LIÇÃO
12 - A MORTE DE JESUS
TEXTO
ÁUREO
"E, clamando Jesus com grande voz,
disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso,
expirou." (Lc 23.46)
VERDADE
PRÁTICA
Jesus não morreu como mártir ou herói,
mas como o Salvador da humanidade.
INTRODUÇÃO
Os momentos que antecederam à prisão e
julgamento de Jesus foram extremamente difíceis e penosos para Ele e seus
seguidores. As autoridades judaicas já haviam decidido, em concílio, pela sua
morte, e esperavam apenas o momento oportuno para isso. Não intentavam realizar
o ato durante a Páscoa, para não causar tumulto. Nesse momento surge Judas
Iscariotes, um dos doze discípulos, com a proposta de entregar Jesus a esses
líderes. E foi o que ele fez.
Preso, Jesus logo é submetido a um
julgamento que o condenou e o entregou para ser crucificado! Pregado na cruz,
Jesus, o homem perfeito, sentiu as dores dos cravos e o peso do pecado da
humanidade.
I -
AS ÚLTIMAS ADVERTÊNCIAS E RECOMENDAÇÕES
1. Aflição
interior. Sabendo que era chegada a sua hora, Jesus trata de dar
as últimas advertências e recomendações aos seus discípulos. Todos os
evangelistas registram a advertência que Jesus fez a Pedro (Mt 26.31-35; Mc
14.27-31; Lc 22.31-34; Jo 13.36-38). Faltava pouco para o Mestre ser preso, e
tanto Ele quanto seus discípulos iriam passar por um conflito interior sem
precedentes. Daí a necessidade de estarem preparados espiritualmente para esse
momento (Mt 26.41). Pedro é avisado de que Satanás o queria peneirar (Lc
22.31-34). No Monte das Oliveiras, pouco antes de sua prisão, Ele advertiu a
todos sobre a necessidade da oração para suportar as provações que se
avizinhavam (Lc 22.39-46). Podemos falhar e muitas vezes falhamos, entretanto,
não é por falta de aviso.
2.
Aflição exterior. O texto de Lucas 22.35-38 tem chamado a
atenção dos estudiosos da Bíblia. Estaria Jesus aqui pregando a luta armada?
Não! Isso pelo simples fato de que o uso da força como parte do seu Reino é
frontalmente contrário aos seus ensinos (Mt 5.9, 22.38-47). Jesus cita a
profecia de Isaías 53.12 como se cumprindo naquele momento, e os discípulos,
solidários com a sua missão, sofreriam as suas consequências. Assim como o seu
Mestre, eles também seriam afligidos exteriormente com as consequências da
prisão. Deveriam, portanto, estar preparados para aquele momento. Jesus seria
contado com os malfeitores e seus discípulos seriam identificados da mesma
forma (Mc 14.69).
II -
JESUS É TRAÍDO E PRESO
1. A
ambição. A traição de Jesus é um dos relatos mais dramáticos e
tristes que o Novo Testamento registra. Jesus foi traído por alguém que
compartilhava da sua intimidade (Sl 41.9). Judas, conforme relata Lucas, foi
escolhido pelo próprio Cristo para ser um dos seus apóstolos (Lc 6.16).
O que levou, portanto, Judas a agir
dessa forma? Os textos paralelos sobre o relato da traição mostram que Judas
era avarento, amava o dinheiro e a ambição o levou a entregar o Senhor (Jo
12.4-6).
2. A
negociação. Há muito, os líderes religiosos procuravam uma
oportunidade para matar Jesus, mas além de não encontrá-la, eles ainda temiam o
povo (Mt 26.3-5; Lc 22.2). Lucas mostra que o Diabo entra em cena para afastar
esse obstáculo (Lc 22.3-6). O terceiro Evangelho já havia mostrado, por ocasião
da tentação, que o Diabo tinha se apartado de Jesus até o momento oportuno (Lc
4.13). Sabendo que Judas estava dominado pela ambição, Satanás incita-o a
procurar os líderes religiosos para vender Jesus (Lc 22.2-6). O preço foi
acertado em 30 moedas de prata (Mt 26.15). Quando o responsabiliza por seu ato,
a Escritura mostra que Judas não estava predestinado a ser o traidor de Jesus
(Mc 14.21). Ele o fez porque não vigiou (Lc 6.13; 22.40). Quem não vigia
termina vendendo ou negociando a sua fé.
III
- JULGAMENTO E CONDENAÇÃO DE JESUS
1.
Na esfera religiosa. Os conflitos entre Jesus e os líderes
religiosos de Israel começaram muito cedo (Mc 3.6). As libertações, as curas e
autoridade com que transmitia a Palavra de Deus fez com que as multidões
passassem a seguir a Jesus (Lc 5.1). Essa popularidade entre as massas provocou
inveja e ciúme dos líderes religiosos que perdiam espaço a cada dia (Jo 12.19).
Para esses líderes, alguma coisa deveria ser feita e com esse intuito reuniram
o Sinédrio. A decisão foi pela morte de Jesus (Jo 11.47-57). O passo seguinte
foi fazer um processo formal contra Jesus, onde Ele seria falsamente acusado de
ser um sedicioso que fizera Israel se desviar.
2.
Na esfera política. Para os líderes religiosos, Jesus era um
herege, acusado de ter blasfemado, e que deveria ser tirado de cena a qualquer
custo, mesmo que fosse a morte. Todavia, Israel nos dias de Jesus estava sob a
dominação romana e os líderes judeus não poderiam conquistar o seu intento sem
a aprovação do Império (Jo 18.31). Lucas deixa claro que a acusação dos líderes
judeus feita a Jesus era tríplice: desviar a nação; proibir os judeus de
pagarem impostos a Roma e afirmar que Ele, e não César, era rei (Lc 23.2,5,14).
Em outras palavras, Jesus foi acusado de sedição. Desviar os judeus de sua fé
não era crime para Roma, mas a sedição, fazer o povo se levantar contra o
império, era! Jesus, portanto, estaria levando os seus discípulos a uma revolta
política. Os romanos não toleravam nenhuma forma de levante contra o Estado e
estipulavam para esse tipo de crime a pena capital.
IV -
A CRUCIFICAÇÃO E A MORTE DE JESUS
1. O
método. A pena capital imposta pelo Império Romano aos
condenados se dava através da crucificação. Os pesquisadores são unânimes em
afirmar que essa era a mais cruel e dolorosa forma de execução! Josefo,
historiador judeu, informa que antes da execução, os condenados eram açoitados
e submetidos a todo tipo de tortura e depois crucificados do lado oposto dos
muros da cidade. Cícero, historiador romano, ao se referir à crucificação,
afirmou que não havia palavra para descrever ato tão horrendo. A mensagem do
Império Romano era clara - isso aconteceria com quem se levanta contra o
Estado. Jesus, portanto, sofreu os horrores da cruz. De acordo com os
Evangelhos, Ele foi açoitado, escarnecido, ridicularizado, blasfemado,
torturado, forçado a levar a cruz e por fim crucificado (Jo 19.1-28).
2. O
significado. Para muitos críticos, Jesus não passou de
um mártir como foram tantos outros líderes judeus que viveram antes dEle.
Todavia, a teologia lucana depõe contra essa ideia. O que se espera da morte de
um mártir não pode ser encontrado na narrativa da morte de Jesus. Para Lucas,
Jesus morreu vicariamente pela humanidade. A relação que Lucas faz do relato da
paixão com a narrativa do Servo Sofredor de Isaías 53 mostra isso. O Servo
sofredor, Jesus, justifica a muitos. O caráter universal da salvação presente
em Isaías 53 aparece também em Lucas. Jesus, portanto, é o Servo Sofredor que
se humilha até à morte de cruz, mas é exaltado e glorificado por Deus pela obra
que realizou.
CONCLUSÃO
É um fato histórico que Jesus foi
condenado pelos líderes religiosos e executado pelas leis romanas. Todavia,
devemos lembrar de que a causa primeira que levou Jesus de fato à cruz foram os
nossos pecados (Is 53.5). O apóstolo Paulo também destaca esse fato:
"Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele,
fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Co 5.21). A cruz resolveu o problema
do pecado, e todos nós finalmente pudemos desfrutar a paz com Deus (Rm 5.1).
Deus seja louvado.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. JESUS, O HOMEM PERFEITO, O Evangelho
de Lucas, o médico amado. Lição 13 – A morte de Jesus. I – As últimas
advertências e recomendações. 1. Aflição interior. 2. Aflição exterior. II – Jesus
é traído e preso. 1. A ambição. 2. A negociação. III – Julgamento e condenação
de Jesus. 1. Na esfera religiosa. 2. Na esfera política. IV – A crucificação e
a morte de Jesus. 1. O método. 2. O significado. Editora CPAD. Rio de Janeiro –
RJ. 2° Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Assembleia de
Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número
do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 84070979 (Oi) e 63 – 81264038
(Tim), pregação e ensino.
PARABENS.SAO EXCELENTES LIÇOES.
ResponderExcluirPastor Ismael! Quero parabeniza-lo pela bela aula sobre a mulher na Igreja. Vo u por em prática seus ensinamentos!
ResponderExcluirAbraços fraternos!
A Paz do Senhor Jesus Cristo a todos! Os irmãos. Das igrejas.
ResponderExcluirPeço a todos os irmãos. . Que me ajudem. Com material de estudo bíblico. Sobre o tema : A MORTE DE JESUS. . É TAMBÉM Eu quero muito comprar. Uma BÍBLIA DE ESTUDO. BÍBLIA KING JAMES .
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