LIÇÃO 4 – A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA
PÁSCOA
"[...]
Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós" (1 Co 5.7b).
VERDADE PRÁTICA
Cristo
é o nosso Cordeiro Pascal. Por meio do seu sacrifício expiatório fomos libertos
da escravidão do pecado e da ira de Deus
INTRODUÇÃO
A
Páscoa foi instituída pelo Senhor para que os israelitas celebrassem a noite em
que Deus poupou da morte todos os primogênitos hebreus. É uma festa repleta de
significados tanto para os judeus quanto para os cristãos. Os judeus deveriam
comemorar a Páscoa no mês de Abib (corresponde à parte de março e parte de
abril em nosso calendário), cujo significado são as "espigas verdes".
Hoje estudaremos a respeito desta festa sagrada e o seu significado para nós,
cristãos.
1. Para os egípcios.
Para os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó
e todos os deuses cultuados ali. O Senhor havia enviado várias pragas e
concedido tempo suficiente para que Faraó se rendesse, deixando o povo partir.
Deus é misericordioso, longânimo e deseja que todos se salvem (2 Pe 3.9b).
Porém, Ele é também um juiz justo que se ira contra o pecado: "Deus é um
juiz justo, um Deus que se ira todos os dias" (Sl 7.11). O pecado, a
idolatria e as injustiças sociais suscitam a ira do Pai. O povo hebreu estava
sendo massacrado pelos egípcios e o Senhor queria libertá-lo. Restava uma
última praga. Então o Senhor falou a Moisés: "À meia-noite eu sairei pelo
meio do Egito; e todo primogênito na terra do Egito morrerá" (Êx 11.4,5).
Foi uma noite pavorosa para os egípcios e inesquecível para os israelitas.
2. Para Israel.
Era a saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante.
Foi para isto que Cristo veio ao mundo, morreu e ressuscitou ao terceiro dia,
para nos libertar do jugo do pecado e nos dar uma vida cristã abundante (Jo
10.10) “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a
destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.”. Enquanto
havia choro nas casas egípcias, nas casas dos judeus havia alegria e esperança.
O Egito, a escravidão e Faraó ficariam para trás. Os israelitas teriam sua própria terra e não seriam escravos de
ninguém.
3. Para nós.
Como pecadores também estávamos destinados a experimentar a ira de Deus, mas
Cristo, o nosso Cordeiro Pascal, morreu em nosso lugar e com o seu sangue nos
redimiu dos nossos pecados (1 Co 5.7) “Alimpai-vos,
pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem
fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”. Para
nós, cristãos, a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de
santidade em Cristo. No Egito um cordeiro foi imolado para cada família. Na
cruz morreu o Filho de Deus pelo mundo inteiro (Jo 3.16) “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
1. O pão.
Deveria ser assado sem fermento, pois não havia tempo para que o pão pudesse
crescer (Êx 12.8,11,34-36) “E naquela noite comerão a
carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a Comerão. Assim,
pois, o comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o
vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do SENHOR. E
o povo tomou a sua massa, antes que levedasse, e as suas amassadeiras atadas em
suas vestes, sobre seus ombros. Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a
palavra de Moisés e pediram aos egípcios vasos de prata, e vasos de ouro, e
vestes. E o SENHOR deu graça ao povo em os olhos dos egípcios, e estes
emprestavam-lhes, e eles despojavam os egípcios”. A saída do Egito
deveria ser rápida. A falta de fermento também representa a purificação, a
libertação do fermento do mundo. Em o Novo Testamento vemos que Jesus utilizou
o fermento para ilustrar o falso ensino dos fariseus (Mt 16.6, 11,12) “E Jesus disse-lhes: Adverti e acautelai-vos do fermento dos
fariseus e saduceus. Como não compreendestes que não vos falei a respeito do
pão, mas que vos guardásseis do fermento dos fariseus e saduceus? Então,
compreenderam que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas da
doutrina dos fariseus.” (Lc 12.1) “Ajuntando-se,
entretanto, muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos
outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos, primeiramente, do
fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.” (Mc 8.15) “E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos
fariseus e do fermento de Herodes”. O pão também simboliza vida. Jesus
se identificou aos seus discípulos como "o pão da vida" (Jo 6.35) “E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a
mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede”. Toda vez que o
pão é partido na celebração da Ceia do Senhor, traz à nossa memória o
sacrifício vicário de Cristo, através do qual Ele entregou a sua vida em
resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.
2. As ervas amargas (Êx 12.8).
Simbolizavam toda a amargura e aflição enfrentadas no cativeiro. Foram 430 anos
de opressão, dor, angústia, quando os hebreus eram cativos do Egito.
3. O cordeiro (Êx 12.3-7). Um
cordeiro sem defeito deveria ser morto e o sangue derramado nos umbrais das
portas das casas. O sangue era uma proteção e um símbolo da obediência. A
desobediência seria paga com a morte. O cordeiro da Páscoa judaica era uma
representação do "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo
1.29). O sangue de Cristo foi vertido na cruz para redimir todos os filhos de
Adão (1 Pe 1.18,19) “sabendo que não foi com coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de
viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue
de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,”. Aquele
sangue que foi derramado no Egito, e aspergido nos umbrais das portas, aponta
para o sangue de Cristo que foi oferecido por Ele como sacrifício expiatório
para nos redimir dos nossos pecados.
1. Jesus, o Pão da Vida (Jo 6.35,48,51).
Comemos pão para saciar a nossa fome, porém, a fome da salvação da nossa alma
somente pode ser saciada por Jesus. Certa vez, Ele afirmou: "Eu sou o pão
da vida; aquele que vem a mim não terá fome" (Jo 6.35). Apenas Ele pode
saciar a necessidade espiritual da humanidade. Nada pode substituí-lo.
Necessitamos deste pão divino diariamente. Sem Ele não é possível a nossa
reconciliação com Deus (2 Co 5.19) “isto é, Deus estava
em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e
pôs em nós a palavra da reconciliação.”
2. O sangue de Cristo (1 Co 5.7; Rm
5.8,9). No Egito, o sangue do cordeiro morto só protegeu os
hebreus, mas o sangue de Jesus derramado na cruz proveu a salvação não apenas
dos judeus, mas também dos gentios. O cordeiro pascal substituía o primogênito.
O sacrifício de Cristo substituiu a humanidade desviada de Deus (Rm 3.12,23) “Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há
quem faça o bem, não há nem um
só. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. Fomos
redimidos por seu sangue e salvos da morte eterna pela graça de Deus em seu
Cordeiro Pascal, Jesus Cristo.
3. A Santa Ceia. A
Ceia do Senhor não é um mero símbolo; é um memorial da morte redentora de
Cristo por nós e um alerta quanto à sua vinda: "Em memória de mim" (1
Co 11.24,25) “e, tendo dado graças, o partiu e disse:
Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória
de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este
cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que
beberdes, em memória de mim.”. É um memorial da morte do Cordeiro de
Deus em nosso lugar. O crente deve se assentar à mesa do Senhor com reverência,
discernimento, temor de Deus e humildade, pois está diante do sublime memorial
da paixão e morte do Senhor Jesus Cristo em nosso favor. Caso contrário, se
tornará réu diante de Deus (1 Co 11.27-32) “Portanto,
qualquer que comer este pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será
culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e
assim coma deste pão, e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente
come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por
causa disso, há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem. Porque,
se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos
julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o
mundo.”
Deus
queria que o seu povo Israel nunca se esquecesse da Páscoa, por isso a data foi
santificada. A Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem,
festejarem e adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua
libertação e saída do Egito. Hoje o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu
para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do
pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande
salvação.
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OBS:
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qualidades dos slides, sugerimos alterar o tamanho do seu slide no PowerPoint
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Referências
Revista
Lições Bíblicas. UMA JORNADA DE FÉ, A formação do povo de Israel e sua herança
espiritual. Lição 4 – A celebração da primeira páscoa. I – A páscoa. 1.
Para os egípcios. 2. Para Israel. 3. Para nós. II – Os elementos da páscoa. 1. O
pão. 2. As ervas amargas. 3 O cordeiro. III – Cristo, nossa páscoa. 1. Jesus, o
Pão da Vida. 2. O sangue de Cristo. 3. A Santa Ceia. Conclusão. Editora CPAD.
Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de 2014.
Muito, muito obrigada! Assim nossas aulas ficam bem mais atrativas, glória a Deus!!!
ResponderExcluirÉ só benção
ResponderExcluirÉ só benção
ResponderExcluirotimo pra estudo biblico.Deus abencoe a todos.
ResponderExcluirÓTIMO VOU USAR NA EBD DEUS CONTINUE A TE ABENÇOAR!
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