LIÇÃO 05 - SANTIDADE AO SENHOR
TEXTO ÁUREO
“E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e
separei-vos dos povos, para serdes meus.” (Lv 20.26)
VERDADE PRÁTICA
A santidade é a marca distintiva do povo de Deus; sem ela,
nosso testemunho é ineficaz.
Levítico 20.1-10
1 - Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 - Também dirás aos filhos de Israel: Qualquer que, dos
filhos de Israel ou dos estrangeiros que peregrinam em Israel, der da sua
semente a Moloque, certamente morrerá; o povo da terra o apedrejará com pedras.
3 - E eu porei a minha face contra esse homem e o extirparei
do meio do seu povo, porquanto deu da sua semente a Moloque, para contaminar o
meu santuário e profanar o meu santo nome.
4 - E, se o povo da terra de alguma maneira esconder os olhos
daquele homem que houver dado da sua semente a Moloque e o não matar,
5 - então, eu porei a minha face contra aquele homem e contra
a sua família e o extirparei do meio do seu povo, com todos os que se
prostituem após ele, prostituindo-se após Moloque.
6 - Quando uma alma se virar para os adivinhadores e
encantadores, para se prostituir após eles, eu porei a minha face contra aquela
alma e a extirparei do meio do seu povo.
7 - Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o
SENHOR, vosso Deus.
8 - E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o SENHOR
que vos santifica.
9 - Quando um homem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe,
certamente morrerá: amaldiçoou a seu pai ou a sua mãe; o seu sangue é sobre
ele.
10 - Também o homem que adulterar com a mulher de outro,
havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e
a adúltera.
INTRODUÇÃO
O livro de Levítico foi entregue a Israel para que este,
separando-se de entre todos os povos da Terra, viesse a adorar, a servir e a
santificar-se a Deus. A santidade, por conseguinte, tanto naquele tempo quanto
hoje, continua a ser a marca distintiva dos filhos de Deus.
Nesta lição, veremos que Israel, através das leis e
ordenanças levíticas, tinha a obrigação de apresentar-se a Deus e ao mundo como
a nação santa, zelosa e servidora por excelência. Que aprendamos, com os
israelitas, a adorar e a servir ao Senhor na beleza de sua santidade.
I – SANTIDADE, A MARCA DO POVO DE DEUS
Em Ur dos Caldeus, Abraão não passava de um gentio entre os
demais gentios quando foi chamado por Deus (Gn 11.31).
Mas, intimado novamente por Deus em Harã, obedeceu-o de imediato. Ele creu em
Deus, e foi justificado (Rm 4.3). Foi exatamente aí que
começou a história de Israel como o povo santo do Senhor (Gn
12.1-8).
1. O estado de santidade. No exato instante de sua chamada a
uma nova realidade espiritual, Abraão, e com ele todo o Israel, foram elevados
ao posto de herança particular e santa do Senhor (Êx 19.5).
Essa dignificação, porém, não levou ao aperfeiçoamento imediato dos hebreus.
Tanto o patriarca quanto seus descendentes tiveram de submeter-se a um longo e
doloroso processo de santificação (Gn 17.1). O mesmo
pode-se dizer da Igreja de Cristo. Os irmãos coríntios foram tratados como
santos pelo apóstolo Paulo (2 Co 1.1), mas ainda estavam longe da perfeição (1 Co 3.1).
2. O processo de santificação. O processo de santificação de
Israel, que teve início com Abraão, foi interrompido e recomeçado diversas
vezes. Haja vista o conturbado período dos juízes (Jz
2.18-20). Mas, para que o seu povo viesse a atingir o ideal de uma nação
santa, profética e sacerdotal, o Senhor entrega-lhe o livro da Lei (Êx 19.6; Js 23.6).
Se lermos atentamente os livros de Êxodo e Levítico, verificaremos
que o processo de santificação, na vida de um crente hebreu, tinha início com o
amor que ele tributava a Deus (Dt 6.5). A partir desse
momento, o fiel passava a cumprir todos os mandamentos do Senhor, pois já não
os achava pesados (cf.1 Jo 5.3).
Portanto, não existe processo de santificação sem o forte,
comprovado e excelente amor a Deus. Quanto mais o amamos, mais nos tornamos
santos. E, assim, cumpre-se, em nossa biografia, o que escreveu o sábio (Pv 4.18). Que a recomendação do apóstolo Paulo seja aplicada
na íntegra em cada etapa de nossa existência neste mundo (1 Ts 5.23).
3. A santidade como marca. O livro de Levítico tinha como alvo
fazer de Israel uma nação distinta por sua pureza e santidade (Êx
19.6). E, de fato, nenhum outro povo jamais alcançou as excelências de
Israel (Rm 9.4,5). Usufruir de todos esses privilégios,
todavia, acarreta-lhe ainda grande responsabilidade (Rm
2.17-29).
Em alguns períodos de sua história, Israel de fato
destacou-se como herança peculiar do Senhor, haja vista os elogios tecidos pela
rainha de Sabá ao rei Salomão (2 Cr 9.1-8). Todavia, a maior parte de sua
história foi marcada pela apostasia. Mas, chegará o tempo, em que todo o Israel
será redimido e salvo (Rm 11.26).
Se o povo hebreu deveria sobressair-se pela santidade, o que
não esperar da Igreja de Cristo? Por essa razão, o apóstolo exorta-nos a andar
continuamente em novidade de vida (Rm 6.4). Sem a
santidade requerida por Deus nenhum de nós chegará à Jerusalém Celeste (Hb 12.14; Ap 21.8).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A santidade é o que identifica o povo de Deus.
II – A SANTIDADE NO MINISTÉRIO LEVÍTICO
Os sacerdotes deveriam ser uma referência perfeita à nação de
Israel no que tange à santidade e à pureza. Afinal, eram os responsáveis pela
santificação do povo, a fim de torná-lo propício diante de Deus.
1. Santidade exterior. Aos ministros do altar, o Senhor impôs uma série de
restrições, para que não viessem a comprometer o santo ministério. O sumo
sacerdote, por exemplo, não poderia desposar uma mulher que não fosse virgem (Lv 21.7,14). Até mesmo com respeito ao luto, deveriam os ministros do altar ser
precavidos e cuidadosos (Lv 21.1-3). Tendo em vista o
emblema da santidade divina que estava sobre a classe sacerdotal de Israel,
nenhum descendente de Levi poderia ser admitido no serviço divino se portasse
alguma deficiência física (Lv 21.17-21).
2. Santidade interior. O sumo sacerdote deveria portar uma lâmina de ouro,
que, posta em sua mitra, trazia esta advertência: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36). Portanto, a santidade do ministro não poderia
ser apenas exterior; sua pureza externa deveria ser um perfeito reflexo de sua
santidade interior (Ml 2.7). Infelizmente, a classe sacerdotal deixou-se levar por um culto formal,
o que ocasionaria a destruição de Jerusalém (Jr 5.31; 23.11).
3. Santidade e glória. A glória que acompanhou Israel em sua peregrinação,
no deserto, tornou-o conhecido como a herança peculiar do Senhor (Êx 13.21,22;16.10). Atemorizados, os gentios sabiam
que era impossível amaldiçoá-lo (Nm 23). Mas, para que os israelitas
continuassem a usufruir a glória divina era-lhes imprescindível obedecer a
Palavra de Deus (Lv 9.6). O mesmo não requer o Senhor de cada um de nós? (Hb 12.14).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Deus exigia que o ministério levítico fosse santo.
III – A SANTIDADE DO POVO DE DEUS
O Senhor exige, de cada um de nós, a santificação de nossos
filhos e de nossa vida conjugal, pois a nossa pureza expressa a sua vontade.
1. A santificação dos filhos. Deus proíbe aos israelitas,
expressa e energicamente, apresentarem seus filhinhos como oferenda a Moloque
(Lv 20.1-4). A razão é simples: cada um de nossos meninos e meninas é herança
do Senhor (Sl 127.3).
Hoje, há pais cristãos, que, sem o saberem, estão entregando
seus filhos a “Moloque”, quando, por exemplo, adotam a política criminosa do
aborto e quando não os educam conforme recomenda a Palavra de Deus (1 Co 5.8).
Ensine, pois, seus pequeninos na admoestação do Senhor, para que sejam pessoas
de bem (Ef 6.4). Finalmente, que seus filhos venham a honrá-los como a pais e
mães; somente assim poderão ser abençoados (Êx 20.12; Lv 20.9; Ef 6.2).
2. A santificação conjugal. Deus sempre teve um forte
compromisso com a família, pois Ele próprio instituiu-a no Éden (Gn 2.24,25). A
fim de preservar a integridade familiar, o Senhor proíbe terminantemente a
infidelidade conjugal e o adultério (Lv 20.10). Seu objetivo era tornar a
família israelita um exemplo para os gentios, conforme descreve-a o Salmista
(Sl 128). Hoje, a nossa responsabilidade não é menor. Temos de observar o
sétimo mandamento: “Não adulterarás”, e manter o leito conjugal sem mácula (Êx
20.14; Mt 5.28; Hb 13.4). O Deus que inspirou o Levítico não mudou.
3. A santificação e a vontade de Deus. A santificação é um processo que
exige disciplina, esforço e um profundo amor a Deus (1 Co 9.27). Nesse
processo, lento e doloroso, todo o nosso ser tem de estar envolvido (Fp
3.12-15;1 Ts 5.23). O santificar-se não é uma opção na vida do salvo; é uma
ordenança divina (Lv 20.7; Js 3.5). A nossa santificação é da vontade de Deus
(1 Ts 4.3). Sem ela, como veremos o Senhor? (Hb 12.14).
SÍNTESE DO TÓPICO III
O povo de Deus precisa ser santo.
CONCLUSÃO
Num momento de emergência nacional, o rei Ezequias convocou
os levitas, e ordenou-lhes: “Ouvi-me, ó levitas! Santificai-vos, agora, e
santificai a Casa do SENHOR, Deus de vossos pais, e tirai do santuário a
imundícia” (2 Cr 29.5). Foi naquela hora que teve início um grande avivamento
em Israel. Se nos santificarmos, como requer o Senhor de cada um de nós, em
breve experimentaremos uma grande visitação dos céus em nosso país. Amém!
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Referências
Revista Lições Bíblicas. ADORAÇÃO, SANTIDADE E SERVIÇO, Os
princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Lição 05 – Santidade ao
Senhor. I – Santidade, a marca do povo de Deus. 1. O estado de santidade. 2. O
processo de santificação. 3. A santidade como marca. II – A santidade no
ministério levítico. 1. Santidade exterior. 2. Santidade interior. 3. Santidade
e glória. III – A santidade do povo de Deus. 1. A santificação dos filhos. 2. A
santificação conjugal. 3. A santificação e a vontade de Deus. Editora CPAD. Rio
de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2018.
Elaboração
dos slides: Ismael
Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA,
matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos
para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.
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