LIÇÃO
02 – UMA SALVAÇÃO GRANDIOSA
TEXTO
ÁUREO
"Como
escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual,
começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a
ouviram." (Hb 2.3)
VERDADE
PRÁTICA
A
salvação não é algo dado ao crente compulsoriamente. O cristão é exortado a ser
vigilante e não negligente em relação a essa dádiva recebida.
Hebreus
2.1-18
1
- Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já
temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas.
2
- Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão
e desobediência recebeu a justa retribuição,
3
- como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual,
começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a
ouviram;
4
- testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias
maravilhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?
5
- Porque não foi aos anjos que sujeitou o mundo futuro, de que falamos;
6
- mas, em certo lugar, testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para que dele
te lembres? Ou o filho do homem, para que o visites?
7
- Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, de glória e de honra o coroaste
e o constituíste sobre as obras de tuas mãos.
8
- Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou
todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas, agora, ainda não
vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas;
9
- vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um
pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça
de Deus, provasse a morte por todos.
10
- Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas e mediante quem
tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse, pelas aflições, o
Príncipe da salvação deles.
11
- Porque, assim o que santifica como os que são santificados, são todos de um;
por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos,
12
- dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio
da congregação.
13
- E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim e
aos filhos que Deus me deu.
14
- E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele
participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o
império da morte, isto é, o diabo,
15
- e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos
à servidão.
16
- Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de
Abraão.
17
- Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser
misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os
pecados do povo.
18
- Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que
são tentados.
INTRODUÇÃO
O
autor dá início à seção de Hebreus 2.1-18
com uma forte exortação. Era necessário, por parte dos crentes maior firmeza em
relação às coisas espirituais. O que o autor observava entre eles era certa
letargia e negligência diante de um fato de tão grande importância como é a
salvação. Nesse aspecto a resposta devia ser dada por meio do retorno às
verdades anteriormente ouvidas e que haviam sido esquecidas. Isso era de suma
importância porque evitava que algum deles viesse a se desviar. De fato, o
vocábulo grego usado pelo autor - pararreo -, traduzido como
"desviar", significa originalmente "perder o rumo". O termo
era usado também em relação a um barco que acidentalmente era desancorado e
lançado à deriva em alto mar. No pensamento do autor só havia uma maneira de
manter-se no rumo certo: ancorando o barco no porto seguro, Jesus.
I
- UMA SALVAÇÃO GRANDIOSA
1. Testemunhada pelo
Senhor. O autor faz
um contraste entre as alianças do Sinai e do Calvário. Enquanto a Antiga
Aliança foi intermediada por anjos (v.2), a Nova Aliança tinha Jesus, o Filho de Deus, como seu
mediador. O autor, então, faz uma analogia entre as duas Alianças para que o
contraste entre ambas fique bem definido. Foi Jesus, o Filho de Deus, e não os
anjos, que anunciou essa tão grande salvação. Por serem mediadores da Lei, os
anjos despertavam grande estima e respeito dos judeus por eles. Se uma Aliança
firmada na Lei, mediada por anjos, imperfeita e transitória, requeria
obediência por parte dos crentes, muito mais a Nova Aliança que é perfeita e
eterna. Se quem não observava os princípios do Antigo Pacto, quebrando os seus
preceitos, era punido de forma dura, que castigo merecia quem ultrajava a Nova
Aliança, que em tudo era superior?
2. Proclamada pelos que
a ouviram. Essa
salvação grandiosa foi primeiramente anunciada pelo Senhor e, posteriormente,
por "aqueles que a ouviram" (Hb 2.3). Fica
evidente nesse texto que o autor não foi uma testemunha ocular dos feitos de
Jesus, mas recebera a Palavra por meio dos que a "ouviram". Mesmo não
tendo recebido a Palavra de Deus diretamente do Senhor, o autor não tem dúvida
que a mensagem apostólica era essencialmente a mesma Palavra de Deus. Esse fato
deveria fazer com que os crentes fossem mais diligentes na observância dos
preceitos neotestamentários. De fato, a palavra bebaioô, aqui traduzida como
"confirmar", tem o sentido de algo que transmite segurança e
confiança. Em outras palavras, o que o Senhor anunciou e que, posteriormente,
foi proclamado por testemunhas oculares, deve servir de fundamento da nossa fé.
3. Confirmada pelo
Espírito Santo. A
mensagem, que primeiramente fora anunciada pelo Senhor e testemunhada pelos que
a ouviram, foi instrumentalizada pelo Espírito Santo. Nesse aspecto, as
traduções - "distribuições feitas pelo Espírito Santo" ou
"distribuições do Espírito Santo" (Hb 2.4) -
expressam bem o que o autor quis dizer. O Espírito Santo é o agente por trás de
cada milagre e sinal operados na história do povo de Deus, tanto do passado
quanto do presente. O autor quer chamar a atenção de seu público leitor mais
uma vez para a importância da mensagem recebida, ou seja, ela fora também
testemunhada de uma forma concreta e palpável pelo Espírito Santo por
intermédio da distribuição de seus muitos dons.
SÍNTESE
DO TÓPICO I
Pela
fé em Jesus Cristo recebemos uma salvação grandiosa.
II
- UMA SALVAÇÃO NECESSÁRIA
1. Por intermédio da
humanização do Redentor.
Na seção vv.5-9, o autor toma o Salmo 8 como pano de fundo de seu argumento (Sl 8.4-6). Nesse aspecto, ele segue a Septuaginta que usa o
termo "anjo", em vez do texto massorético, que traz a palavra
"Deus". Na mentalidade judaica, da qual o autor participa, o homem
foi feito como coroa da criação e a ele foi confiado todo o domínio. Todavia,
devido à queda, esse domínio fora perdido. Na mente do autor dessa Escritura,
portanto, o Salmo
8 não pode se aplicar
a Adão, nem tampouco a raça pós-queda, mas a Jesus, o Messias, que por meio da
cruz, veio restaurar a humanidade caída.
2. Por meio do
sofrimento do Redentor.
Para um judeu do primeiro século era escandalosa a ideia de um Messias
sofredor. Como então assegurar que Jesus era superior aos anjos se Ele morrera
em uma cruz? O autor de Hebreus usa o versículo cinco do Salmo 8 para explicar esse aparente paradoxo.
Sim, argumenta ele, Jesus de fato foi feito um "pouco" menor do que
os anjos por causa da sua humanização. Os intérpretes entendem que as palavras
"pouco" e "pouco tempo" (Hb 2.7,9) podem denotar posição ou tempo. Em outras palavras, Jesus
se tornou "menor" que os anjos enquanto vivia os limites da condição
humana e experimentou o sofrimento advindo desse estado de humilhação. Todavia,
foi por meio deste mesmo sofrimento de Cristo que os homens tornaram-se livres.
3. Por intermédio da
glorificação do Redentor.
Na mente do autor, Cristo não sofreu para ser glorificado, mas Ele foi
glorificado porque sofreu. Foi por intermédio do sofrimento que Ele foi "coroado
de glória e de honra, [...] para que, pela graça de Deus, provasse a morte por
todos" (Hb 2.9). Para os crentes que viam no
sofrimento algo incompatível com o viver cristão, e que, devido a isso estavam
desanimados, essas palavras serviam de ânimo e consolo.
SÍNTESE
DO TÓPICO II
Depois
da Queda a salvação tornou-se necessária, por isso, por meio da cruz, Jesus
veio restaurar a humanidade.
III
- UMA SALVAÇÃO EFICAZ
1. Vitória sobre o Diabo. Na conclusão de seu argumento o autor
mostra os métodos e os resultados dessa grandiosa salvação. Para que a salvação
se efetivasse o Salvador precisava sofrer e morrer pelos homens. Somente por
meio da morte na cruz, o Diabo, arqui-inimigo dos homens, seria derrotado (Hb 2.14). O autor usa o verbo grego catargeo para se referir
à derrota de Satanás. Esse verbo tem o sentido de "destronar" ou
"tornar inoperante". Por intermédio da cruz, Cristo destronou e
desarmou Satanás das armas que este possuía. Foi na cruz que Ele despojou os
principados e as potestades e nos garantiu a vitória (Cl 2.15).
2. Vitória sobre a morte. Com a entrada do pecado no mundo a
morte passou a ser um inimigo temido. Essa arma poderosa era usada por Satanás
para manter os homens debaixo do jugo do medo (Hb 2.15).
Todavia, ao morrer na cruz por todos os homens, Jesus venceu a morte. Os homens
continuam a morrer, mas os que o recebem como Salvador tem a vida eterna, pois
a morte não tem mais domínio sobre eles.
3. Vitória sobre a
tentação. Pela
primeira vez na epístola o autor usa a denominação "sumo sacerdote"
em relação a Jesus (Hb 2.17). O tema do sacerdócio de
Cristo será explorado pelo autor com maior profundidade em passagens
posteriores (Hb 3.1; 4.14-16; 5.1-10; 6.20; 7.14-19,26-28; 8.1-6; 9.11-28; 10.1-39). Todavia, aqui o seu uso é
justificado no contexto da identificação de Jesus com seus "irmãos",
os salvos. Esse sumo sacerdote é misericordioso e fiel. Por ter assumido a
natureza humana, e se identificado com os homens nos seus limites, Ele sabe o
que é ser tentado e por essa razão está pronto a ajudá-los.
SÍNTESE
DO TÓPICO III
O
sacrifício de Cristo foi único, eficaz e nos garante a vitória sobre o Diabo, a
morte e a tentação.
CONCLUSÃO
Por
meio da sua humanização e humilhação Jesus se tornou o legítimo Sumo Sacerdote
representante da humanidade. Os anjos de fato são seres especiais a serviço de
Deus, entretanto, Jesus não veio socorrê-los, mas buscar a descendência de
Abraão, os crentes. Por intermédio de seu sofrimento e morte, Ele pode dar vida
aos que estão mortos.
------------------------------------------------
Referências
Revista
Lições Bíblicas. A SUPREMACIA DE CRISTO,
Fé, esperança e ânimo na Carta aos
Hebreus. Lição 02 – Uma Salvação Grandiosa. I – Uma salvação grandiosa. 1. Testemunhada
pelo Senhor. 2. Proclamada pelos que a ouviram. 3. Confirmada pelo Espírito
Santo. II – Uma salvação necessária. 1. Por intermédio da humanização do
Redentor. 2. Por meio do sofrimento do Redentor. 3. Por intermédio da
glorificação do Redentor. III – Uma salvação eficaz. 1. Vitória sobre o Diabo.
2. Vitória sobre a morte. 3. Vitória
sobre a tentação. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de 2018.
Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor
na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12.
Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 -
984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.
A paz meu irmão quero parabenizar por essa lição e agradecer por compartilhar o material, muito obrigado. Somos Um Em Cristo.
ResponderExcluir