LIÇÃO
02 - A NECESSIDADE UNIVERSAL DA SALVAÇÃO EM CRISTO
TEXTO
ÁUREO
“Como está escrito: Não há um justo, nem
um sequer.” (Rm 3.10)
VERDADE
PRÁTICA
O pecado manchou toda a raça humana e
somente o sangue de Cristo é suficiente para purificá-la.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje teremos a oportunidade
de compreender que o pecado, em sua universalidade, atingiu os gentios, os
judeus e toda a raça humana. Todos ficaram debaixo do impiedoso jugo do pecado.
A necessidade de uma salvação universal, na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo
é um tema bastante claro na argumentação do apóstolo Paulo em Romanos 1.18 a
3.20.
Paulo nos mostra em Romanos que tanto os
pagãos, que estavam nas trevas do pecado, quanto os judeus, que se orgulhavam
de possuir a Lei divina entregue a Moisés no Sinai, estão sob o domínio do
pecado. Veremos nesta lição que somente a revelação da justiça de Deus em
Cristo Jesus é suficiente para salvar tanto os judeus quanto os gentios.
I -
A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO DOS GENTIOS (Rm 1.18-32)
1. A
rejeição. Ao dar início a sua argumentação em Romanos 1.18-32, o
apóstolo tem em mente a triste situação na qual se encontra o mundo gentílico.
Esse estado de insensibilidade frente à realidade das coisas espirituais foi
proporcionado pela ignorância na qual eles viviam. O pecado os havia lançado
para longe de Deus. Quanto mais distante do Criador, mais o pecado manifesta os
seus tentáculos e ganha força. Essa atitude de rebelião contra Deus culmina na
idolatria, ou seja, coloca a criatura em lugar do Criador. O homem, com suas
paixões e concupiscências, e não Deus, se torna o centro da existência: "E
mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis" (Rm 1.23). A
ignorância espiritual conduz à idolatria religiosa.
2. A
revelação. Se o mundo está em trevas, Deus não pode ser
responsabilizado por isso. Esta é a argumentação de Paulo aos romanos. Deus
sempre se revelou aos homens ao longo da história. Aqui fica evidente que o
Senhor se deu a conhecer através das coisas criadas (Rm 1.20). Essa revelação
natural, também denominada na teologia bíblica de "revelação geral",
é uma testemunha contra a falta de sensibilidade da criatura diante do seu
Criador. Embora o homem não possa conhecer a Deus perfeitamente através da
revelação natural ou geral, conhecimento que só se torna possível através da
revelação especial de Deus, Jesus Cristo, todavia ele deveria se sentir
despertado para a realidade espiritual através das coisas criadas (Rm 1.21).
3. A
punição. Os versículos 22 até o 32 do capítulo primeiro de
Romanos revelam as consequências do pecado na vida dos homens. Eles tiveram a
oportunidade de glorificar a Deus, mas não o fizeram (Rm 1.21), e agora colhem
os maus frutos dessa obstinação. A expressão "Deus os entregou" não
tem o sentido de causalidade, o que demonstra que Deus não é o responsável por
essa obstinação humana. Ele apenas permitiu que os homens, como consequência de
suas próprias ações e escolhas, andem nos seus próprios caminhos. Todavia,
precisam saber que serão responsabilizados por isso. E de fato o foram. Paulo
destaca que essa atitude reprovada cegou os homens, lançando-os na insensatez
da idolatria, pois trocaram o Criador pela criatura (Rm 1.23). Depois os levou
ao desvio da sexualidade (Rm 1.26,27) e, por último, fez com que eles adotassem
uma diversidade de vícios morais e sociais (Rm 1.28-32).
II -
A NECESSIDADE DE SALVAÇÃO DOS JUDEUS (Rm 2.1-3.8)
1. Os
judeus em relação aos gentios. Paulo valeu-se do método
de diatribe na carta aos Romanos, pois tal recurso permitia que ele dialogasse
com os leitores. É de imaginar que um judeu, quando lesse o que Paulo dissera
anteriormente sobre o mundo gentílico, ficasse eufórico pelo tom duro adotado
no discurso de Paulo. Os gentios, de fato, encontravam-se numa situação
deplorável diante de Deus. Entretanto, os judeus moralistas não estavam em
melhor situação (2.1-16). Eles também eram igualmente condenáveis diante de
Deus (Rm 2.1-3). Eles condenavam os gentios, mas praticavam pecados
semelhantes. Por isso, eram carentes da graça de Deus da mesma forma.
2.
Os judeus em relação à Lei. Outro aspecto da argumentação do
apóstolo em relação aos judeus encontra-se nos versículos 17-29 do capítulo 2
de Romanos. Paulo sabia que todo judeu se orgulhava da Lei que lhes fora
outorgada no Sinai (Rm 2.17,18). Ao contrário dos gentios que possuíam apenas a
revelação natural, a eles fora dado também a Lei. Contudo, havia uma
incongruência entre o conhecer a Lei e o praticá-la. Apenas o conhecimento da
letra da Lei, sem a devida interiorização das suas normas e preceitos, conduziu
o judaísmo a um moralismo estéril e farisaico. Nesse aspecto, de nada adiantava
conhecer a Lei e não vivê-la (Rm 2.28,29). O judeu se tornara tão culpável
quanto o gentio. Infelizmente, é ainda exatamente assim que muitos cristãos
agem.
3.
Os judeus em relação à aliança. A pergunta que todo judeu
faria Paulo fez para logo depois dar a resposta: "Qual é, logo, a vantagem
do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque,
primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas" (Rm 3.1,2). Mesmo
tendo afirmado anteriormente que o que vale mesmo é a circuncisão do coração, o
apóstolo não nega os privilégios de pertencer ao povo de Deus (Israel). Isso é
mostrado no privilégio que eles tiveram de serem os despenseiros dos mistérios
de Deus. A palavra grega logion, traduzida aqui como "palavras de
Deus", significa oráculo. A expressão refere-se é a revelação da Lei que
Deus deu a Israel no Sinai. Era uma alta honra ter sido escolhido dentre todas
as nações para ser despenseiro dos mistérios de Deus. Todavia, como bem
observou F. F. Bruce, essa alta honra levava consigo uma grande
responsabilidade. Se se mostrassem infiéis à confiança depositada neles, seu
caso seria pior do que o das nações as quais Deus não se tinha revelado.
III
- A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO DA HUMANIDADE (Rm 3.9-20)
1. A
universalidade e o jugo do pecado. A argumentação de Paulo em
Romanos 3.9-20 é que tanto os gentios como os judeus sem Cristo estão debaixo
da condenação do pecado (Rm 3.9). A raça humana sem Cristo está sob o domínio
do pecado. A expressão grega hüpo hamartían, traduzida como "debaixo do
pecado", tem o seguinte sentido: no poder de, debaixo da autoridade de.
Essa mesma construção gramatical ocorre em Mateus 8.9. Nessa passagem
encontramos o centurião dizendo: tenho soldados hüpo emautón (por debaixo de
mim), que em português tem o sentido de às minhas ordens. A ideia de Paulo é
mostrar que a humanidade em seu estado natural, separada de Cristo, portanto,
sob o domínio do pecado, é incapaz de libertar-se por si mesma.
2.
Valores e comportamentos. Outras duas verdades que podemos
perceber na argumentação de Paulo em Romanos 3.10 a 18, estão relacionadas com
o caráter e a conduta. O pecado distorceu valores e comportamentos na
sociedade. Valores invertidos são marcas de uma humanidade caída. Somente em
Cristo eles podem ser reorientados.
CONCLUSÃO
A universalidade do pecado, isto é, que
todos os homens estão debaixo da condenação eterna, é uma doutrina claramente
demonstrada na Epístola aos Romanos. Por outro lado, o universalismo, doutrina
herética que afirma que todos os homens, independentemente se acreditam em
Cristo ou não, no fim de tudo, serão salvos, é claramente rejeitada nessa mesma
carta.
Cabe a nós, portanto, conhecedores
desses fatos, viver essa bendita salvação e compartilhá-la com quem ainda não a
possui.
------------------------------------------------
Referências
Revista Lições Bíblicas. MARAVILHOSA GRAÇA, O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos. Lição 02
– A necessidade universal da salvação em Cristo. I – A necessidade da salvação
dos gentios. 1. A rejeição. 2. A revelação. 3. A punição. II – A necessidade de
salvação dos judeus. 1. Os judeus em relação aos gentios. 2. Os judeus em
relação à Lei. 3. Os judeus em relação à aliança. III – A necessidade da
salvação da humanidade. 1. A universalidade e o jugo do pecado. 2. Valores e
comportamentos. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2016.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 84070979 (Oi) e 63 –
81264038 (Tim), pregação e ensino.
Excelente trabalho, que Deus continue te abençoando .Este site é uma referencia m todo o brasil!!!.Shalom!!!.
ResponderExcluir