LIÇÃO 06 - A PECAMINOSIDADE HUMANA E A
SUA RESTAURAÇÃO A DEUS
TEXTO ÁUREO
"Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus." (Rm 3.23)
VERDADE PRÁTICA
Reconhecemos a
pecaminosidade de todos os seres humanos, que os destituiu da glória de Deus, e
que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus
Cristo podem restaurá-los a Deus.
Romanos 5.12-21
12 - Pelo que, como por um
homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.
13 - Porque até à lei estava
o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei.
14 - No entanto, a morte
reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da
transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.
15 - Mas não é assim o dom
gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito
mais a graça de Deus e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo,
abundou sobre muitos.
16 - E não foi assim o dom
como a ofensa, por um só que pecou; porque o juízo veio de uma só ofensa, na
verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para
justificação.
17 - Porque, se, pela ofensa
de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da
graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.
18 - Pois assim como por uma
só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por
um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de
vida.
19 - Porque, como, pela
desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela
obediência de um, muitos serão feitos justos.
20 - Veio, porém, a lei para
que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;
21 - para que, assim como o
pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida
eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor.
INTRODUÇÃO
A doutrina do pecado é
conhecida nos tratados de teologia como Hamartiologia, da palavra grega
hamartia. O estudo se reveste de suma importância porque se trata do problema
básico de todos os seres humanos. Todos os conflitos no mundo e as confusões
existentes na humanidade são manifestações do pecado. Ninguém pode se livrar
dele, mas o Senhor Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores da condenação
eterna. O enfoque da presente lição é definir e explicar o pecado, bem como
apresentar o meio divino para a solução humana.
I - DEFININDO OS TERMOS
1.
Pecado. Há uma lista extensa de palavras na Bíblia para designar
o pecado: erro, iniquidade, transgressão, maldade, impiedade, engano, sedução,
rebelião, violência, perversão, orgulho, malícia, concupiscência, prostituição,
injustiça etc., além dos verbos e adjetivos cognatos. Muitos desses termos, e
outros similares, estão na sombria lista apresentada pelo apóstolo Paulo (Rm
1.29-32; Gl 5.19-21). Mas há um termo genérico para designar o pecado com todos
os seus detalhes, chattath, e seu equivalente verbal chattá (pronuncia-se hatá,
com "h" aspirado), que literalmente significa "errar o
alvo" (Jz 20.16). O substantivo derivado desse termo aparece pela primeira
vez no relato do assassinato de Abel por seu irmão Caim: "E, senão fizeres
bem, o pecado jaz à porta" (Gn 4.7). O seu equivalente grego na
Septuaginta e no Novo Testamento é hamartia. Essa palavra na Septuaginta traduz
24 termos hebraicos no Antigo Testamento referentes ao pecado.
2.
Os termos hebraicos awon e peshá. Há na Bíblia um repertório
amplo que revela o pecado nos seus vários aspectos, mas este espaço não nos
permite uma apresentação exaustiva. O termo hebraico avon, "iniquidade,
perversão", vem de uma raiz que significa "entortar, torcer",
daí a ideia de perverter a lei de Deus. Essa palavra aparece traduzida em
nossas versões como "injustiça" (Gn 15.16), "maldade" (Êx
20.5) e "iniquidade" (Lv 26.40). Já o verbo avah, de mesma raiz,
descreve a natureza do coração da pessoa não regenerada (Jó 15.5). Isso revela
a "vida torta" do pecador. O outro termo de importância na
Hamartiologia do Antigo Testamento é o verbo pashá "transgredir" ou o
substantivo peshá, "transgressão, delito" (Gn 31.36; 50.17). O ser
humano forçou e foi além dos limites que Deus estabeleceu, e isso faz toda a
humanidade, homens e mulheres, errar o alvo da vida.
3.
O que é pecado? Sabemos que a Bíblia não é um livro de
definição, mas de descrição. Ela "revela a verdade em forma popular de
vida e fato", como bem afirmou um historiador da Igreja Philip Schaff. As
Escrituras declaram que "o pecado é a transgressão da lei" (1 Jo 3.4;
ARA) e que "toda iniquidade é pecado" (1 Jo 5.17). Essa declaração é
geralmente conhecida como pecado de comissão, isto é, quando praticamos aquilo
que não deveríamos fazer (Mt 15.3; Rm 5.14). Mas a Palavra de Deus nos ensina
ainda que "aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete
pecado" (Tg 4.17). Esse pecado é chamado de omissão, pois consiste em
nossa falta de ação naquilo que deveríamos fazer (Jo 9.41).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Na Bíblia encontramos vários
termos para definir pecado.
II - ORIGEM DO PECADO
1.
O pecado no céu. Foi lá que tudo começou. O pecado já havia
sido introduzido no universo quando Adão e Eva foram criados. Antes de
acontecer na Terra, o pecado se originou no céu pelo mau uso do livre-arbítrio.
Jesus disse que o Diabo peca desde o princípio (Jo 8.44). O querubim ungido foi
criado perfeito em sabedoria e formosura, tinha o selo da perfeição (Ez
28.12-15), mas se rebelou contra Deus (Is 14.12-14). Foi o orgulho e a soberba
que fizeram esse querubim se transformar em Satanás (1 Tm 3.6). Ele foi expulso
do céu com os anjos que o acompanharam em sua rebelião (2 Pe 2.4; Jd 6; Ap 12.7-9).
2.
O pecado no Éden. Adão tinha a permissão de Deus para comer de
todas as árvores do jardim, exceto da árvore da ciência do bem e do mal:
"De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do
bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente
morrerás" (Gn 2.16b,17). A advertência foi clara. Quando o casal comeu do
fruto proibido, eles perceberam que estavam nus e procuraram se esconder da
presença de Deus (Gn 3.7,8). Era a ruptura imediata da comunhão com Deus, a
morte espiritual. O próprio Deus anunciou a vinda do Redentor (Gn 3.15) e em
seguida pronunciou a sentença ao casal (Gn 3.16-19) e à sua posteridade. Foi
por causa dessa desobediência que o pecado entrou no mundo e, com ele, a morte
(Rm 5.12). Esse desastre é conhecido como a "Queda da humanidade".
3.
A universalidade do pecado. A Bíblia é clara ao ensinar que
herdamos a natureza pecaminosa de Adão (1 Co 15.49). Isso passou a ser
conhecido como "pecado original". A Bíblia não mostra como essa
transmissão do pecado de Adão passou a todos os humanos, mas afirma que se
trata de um fato incontestável (Rm 5.12,19). Assim, as Escrituras mostram como
todos nós, homens e mulheres, estamos diante de Deus: "todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23). O quadro apresentado é
como segue: todos se extraviaram, não há quem faça o bem (Sl 14.1-5; Rm 3.10-12),
por isso não há no mundo quem não peque (1 Rs 8.46; Ec 7.20). A prova
incontestável da universalidade do pecado é a morte (Rm 5.12). Nem mesmo os
salvos em Cristo estão isentos dessa lei (1 Jo 1.8).O pecado é um princípio
real e presente na vida de todas as pessoas, desde o ventre materno (Sl 51.5; 58.3).
A Queda no Éden corrompeu toda a humanidade em todo o seu ser: corpo, alma e
espírito, intelecto, emoção e vontade (Is 1.5, 6; 2
Co 7.1).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O pecado teve sua origem no
céu, porém na terra ele teve início com a desobediência de Adão e Eva.
III - A SOLUÇÃO PARA O PECADO
1.
Nem tudo está perdido. A Bíblia narra a situação humana
descrevendo-a como "mortos em ofensas e pecados" (Ef 2.1) e que
"o salário do pecado é a morte" (Rm 6.23). Morte significa
"separação". Isso começou com a Queda de Adão e continuou com a sua
posteridade (Is 59.2). Mas Deus, em sua infinita bondade e misericórdia,
declara agora que nos "vivificou" (Ef 2.1a) e que o seu "o dom
gratuito [...] é a vida eterna" (Rm 6.23b). A graça está disponível para
toda a raça humana (Tt 2.11) e a salvação em Jesus pode ser encontrada em todos
os lugares (At 17.30).
2.
A provisão de Deus. O pecado entrou no mundo por um homem,
Adão; assim também a redenção veio por um homem: "a graça de Deus, o dom
pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos" (Rm
5.15). A morte de Jesus foi expiatória, um sacrifício pelos nossos pecados que
"Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue" (Rm 3.25).
Expiação diz respeito ao sacrifício para purificação e ao perdão dos pecados
por meio dos sacrifícios (Lv 4.35; 17.11). A propiciação é o ato que apazigua a
ira divina contra o pecado, satisfazendo a santidade e a justiça de Deus. A
expiação realizada pelo "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo" (Jo 1.29) é um ato da graça de Deus em favor de todos os seres
humanos (1 Jo 2.2). Assim, o Senhor Jesus é a provisão de Deus para o pecador.
SÍNTESE DO TÓPICO III
A morte expiatória de Jesus
Cristo foi e é a solução para o pecado.
CONCLUSÃO
A única esperança é o Senhor
Jesus, o único que pode nos restaurar a Deus. Restaurar é restituir, e isso se
aplica tanto a possessões e bens (Êx 22.14; Is 58.12; Lc 19.8) como também a
pessoas (Jr 30.17). O plano de Deus é restaurar todas as coisas (At 3.21), mas
Ele começou com os seres humanos. Nós estávamos perdidos, como o filho pródigo,
e fomos restaurados a Deus pelo arrependimento (At 3.19; 2 Co 7.10) e pela fé
em Jesus (Rm 5.1).
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Referências
Revista Lições Bíblicas. A RAZÃO DA NOSSA FÉ, Assim cremos, assim vivemos. Lição 06 – A
Pecaminosidade humana e a sua restauração a Deus. I – Definindo os termos. 1. Pecado.
2. Os termos hebraicos awon e peshá. 3. O que é pecado? II – Origem do pecado.
1. O pecado no céu. 2. O pecado no Éden. 3. A universalidade do pecado. III – A
solução para o pecado. 1. Nem tudo está perdido. 2. A provisão de Deus. Editora
CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2017.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 –
981264038 (Tim), pregação e ensino.
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