LIÇÃO 7 - A SALVAÇÃO PELA GRAÇA
TEXTO ÁUREO
"Pois assim como por
uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também
por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação
de vida." (Rm 5.18)
VERDADE PRÁTICA
A nossa salvação é fruto
único e exclusivo da graça de Deus.
Romanos 5.6-10, 15,17,18,20; 11.6
5.6 - Porque Cristo, estando
nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
7 - Porque apenas alguém
morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.
8 - Mas Deus prova o seu
amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
9 - Logo, muito mais agora,
sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
10 - Porque, se nós, sendo
inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais,
estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
15 - Mas não é assim o dom
gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito
mais a graça de Deus e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo,
abundou sobre muitos.
17 - Porque, se, pela ofensa
de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da
graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.
18 - Pois assim como por uma
só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por
um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de
vida.
20 - Veio, porém, a lei para
que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;
11.6 - Mas, se é por graça,
já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça.
INTRODUÇÃO
A Lei no Antigo Testamento
tem a função de instruir e ensinar ao povo o que Deus estabeleceu aos
israelitas a fim de eles terem um convívio próspero, pacífico e harmonioso na
terra de Canaã. Os mandamentos contêm preceitos indispensáveis de moral, de
ética e de vida religiosa, sem os quais o povo viveria num caos. Entretanto, na
impossibilidade de os seres humanos cumprirem plenamente a Lei para tornarem-se
justos, Deus nos outorgou a sua maravilhosa graça.
I - LEI E GRAÇA
1.
O propósito da Lei. A Lei tem o propósito espiritual de mostrar
quão terrível é o pecado - "pela lei vem o conhecimento do pecado." (Rm 3.20) -, bem como o propósito concreto de preservar o
povo de Israel do pecado. Mais tarde, a Lei também revelaria quão grande é a
necessidade do ser humano, pela graça, obter a salvação, pois era impossível
cumprir plenamente a Lei de Deus no Antigo Testamento (Rm
7.19; Tg 2.10).
Entretanto, sob o ponto de vista dos aspectos morais da Lei, há princípios que
continuam vigorando até os dias atuais. Esses princípios, conforme resumidos no
Decálogo - os Dez Mandamentos -, representam nossas obrigações éticas para com
Deus e com o próximo (Êx 20.1-17). Esse é o caminho
traçado pelo Altíssimo para nós no processo de santificação efetivado pelo
Espírito Santo (Jo 14.15; Jo
16.8-10). Nesse sentido, a própria lei moral de Deus é uma
expressão de sua graça que representa a revelação clara de sua vontade santa,
justa e boa (Rm 7.12).
2.
A Lei nos conduziu a Cristo. A Lei foi uma espécie de
guia para encontrarmos a Cristo por meio da graça (Gl 3.24).
Ela nos convence, pela impossibilidade de ser cumprida, de que não podemos
alcançar a salvação sem Cristo. Desse modo, quando a Lei se faz a própria
justiça do homem, como mérito dele, ela se torna depreciativa, impossibilitando
o ser humano de alcançar a salvação que só é possível mediante o evangelho da
graça de Deus (Ef 2.8).
3.
A graça revela que a Lei é imperfeita. Paulo constata a
superioridade do Espírito em relação à Lei (Gl 5.18) e,
que por isso, morremos para a Lei (Rm 7.4; Gl
2.19).
Assim, o escritor aos Hebreus revela que a Lei é imperfeita (Hb
8.6,7,13) e
o apóstolo João afirma que foi Cristo quem trouxe a graça e a verdade (Jo 1.17). Sim, a graça é superior à lei! Logo, segundo as
Escrituras, só existe a Lei por causa do pecado e para apontá-lo: "Que
diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado
senão pela lei" (Rm 7.7).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Lei e graça: a justiça e a
misericórdia de Deus.
II - O FAVOR IMERECIDO DE DEUS
1.
Superabundante graça. Não há pecador, por pior que seja, que não
possa ser alcançado pela graça divina, pois onde abundou o pecado, que foi
exposto pela Lei, superabundou a graça de Deus (Rm 5.20).
Por meio da compreensão dessa maravilhosa graça, o apóstolo João escreveu:
"se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o
Justo" (1 Jo 2.1).
2.
Fé e graça. A graça opera mediante a fé no sacrifício vicário de
Cristo Jesus. Ambas, fé e graça, atuam juntamente na obra de salvação: a graça,
o presente imerecido de Deus; a fé, a contrapartida humana à obra de Cristo.
Nesse sentido, não é a fé que opera a salvação, mas a graça de Deus que atua
mediante a fé do crente no Filho de Deus (Rm 3.28; 5.2; Fp
3.9).
3.
A graça não é salvo conduto para pecar. Segundo o ensino das
Sagradas Escrituras, a graça jamais pode ser vista como um salvo conduto para a
prática do pecado ou da libertinagem (Gl 5.13). Pelo
contrário, a graça de Deus nos convoca à obediência ao doador da graça, pois
quando se ama fazemos de tudo para agradar a pessoa amada. Por isso, o amor de
Cristo nos "constrange" (2 Co
5.14)
a fazer algo que agrade ao Pai (1 Ts
4.1).
Logo, quem é alcançado pela graça compreende o quanto somos devedores a Deus e
aos irmãos (Rm 13.8) e, por isso, desejamos amar o outro
como Cristo amou (Jo 13.35). Os que estão sob a
liberdade da graça vivem a santidade que reflete a beleza de Cristo no homem
interior, onde este se revela vivo para Deus, mas morto para o pecado (Rm 6.11,13).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Graça, o favor imerecido de
Deus.
III - O ESCÂNDALO DA GRAÇA
1.
Seria a graça injusta? Se comparada com a humana, a justiça
divina é imensamente perdoadora. Logo, sob a ótica humana, a graça se torna
injusta. Por esse motivo, a graça é considerada um escândalo (Cl
2.14; Ef 2.8,9).
Pelo fato de não haver merecimento por parte do recebedor, o apóstolo enfatiza
a impossibilidade de a graça e a lei "andarem juntas", pois ambas são
excludentes: "porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será
justificada" (Gl 2.16); pois como diz Atos dos
Apóstolos: "mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus
Cristo" (15.11). Logo, pela lei é impossível o pecador se salvar, mas
dependendo única e exclusivamente da maravilhosa graça de Deus, ele encontrará
descanso para a alma (Mt 11.28-30).
2.
A divina graça incompreendida. Nos dias do apóstolo
Paulo, muitos não compreenderam seus ensinamentos sobre a graça de Deus (2 Pe 3.15,16).
Por isso, ao longo da história da Igreja, dois extremos estiveram presentes
acerca da compreensão da graça: (1) Liberdade total para pecar (Rm
6.1,2); (2) a impossibilidade de receber tão valioso
presente (Gl 5.4,5). O
primeiro, naturalmente, leva a pessoa à libertinagem. Entretanto, a Palavra de
Deus mostra que maior castigo sobrevirá sobre os que profanarem o sangue do
pacto e ultrajarem o Espírito da graça (Hb 10.29). O
segundo extremo se refere ao perigo do legalismo, à ideia de que para ser salvo
por Deus é preciso dar algo em troca. Tal atitude pode levar o crente ao
orgulho espiritual (Ef 2.8-10) e gerar toda sorte de
comportamentos hipócritas (Mt 23.23).
3.
Se deixar presentear pela graça. Humanamente é impossível
ao crente, alcançado pela graça, retribuir a Deus tão grande salvação. Se fosse
possível, já não seria graça, favor imerecido; mas mérito pessoal que tiraria
de Deus a autoria divina da salvação. Em nosso relacionamento com Ele, quem tem
mérito é seu Filho, Jesus Cristo (Fp 2.9-11). Assim, os
que compreendem o favor inefável de Deus, mediante sua graça, devem deixar-se
presentear por ela. Quem compreende o que significa ser justificado por Deus se
permite "embalar nos braços de amor e de perdão" do Pai. Para os
filhos de Deus, cônscios do valor da graça do Pai, tudo é presente, tudo é
dádiva, tudo é favor imerecido! Portanto, deixe-se presentear pela graça de
Deus!
SÍNTESE DO TÓPICO III
Não somos merecedores da
graça divina.
CONCLUSÃO
Na lição desta semana,
estudamos a relação da Graça e a Lei; vimos que a graça é favor imerecido; e
compreendemos que ela chega a ser um escândalo para os que não creem. Portanto,
estamos cônscios de que o que nos salva é a graça de Deus mediante a fé somente
(Ef 2.8). E o livre-arbítrio? É possível perder a salvação? São assuntos que
veremos nas próximas lições.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. A OBRA DA SALVAÇÃO, Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida.
Lição 07 – A Salvação pela Graça. I – Lei e Graça. 1. O propósito da Lei. 2. A
Lei nos conduziu a Cristo. 3. A Graça revela que a Lei é imperfeita. II – O favor imerecido de Deus. 1. Superabundante
Graça. 2. Fé e Graça. 3. A Graça não é salvo conduto para pecar. III – O
escândalo da Graça. 1. Seria a graça injusta? 2. A divina graça incompreendida.
3. Se deixar presentear pela Graça. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4°
Trimestre de 2017.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 –
981264038 (Tim), pregação e ensino.
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