LIÇÃO
04 – NÃO FARÁS IMAGENS DE ESCULTURAS
TEXTO
ÁUREO
"Portanto, meus amados, fugi da
idolatria." (1 Co 10.14)
VERDADE
PRÁTICA
O segundo mandamento proíbe a idolatria,
adoração de ídolo, imagem de um deus ou de qualquer objeto de culto
INTRODUÇÃO
O primeiro mandamento estabelece a
adoração somente a Deus e a mais ninguém. A ordem do segundo mandamento é para
adorar a Deus diretamente, sem mediação de qualquer objeto. A idolatria é o
primeiro dos três pecados capitais na tradição judaica, "a idolatria, a
impureza e o derramamento de sangue". Os cristãos devem se abster da
contaminação dos ídolos (At 15.20).
I -
PROIBIÇÃO À IDOLATRIA
1.
Ídolo e imagem. O termo hebraico empregado aqui para
"imagem de escultura" (Êx 20.4; Dt 5.8) é péssel, usado no Antigo
Testamento para designar os deuses (Is 42.17), como Aserá, a divindade dos
cananeus (2 Rs 21.7, TB - Tradução Brasileira). Esses ídolos eram esculpidos em
pedra, madeira ou metal (Lv 26.1; Is 45.20; Na 1.14). A Septuaginta traduz péssel
pela palavra grega eidolon, "ídolo", a mesma usada no Novo Testamento
(1 Co 10.14; 1 Jo 5.21). O ídolo é um objeto de culto visto pelos idólatras
como tendo poderes sobrenaturais e a imagem é a representação do ídolo.
2.
Idolatria. O termo "idolatria" vem de eidolon,
"ídolo", e latreia, "serviço sagrado, culto, adoração".
Idolatria é a forma pagã de adoração a ídolos, de adorar e servir a outros
deuses ou a qualquer coisa que não seja o Deus verdadeiro. É prática
incompatível com a fé judaico-cristã, pois nega o senhorio e a soberania de
Deus. Moisés e os profetas viam na idolatria a destruição de toda a base
religiosa e ética dos israelitas, além de negar a revelação (Dt 4.23-25).
3.
Semelhança ou figura. A frase "Nem semelhança alguma do que
há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra"
(Êx 20.4b; Dt 5.8b), à luz de Deuteronômio 4.12,15, proíbe adorar o próprio
Deus verdadeiro por intermédio de qualquer objeto. A palavra hebraica para
"semelhança" é temunah, "aparência, representação, manifestação,
figura". Sua ideia básica é de aparência externa, ou seja, uma imagem
vista numa visão (Nm 12.8; Dt 4.12,16-18; Jó 4.16; Sl 17.15). Essa proibição
inclui a representação de coisas materiais como homens e mulheres, pássaros, animais
terrestres, peixes e corpos celestes (Dt 4.16-19).
II -
AMEAÇAS E PROMESSAS
1. O
Deus zeloso. O adjetivo hebraico qanna,
"zeloso", aparece apenas cinco vezes no Antigo Testamento (Êx 20.5;
34.14; Dt 4.24; 5.9; 6.15) e está associado ao nome divino el, "Deus".
O zelo de Jeová consiste no fato de ser Ele o único para Israel, e este não
deveria partilhar o amor e a adoração com nenhuma divindade das nações. Esse
direito de exclusividade era algo inusitado na época e único na história das
religiões, pois os cultos pagãos antigos eram tolerantes em relação a outros
deuses.
2.
As ameaças. A expressão "terceira e quarta geração" (Êx
20.5; Dt 5.9) indica qualquer número ou plenitude e não se refere
necessariamente à numeração matemática, pois se trata de máxima comum na
literatura semítica (Am 1.3,6,11,13; 2.1,4,6; Pv 30.15,18,21,29). O objetivo
aqui é contrastar o castigo para "terceira e quarta geração" com o
propósito de Deus de abençoar a milhares de gerações.
3.
As promessas. Salta à vista de qualquer leitor a
diferença entre castigo e misericórdia. A ira divina vai até a quarta geração,
no entanto, a misericórdia de Deus chega a mil gerações sobre os que guardam os
mandamentos divinos (Êx 20.6; Dt 5.10). Muito cedo na história, o nosso Deus
revela que seu amor ultrapassa infinitamente o juízo.
III
- O CULTO VERDADEIRO
1.
Adoração. O segundo mandamento proíbe fazer imagem de escultura e
também de se prostrar diante dela para adorá-la: "não te encurvarás a
elas, nem as servirás" (Êx 20.5; Dt 5.9). Adoração é serviço sagrado,
culto ou reverência a Deus por suas obras. É somente a Deus que se deve adorar
(Mt 4.10; Ap 19.10; 22.8,9).
2.
Deus é espírito. O Catecismo Maior de Westminster (1648)*
declara que "Deus é Espírito, em si e por si infinito em seu ser (Jo 4.24;
Êx 3.14; Jó 11.7-9)". O espírito é substância imaterial e invisível,
diferentemente da matéria. É também indestrutível, pois o "espírito não
tem carne nem ossos" (Lc 24.39). Além de a Bíblia afirmar que Deus é
espírito, declara também de maneira direta que Ele é invisível (Cl 1.15; 1 Tm
1.17). Assim, a espiritualidade que tem Deus como alvo é incompatível com as
imagens dos ídolos.
3.
Deus é imanente e transcendente. A imanência é a forma de
relacionamento de Deus com o mundo criado e principalmente com os seres humanos
e sua história. O Salmo 139 é um exemplo clássico. A transcendência significa
que Deus é um ser que não pertence à criação, não faz parte dela, transcende a
toda matéria e a tudo o que foi criado (Jo 17.5,24; Cl 1.17; 1 Tm 6.16). O
exclusivismo da sua adoração é natural porque Deus é incomparável; ninguém há
como Ele no universo (Rm 11.33-36).
IV -
AS IMAGENS E O CATOLICISMO ROMANO
1. O
que dizem os teólogos católicos romanos? A edição brasileira do
Catecismo da Igreja Católica, publicado em 1993, no período do pontificado do
papa João Paulo II, afirma que o culto de imagens não contradiz o mandamento
que proíbe os ídolos. Os teólogos católicos romanos ensinam que a confecção da
arca da aliança com os querubins e a serpente de metal no deserto (Êx 25.10-22;
1 Rs 6.23-28; 7.23-26; Nm 21.8) permitem o culto às imagens.
2.
Uma interpretação forçada. O argumento da igreja católica é
falacioso porque os antigos hebreus não cultuavam os querubins nem a arca,
menos ainda a serpente de metal. O povo não dirigia orações a esses objetos. A
arca e os querubins do propiciatório sequer eram vistos pelo povo, pois ficavam
no lugar santíssimo (Êx 26.33; Lv 16.2; Hb 9.3-5). Quando o povo começou a
cultuar a serpente que foi construída no
deserto, o rei Ezequias mandou destruí-la
(2 Rs 18.4). As peças religiosas a que os teólogos católicos romanos se
referem serviam como figuras da redenção em Cristo (Hb 9.5-9; Jo 3.14,15).
3. O
uso de figuras como símbolo de adoração. A adoração ao Deus
verdadeiro por meio de figura, símbolo ou imagem é idolatria. Isso os
israelitas fizeram no deserto (Êx 32.4-6). Mica e Jeroboão I, filho de Nebate,
procederam da mesma maneira (Jz 17.2-5; 18.31; 1 Rs 12.28-33). Os ídolos que a
Bíblia condena não se restringem a animais, corpos celestes ou forças da
natureza, pois inclui também figuras humanas (Sl 115.4-8).
4.
Mariolatria. É o culto de Maria, mãe de Jesus. Seus
adeptos dirigem oração a ela, prostram-se diante de sua imagem e acreditam que
sua escultura é milagrosa. Isso é idolatria! Os devotos, propagandeados pela
mídia, atribuem a Maria uma posição que a Bíblia não lhe confere. Nós
reconhecemos o papel honroso da mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, mas ela mesma
jamais aceitaria ser cultuada (Lc 1.46, 47; 11.27, 28; 1 Tm 2.5).
CONCLUSÃO
Devemos ter discernimento para
distinguir ídolos de objetos meramente decorativos. Tudo aquilo que a pessoa
ama mais do que a Deus torna-se idolatria (Ef 5.5; Cl 3.5). A Bíblia não proíbe
as artes, nem a escultura em si mesma e nem a pintura. Deus mesmo inspirou
artistas entre os israelitas no deserto (Êx 35.30-35). O rei Salomão mandou
esculpir querubins na parede e touros e leões para decorar o templo (1 Rs 6.29;
7.29) e o palácio real (1 Rs 10.19, 20), mas nunca com objetivo de que tais
objetos fossem adorados
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Referências
Revista Lições Bíblicas. OS DEZ MANDAMENTOS, Valores divinos para uma sociedade em
constante mudança. Lição 04 – Não farás imagens de esculturas. I – Proibição
à idolatria. 1. Ídolo e imagem. 2. idolatria. 3. Semelhança ou figura. II – Ameaças
e promessas. 1. O Deus zeloso. 2. As ameaças. 3. As promessas. III – O culto
verdadeiro. 1. Adoração. 2. Deus é espírito. 3. Deus é imanente e transcendente.
IV – As imagens e o catolicismo romano. 1. O que dizem os teólogos católicos
romanos? 2. Uma interpretação forçada. 3. O uso de figuras como símbolo de
adoração. 4. Maiolatria. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de
2015.
Elaboração
dos slides: Pastor, Ismael Pereira de Oliveira
Gostei muito
ResponderExcluirA paz meu irmã vai continuar com as demais lições.
ResponderExcluirgostei muito vou passar na Igreja . vc tem alguma idéia de deixar a escola dominical mas dinâmica .
A Paz do Senhor professora Francieln Oliver Melo! Fique a vontade para utilizar o material didático na ministração da sua aula! Volte sempre! Um grande abraço! Shalom Adonai!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue Deus continue abençoando este trabalho
ResponderExcluirQue tem com toda certeza edificado muitas vidas.
Parabéns pelo Site: Pr. Ismael Pereira de Oliveira.