LIÇÃO
01 – DANIEL, NOSSO “CONTEMPORÂNEO”
TEXTO
ÁUREO
"Quando, pois, virdes que a
abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo
(quem lê, que entenda)" (Mt 24.15).
VERDADE
PRÁTICA
Daniel é um exemplo de perseverança na
fidelidade a Deus e de integridade moral, estimulando-nos a confiar no projeto
divino.
Dada a importância do livro de Daniel,
nós o estudaremos sob a perspectiva da escatologia bíblica. Indiscutivelmente,
Daniel é um profeta bíblico que não ficou restrito ao passado. Ele é
contemporâneo! O seu nome, a sua vida e obra são um exemplo de perseverança em
Deus. Embora vivendo em circunstâncias adversas e numa cultura pagã, Daniel não
perdeu a fé no Deus Altíssimo e o vínculo com o seu povo.
O capítulo 24 do Evangelho de Mateus
revela um dos mais importantes discursos proféticos de Jesus. Ali, o Mestre de
Nazaré cita o profeta Daniel (v.15). Conquanto as profecias de Jesus nos
remetam ao contexto de Israel, as evidências proféticas descritas em Mateus 24
não se aplicam apenas à história do povo judeu, mas igualmente à todas as
etapas da história humana como descrita no livro de Daniel.
1. A formação histórica de Israel. A
história do povo judeu começa com Abraão e Sara (Gn 12.1-3). Eles tiveram um
filho chamado Isaque, o filho da promessa de Deus (Gn 15.4; 17.18; 21.1-3).
Isaque, por sua vez, gerou dois filhos, Esaú e Jacó. Do segundo filho, Jacó,
surgiu um clã de 12 filhos. O clã cresceu e multiplicou-se e, posteriormente
mudou-se para o Egito. Ali a família de Jacó aumentou em número, tornando-se um
povo altamente abundante em terra estrangeira. A partir de então, formou-se
Israel, a futura nação projetada por Deus. Mas com o passar do tempo a família
judaica perdeu as benesses que desfrutava nos anos do rei egípcio que
respeitava a liderança e a história de José no Egito. Entretanto, através de
uma intervenção divina, e sob a liderança de Moisés, os israelitas saíram do
Egito e peregrinaram pelo deserto até a terra de Canaã por quarenta anos. A
partir da libertação egípcia, Israel viveu s o b a
égide d e um
governo teocrático, isto é, governado diretamente por Deus e através de
homens chamados por Ele para esta função.
2. O
governo teocrático. Moisés morreu e o seu substituto foi Josué.
Sob o seu comando, Israel conquistou a terra de Canaã e instituiu um governo em
que a autoridade governamental vinha de Deus - a teocracia. Esse período
perdurou aproximadamente trezentos anos, incluindo o período dos juízes. Foi um
tempo difícil porque Israel afastou-se da direção divina e "cada um fazia
o que parecia reto aos seus olhos" ( Jz 21.25).
3. O
governo monárquico. O reino de Israel esteve sob a liderança de
Saul, Davi e Salomão por cento e vinte anos. O rei Salomão morreu em 931 a.C.
marcando assim a decadência política, moral e religiosa da monarquia. Roboão, o
seu filho, assumiu o reino, mas acabou dividindo-o em dois: o do Norte e o do
Sul.
O reino do Norte constituía-se de dez
tribos. O do Sul, de apenas duas tribos, Judá e Benjamim. No ano de 722 a.C. o
Império Assírio dominou o reino do Norte e subjugou o seu rei, os príncipes e
todo o povo.
O reino do Sul teve momentos de glória,
mas igualmente de calamidades. Constituído por alguns reis piedosos e outros
ímpios, acabou por ser invadido pelo Império da Babilônia. Entre os anos 606
a.C. e 587 a.C., Nabucodonosor levou em cativeiro os nobres de Jerusalém:
príncipes, intelectuais e homens de guerra, etc., deixando em Judá apenas os
pobres e os deficientes. Toda esta história propiciou a intervenção divina na
vida de Israel para preservação do projeto original de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Deus chamou Abraão e a partir dele deu
início à história do povo judeu.
1. O
contexto político do reino de Judá. Em 606 a.C. Nabucodonosor
invadiu Jerusalém e, além da nobreza, tomou da cidade todos os utensílios do
Templo: ouro, prata e pedras preciosas. Jeoaquim, rei de Judá, não resistiu e
tornou-se tributário da Babilônia, perdendo o domínio do seu reino e também a
confiança dos seus valentes. Entre os c ativos expatriados para Babilônia
estava o profeta Ezequiel (Ez 1.1-3). O exército de Nabucodonosor destruiu o
Templo, saqueou Jerusalém e arrasou política, moral e espiritualmente o reino
de Judá. Babilônia se impôs como império por mais de quatro décadas. Israel foi
humilhado, passando de nação próspera à tributária da Babilônia!
2.
Israel no exílio babilônico. Quando uma liderança perde a
intimidade com Deus e, por consequência, a credibilidade entre os homens, como
aconteceu com os últimos reis de Israel e de Judá, a tragédia espiritual e
moral é inevitável. O cativeiro de 70 anos na Babilônia, profetizado por
Jeremias, foi cabalmente cumprido (2 Cr 36.21). Por outro lado, Deus nos ensina
a conhecer os seus desígnios. Foi no exílio babilônico que Israel aprendeu a
conhecer a Deus e não aceitar outro deus em seu lugar. O cativeiro propiciou a
volta do povo de Deus à comunhão com o Altíssimo.
A partir desse panorama histórico
compreenderemos o livro do profeta Daniel. Para isto, precisamos igualmente
conhecer os aspectos gerais e a importância do livro e da pessoa do chamado
"profeta do cativeiro".
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O povo de Deus se rebelou contra o
Senhor e como não se arrependeu, sofreu com o exílio na Babilônia
1. O
homem Daniel. Há pouca informação histórica sobre a
família de Daniel, senão a de que ele era da linhagem real de Israel (Dn 1.3).
Levado para a Babilônia ainda muito jovem, Daniel destacava-se como um judeu
inteligente e bem instruído. Ele possuía firmes convicções no Deus de Israel e
era contemporâneo de dois importantes profetas da nação israelita: Jeremias e
Ezequiel. Certamente esses profetas deixaram seus exemplos como legados para a
vida do jovem Daniel. Em 597 a.C., Ezequiel havia sido levado para a Babilônia
(Ez 43.6,7). Ali esse experiente profeta chega a citá-lo em seu livro,
descrevendo Daniel como um homem de sabedoria e de justiça (Ez 14.14).
2. A
importância do livro. O livro de Daniel possui dois conteúdos: o
histórico e o profético. No plano geral da revelação divina, o livro de Daniel
ocupa um lugar de suma importância. Do capítulo 1 ao 6 o conteúdo é histórico,
e do 7 ao 12, profético.
O conteúdo histórico do livro contém
experiências que revelam a soberania e o cuidado de Deus para com aqueles que
lhe são fiéis. Já o conteúdo profético traz predições escatológicas, em sua
maioria, ainda não cumpridas. Por este último conteúdo cremos na
"contemporaneidade" de Daniel.
3. A
autoria e as características do livro. Indiscutivelmente, foi o
próprio Daniel quem escreveu o livro entre os anos 606 e 536 a.C. Ele iniciou
sua obra escrevendo na Babilônia e, posteriormente, encerrou-a no palácio de
Susã (Dn 8.2). O livro contém doze capítulos, majoritariamente escrito em
hebraico, excetuando a seção 2.4 até 7.28, que foi escrita em dialeto aramaico.
Além de histórico, o livro de Daniel
contém revelações proféticas cumpridas e outras que ainda vão se cumprir no
futuro. São revelações concernentes ao povo de Israel e aos gentios. Deus
revelou a Daniel o futuro das nações através da linguagem alegórica. Portanto,
pode-se classificar o livro de Daniel como gênero apocalíptico porque desvenda
o futuro do mundo trazendo esperança para o povo de Deus, pois ali, Israel é o
ponto convergente dos fatos futuros.
Umas das razões da importância do livro
de Daniel está no fato de que, em sua maioria, as predições escatológicas ainda
não se cumpriram.
O livro de Daniel nos mostra o compromisso
de um homem que se dispõe a servir a Deus, mantendo a sua integridade moral e
espiritual sem fazer concessões ao sistema idólatra e opressor da Babilônia.
Aprendemos igualmente que a história humana não é casual, mas dirigida pelo
Deus soberano, que faz todas as coisas contribuírem para o bem daqueles que
amam ao Senhor.
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OBS:
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qualidades dos slides, sugerimos alterar o tamanho do seu slide no PowerPoint
em “Design” e depois “Configurar página”.
Referências
Revista
Lições Bíblicas. INTEGRIDADE MORAL E
ESPIRITUAL, O legado do livro de
Daniel para a Igreja hoje. Lição 01 – Daniel, nosso contemporâneo. I – A
história por trás do livro de Daniel. 1. A formação histórica de Israel. 2. O
governo teocrático. 3. O governo monárquico. II – Os fatos que propiciaram o
exilio na babilônia. 1. O contexto político do reino de Judá. 2. Israel no
exílio babilônico. III – Daniel, o autor e o livro. 1. O homem Daniel. 2. A
importância do livro. 3. A autoria e as características do livro. Conclusão. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4°
Trimestre de 2014.
Elaboração
dos slides: Pastor, Ismael Pereira de Oliveira
A paz do Senhor!!!
ResponderExcluirMeu amigo e irmão. Pr. Ismael, pode contar com as nossas orações, que Deus te dê uma semana de paz e muitas bênçãos, Deus é contigo. Abraços
Graça E paz Irmãos...
ResponderExcluirVAMOS \O/ \O/ \O/ #COMPARTILHA \O/ \O/ \O/ O QUE HÁ DE MELHOR...
A PALAVRA DE DEUS...
Tenho dois Site de Evangelização e Material Grátis para EBD “Escola Bíblica Dominical” Lá vc encontra muitos estudos, pregações, Dinâmicas, Coloquei o Material Pensando em pequenas igrejas que muitas vezes não podem comprar material para evangelização e EBD... Estou precisando de ajuda para divulgação destes sites...
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