1.
O rito levítico. Basicamente, o rito é um conjunto de
cerimônias e práticas litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno
da fé. O termo vem do latim ritus, que significa “cerimônia religiosa, uso,
costume, hábito, forma, processo, modo”. O Antigo Testamento usa a palavra para
os sacrifícios (Lv 9.16; Ed 6.9) e para as festividades religiosas (Ne 8.18), tais
como a Páscoa (Nm 9.14; 2 Cr 35.13) e a Festa dos Tabernáculos (Ed 3.4). A
própria circuncisão é também um ritual (At 15.1). Contudo, em se tratando do
Cristianismo, a liturgia é simples, contendo apenas dois rituais: o batismo e a
ceia do Senhor (Mt 3.15; 26.26-30). Esses cerimonialismos, contudo, não
substituem o relacionamento sincero com Deus, nem proporcionam salvação (1 Sm
15.22; Sl 40.6-8; 51.16,17; 1 Co 1.14-17; 11.28,29).
2.
O diálogo de Deus com o povo (6.6). O Senhor, através do
profeta, convida o seu povo para uma controvérsia. O que Deus fez de mal para
Israel rejeitá-lo? (6.1-3). Em seguida, o Eterno traz à memória da nação os
seus benefícios desde o princípio, quando remiu a Israel do Egito e protegeu
seu povo no deserto contra os inimigos (6.4,5). Em uma pergunta retórica, o
próprio Deus antecipa a resposta da nação. A lei estabelecia sacrifícios de
animais como provisão pelo pecado (Lv 9.3) e o azeite para certas ofertas de
libação (Lv 1.3,4; 2.1,15; 7.12). O problema de Judá não era a falta de rituais
e sacrifícios, mas de uma verdadeira conversão a Deus.
3.
Sacrifício humano (6.7). Oferecer o primogênito pela
transgressão e o fruto do ventre pelo pecado era sinal de completo desatino do
povo. A lei de Moisés condena tal prática sob pena de morte (Lv 18.21; 20.2-5)
e em todo o Israel era repulsa nacional (2 Rs 3.27). Esse tipo de sacrifício só
foi praticado por aqueles que, em todo Israel e Judá, apostataram-se da fé (2
Rs 16.3; 21.6; Jr 19.5; 32.35). Todos estavam dispostos a oferecer até mesmo o
que Deus nunca exigiu deles, menos o essencial: sincero arrependimento e
mudança de vida.
1.
A vontade de Deus. O estilo de vida que agrada a Deus foi
comunicado ao povo desde Moisés. Portanto, toda a nação tinha o dever de
conhecê-lo (Dt 10.12,13). Daí o porquê da indagação do profeta (6.8). Mas
ninguém estava interessado nisso. O povo preferia tirar proveito da prática das
injustiças sociais, esperando que o mero ritual do sacrifício fosse suficiente
para autojusticar-se diante de Deus. Estavam enganados, pois Deus não se
deleita em sacrifícios nem em rituais exteriores (Sl 51.17,18).
2.
O sumário de toda a lei (6.8b). Os três preceitos —
praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com Deus — são
considerados pela tradição judaica, desde o século 1 a.C, o resumo dos 613
preceitos depreendidos da lei de Moisés. Essa é vista por muitos como a maior
declaração do Antigo Testamento. Os dois primeiros preceitos falam do
compromisso horizontal com o nosso próximo; e o terceiro, de compromisso
vertical com Deus. Isso vale para todos os seres humanos e é paralelo ao ensino
de Jesus: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos
(Mt 22.37-40).
Conclusão.
A
lição para todos nós é esta: O que importa para Deus não é o que fazemos na
Igreja, mas a nossa vivência com a família, o que fazemos no trabalho e como
relacionamo-nos com a sociedade. Sem o verdadeiro arrependimento e um profundo
compromisso com Deus, todas as práticas religiosas não passam de rituais vazios
e completamente desprovidos de valor espiritual.
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Referência
bibliográfica
Revista Lições Bíblicas. OS DOZES PROFETAS MENORES, Advertências e Consolações para a
Santificação da Igreja de Cristo. Lição 07 – Miqueias – A importância
da obediência. III O ritual religioso. 1. O rito levítico. 2. O diálogo de Deus
com o povo (6.6). 3. Sacrifício humano (6.7). IV O grande mandamento. 1. A vontade
de Deus. 2. O sumário de toda a lie (6.8b). Conclusão. Editora CPAD. Rio de
Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2012.
Maravilhoso !! Continue a ser uma bênção!!
ResponderExcluirComo é bom terpessoas que se preocupam com o ensino da Palavra de Deus !Parabéns!
ResponderExcluirCarmem Lúcia, muito obrigado pela sua participação! Realmente vejo com grande preocupação a forma que a igreja tem desprezado ou pouco utilizado dos recursos tecnológicos. Poderíamos atrair muito mais as pessoas para ouvir a Palavra de Deus se aliássemos o útil e o agradável. Enquanto as pessoas fora da igreja se divertem com as imagens em 3D nós ainda estamos presos a ferramentas ultrapassadas como o quadro de giz. Precisamos nos despertar para atrair as pessoas para o ensino cristão. Esse despertar muitas vezes é impedido pela falta de investimento do nosso povo ou até mesmo pela oposição de alguns líderes. Oremos para que Deus levante mais pessoas com essa visão, pois todas as coisas que fazemos aqui é para glorificar o nome do nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Um grande abraço! Shalom!
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