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07 maio 2011

LIÇÃO 7 - SARDES, A IGREJA MORTA / SUBSÍDIO


A “Causa Mortis” de um Anjo

Pode alguém estar morto e vivo ao mesmo tempo? Esta era a situação de muitos membros da igreja de Sardes: nome de vivo, morto de fato (Ap 3.1). 

A morte física é uma certeza para todo ser humano, exceto para os salvos que estiverem vivos no advento do arrebatamento (1 Ts 4.17). Já no âmbito espiritual, segundo a Bíblia, todo homem sem Cristo está separado de Deus: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Encontra-se morto, como diz o apóstolo Paulo: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 2.4-6).

O que leva à morte espiritual? O texto citado esclarece: ofensas e pecados (Ef 2.1). “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 6.23). O andar “segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Ef 2.2-3). Na carta dirigida à igreja de Sardes, Jesus Cristo destaca a pureza de alguns em contraste com a contaminação das vestes de outros. O pecado é uma mácula que separa a criatura de seu Criador e que só pode ser limpa pelo sangue do Cordeiro de Deus (Ap 7.14). Com Sardes aprendemos também que, mesmo aqueles que um dia foram alcançados pela salvação em Cristo, podem decair da graça (Hb 10.26-29).

 Mas, o que é pecado para uma sociedade sem valores definidos, onde tudo é relativo ou resultado de acordo coletivo? O que é pecado para um nicho religioso onde  Deus, conforme se prega, não exige santidade, apenas garante lucros e vantagens? 

            À luz da Bíblia, o pecado pode assumir várias formas distintas. Uma definição para pecado seria: aquilo que contraria as normas divinas, uma rebelião contra o próprio Deus. Além de nossa própria natureza pecaminosa (Rm 5.8; Ef 2.3), o pecado implica tanto em atos pecaminosos (Ex 20.3-16), como em atitudes pecaminosas (Ex 20.17; Mt 5.22,28), sendo cada indivíduo totalmente responsável diante de Deus por seus pecados (Ez 18.20).

            A maioria de nós somos tão instáveis que, muitas vezes, paulatinamente aceitamos o que à primeira vista abominamos. Para citar um exemplo, uma pessoa chegou em casa após o culto em sua igreja e ligou seu televisor, quando passava um programa que foi prontamente rejeitado. No dia seguinte resolveu espiar o mesmo episódio e já não o achou tão terrível assim. Foi se acostumando, se identificando com os personagens, tudo ficou natural. Até que um dia houve reprise daquele primeiro programa e nosso telespectador o assistiu normalmente. Só ao final caiu em si, o programa não mudara, ele sim, já não era o mesmo. Infelizmente, esta história é recorrente em nossos dias. As imagens que condenávamos, agora têm outra conotação. As cenas de violência, luxúria, demonismo, terror, subversão... mesmo que não aceitas, são em grande parte toleradas.   

            A igreja de Sardes não conviveu com tão forte pressão midiática. Todavia, teve seus percalços ao longo da jornada. Faltou-lhe vigilância, dedicação ao trabalho, esmero no ensino da Palavra, pureza no andar (Ap 3.2-4).         
       
            Por fim, Jesus Cristo foi categórico: o anjo da igreja de Sardes estava morto, e com ele a maior parte de seu rebanho. A “causa mortis”: o pecado. A solução: o arrependimento (Ap 3.3).   

            Que Deus nos livre de tamanha tragédia espiritual! Que não sejamos fatalmente atingidos por este mal e percamos assim a comunhão com Cristo, a garantia de vida eterna com Deus.


Israel Oliveira.

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