LIÇÃO
05 - JESUS ESCOLHE SEUS DISCÍPULOS
TEXTO
ÁUREO
"E qualquer que não levar a sua
cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo." (Lc 14.27)
VERDADE
PRÁTICA
O chamado para a salvação é de graça,
mas o discipulado tem custos.
INTRODUÇÃO
Como crentes, temos consciência do valor
que a pregação da Palavra tem para a construção do Reino de Deus. Todavia,
quando lemos os Evangelhos, acabamos descobrindo que Jesus, durante o seu
ministério terreno, ensinou mais do que pregou. Na verdade, suas pregações,
mesmo quando proclamações, eram recheadas de conteúdo pedagógico. Esses fatos
nos mostram a importância que o ensino tem para um aprendizado eficiente. Nesta
lição, aprenderemos com o Mestre dos mestres como Ele ensinou os seus
seguidores e como, dentre eles, formou seus discípulos.
I -
O MESTRE
1.
Seu ensino. Jesus, o homem
perfeito, foi o Mestre por excelência. A maior parte do seu ministério foi
dedicada a ensinar e a preparar os seus discípulos (Lc 4.15,31; 5.3,17; 6.6;
11.1,2; 13.10; 19.47). Portanto, o ministério de Jesus foi centralizado no
ensino. As Escrituras registram que as pessoas ficavam maravilhadas com o
ensino do Senhor (Lc 4.22). Elas já estavam acostumadas a ouvir os mestres
judeus ensinando nas sinagogas (Lc 4.20). Porém, quando ouviram Jesus
ensinando, logo perceberam algo diferente! (Mt 7.28,29) O que era? Ele as
ensinava com autoridade, e não apenas reproduzindo o que os outros disseram. A
natureza de seu ensino era diferente - seu ensino era de origem divina (Jo
7.16).
2.
Seu exemplo. Jesus ensinou seus discípulos através do
exemplo: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais
vós também" (Jo 13.15). Isso o distanciou dos escribas e fariseus que
ensinavam, mas não praticavam o que ensinavam (Mt 23.3). Os discípulos se
sentiram motivados a orar quando viram seu Mestre orando (Lc 11.1-4). As
palavras de Jesus eram acompanhadas de atitudes práticas. De nada adianta a
beleza das palavras se elas não vêm acompanhadas pelas ações (Tg 1.22). O povo
se convence mais rápido pelo que vê do que pelo que ouve. Por isso, o Mestre
exortou os seus discípulos a serem exemplos (Mt 5.16).
II -
O CHAMADO
1. O
método. Os teólogos têm observado que o método usado por Jesus
para recrutar seus discípulos é variado. De fato, a Escritura mostra que
algumas vezes a iniciativa do chamamento parte do próprio Senhor Jesus.
Enquanto pregava e ensinava, Jesus observava as pessoas a quem iria chamar (Mc
1.16-20). Em alguns casos, o chamamento veio através da indicação do Batista
(Jo 1.35-39). Houve também pessoas que se ofereceram para serem seguidoras de
Jesus (Lc 9.57,58,61,62). E, finalmente, existiram os que foram conduzidos até
Jesus por intermédio de amigos (Jo 1.40-42,45,46). Dessa forma, todas as
classes foram alcançadas por Jesus. E foi dentre esses seguidores que Jesus
chamou doze para serem seus apóstolos (Lc 6.13-16).
2. O
custo. Jesus deixa bem claro quais são as implicações
envolvidas na vida daquele que aceitasse o chamado para ser seu discípulo.
Tornar-se discípulo é bem diferente de se tornar um simples aluno. No
discipulado, o seguidor passa a conviver com o mestre, enquanto na relação
professor-aluno essa prática não está presente. O aprendizado acontece
diuturnamente, e não apenas durante algumas aulas dadas em domicílio ou numa
sala. Quem quiser segui-lo deve, portanto, avaliar os custos. Seguir a Cristo
envolve renúncia, significa submissão total a Ele. Jesus lembrou as pessoas
desse custo, pois não queria que o seguisse apenas por empolgação (Lc 14.25-27).
Muitos querem ser discípulos mas não querem renunciar nada. Às vezes precisamos
sacrificar até mesmo o nosso relacionamento religioso na família, abrir mão de
algumas coisas para seguir a Jesus. O que o Mestre está requerendo de você?
III
- O TREINAMENTO
1.
Mudança de destino. No treinamento dado aos discípulos, a cruz
ocupa um lugar central nos ensinamentos do Mestre (Lc 9.23; 14.27). A cruz de
Cristo aparece como um divisor de águas na vida dos discípulos. Uma mudança de
rumo ou destino. A vida com Cristo é cheia de vida, na verdade vida em
abundância (Jo 10.10). Mas por outro lado, é uma vida para a morte! Quem não
estivesse disposto a morrer, não poderia ser seu seguidor autêntico. A cruz
muda o destino daquele que se torna seguidor de Jesus. Ela garante paz e vida
eterna, mas somente para aqueles que morrerem para este mundo.
2.
Mudança de valores. Lucas mostra Jesus instruindo os Doze antes
de enviá-los em missão evangelística (Lc 9.1-6) e, posteriormente, enviando
outros setenta após dar-lhes também instruções detalhadas (Lc 10.1-12). Para
chegar a esse ponto, muitas coisas precisaram ser mudadas na vida desses
discípulos. Uma delas, e muito
importante, foi a mudança de mentalidade dos discípulos. Jesus mudou a forma de
pensar deles. Seus discípulos não poderiam mais, por exemplo, possuir uma mente
materialista como os gentios, que não conheciam a Deus (Lc 12.22,30). Quem
conhece a Jesus de verdade não fica preocupado com o amanhã, com as coisas
deste mundo, pois sabe que Ele, o Bom Pastor, supre cada uma das nossas
necessidades
IV -
A MISSÃO
1.
Pregar e ensinar. Já foi dito que o ministério de Jesus
consistia no ensino da Palavra de Deus, na pregação do Evangelho do Reino e na
cura dos doentes (Mt 4.23; Lc 4.44; 8.1). No texto de Lucas 9.1,2, vemos Jesus
enviando os doze: "E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude
e poder sobre todos os demônios e para curarem enfermidades; e enviou-os a
pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos". "Pregar" é a
tradução do verbo grego kerysso, que possui o sentido de "proclamar como
um arauto". Jesus treinou seus discípulos com uma missão específica -
serem proclamadores da mensagem do Reino de Deus. Proclamar o Evangelho do
Reino ainda continua sendo a principal missão do Corpo de Cristo! Quando a
Igreja se esquece desse princípio, ela perde o seu foco.
2.
Libertar e curar. O Evangelho de Cristo provê tanto a cura
para a alma como também para o corpo. O Evangelho de Mateus revela com clareza
que o Senhor Jesus proveu tanto a cura como a libertação para todos aqueles que
se achegavam a Ele com fé e contrição (Mt 8.16,17). Frank Stagg, teólogo
americano, observa que embora a obra redentora de Cristo tenha o seu centro na
cruz, Ele já era redentor da doença e do pecado durante o seu ministério
terreno. Os discípulos, portanto, precisavam levar à frente essa verdade a
todos os locais.
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição sobre a
importância que o ensino tem na formação do caráter cristão. Jesus ensinou os
seus discípulos, mas não os ensinou de qualquer forma nem tampouco lhes deu
qualquer coisa como conteúdo. Ele lhes ensinou a Palavra de Deus. Mas até mesmo
o ensino da Palavra de Deus, para ter eficácia, precisa ser acompanhada pelo
exemplo, valer-se de recursos didáticos eficientes, firmar-se em valores e
possuir um objetivo claro e definido. Tudo isso encontramos com abundância nos
ensinos de Jesus. Ao seguir seus ensinos, temos a garantia de que o hiato
existente entre o professor e o aluno, entre o educador e o educando,
desaparecerão. Dessa forma teremos um ensino eficiente.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. JESUS, O HOMEM PERFEITO, O Evangelho
de Lucas, o médico amado. Lição 05 – Jesus escolhe seus discípulos. I – O
mestre. 1. Seu ensino. 2. Seu exemplo. II – O chamado. 1. O método. 2. O custo.
III – O treinamento. 1. Mudança de destino. 2. Mudança de valores. IV – A
missão. 1. Pregar e ensinar. 2. Libertar e curar. Editora CPAD. Rio de Janeiro
– RJ. 2° Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Pastor, Ismael Pereira de Oliveira
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