LIÇÃO 07 - A NECESSIDADE DO NOVO
NASCIMENTO
TEXTO ÁUREO
"Não te maravilhes de
te ter dito: Necessário vos é nascer de novo." (Jo 3.7)
VERDADE PRÁTICA
Cremos na necessidade
absoluta do novo nascimento pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo.
João 3.1-12
1 - E havia entre os
fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 - Este foi ter de noite
com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque
ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3 - Jesus respondeu e
disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não
pode ver o Reino de Deus.
4 - Disse-lhe Nicodemos:
Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no
ventre de sua mãe e nascer?
5 - Jesus respondeu: Na
verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não
pode entrar no Reino de Deus.
6 - O que é nascido da carne
é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 - Não te maravilhes de te
ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 - O vento assopra onde
quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é
todo aquele que é nascido do Espírito.
9 - Nicodemos respondeu e
disse-lhe: Como pode ser isso?
10 - Jesus respondeu e
disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso?
11 - Na verdade, na verdade
te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos, e não
aceitais o nosso testemunho.
12 - Se vos falei de coisas
terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?
INTRODUÇÃO
O tema da presente lição é
de suma importância porque muitas pessoas estão equivocadas nas coisas
concernentes à salvação, assim como Nicodemos também estava. As boas ações, um
padrão de vida exemplar e até mesmo a prática de uma religiosidade sincera não
conduzem ninguém à vida eterna. O diálogo de Jesus com Nicodemos, um líder
religioso honesto e sincero, revela a necessidade do novo nascimento para
entrar no Reino dos Céus.
I - UM LÍDER RELIGIOSO BEM-INTENCIONADO
1.
Quem era Nicodemos? Muito pouco se sabe a respeito dele. Seu
nome é grego e significa "vencedor do povo". Era fariseu, um príncipe
do povo (Jo 3.1) e membro do sinédrio (Jo
7.50). Nicodemos viu em Jesus algo que não existe em nenhum dos seres
humanos, mas ainda assim parece que não queria ser visto pelo povo conversando
com o Mestre. Talvez isso justifique o fato de ter ido à noite se encontrar com
o Senhor (v.2). Nicodemos nunca
mais foi o mesmo depois desse encontro com Jesus (Jo 7.51;
19.39). Esse diálogo impressiona
as pessoas ainda hoje, pois nele está o que consideramos ser o texto áureo da
Bíblia (Jo 3.16).
2.
Os fariseus. Representavam o povo e, apesar de serem
minoria na sociedade pré-cristã, exerciam forte influência na comunidade
judaica. Eram membros do sinédrio e tornaram-se inimigos implacáveis de Jesus.
Esse grupo formava uma seita (At 15.5). O
apóstolo Paulo declara que o grupo dos fariseus, ao qual Nicodemos pertencia
antes de sua conversão, era a mais severa seita do judaísmo (At
26.5;
Gl 1.14; Fp
3.5).
Os Evangelhos estão repletos de provas do comportamento negativo dos fariseus e
de suas hipocrisias. Tanto que a palavra "fariseu" tornou-se sinônimo
de hipócrita e fingido, até os dias de hoje. Felizmente, Nicodemos era
diferente deles (Jo 7.50,51).
3.
Os sinais efetuados por Jesus. Pouco tempo depois das
bodas de Caná da Galileia, Jesus retornou à Judeia, subindo a Jerusalém (Jo 2.13). Era a sua primeira aparição pública na capital
quando Nicodemos lhe procurou. Nessa ocasião, Jesus operou muitos milagres e,
"estando ele em Jerusalém pela Páscoa, durante a festa, muitos, vendo os
sinais que fazia, creram no seu nome" (Jo 2.23).
Esses milagres atraíram Nicodemos. Talvez ele tenha se referido a esses feitos
milagrosos quando se dirigiu a Jesus, pois disse que "ninguém pode fazer
estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele" (v.2).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Nicodemos era um líder religioso
bem-intencionado.
II - O NOVO NASCIMENTO
1.
É necessário nascer de novo (v.7). Talvez Nicodemos
esperasse uma resposta elogiosa como retribuição das boas e sinceras palavras
ditas a Jesus. Mas ele se surpreendeu com a declaração do Mestre: "aquele
que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus" (v.3). O
que essas palavras significam? Nascer de novo é nascer da água e do Espírito (v.5), e
isso significa regeneração. É o início de uma nova vida, quando o pecador se
torna nova criatura (2 Co 5.17)
criada em Cristo Jesus (Ef 2.10). Trata-se de uma
experiência profunda com Jesus, e não de mera mudança de religião.
2.
Regeneração. O termo significa literalmente "gerar
novamente" e só aparece duas vezes no Novo Testamento: a primeira no
sentido escatológico (Mt 19.28), ao se referir à
restauração de todas as coisas; e a outra como sinônimo de novo nascimento,
cujo sentido é de salvação em Cristo (Tt 3.5). Isso
significa ser gerado da semente incorruptível (1 Pe
1.23).
Os reencarnacionistas costumam usar essa passagem para fundamentar a doutrina
da reencarnação. Mas essa não é a questão aqui. Jesus deixou claro ao príncipe
dos judeus: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do
Espírito é espírito" (v.6).
Jesus não está falando em renascimento nem em reencarnação; essas coisas nunca
fizeram parte da tradição judaica.
3.
A perplexidade de Nicodemos. Muita gente pensa que Deus está
preocupado com religião. Mas essas pessoas estão enganadas, pois a vontade de
Deus é a comunhão com as suas criaturas inteligentes. O problema é que existe
uma barreira que se chama pecado (Is 59.2). Foi de Deus a
iniciativa de comunicação com Adão logo após a Queda (Gn
3.8-10). Quando Deus mandou Moisés levantar o tabernáculo, manifestou o
desejo de habitar no meio do seu povo (Êx 25.8). Por fim,
Deus assumiu a forma humana, "e o Verbo se fez carne e habitou entre
nós" (Jo 1.14). O novo nascimento é a restauração da
comunhão com Deus, e não significa seguir um conjunto de regras religiosas ou
éticas. Isso estava muito longe da forma de pensar de Nicodemos e de muitos
religiosos ainda hoje.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Jesus afirmou a necessidade
do novo nascimento.
III - UMA NECESSIDADE
1.
O estado humano. A Bíblia ensina, e a experiência humana
confirma, que todos os seres humanos estão mortos "em ofensas e
pecados" (Ef 2.1).
O ensino paulino sobre a universalidade do pecado veio diretamente do Senhor
Jesus (Gl 1.11,12), e sua base está
em muitas passagens do Antigo Testamento (Rm 3.10-12; Sl
51.5;
58.3). Nicodemos, como
"mestre em Israel" (v.10),
deveria estar inteirado sobre o assunto. Além disso, Jesus usou a linguagem
bíblica ao lhe comunicar a necessidade do novo nascimento (Ez
11.19; 18.31; 36.26). Trata-se de uma necessidade imperiosa
porque todas as pessoas estão mortas e precisam reviver, receber vida
espiritual (vv.6,7).
Precisamos de uma experiência nova com Cristo.
2.
Saulo de Tarso. Ninguém no mundo nasce cristão; todos os
seres humanos nascem pecadores (Rm 3.23; 5.12). A
salvação é individual e pessoal. Por isso, até mesmo aquele que nasceu num lar
cristão, apesar do privilégio de ter sido criado num ambiente cristão e de ter
recebido uma valiosa herança espiritual dos pais, precisa receber a Jesus como
Salvador pessoal para se tornar filho de Deus (Jo 1.12).
Ninguém é salvo simplesmente por pertencer a uma religião ou seguir a tradição
de seus antepassados. Saulo de Tarso é um bom exemplo, pois ele mesmo declara
ser extremamente religioso; e não um religioso qualquer, mas um praticante
inveterado do judaísmo (At 26.5; Gl
1.14;
Fp 3.5). Depois de sua experiência
com Jesus, ele se considerou o principal entre os pecadores (1 Tm 1.15) e descreveu o seu estado
de miséria diante de Deus igualando-se aos demais pecadores: "insensatos,
desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites,
vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros" (Tt 3.3).
3.
O centurião Cornélio. Não existe salvação sem Jesus (Jo 14.6). Nicodemos e Paulo eram israelitas e professavam a
religião dos seus antepassados, Abraão, Isaque, Jacó, Samuel, Davi e outros
patriarcas, reis e profetas do Antigo Testamento. Mas Cornélio era romano e,
mesmo assim, talvez por influência da religião judaica, era "piedoso e
temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de
contínuo, orava a Deus" (At 10.2).
Observe que essas atitudes de Cornélio tinham a aprovação divina (At
10.4).
Mas ninguém é salvo pelas obras (Gl 2.16). Por isso o
apóstolo Pedro foi enviado para falar a Cornélio sobre a salvação em Cristo. A
descrição bíblica da conduta de Cornélio se repete ao longo da história humana
nas mais diversas culturas e civilizações. A conversão envolve fé,
arrependimento e regeneração. A salvação é um dom de Deus mediante a fé em
Jesus (Ef 2.8,9).
SÍNTESE DO TÓPICO III
O novo nascimento é uma
necessidade para toda criatura.
CONCLUSÃO
Há ainda hoje muitas pessoas
religiosas e sinceras como Cornélio e pessoas bem-intencionadas como Nicodemos,
mas elas precisam nascer de novo, da água e do Espírito para herdarem o Reino
de Deus. É nossa tarefa como cristãos e comunicadores do evangelho falar sobre
a necessidade do novo nascimento não somente ao pecador contumaz, mas também
aos muitos "Nicodemos" e "Cornélios" que estão à nossa
volta.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. A RAZÃO DA NOSSA FÉ, Assim cremos, assim vivemos. Lição 07 – A
necessidade do Novo Nascimento. I – Um líder religioso bem-intencionado. 1. Quem
era Nicodemos? 2. Os fariseus. 3. Os sinais efetuados por Jesus. II – O novo
nascimento. 1. É necessário nascer de novo. 2. Regeneração. 3. A perplexidade
de Nicodemos. III – Uma necessidade. 1. O estado humano. 2. Saulo de Tarso. 3.
O centurião Cornélio. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2017.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038
(Tim), pregação e ensino.
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