LIÇÃO 03 - OS
MINISTROS DO CULTO LEVÍTICO
TEXTO ÁUREO
“Toma
os levitas em lugar de todo primogênito entre os filhos de Israel e os animais
dos levitas em lugar dos seus animais; porquanto os levitas serão meus. Eu sou
o Senhor.” (Nm 3.45)
VERDADE
PRÁTICA
O
chamamento divino exige, de cada um de nós, amor, excelência e dedicação
integral ao Senhor da Seara.
Levítico
8.1-13
1
- Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
2
- Toma a Arão, e a seus filhos com ele, e as vestes, e o azeite da unção, como
também o novilho da expiação do pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos pães
asmos
3
- e ajunta toda a congregação à porta da tenda da congregação.
4
- Fez, pois, Moisés como o SENHOR lhe ordenara, e a congregação ajuntou-se ŕ
porta da tenda da congregação.
5
- Então, disse Moisés à congregação: Isto é o que o SENHOR ordenou que se
fizesse.
6
- E Moisés fez chegar a Arão e a seus filhos, e os lavou com água,
7
- e lhe vestiu a túnica, e cingiu-o com o cinto, e pôs sobre ele o manto; também
pôs sobre ele o éfode, e cingiu-o com o cinto lavrado do éfode, e o apertou com
ele.
8
- Depois, pôs-lhe o peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim;
9
- e pôs a mitra sobre a sua cabeça e na mitra, diante do seu rosto, pôs a
lâmina de ouro, a coroa da santidade, como o SENHOR ordenara a Moisés.
10
- Então, Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu o tabernáculo e tudo o que
havia nele, e o santificou;
11
- e dele espargiu sete vezes sobre o altar e ungiu o altar e todos os seus
vasos, como também a pia e a sua base, para santificá-los.
12
- Depois, derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão e ungiu-o, para
santificá-lo.
13
- Também Moisés fez chegar os filhos de Arão, e vestiu-lhes as túnicas, e
cingiu-os com o cinto, e apertou-lhes as tiaras, como o SENHOR ordenara a
Moisés.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, veremos como se deu a chamada dos filhos de Levi para o ministério
sacerdotal. Entre outras perguntas, responderemos a estas: Quem eram os
levitas? E por que a sua chamada foi necessária? Veremos ainda como eles
deveriam exercer o seu ofício.
À
semelhança dos levitas, nós também fomos chamados a trabalhar na expansão do
Reino de Deus. Nesse sentido, atuamos como nação santa, profética e sacerdotal,
proclamando o Evangelho e intercedendo tanto pelos crentes quanto pelos que
ainda não creem.
Que
o Espírito Santo nos ajude neste estudo.
I – LEVI, A
TRIBO SACERDOTAL
Em
primeiro lugar, vejamos quem foi Levi. Depois, constataremos quão zelosos foram
os seus descendentes e como se deu a sua vocação ao ofício sagrado.
1.
O nascimento de Levi. Ao dar à
luz a Levi, declarou Lia: “Agora, esta vez se ajuntará meu marido comigo,
porque três filhos lhe tenho dado” (Gn 29.34). Por isso,
a esposa desprezada de Jacó foi impulsionada a dar o nome de Levi ao seu
terceiro filho. E, de fato, os levitas sempre estiveram ligados ao Senhor. Foi
assim que o menino passou a ser contado entre os patriarcas das doze tribos de
Israel (At 7.8).
2.
O zelo dos levitas. Levi, pelo
que inferimos do texto sagrado, sempre teve uma postura zelosa e conservadora
em relação à honra da família, haja vista o episódio envolvendo o estupro de
sua irmã, Diná (Gn 34.25-31). Mais tarde, após a
saída de Israel do Egito, os levitas juntaram-se a Moisés no combate à
idolatria gerada pelo bezerro de ouro (Êx 32.26-28).
Eram homens da maior firmeza (2 Cr 26.17).
3.
A vocação sacerdotal dos levitas.
Não foi sem motivo que o Senhor escolheu a tribo de Levi como o berço de Moisés
e Arão (Êx 6.14-27). De um lar tão piedoso, saíram
homens e mulheres de comprovada piedade. Aliás, tinha o Senhor uma aliança
particular com Levi e sua descendência (Ml 2.4,5).
Tendo
em vista o caráter santo e distintivo da tribo de Levi, aprouve a Deus
separá-la para o sacerdócio (Nm 3.45). Nesse processo, o
Senhor apresentou os levitas como resgate de toda a nação de Israel. Ao invés
de cada família entregar o seu primogênito ao serviço divino, a tribo de Levi
foi apartada das demais para dedicar-se inteiramente a Deus (Nm
3.12). Os levitas, pois, foram concedidos como dons a Israel, assim como os
obreiros de Cristo foram entregues com o mesmo objetivo à Igreja (Ef 4.8-12).
SÍNTESE DO
TÓPICO I
A
Tribo de Levi foi escolhida e separada pelo Senhor para o serviço sacerdotal.
II – O SUMO
SACERDOTE
O
sumo sacerdote de Israel teria de ser, obrigatoriamente, descendente de Arão,
ungido, vitalício e servo de Deus.
1.
Descendente de Arão. O sumo
sacerdote era o principal representante do culto divino no Antigo Testamento (Êx 28.1). Por essa razão, o Senhor exigia que ele proviesse
de uma tribo específica, a de Levi, e de uma família ainda mais específica, a
casa de Arão (Êx 6.16-23). Assim, duplamente separado,
tinha condições de apresentar-se como a maior autoridade espiritual da nação;
era o símbolo da plenitude espiritual requerida pelo Deus de Israel (Sl 133.1-3).
Constituído
a favor dos homens nas coisas concernentes ao Altíssimo, o sumo sacerdote
oferecia sacrifícios pelos pecados do povo (Hb 5.1).
Portanto, ele fazia a intermediação entre o povo de Israel e o santíssimo Deus.
Era sua responsabilidade também instruir o povo santo (Lv
10.10,11).
2.
Ungido para o ofício. O Senhor
determinou que o sumo sacerdote fosse ungido a fim de dignificá-lo como
ministro extraordinário do culto divino (Êx 28.41; 29.1-7). Sob a unção divina, teria condições de tornar a nação israelita
propícia diante do Santíssimo Deus (Hb 5.1).
3.
Vitalício no cargo. A
vitaliciedade do sumo sacerdócio está patente na história da família de Arão.
Antes de este morrer, Moisés o desvestiu das roupas sacerdotais, para vesti-las
em Eleazar, seu filho (Nm 20.23-29). Mais tarde o mesmo
Eleazar seria substituído por seu filho Fineias (Js 24.33;
Jz 20.28). Todavia, no tempo do Novo Testamento, a
vitaliciedade já não era observada (Jo 11.49-51). Ao
que tudo indica, havia um rodízio entre os principais membros da família de
Arão (Lc 3.2).
4.
Servo de Deus. Apesar da
importância do cargo, o sumo sacerdote não era considerado infalível, nem
estava acima da Lei de Deus. Sua obrigação era servir o altar e conservar-se
puro, a fim de que o nome do Senhor fosse exaltado entre os filhos de Israel (Êx 28.43). O capítulo três de Zacarias descreve a dignidade
do sumo sacerdote constituído sobre Israel.
SÍNTESE DO
TÓPICO II
O
Senhor estabeleceu que o sumo sacerdote deveria ser descendente de Arão,
ungido, vitalício e servo.
III –
DIREITOS E DEVERES
Os
descendentes de Levi, principalmente os da casa de Arão, deveriam observar
estes direitos e deveres: viver do altar, santificar-se ao Senhor e ser uma
referência moral, ética e espiritual.
1.
Viver do altar. Já que os
sacerdotes dedicavam-se ao ministério do altar, desse mesmo altar deveriam
viver (Lv 7.35). Portanto, não tinham eles direito a
qualquer herança territorial entre os seus irmãos, porque a sua herança e
porção era o Senhor (Nm 18.20). Moisés, porém,
divinamente instruído, destinou-lhes cidades estratégicas por todo o Israel (Nm 35.8). Algumas delas serviam também como refúgio aos que,
acidentalmente, matavam alguém (Nm 35.6).
2.
Santificar-se ao Senhor. Em virtude
de seu ofício, os sacerdotes deveriam erguer-se, em Israel, como referência de
santidade e pureza. O sumo sacerdote, por exemplo, tinha de ostentar uma faixa
de ouro, em sua mitra, na qual estava escrito: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36). Caso o sacerdote profanasse o seu ofício, seria
punido com todo o rigor (Lv 10.1-3).
3.
Tornar-se uma referência espiritual e moral. Os sacerdotes, por serem responsáveis pela
aplicação da Lei de Deus, tinham a obrigação de ser uma referência espiritual,
moral e ética para os filhos de Israel (Ml 2.1-10).
Os filhos de Eli, em consequência de seu proceder, tornaram-se um péssimo
exemplo aos israelitas. E, por causa disso, Deus os matou (1 Sm 2.25). Andemos, pois, em santidade e pureza diante
do Senhor, pois Ele continua a exigir santidade de todo o seu povo (1 Pe 1.15).
SÍNTESE DO
TÓPICO III
Eram
deveres e direitos dos descendentes de Levi: viver do altar, santificar-se ao
Senhor e ser uma referência moral, ética e espiritual.
CONCLUSÃO
O
sacerdócio levítico era glorioso; seus membros eram considerados príncipes de
Deus (Zc 3.8). Todavia, o Senhor Jesus Cristo é superior ao sacerdócio
levítico, pois é eterno (Sl 110.4; Hb 7.13-17). Quanto a nós, somos uma nação
santa, profética e sacerdotal, pois recebemos a incumbência de proclamar o
Evangelho e interceder pelos que perecem (1 Pe 2.9). Portanto, sirvamos ao
Senhor com todo o nosso ser, para que, através de nossa vida, venha o Reino de
Deus a este mundo que jaz no Maligno.
------------------------------------------------
Referências
Revista Lições Bíblicas. ADORAÇÃO, SANTIDADE E SERVIÇO, Os
princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Lição 03 – Os ministros
do culto levítico. I – Levi, a tribo sacerdotal. 1. O nascimento de Levi. 2. O
zelo dos levitas. 3. A vocação sacerdotal dos levitas. II – O sumo sacerdote. 1.
Descendente de Arão. 2. Ungido para o ofício. 3. Vitalício no cargo. 4. Servo
de Deus. III – Direitos e deveres. 1. Viver do altar. 2. Santificar-se ao
Senhor. 3. Tornar-se uma referência espiritual e moral. Editora CPAD. Rio de
Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2018.
Comente com o Facebook: