LIÇÃO
02 - O ÚNICO DEUS VERDADEIRO E A CRIAÇÃO
TEXTO
ÁUREO
"E Jesus respondeu-lhe: O primeiro
de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único
Senhor." (Mc 12.29)
VERDADE
PRÁTICA
Cremos em um só Deus, o Pai
Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas, visíveis e
invisíveis.
Deuteronômio
6.4; Gênesis 1.1
Dt 6.4 - Ouve, Israel, o SENHOR, nosso
Deus, é o único SENHOR.
Gn 1.1 - No princípio, criou Deus os
céus e a terra.
INTRODUÇÃO
A doutrina de Deus é vasta, e nem mesmo
os grandes tratados de teologia conseguem esgotar o assunto. O enfoque da
presente lição é a unidade de Deus, o monoteísmo judaico-cristão e a obra da
criação. Nosso objetivo é mostrar que há um abismo intransponível entre o
criacionismo e o evolucionismo. Não há na Bíblia espaço para a teoria da
evolução nas suas diversas versões.
I -
O ÚNICO DEUS VERDADEIRO
1. O
Shemá. É o imperativo de um verbo hebraico que significa
"ouvir, obedecer", o qual inicia o versículo que se tornou, ao longo
dos séculos, a confissão de fé dos judeus: "Ouve, Israel, o SENHOR, nosso
Deus, é o único SENHOR" (Dt 6.4). A cláusula final "é o único
SENHOR" também se traduz por "o SENHOR é um" (Gl 3.20), conforme
as versões espanhola Reina-Valera e judaica, conhecida no Brasil como Bíblia
Hebraica. A construção hebraica aqui permite ambas as traduções, de acordo com
a declaração de Jesus: "o Senhor é um só!" (Mc 12.29, Tradução
Brasileira). Há aqui um significado teológico importante, porque a mensagem não
se restringe apenas ao monoteísmo, mas a ideia de existir um só Deus, e de Deus
ser um só, diz respeito tanto à "singularidade" quanto à
"unidade" de Deus (Zc 14.9; Sl 86.10).
2. O
monoteísmo. É a crença em um só Deus e se distingue do politeísmo,
a crença em vários deuses. As principais religiões monoteístas do planeta são o
judaísmo (Dt 6.4; 2 Rs 19.15; Ne 9.6), o cristianismo (Mc 12.29; 1 Co 8.6) e o
islamismo. Mas o monoteísmo islâmico não é bíblico. O deus Alá dos muçulmanos é
outro deus, e não o mesmo Deus Javé da Bíblia. Alá era um dos deuses da Meca
pré-islâmica, deus da tribo dos coraixitas, de onde veio Maomé, que o adotou
como a divindade de sua religião. O nome Alá não vem da Bíblia e nunca foi
conhecido dos patriarcas, nem dos reis, nem dos profetas do Antigo Testamento,
menos ainda dos apóstolos do Senhor Jesus. Os teólogos muçulmanos se esforçam
para fazer o povo crer que Alá é uma forma alternativa do nome do Deus Javé de
Israel, mas evidências históricas e arqueológicas provam que Alá não veio dos
judeus nem dos cristãos.
3. O
monoteísmo judaico-cristão. Jesus não somente ratificou o
monoteísmo judaico do Antigo Testamento como também afirmou que o Deus Javé de
Israel, mencionado em Deuteronômio 6.4-6, é o mesmo Deus que Ele revelou à humanidade
(Jo 1.18), a quem todos os cristãos servem e amam acima de todas as coisas (Mc
12.29,30). Assim, o Deus de Israel é o mesmo Deus do cristianismo; é o nosso
Deus. O apóstolo Paulo pregava para os judeus e gentios o mesmo Deus revelado
por Jesus: "O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças
a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da sua boca" (At
22.14).
SÍNTESE
DO TÓPICO I
Deus é único e verdadeiro.
II -
CRIAÇÃO X EVOLUÇÃO
1. O
modelo criacionista. O criacionismo é a posição que propõe ser a
origem do Universo e da vida resultado de um ato criador intencional. Essa
cosmovisão é encarada com suspeita porque a comunidade científica incrédula a
considera uma proposta meramente religiosa. É verdade que a explicação religiosa
tem por base a fé (Hb 11.3), enquanto a explicação científica se fundamenta na
evidência empírica. Mas existem variações em ambas as propostas. Descobertas ao
longo dos séculos confirmam que causas inteligentes empiricamente detectáveis
são necessárias para explicar as estruturas biológicas ricas em informação e a
complexidade da natureza. Esse conceito é conhecido como Design Inteligente.
Criacionismo e Design Inteligente podem ser interligados, mas não são a mesma
coisa. A proposta e a metodologia de ambos não são iguais, pois nem todo
criacionista aceita a Teoria do Design Inteligente e vice-versa. O modelo
científico do Design Inteligente propõe que o mundo foi criado, mas não tem
como provar em laboratório que Deus o criou.
2. O
modelo evolucionista. É uma teoria que nunca se sustentou
cientificamente, apesar de sua aparência científica (1 Tm 6.20). Tem por base
pressupostos naturalistas, entre os quais a proposta darwinista da seleção
natural se destaca como o principal mecanismo evolutivo. O naturalismo, a
hipótese mais aceita para explicar o evolucionismo, ensina que organismos
biológicos existentes evoluíram em um longo processo através das eras. É a
cosmovisão favorável à ideia de que o universo e a vida vieram à existência por
meio de processos de geração espontânea, sem intervenção de um ato criador,
isto é, eles teriam evoluído até a complexidade atual por meio da seleção
natural, a teoria da sobrevivência dos mais fortes. Mas tudo isso não passa de
mera teoria que nunca pôde ser confirmada. O evolucionismo ateu exclui Deus da
criação.
SÍNTESE
DO TÓPICO II
O criacionismo e o evolucionismo são
antagônicos.
III
- A CRIAÇÃO
1. A
criação do Universo. Deus criou o universo do nada; é a chamada
creatio ex nihilo da teologia judaico-cristã revelada na Bíblia. A narrativa do
primeiro capítulo de Gênesis é entendida à luz do contexto bíblico. O ponto de
partida da criação é: "No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gn
1.1). O verbo hebraico "criou" é bará, e este apresenta características
peculiares: o sujeito da afirmação é sempre Deus, o Deus de Israel, e nunca foi
aplicado a deuses estranhos; é um termo próprio para referir-se à ação criadora
de Deus a fim de distinguir-se de toda e qualquer realização humana. Essa ideia
do fiat divino, ou seja, do "faça-se", é apoiada em toda a Bíblia.
Deus trouxe o universo à existência do nada e de maneira instantânea, pela sua
soberana e livre vontade (Sl 33.9; Hb 11.3; Ap 4.11).
2. A
narrativa da criação em Gênesis 1. No primeiro dia, Deus
trouxe à existência a luz (Gn 1.3); no segundo, criou a expansão ou firmamento
(vv.6-8); e, no terceiro, "disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos
céus num lugar; e apareça a porção seca" (v.9). A essa porção seca Ele
chamou terra e ao ajuntamento das águas, mares (v.10). Ainda no terceiro dia,
surgiram os continentes com seus relevos e a vegetação (vv.9-13). Os corpos
celestes: o sol, a lua e as estrelas aparecem no quarto dia (vv.14-19). As aves
e os animais marinhos surgem no quinto dia (vv.20-23).
SÍNTESE
DO TÓPICO III
A narrativa bíblica a respeito da
criação é verdadeira.
CONCLUSÃO
Os ensinos inadequados sobre Deus e o
Senhor Jesus Cristo exigiram da Igreja desde muito cedo uma definição sobre o
assunto. Os principais credos iniciam declarando que Deus é o Criador de todas
as coisas no céu e na terra. Trata-se de um resumo do que ensina a Bíblia desde
Gênesis até Apocalipse. Era uma resposta aos diversos conceitos errôneos dos
gnósticos sobre Deus. O contexto hoje exige uma resposta similar, pois são
muitos os nossos desafios. Devemos estar preparados para combater a indiferença
religiosa e o ceticismo à nossa volta que tanto têm contaminado vizinhos,
colegas de escola e também do trabalho.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. A RAZÃO DA NOSSA FÉ, Assim cremos, assim vivemos. Lição 02 – O
único Deus verdadeiro e a criação. I – O único Deus verdadeiro. 1.O shemá. 2. O
monoteísmo. 3. O monoteísmo judaico-cristão. II – Criação X Evolução. 1. O
modelo criacionista. 2. O modelo evolucionista. III – A criação. 1. A criação
do universo. 2. A narrativa da criação em Gênesis 1. 3. A criação do ser humano.
Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2017.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 –
981264038 (Tim), pregação e ensino.
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