LIÇÃO
10 – AS SETENTA SEMANAS
TEXTO
ÁUREO
"Setenta semanas estão determinadas
sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e
dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar
a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos" (Dn 9.24).
VERDADE
PRÁTICA
Deus revela os seus mistérios a quem
reconhece a sua soberania e submete-se a sua vontade em amor e contrição.
Diferentemente dos capítulos anteriores,
o nono capítulo de Daniel não descreve o futuro dos impérios mundiais, mas o de
Israel. Nesta lição, estudaremos a pesquisa de Daniel quanto à profecia de
Jeremias: as setenta semanas, um período de 490 anos para o povo judeu. Este
período compreende o fim do tempo da escravidão e do exílio dos israelitas em
terras estranhas. A partir de uma circunstância histórica, Deus revelou a
Daniel uma verdade futura acerca do seu povo. Pelo período de setenta anos,
Israel veria a soberania de Deus intervindo em seu futuro. E após uma visão
estarrecedora dos capítulos 7 e 8, referente ao tempo vindouro, em que "um
rei feroz" prefigurava o futuro Anticristo, o profeta enfraqueceu-se
física e emocionalmente, restando-lhe tão somente orar e buscar o socorro de Deus.
1. O
tempo da profecia de Jeremias (vv. 1,2). Daniel, agora um ancião,
ainda exercia suas atividades políticas sob domínio de Dario. O profeta
esquadrinhou a mensagem do livro de Jeremias. E descobriu que a profecia de
Jeremias determinava um tempo de setenta anos de cativeiro para os judeus. Logo
este tempo marcado pelo sofrimento chegaria ao fim. Ao compreender a mensagem,
o profeta Daniel orou a Deus, pedindo-lhe o cumprimento da promessa ao seu povo
e que, por fim, Ele restaurasse o reino a Israel.
2. A
confissão dos pecados de um povo (vv.3-11,20). A oração de Daniel
demonstrou uma atitude confessional e de reconhecimento da culpa. Ele não
apenas informou a culpabilidade do seu povo, mas a sua própria também:
"pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos impiamente, e fomos
rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos" (v.5). A
despeito da sua integridade, Daniel não foi presunçoso diante da justiça de
Deus, pois ele colocou-se debaixo da mesma culpa do povo e suplicou o perdão a
Deus.
3.
Daniel reconheceu a justiça de Deus (vv.7,16). A princípio, como
um ser humano imerso no sofrimento, Daniel não compreendeu a manifestação da
justiça de Deus contra o seu povo, mas ao mesmo tempo ele estava convicto
acerca da perfeição da justiça divina.
Não podemos, entretanto, confundir o
juízo de Deus com os acertos de contas humanos. A justiça divina não é justiça
humana.
1.
As setenta semanas (v.24).
Daniel confirmara que Jeremias profetizou os setenta anos do exílio de
Israel (Jr 25.11-13; 2 Cr 36.21). Por isso, na Bíblia, o número setenta ganhou
um sentido profético. Assim, cada dia da semana pode significar um ano; cada
semana, um período de sete anos. Então, as setenta semanas compreendem o
período de 490 anos setenta multiplicado por sete. Mas quando se deu o início
do cumprimento das setenta semanas? Para respondermos a esta pergunta temos de
explicar primeiramente a expressão "setenta semanas":
a) Explicação. O
versículo 24 afirma que Deus determinou as setenta semanas. O bloco que forma
os versículos 24-27 é profeticamente dividido em três grupos: 1) sete semanas
(49 anos); 2) sessenta e duas semanas (434 anos); 3) uma semana (7 anos). Estes
somam as setenta semanas:
b) O primeiro grupo
(1). O início desta profecia deu-se com o decreto da reconstrução de Jerusalém
(v.25). Os principais estudiosos do assunto concordam que se trata do decreto
de Artaxerxes Longímano, baixado em 445 a.C. (cf. Ne 2).
c) O segundo grupo
(2). É o período do advento do Messias,
Jesus de Nazaré (vv.25,26). Neste tempo o Senhor foi morto e mais tarde
Jerusalém foi novamente destruída através da liderança do general do exército
romano, Tito, em 70 d.C.
d) O terceiro
(3). Esta semana ainda não aconteceu (v.27). Compare o versículo 27 de Daniel
com Mateus 24.15 e veja como se trata de uma profecia que ainda não se cumpriu.
Esta última semana refere-se, então, ao período que implicará o advento do
Anticristo e o início do tempo de tribulação para Israel.
2.
Os três príncipes são mencionados na profecia (vv.25,26). O
primeiro príncipe é o Messias (v.25). O segundo apareceu posteriormente e
destruiu a cidade de Jerusalém e o santuário em 70 d.C., trata-se do general
Tito (v.26). E o terceiro príncipe surgirá no futuro, na última semana
profetizada por Daniel (v. 27). Este príncipe não é o Messias
"tirado" (9.26), mas certamente um personagem mais poderoso que
Antíoco Epifânio e o general Tito. Trata-se, portanto, do Anticristo (2 Ts
2.3-9; 1 Jo 2.18).
3. O
intervalo que precede a septuagésima semana (v.27). O estudo das Escrituras demonstra um longo
intervalo de tempo que precede a septuagésima semana. A Bíblia identifica este
intervalo profético como "o tempo dos gentios". A comunhão espiritual
entre judeus e gentios, mediante a salvação em Cristo, formou um novo povo para
Deus: a Igreja (Ef 2.12-16; 1 Pe 2.9,10). Atualmente, estamos no tempo da graça
de Deus e temos de anunciar o ano aceitável do Senhor para o mundo inteiro (Lc
4.18,19).
Após o tempo gentílico virá a última
semana que, identificada pelas profecias bíblicas, significa um tempo de Grande
Tribulação.
É neste tempo que o
"assolador", isto é, o "anticristo" ou "o homem do
pecado" ou "o homem da perdição", virá sobre a asa das
abominações (v.27).
Os sinais que precedem a revelação dessa
figura abominável estão ocorrendo por toda parte. Todavia, a Igreja de Cristo
não mais estará neste mundo, pois a noiva do Senhor será arrebatada antes do
tempo da tribulação (1 Co 15.51,52).
1.
Revelar o "homem do pecado" (2 Ts 2.3). De
acordo com as profecias, nem Antíoco Epifânio nem o general Tito foram objetos
das predições do versículo 27 de Daniel. A passagem bíblica começa com o
pronome "ele", também identificado como "o rei de cara
feroz"; "o chifre pequeno"; "o animal terrível e
espantoso". Mas quem será o personagem do livro de Daniel? Em o Novo
Testamento, ele é identificado como "o anticristo" (1 Jo 2.18; 4.3) e
"a besta que saiu do mar" (Ap 13.1). Apesar de apresentada numa
linguagem simbólica, a personagem é literal. Trata-se de um líder mundial
poderoso que chamará a atenção das nações pela sua diplomacia, astúcia e
inteligência política.
2. A Grande Tribulação (Mt 24.15,21). O
Anticristo "fará uma aliança com muitos por uma semana (v.27). Note a
expressão "com muitos"! Esta quer dizer que o Anticristo fará uma
aliança com Israel, mas de início esta aliança não será unânime entre os
judeus. Contudo, o Anticristo terá influência suficiente para impor a sua
liderança política e, por fim, alcançar o sucesso e sua completa aceitação
entre os judeus.
A força política do Anticristo será
reconhecida nos três primeiros anos e meio, isto é, na primeira metade da
última semana, quando a marca desse tempo será um período de falsa paz e
harmonia. Em seguida, surgirá um tempo de sofrimento e tamanha aflição em todo
o mundo. Perseguição, humilhação e morte serão a tônica desse tempo, a segunda
fase da Grande Tribulação. Entretanto, e antes de tudo isso ocorrer, a Igreja
será arrebatada e estará para sempre com Cristo na glória.
3.
Revelar a vitória gloriosa do Messias. Jesus Cristo, o Messias
prometido, será revelado quando da sua segunda vinda visível sobre o Monte das
Oliveiras (Zc 9.9,10). O Rei aniquilará por completo o poderio do Anticristo,
do falso profeta e do próprio Diabo (Ap 19.19-21) e estabelecerá um reino de paz
e harmonia no mundo todo. Esta é uma mensagem de esperança para o nosso
coração. Não tenhamos medo, creiamos tão somente! Breve Jesus voltará!
Alegremo-nos nesta esperança!
Vivemos um tempo de incredulidade.
Muitos se dizem teólogos, mas negam e desprestigiam as profecias bíblicas. Eles
preferem as alegorias ao invés de se debruçarem sobre as Escrituras e
estudá-las com fé, graça e humildade. Entretanto, a Igreja não pode rejeitar as
verdades futuras de nosso Senhor. Portanto, corramos e prossigamos em
conhecê-lo mais, sabendo que um dia tudo será desvendado aos nossos olhos.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL, O legado do livro de Daniel para a Igreja
hoje. Lição 10 – As setenta semanas. I – Daniel intercede a Deus pelo seu
povo. 1. O tempo da profecia de Jeremias. 2. A confissão dos pecados de um
povo. 3. Daniel reconheceu a justiça de Deus. II – Deus revela o futuro do seu
povo. 1. As setenta semanas. 2. Os três príncipes são mencionados na profecia.
3. O intervalo que precede a septuagésima semana. III – Os propósitos da
septuagésima semana. 1. Revelar o “homem do pecado”. 2. A grande tribulação. 3.
Revelar a vitória do Messias. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre
de 2014.
Elaboração
dos slides: Pastor, Ismael Pereira de Oliveira
A paz do Senhor!!
ResponderExcluirMeu amigo. Pr. Ismael, os slides como sempre estão perfeitos as aulas tem sido uma bênção, que Deus continue te abençoando e te guardando juntamente com a sua família. Abraços.
Paz do Senhor!
ResponderExcluirGostaria de saber no quadro explicativo em que se encontra a VERIFICAÇÃO como se chegou ao cálculo em que aparece 476 anos x 365.2421989 dias.
Como se chegou a esse número 365.2421989?? Grato!
belíssima elaboração, bem explicativa.
ResponderExcluirExcelente, parabéns.
ResponderExcluirSABE POR QUE NO ESTUDO ACIMA TEM UM DIAGRAMA QUE É APRESENTADO COMO OS ADVENTISTA ENSINAM? É PORQUE VOCES NÃO TEM CERTEZA SOBRE O CORRETO.
ResponderExcluirSeu Deus deu 70 semanas exatos para se cumprir poque vocês colocam um tempo de intervalo e que nos restantes finais tem datas ja definidas? o que acontece com os 1810 dias faltantes (2300 tardes e manhãs)? se o inicio da profecia é em 457 a.C então terminaria em 1844. e as 70 semanas começa exatamente em 457 a.C e terminaria em 34 d.C. essa profecia da não foi concluida?
ResponderExcluirPaz do Senhor que ensino abençoado tirei muitas duvidas sobre este tema.
ResponderExcluirDeus abençoe.
O Anticristo será inteligente?
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