LIÇÃO 13 - SOBRE A FAMÍLIA E A SUA
NATUREZA
TEXTO ÁUREO
"Portanto, deixará o
varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
carne." (Gn 2.24)
VERDADE PRÁTICA
O casamento foi instituído
por Deus e ratificado por nosso Senhor Jesus Cristo como união entre um homem e
uma mulher, nascidos macho e fêmea.
Gênesis 2.18-24
18 - E disse o SENHOR Deus:
Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante
dele.
19 - Havendo, pois, o SENHOR
Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a
Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma
vivente, isso foi o seu nome.
20 - E Adão pôs os nomes a
todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não
se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 - Então, o SENHOR Deus
fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas
costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 - E da costela que o
SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 - E disse Adão: Esta é
agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa,
porquanto do varão foi tomada.
24 - Portanto, deixará o
varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
carne.
INTRODUÇÃO
A família é assunto de
interesse geral, de cristãos e não-cristãos, de religiosos e não-religiosos.
Trata-se de um projeto de Deus para os seres humanos. O livro de Gênesis traz
um breve e singelo relato de como tudo isso começou e também revela o propósito
de Deus para a família. Não existe prazo de validade para os princípios
estabelecidos nessa narrativa e eles continuam valendo na atualidade. Esse é o
enfoque da última lição.
I - A ORIGEM
1.
O homem e a mulher. No relato da criação, ambos aparecem
juntos, mostrando a igualdade ontológica do homem e da mulher. O texto de Gênesis
1.27
diz: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e
fêmea os criou". A palavra hebraica usada para "homem" aqui é
adam, que serve tanto para o nome do primeiro homem que Deus criou, como também
para "homem" no sentido de representante do ser humano,
semelhantemente à palavra grega anthropos. A expressão final, "macho e
fêmea os criou", mostra que adam, nesse versículo, diz respeito ao ser
humano. Isso revela a igualdade de ambos, macho e fêmea, homem e mulher, como
portadores da imagem de Deus; a diferença está na sexualidade (1
Pe 3.7). Ao reunir esse casal, Deus instituiu o que chamamos
hoje de casamento.
2.
A formação da mulher. A Bíblia nos conta como a mulher surgiu na
história humana. Curiosamente, a formação da mulher não aparece nos antigos
registros do Oriente Médio. No relato da criação, em Gênesis, a formação do
homem só aparece uma vez (Gn 2.7), e seis vezes a da
mulher (vv.18-23). O termo
"adjutora" (v.18)
quer dizer "auxiliadora", conforme vemos na Almeida Revista e
Atualizada e "ajudadora", de acordo com o que registra a Tradução
Brasileira. Isso não inferioriza a mulher, pois os termos
"auxiliador" ou "ajudador" devem ser entendidos à luz do
contexto (Sl 54.4; Hb
13.6).
O termo hebraico, kenegdó, "como diante dele" (v.18b), tem a ideia de
"igual e adequado" (Gl 3.28). O relato da
criação pressupõe que Deus colocou o homem com prioridade governamental (1 Co 11.3), mas que ambos os sexos,
homem e mulher, são mutuamente dependentes (1 Co
11.11).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A origem da família remonta
a criação do homem e da mulher como a base da formação familiar.
II - A FAMÍLIA
1.
Conceito de família entre os antigos hebreus. O lar é parte do
clã, este parte da tribo e esta, por sua vez, parte do povo/nação (Js
7.16-18). O lar constitui-se de pai, mãe e filhos (Sl 128.1-4), é a família nuclear. Considerando que a base
da economia do Antigo Israel era a agricultura e o pastoreio, a família nuclear
com poucos membros via-se em dificuldade por falta de mão de obra para o
sustento da casa. Por isso, ela poderia se estender com parentes próximos - tios
e primos - ou com duas ou mais gerações vivendo juntas (Gn
24.67). As casas descobertas pelos arqueólogos mostram que essa família
ampliada era formada, em média, de 15 membros. Quando se tratava de famílias
ricas, acrescentavam-se servos e estrangeiros, como no caso de Abraão (Gn
14.14), ou como previsto na legislação mosaica (Êx 23.12).
Saul, por exemplo, aparece na Bíblia com a menção de seu pai, avô, bisavô,
trisavô, e também da tribo (1 Sm 9.1,2).
2.
O papel da mulher na sociedade israelita. A tarefa do homem e da
mulher era a mesma, sendo que a mulher cuidava da casa e ajudava o marido nos
trabalhos diários para sustento da família. A sentença divina por ocasião da
Queda no Éden diz: "E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor
e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido,
e ele te dominará" (Gn 3.16). Isso significa que a
mulher se dedicaria ao trabalho da mesma forma que o homem, e também à
maternidade; a mulher não é inferior, mas o homem é o chefe e pastor do lar.
Ela levava a criança no ventre e continuava exercendo suas tarefas.
Considerando questões médicas, sanitárias e nutricionais, a gravidez era um
período de alto risco para a mãe e para o bebê.
SÍNTESE DO TÓPICO II
A
família nuclear constitui-se de pai, mãe e seus filhos, onde homem e mulher
exercem funções distintas.
III - PRINCÍPIOS BÁSICOS
1.
Casamento. É a mais fundamental de todas as relações sociais.
Trata-se da união íntima e verdadeira entre duas pessoas de sexos opostos que
manifestam publicamente o desejo de viverem juntas mediante um pacto solene e
legal. Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma intimidade
maior do que a que existe entre marido e mulher, exceto apenas entre as três
Pessoas da Trindade. Deus estabeleceu a família para companheirismo mútuo e
felicidade, para uma convivência amorosa. A declaração: "Portanto, deixará
o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
carne" (Gn 2.24), apresenta três princípios básicos
sobre o casamento: monogamia (1 Co 7.2),
heterossexualidade (Gn 4.1,25) e
indissolubilidade (Mt 19.6).
2.
Monogamia. O termo diz respeito às sociedades que adotam o
princípio do casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa, conforme
estabelecido pelo Criador. As palavras "e apegar-se-á à sua mulher" (v.24)
apontam para o princípio monogâmico; o texto não diz "às suas
mulheres", mas, pelo contrário, "à sua mulher". Essa verdade
expressa o pensamento bíblico (1 Co 7.2; 1
Tm 3.2).
3.
Heterossexualidade. Um dos propósitos divinos na criação do
homem e da mulher é a procriação, visando a conservação dos seres humanos na
terra: "[...] macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou e Deus lhes
disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gn
1.27,28). Quando Deus formou
a mulher da costela de Adão, a Bíblia afirma: "[...] deixará o varão o seu
pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher" (Gn 2.24).
Isso mostra que a diferenciação dos sexos assegura as particularidades de cada
um na união conjugal, postura necessária à formação do casal. O homem se une
sexualmente a sua esposa, como resultado do amor conjugal, não só para
procriar, mas para uma vivência afetuosa, agradável e prazerosa (Pv 5.18). O relacionamento sexual aprovado na Bíblia é o de
um homem e de uma mulher dentro do matrimônio. O pai e a mãe são o referencial
para a formação tanto do menino quanto da menina. Acima de qualquer exemplo, o
comportamento estabelecido para o homem e para a mulher deve vir da Palavra de
Deus.
4.
Indissolubilidade. A natureza indissolúvel do casamento vem
desde a sua origem: "e serão ambos uma só carne" (v.24b). O
Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica significa a
indissolubilidade do casamento (Mt 19.6). O voto solene
de fidelidade um ao outro "até que a morte os separe", que se ouve
dos nubentes numa cerimônia de casamento, não é mera formalidade (Ml
2.14).
O casamento só termina pela morte de um dos cônjuges (Rm 7.3),
pela infidelidade conjugal (Mt 5.32; 19.9) ou
pela deserção por parte do cônjuge descrente (1 Co
7.15).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Os princípios básicos da
família são o casamento monogâmico, sua indissolubilidade e a
heterossexualidade.
IV - O DESAFIO DA IGREJA
1.
Institucionalização da iniquidade. A tendência humana é
desafiar a Deus em tudo; isso vem desde a Torre de Babel (Gn
11.4) e vai continuar até o final dos tempos. E com a sagrada instituição
da família não é diferente, uma vez que Deus a instituiu como união entre um
homem e uma mulher (Gn 2.24; 1.27,28), o
atual sistema de coisas quer institucionalizar a iniquidade ao considerar
legítima diante de Deus a união de pessoas do mesmo sexo. É ir longe demais, em
uma verdadeira afronta a Deus (Lv 18.22; 20.13). A Bíblia condena a prática
homossexual, ou pecado de Sodoma, para usar o termo bíblico (Dt
23.17; Jd 7). O avanço dessa
prática é um dos sinais do fim dos tempos (Lc 17.28-30).
A Bíblia condena de maneira direta tal estilo de vida (Rm
1.26,27; 1 Co
6.10;
1 Tm 1.9,10).
2.
A inversão de valores. O que se vê hoje é a tentativa de
tornar o errado certo e o certo, errado (Is 5.20). O
mundo atual está invertendo os valores em busca do hedonismo, ou seja, a
procura indiscriminada do prazer, gozo sensual, deleite sexual (1 Jo 2.16). Mas essas autoridades vão
prestar contas de tudo isso (Is 10.1). Esse também era o
desafio da Igreja do período apostólico. O apóstolo Paulo denunciou também essa
inversão de valores, dizendo que "mudaram a verdade de Deus em mentira,
adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito
eternamente. Amém!" (Rm 1.25; ARA).
SÍNTESE DO TÓPICO IV
A Igreja de Cristo está
diante da institucionalização da iniquidade e da inversão de valores. O desafio
é urgente!
CONCLUSÃO
Diante do exposto,
entendemos que Deus criou o homem e a mulher para ser mutuamente dependentes,
entretanto, cada um em sua particularidade, para juntos, com os filhos, “a
herança do Senhor”, formarem um núcleo familiar. Essa é, então, a primeira
estrutura social humana.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. A RAZÃO DA NOSSA FÉ, Assim cremos, assim vivemos. Lição 13 – Sobre
a família e a sua natureza. I – A origem. 1. O homem e a mulher. 2. A formação
da mulher. II – A família. 1. Conceito
de família entre os antigos hebreus. 2. O papel da mulher na sociedade israelita.
III – Princípios básicos. 1. Casamento. 2. Monogamia. 3. Heterossexualidade. 4.
Indissolubilidade. IV – O desafio da Igreja. 1 – Institucionalização da
iniquidade. 2. A inversão de valores. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3°
Trimestre de 2017.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 –
981264038 (Tim), pregação e ensino.
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