LIÇÃO
05 – NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR EM VÃO
TEXTO
ÁUREO
"Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis
o nome do vosso Deus. Eu sou o SENHOR." (Lv 19.12)
VERDADE
PRÁTICA
O terceiro mandamento proíbe o juramento indiscriminado e
leviano, pois o voto é um tipo de compromisso que deve ser reservado para uma
solenidade excepcional e incomum.
INTRODUÇÃO
A dificuldade humana para dizer a verdade e cumprir com
os seus compromissos na antiguidade eram motivos de juramentos triviais em
coisas efêmeras da vida. Deus é santo e exige santidade de seu povo. Assim, o
relacionamento de todas as pessoas deve ser honesto e cada um deve falar a
verdade. A lei estabelece limites, pois Deus está presente nos relacionamentos
pessoais de seu povo.
I -
O NOME DIVINO
1. O
nome.
Nos tempos do Antigo Testamento, o nome era empregado não simplesmente para
distinguir uma pessoa das outras, mas também para mostrar o caráter e a índole
do indivíduo. Houve caso de mudança de nomes em consequência de uma experiência
com Deus como Abraão (Gn 17.5), Sara (Gn 17.15) e Jacó (Gn 32.28). O nome de
Deus representa o próprio Deus, é inerente à sua natureza e revela suas obras e
atributos. Não é um apelativo, nem simplesmente uma identificação pessoal ou
uma distinção dos deuses das nações pagãs. A Bíblia revela vários nomes divinos
que podemos classificar em dois grupos: genéricos e específicos.
2.
Nomes genéricos. São três os nomes genéricos que o Antigo
Testamento aplica além do "Deus de Israel". Na sua tradução do
hebraico para a nossa língua só aparecem dois nomes, "Deus" e
"Altíssimo". O nome "Deus" em nossas bíblias é tradução do
hebraico El (Nm 23.8) ou Eloah (Dt 32.15), ou seu plural, Elohim (Gn 1.1). O
outro nome genérico é Elyon, "Altíssimo" (Dt 32.8), às vezes
acompanhado de "El", como em El-Elyon, "Deus Altíssimo" (Gn
14.19,20).
3.
Nomes específicos. São três os nomes específicos que o Antigo
Testamento aplica somente para o Deus verdadeiro: Shadday, Adonay e YHWH.
El-Shadday, "Deus Todo-poderoso", é o nome que Deus usou ao
revelar-se a Abraão (Gn 17.1; Êx 6.3). Adonay, "Senhor", é um nome
próprio e não um pronome de tratamento (Is 6.1). O outro nome é o tetragrama
(as quatro consoantes do nome divino, YHWH, Yahweh, Javé ou Jeová). A versão
Almeida Corrigida, nas edições de 1995 e 2009, emprega "SENHOR", com
todas as letras maiúsculas, onde consta o tetragrama no Antigo Testamento
hebraico para distinguir de Adonay (Jz 6.22).
II -
O NOME QUE SE TORNOU INEFÁVEL
1. A
pronúncia do nome divino. O tetragrama é inefável no judaísmo
desde o período interbíblico e permanece impronunciável pelos judeus ainda
hoje. Isso para evitar a vulgarização do nome e assim não violar o terceiro
mandamento. A escrita hebraica é consonantal; as vogais são sinais diacríticos*
que os judeus criaram somente a partir do ano 500 d.C. Assim, a pronúncia exata
das consoantes YHWH se perdeu no tempo. Os judeus religiosos pronunciam por
reverência Adonay cada vez que encontram o tetragrama no texto sagrado na
leitura da sinagoga.
2.
Jeová ou Javé? Na Idade Média, especificamente no século
XIV, foram inseridas no tetragrama as vogais de Adonay (o "y" é
semiconsoante no alfabeto hebraico). O resultado é a pronúncia
"YeHoWaH". Isso para lembrar, na leitura, que esse nome é inefável e,
dessa forma, pronunciar "Adonai". Esse enxerto no tetragrama resultou
na forma "Jeová", que não aparece no Antigo Testamento hebraico.
Estudos acadêmicos confirmam o que a maioria dos expositores do Antigo
Testamento vinham ensinando, que a pronúncia antiga do nome é Yahweh, e na
forma aportuguesada é Iavé ou Javé.
3. O
significado. Esse nome vem do verbo hebraico hayah,
"ser, estar". O significado desse verbo em Êxodo 3.14, "EU SOU O
QUE SOU", indica que Deus é imutável e existe por si mesmo; é
autoexistente, autossuficiente e que causa todas as coisas. Deus se revela pelo
seu nome. O terceiro mandamento é um resumo e ao mesmo tempo uma recapitulação
daquilo que Deus havia dito antes a Moisés (Êx 3.14; 6.3).
III
- TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO
1. O
terceiro mandamento (Êx 20.7; Dt 5.11). O termo hebraico lashaw,
"em vão, inutilmente, à toa", indica algo sem valor, irreal no
aspecto material e moral. A Septuaginta emprega a expressão grega epimataio,
"impensadamente". O substantivo shaw (pronuncia-se "chav")
significa "vaidade, vacuidade". Corresponde a usar o nome de Deus de
forma superficial, em conversas triviais, e faltar com a verdade em seu nome,
como ao pronunciar um juramento falso (Lv 19.12) ou fazer um voto e não o
cumprir (Ec 5.4).
2.
Juramento e perjúrio. O juramento é o ato de fazer uma afirmação
ou promessa solene tomando por testemunha algum objeto tido por sagrado; o
perjúrio é o falso juramento. As palavras do Senhor Jesus, "ouvistes que
foi dito aos antigos" (Mt 5.33), não se referem ao Antigo Testamento, mas
aos antigos ensinos dos rabinos, às suas interpretações peculiares das
passagens da lei que falam sobre o tema (Êx 20.7; Lv 19.12; Dt 6.13). Isso fica
claro, pois as palavras seguintes, "Não perjurarás, mas cumprirás teus
juramentos ao Senhor", não aparecem em nenhum lugar no Antigo Testamento.
3.
Modalidades de juramentos. As autoridades israelitas escalonavam
o juramento em diversas modalidades: pelo céu, pela terra, por Jerusalém (Mt
5.34-36), pelo Templo e pelo ouro do Templo; pelo altar e pela oferta que está
sobre o altar e assim por diante (Mt 23.16-22). Segundo essa linha de
pensamento, os juramentos se classificavam em obrigatórios e não obrigatórios.
Jurar pelo Templo não seria válido; mas, se alguém jurasse pelo ouro do Templo,
estava obrigado a cumpri-lo. Tais crenças e práticas eram condenadas nas
Escrituras Sagradas. Tudo isso era uma forma de ocultar o pecado.
IV -
O SENHOR JESUS PROIBIU O JURAMENTO?
1.
Objetivo do terceiro mandamento. A finalidade é pôr um
freio na mentira, restringir os juramentos e assim evitar a profanação do nome
divino (Lv 19.12). O Senhor Jesus nos ensinou na oração do Pai Nosso a
santificar o nome divino (Mt 6.9). Ninguém deve usar o nome de Deus nas
conversas triviais do dia a dia, pois isso é misturar o sagrado com o comum (Lv
10.10). O Senhor Jesus condenou duramente essas perversões farisaicas, práticas
que precisavam ser corrigidas ou mesmo substituídas. Este mandamento foi
restaurado sob a graça e adaptado a ela na nova dispensação, manifesto na
linguagem do cristão: "sim, sim; não, não" ( Mt 5.37).
2. A
proibição absoluta. Há os que entendem que a expressão "de
maneira nenhuma" (Mt 5.34) é uma proibição de toda e qualquer forma de
juramento. Entre os que defendem essa interpretação estão os amish e os
quakers, que nos Estados Unidos se recusam a jurar nos tribunais de justiça.
Eles acreditam que o Senhor Jesus não fez declaração sob juramento diante do
Sinédrio (Mt 26.63,64). De igual modo, o apóstolo Paulo evitava fazer
juramentos em afirmações solenes (Rm 9.1; 1 Co 1.23).
3. A
proibição relativa. Outros afirmam que a proibição de Jesus se
restringe aos juramentos triviais, e por essa razão o Senhor Jesus foi
específico: "de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, [...] nem pela
terra, [...] nem por Jerusalém, [...] nem jurarás pela tua cabeça (Mt 5.34-36).
Outro argumento é que homens de Deus no Antigo Testamento faziam juramentos em
situação solene e o próprio Deus jurou por si mesmo (Gn 24.3; 50.6,25; Hb
6.13,16). Consideram, ainda, como juramento a resposta de Jesus e as
declarações solenes de Paulo (Mt 26.63,64; Rm 9.1; 1 Co 1.23). Essas últimas
passagens bíblicas não parecem conclusivas em si mesmas; entretanto, a
proibição relativa nos parece mais coerente. Mesmo assim, devemos evitar o
juramento e substituir o termo por voto solene em cerimônias de casamento.
CONCLUSÃO
A linguagem do cristão deve ser sim, sim ou não, não. Não
há necessidade de jurar, pois o testemunho, como crente em Jesus, fala por si
mesmo. Se alguém precisa jurar para que se acredite em suas palavras, tal
pessoa precisa fazer uma revisão de sua vida espiritual. Por essa razão, devemos
viver o que pregamos e pregar o que vivemos.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. OS DEZ MANDAMENTOS, Valores divinos para uma sociedade em
constante mudança. Lição 05 – Não tomarás o nome do Senhor em vão. I – O
nome divino. 1. O nome. 2. Nomes genéricos. 3. Nomes específicos. II – O nome
que se tornou inefável. 1. A pronúncia do nome divino. 2. Jeová ou Javé? 3. O
significado. III – Tomar o nome de Deus em vão. 1. O terceiro mandamento. 2. Juramento
e perfúrio. 3. Modalidades de juramentos. IV – O Senhor Jesus proibiu o
juramento? 1. Objetivo do terceiro mandamento. 2. A proibição absoluta. 3. A
proibição relativa. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Pastor, Ismael Pereira de Oliveira
Graça e Paz.
ResponderExcluirAgradeço a Deus pela sua vida e pelo excelente serviço a favor do Reino de Deus.
Tem ajudado em muito a vida de muitos professores de EBD.
Toda semana estou aqui
Jeová sim ajuda jeová sim amigo
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