LIÇÃO 11 - OS GIGANTES DA FÉ E O SEU LEGADO PARA A IGREJA
TEXTO ÁUREO
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se
esperam e a prova das coisas que se não veem." (Hb 11.1)
VERDADE PRÁTICA
A fé é a confiança irrestrita nas promessas de Deus.
Hebreus 11.1-8,22-26,30-34
1 - Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam
e a prova das coisas que se não veem.
2 - Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho.
3 - Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus,
foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
4 - Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que
Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos
seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala.
5 - Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte e não
foi achado, porque Deus o trasladara, visto como, antes da sua trasladação,
alcançou testemunho de que agradara a Deus.
6 - Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário
que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos
que o buscam.
7 - Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda
não se viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual
condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.
8 - Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um
lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.
22 - Pela fé, José, próximo da morte, fez menção da saída dos
filhos de Israel e deu ordem acerca de seus ossos.
23 - Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses
por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o
mandamento do rei.
24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado
filho da filha de Faraó,
25 - escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do
que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
26 - tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do
que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
30 - Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados
durante sete dias.
31 - Pela fé, Raabe, a meretriz, não pereceu com os
incrédulos, acolhendo em paz os espias.
32 - E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de
Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel, e dos
profetas,
33 - os quais, pela fé, venceram Reinos, praticaram a
justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões,
34 - apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da
fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os
exércitos dos estranhos.
INTRODUÇÃO
O autor acabara de fazer sua longa exposição sobre a
supremacia de Cristo, seu sacerdócio e a superioridade da Nova Aliança em
relação à Antiga. Essa exposição começou no capítulo primeiro e se estendeu por
quase todo o capítulo dez. Aqui, ele faz um apanhado histórico sobre a jornada
de fé dos homens e das mulheres de Deus no Antigo Pacto e como isso deveria ser
tomado como exemplo para os cristãos do Novo Concerto. Essa fé, diferentemente
do conceito de justificação dado por Paulo, aparece aqui com o sentido de
ousadia, perseverança e confiança nas promessas de Deus. A fé demonstrada por
eles em diferentes momentos da história, e em diferentes situações, foi o que
garantiu as suas inserções na galeria dos heróis bíblicos. Essa mesma fé, que
garantiu que eles sempre avançassem e nunca recuassem, devemos imitar.
I - A FÉ QUE GERA CONFIANÇA EM DEUS
1. O sacrifício de Abel. O autor dá início a sua galeria dos
heróis da fé com Abel, o primeiro exemplo de homem de fé (Hb
11.4). Abel foi um homem, que nos primórdios da humanidade, ousou confiar
em Deus. A Bíblia mostra que seu sacrifício, feito com fé, agradou a Deus. O
culto prestado por ele foi verdadeiro! Há muitas especulações sobre a natureza
do sacrifício oferecido por Abel, mas o texto sagrado nada diz sobre o assunto.
O fato é que a fé de Abel foi uma fé operante, diferentemente da fé de Caim,
seu irmão. Para o autor de Hebreus, os cristãos, assim como fora Abel, deveriam
ser em tudo confiantes porque o Cristo a quem seguem é, em tudo, superior a
Abel (Hb 12.24).
2. O testemunho de
Enoque. Há
pouquíssimas referências à pessoa de Enoque no registro bíblico. Mas o pouco
que há é suficiente para inspirar fé e confiança (Hb 11.5).
Somente duas pessoas são citadas na Bíblia que não experimentaram a morte, um é
Elias, o profeta de Tisbe, o outro é Enoque. A Bíblia diz que esse traslado de
Enoque se deu por causa deste "andar" com Deus. Ninguém se aproxima
do Pai, nem muito menos anda com Ele, se não demonstrar fé. Deus é soberano e
age como quer, mas o fato é que Deus chamou Enoque para perto de si por causa
do seu andar na fé. Sem fé ninguém agrada a Deus.
3. A confiança de Noé. No seu sermão escatológico, Jesus
se referiu aos dias de Noé como uma época de insensibilidade espiritual. Foi
uma geração, à semelhança da nossa, imediatista! Do aqui e agora. Nos dias de
Noé já se vivia uma espécie de hedonismo, porque todos se preocupavam apenas
com aquilo que dava prazer imediato (Mt 24.37-39). E eles
não "perceberam", mas Noé, sim. Quando ninguém conseguia ouvir Deus,
Noé o ouviu: "Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não
se viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a
arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo
a fé" (Hb 11.7).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A fé produz confiança irrestrita em Deus.
II - A FÉ QUE FAZ VER O INVISÍVEL
1. A obediência de
Abraão. Após ter
falado sobre Abel, Enoque e Noé, o autor agora foca o seu argumento sobre a fé
da pessoa de Abraão, o patriarca da nação hebreia. Todos os nomes citados
anteriormente são tidos como exemplos de fé, mas nenhum deles havia se tornado
um modelo para os judeus, como fora Abraão. Quando chamado por Deus, Abraão
obedeceu e sua fé o guiou mesmo quando não sabia para onde ia (Hb
11.8). Mas Abraão não era apenas pai dos judeus, ele era pai de "todos
os que creem" (Gl 3.7). Os cristãos deveriam seguir
suas pegadas com a mesma obediência e a mesma fé do amigo de Deus.
2. A fidelidade de José. A Escritura testemunha sobre a
fidelidade de José. Embora tenha sido vendido, ele mesmo nunca se vendeu (At 7.9,10). A fé o
manteve vivo no Egito. Se a fé de Abraão fez com que conhecesse o desconhecido,
por outro lado, a fé de José fez ele enxergar o invisível (Hb
11.22). José, pela fé, "viu" o Êxodo do povo judeu. De fato, a
palavra grega "saída" (v.22) é a mesma usada para se referir ao
Êxodo. É essa fé, que nos faz enxergar o desconhecido e acreditar no futuro,
que o autor exorta os crentes a demonstrarem.
3. A determinação de
Moisés. A jornada do
Êxodo, sob a liderança de Moisés, durou quarenta anos. Todavia, a jornada da fé
de Moisés começou bem antes (Hb 11.24,25).
Moisés foi um homem determinado, ousado, confiante e cheio de fé. A sua fé
também permitiu que ele enxergasse o invisível, pois teve "por maiores
riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito" (Hb 11.26). Ele "viu" Cristo, mesmo tendo vivido
centenas de anos antes. Por que não seguir seu exemplo de fé na jornada
espiritual?
SÍNTESE DO TÓPICO II
A fé nos faz ver o invisível e alcançar o impossível.
III - A FÉ QUE DÁ PODER PARA AVANÇAR
1. A ousadia de Josué. Moisés havia morrido e a Josué
coube a missão de introduzir o povo na Terra Prometida. Contudo, o ingresso na
terra não poderia ser feito enquanto Jericó permanecesse de pé. De nada
adiantava ter saído do Egito para ficar fora de Canaã. O povo só ficaria de pé
se Jericó caísse. Numa guerra a vitória pertence a quem for mais numeroso, bem
armado e melhor treinado. Israel não possuía tais capacidades. O autor então
mostra como eles venceram - pela fé (Hb 11.30). Sim, a
fé foi a arma infalível nessa guerra! Se a fé os fez avançar na conquista da
Canaã terrena, muito mais essa mesma fé pode fazer na jornada celestial.
2. A coragem de Raabe. Na queda de Jericó, Raabe escapou
com vida. Escapou, como afirma o texto bíblico, pela fé (Hb
11.31). Mas a sua fé fez mais - pela fé, Raabe, mesmo sendo gentia, entrou
na linhagem do povo de Deus (Mt 1.5). A fé de Raabe deve servir de inspiração e
motivação para quem está na jornada rumo à Canaã celestial.
3. O heroísmo de Gideão. O autor fecha a sua lista dos
heróis da fé citando vários personagens bíblicos. A lista é encabeçada por
Gideão, um dos juízes durante o regime tribal israelita (Hb
11.32). Gideão foi desafiado por Deus a buscar o livramento do seu povo por
meio da fé. Em desvantagem numérica e bélica, ele contava apenas com a fé na
grandeza de Deus. Com apenas 300 homens, mas com a promessa divina recebida
pela fé, ele deu grande livramento a seu povo. Deus não conta com números, Ele
conta com quem tem fé!
SÍNTESE DO TÓPICO III
A confiança em Deus nos dá poder para avançar e vencer os
obstáculos.
CONCLUSÃO
O autor de Hebreus contrasta o caminhar de várias personagens
da história bíblica com a carreira proposta aos cristãos. Essas personagens
tinham em comum um longo e desafiador percurso para fazer. Sem perseverança,
ousadia e fé nenhum deles teria conseguido chegar ao seu destino final. A única
forma de não retroceder é caminhar com fé. A fé derruba o obstáculo, abate o
Inimigo e levanta o abatido.
------------------------------------------------
Referências
Revista
Lições Bíblicas. A SUPREMACIA DE CRISTO,
Fé, esperança e ânimo na Carta aos
Hebreus. Lição 11 – Os gigantes da fé e o seu legado para a Igreja. I – A
fé que gera confiança em Deus. 1. O sacrifício de Abel. 2. O testemunho de Enoque.
3. A confiança de Noé. II – A fé que faz ver o invisível. 1. A obediência de
Abrão. 2. A fidelidade de José. 3. A determinação de Moisés. III – A fé que dá
poder para avançar. 1. A ousadia de Josué. 2. A coragem de Raabe. 3. O heroísmo
de Gideão. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de 2018.
Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor
na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12.
Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 -
984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.
q benção!!! Deus continue abençoando!!!:)
ResponderExcluirExcelente lição!
ResponderExcluir