de Abraão, toda a nação
hebreia reverenciou Melquisedeque, até mesmo os sacerdotes da tribo de Levi,
que sequer haviam nascido (Hb 7.9). Ora, se o sacerdócio levítico era
temporário, o de Melquisedeque não podia ser interrompido pela morte, pois é
eterno. Um sacerdócio, aliás, que haveria de ser exercido por Cristo (Sl
110.4).
3. A
simbologia da visita. Melquisedeque, ao trazer pão e vinho a
Abraão, abençoa-o: "Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos
céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos
nas tuas mãos" (Gn 14.19,20). O que poderia redundar numa derrota ao patriarca
transforma-se num momento de triunfo. Seu pequenino exército dispersou as
poderosas forças de Quedorlaomer.
No pão e vinho que Melquisedeque
trouxera a Abraão estava a simbologia da morte de Jesus Cristo, o Cordeiro
Imaculado. Mais tarde, o Filho de Deus servirá uma refeição semelhante aos seus
discípulos (Mt 26.26-30). Com a morte do Filho de Deus cumpria-se o sacerdócio
de Melquisedeque.
CONCLUSÃO
Em Abraão, todos os que cremos em Cristo
fomos alcançados com a bênção de Melquisedeque. Hoje, temos o Senhor Jesus que,
junto ao Pai, intercede por nós, conforme escreve o apóstolo João: "Meus
filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar,
temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação
pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o
mundo" (1 Jo 2.1,2).
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Referências
Revista Lições Bíblicas. O COMEÇO DE TODAS AS COISAS, Estudos sobre o livro de Gênesis. Lição
11 – Melquisedeque abençoa Abraão. I – Melquisedeque, rei de Salém. 1. Rei de
Jerusalém. 2. Sacerdote do Deus Altíssimo. 3. A figura de Jesus. II – Abraão, o
gentio. 1. O pai da nação hebraica. 2. O pai dos crentes. III – A ocasião da
bênção. 1. Objetivo da visita. 2. A autoridade de Melquisedeque. 3. A
simbologia da visita. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 84070979 (Oi) e 63 –
81264038 (Tim), pregação e ensino.
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