TEXTO ÁUREO
"Porque
Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa
vontade" (Fp 2.13).
VERDADE PRÁTICA
A
salvação é obra da graça de Deus, garantida à humanidade mediante a morte
expiatória de Jesus.
INTRODUÇÃO
Na
lição de hoje, aprenderemos que a obediência a Deus é uma virtude que deve ser
buscada por todos aqueles que são salvos em Cristo. O apóstolo Paulo não
duvidava da obediência dos irmãos filipenses, contudo, ele reafirma aos crentes
a verdade de que a submissão ao Evangelho de Cristo é uma das principais
virtudes dos salvos. Assim, a intenção do apóstolo é estimular os cristãos de
Filipos a continuar perseverando na obediência ao Santo Evangelho.
1. O caráter dinâmico da salvação. No
texto de Filipenses 2.12 “De sorte que, meus amados,
assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora
na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor”,
podemos destacar três aspectos da salvação operada em nossa vida pelo Senhor
Jesus. O primeiro refere-se à obra realizada e consumada de forma suficiente na
cruz do Calvário. É a salvação da pena do pecado. Não somos mais escravos, e
sim libertos em Cristo (Rm 8.1) “Portanto, agora,
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo
a carne, mas segundo o espírito”. O segundo aspecto diz respeito ao
caráter progressivo da salvação na vida do crente. Mesmo que o nosso corpo
ainda não tenha sido transformado, resistimos ao pecado e este não mais nos
domina (Rm 8.9) “Vós, porém, não estais na carne, mas
no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem
o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (cf. 1 Jo 2.1,2) “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não
pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o
Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos,
mas também pelos de todo o mundo.”
Não
obstante o fato de a salvação eterna vir de Deus, Paulo diz que o Senhor nos
chama a zelar e a "desenvolvê-la" em nosso cotidiano. Por último, o
texto trata da plenitude da salvação, quando finalmente o nosso corpo receberá
uma redenção gloriosa e não mais teremos dor, angústia ou lágrima, pois
estaremos para sempre com o Senhor (1 Ts 4.14-17) “Porque,
se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem
Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do
Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos
os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de
arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente
com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre
com o Senhor.”
2. Deus é a fonte da vida.
Por si só o crente não pode ser salvo (Fp 2.13) “porque
Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa
vontade”, pois é o Espírito Santo quem "opera" no homem a
salvação (Jo 16.8-11) “E, quando ele vier, convencerá o
mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da
justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o
príncipe deste mundo está julgado”. Sem o Senhor, a humanidade está
cega, morta no pecado e carente da iluminação do Espírito para o
arrependimento. Se na vida dos ímpios Satanás opera instigando-os à prática das
obras más (2 Ts 2.9) “a esse cuja vinda é segundo a
eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira”,
é o Espírito de Deus quem opera nos crentes a vida eterna (Jo 16.7-12) “Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá,
porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for,
enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da
justiça, e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou
para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste
mundo está julgado. Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis
suportar agora” (cf. Rm 8.9,14) “Vós, porém, não
estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós.
Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. [...] Porque
todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus”.
Dessa forma, o salvo torna-se um instrumento de justiça num mundo corrompido.
3. A bondade divina. A
ideia que a salvação tem um caráter seletivo não é bíblica. Todos têm o direito
de recebê-la. O querer e o efetuar de Deus não anulam esse direito, pelo
contrário, a operação do Eterno habilita qualquer pessoa à salvação através da
iluminação do Evangelho (Jo 1.9) “Ali estava a luz
verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo”, tornando-se
posteriormente útil ao Corpo de Cristo (Ef 4.11-16) “E
ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos
santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que
todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais
meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano
dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade
em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o
corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa
operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor”
(1 Co 12.7) “Mas a manifestação do Espírito é dada a
cada um para o que for útil”.
1. "Fazei todas as coisas sem
murmurações nem contendas". No versículo 14, o
apóstolo Paulo destaca duas posturas nocivas à predisposição dos filipenses:
a) Murmurações. O
Antigo Testamento descreve a murmuração dos judeus como uma atitude de
rebelião. Quando os israelitas atravessaram o deserto, sob a liderança de
Moisés, passaram a reclamar da pessoa do líder hebreu. Para eles, Moisés jamais
deveria ter estimulado a saída do povo judeu do Egito (Nm 11.1) “E aconteceu que, queixando-se o povo, era mal aos ouvidos do
SENHOR; porque o SENHOR ouviu-o, e a sua ira se acendeu, e o fogo do SENHOR
ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial”
(Nm 14.1-4) “Então, levantou-se toda a congregação, e
alçaram a sua voz; e o povo chorou naquela mesma noite. E todos os filhos de
Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhe disse:
Ah! Se morrêramos na terra do Egito! Ou, ah! Se morrêramos neste deserto! E por
que nos traz o SENHOR a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas
mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos ao
Egito? E diziam uns aos outros: Levantemos um capitão e voltemos ao Egito”
(Nm 20.2-5) “E não havia água para a congregação;
então, se congregaram contra Moisés e contra Arão. E o povo contendeu com
Moisés, e falaram, dizendo: Antes tivéssemos expirado quando expiraram nossos
irmãos perante o SENHOR! E por que trouxestes a congregação do SENHOR a este
deserto, para que morramos ali, nós e os nossos animais? E por que nos fizestes
subir do Egito, para nos trazer a este lugar mau? Lugar não de semente, nem de
figos, nem de vides, nem de romãs, nem de água para beber”. Esse ato
constrangeu o homem mais manso da face da terra, e os israelitas receberam dele
a alcunha de "geração perversa e rebelde" (Dt 32.5,20) “Corromperam-se contra ele; seus filhos eles não são, e a sua
mancha é deles; geração perversa e torcida é [...]e disse: Esconderei o meu
rosto deles e verei qual será o seu fim; porque são geração de perversidade,
filhos em quem não há lealdade”. Tal "titulação" não se
aplicava aos filipenses, pois eles não eram rebeldes nem murmuradores, ainda
assim o apóstolo Paulo os exortou a fazer todas e quaisquer coisas sem
murmurações ou queixas, tal como convém aos mansos.
b) Contendas. Em
o Novo Testamento, a expressão grega para contendas é dialogismos. Essa
expressão descreve as disputas e os debates inúteis que geram dúvidas e
separações na igreja local. É o mesmo que discussões, litígios e dissensões.
Infelizmente, muitos hoje as promovem levando, inclusive, seus irmãos aos
tribunais (1 Co 6.1-8) “Ousa algum de vós, tendo algum
negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos e não perante os santos? Não
sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser
julgado por vós, sois, porventura, indignos de julgar as coisas mínimas? Não
sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a
esta vida? Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida,
pondes na cadeira aos que são de menos estima na igreja? Para vos envergonhar o
digo: Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus
irmãos? Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isso perante infiéis. Na
verdade, é já realmente uma falta entre vós terdes demandas uns contra os
outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o
dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano e isso aos irmãos”.
Esta, definitivamente, não é a vontade de Deus para a sua Igreja.
2. "Sejais irrepreensíveis e
sinceros". O apóstolo apela aos filipenses para que se
achem irrepreensíveis e sinceros. Ser irrepreensível significa conduzir-se de
forma correta e moralmente pura, não necessitando de repreensão. É alguém que
dominou a carne, pois anda no Espírito (Gl 5.16,17) “Digo,
porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a
carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se
um ao outro; para que não façais o que quereis.”. A sinceridade é outra
virtude que se opõe ao mal, ao dolo, ao engano e à má fé. A pessoa sincera
pauta-se pela lealdade, a lisura e a boa fé. Nada menos que isso é o que o
Eterno espera do seu povo.
3. "Retendo a palavra da vida".
Para o apóstolo, reter a Palavra de Deus não é apenas assimilá-la, mas, sobretudo
praticá-la, pois o poder da Palavra gera vida (Hb 4.12) “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do
que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do
espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e
intenções do coração”. Por isso, Paulo encoraja os filipenses a
guardarem a Palavra, pois além de promover a vida no presente, ela ainda nos
garante esperança e vida eterna para o futuro próximo.
1. O contentamento da salvação operada. O
apóstolo Paulo reporta-se ao Antigo Testamento para mostrar aos filipenses
como, a fim de servi-los, ele entregou sua vida: "ainda que seja oferecido
por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé" (v.17). O apóstolo
está ciente das privações que impôs a si mesmo para edificar o Corpo de Cristo
em Filipos. Ele, porém, se regozija e alegra-se pelo privilégio de servir aos
filipenses. Em outras palavras, a essa altura, o sacrifício e os desgastes do
apóstolo são superados pela alegria de contemplar, naquela comunidade, o fruto
da sua vocação dada por Cristo Jesus: a salvação operada em sua vida também
operou na dos filipenses.
2. A alegria do povo de Deus. O
apóstolo estimula os filipenses a celebrarem juntamente com ele esta tão grande
salvação (Hb 2.3) “como escaparemos nós, se não
atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo
Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram”. O apelo de
Paulo é contagiante: "regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto
mesmo" (v.18). A alegria de Paulo é proveniente do fato de que uma vez que
Jesus nos salvou mediante o seu sacrifício no Calvário, agora o Mestre nos
chama para testemunharmos a verdade desta mesma salvação operada em nós (v.13).
Portanto, alegremo-nos e regozijemo-nos nisto.
O
Evangelho nos convoca a desenvolvermos a salvação recebida por Deus através de
Cristo Jesus. Devemos ser santos, como santo é o Senhor nosso Deus. Para isso,
precisamos nos afastar de todas as murmurações e contendas e abrigarmo-nos no
Senhor, vivendo uma vida irrepreensível, sincera e que retenha a palavra da
vida (Fp 2.16) “retendo a palavra da vida, para que, no
Dia de Cristo, possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão”.
Somente assim a alegria do Senhor inundará a nossa alma e testemunharemos do
seu poder salvador para toda a humanidade.
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OBS:
O tamanho original de cada slide é 28x19 cm, para manter as proporções e
qualidades dos slides sugerimos alterar o tamanho do seu slide no PowerPoint em
“Design” e depois “Configurar página”.
Referências
Revista
Lições Bíblicas. FILIPENSES, A humildade de Cristo como exemplo para a
Igreja. Lição 5 – As virtudes dos salvos em Cristo. Texto áureo. Verdade
prática. Introdução. I – A dinâmica da Salvação (2.12,13). 1. O caráter
dinâmico da salvação. 2. Deus é a fonte da vida. 3. A bondade divina. II – Operando
a salvação com temor e tremor (2.12-16). 1. “Fazei todas as coisas sem
murmurações nem contendas”. A) Murmurações. B) Contendas. 2. “Sejais
irrepreensíveis e sinceros”. 3. “Retendo a palavra da vida”. III – A salvação
opera o contentamento e a alegria (2.17,18). 1. O contentamento da salvação
operada. 2. A alegria do povo de Deus. Conclusão. Editora CPAD. Rio de Janeiro
– RJ. 3° Trimestre de 2013.
A paz do Senhor !
ResponderExcluirQue lição maravilhosa ,que possamos pratica-la intensamente .
Que Deus recompense o trabalho de fazer estes slides .
Para vossa meditação :
"Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.
Jó 42:2
Pr Milton Souza , A.Deus ,Barra Mansa -R.J
Pastor Milton Souza, saudações em Cristo Jesus! Obrigado pela atenção e orações em nosso favor! Como é maravilhoso meditarmos sobre o nosso Deus, esse versículo mostra a soberania de Jeová, ELE pode todas as coisas e ninguém pode impedir os seus propósitos! Glórias a Deus! Um forte abraço aos nosso irmãos de Barra Mansa- Rio de Janeiro! Desejo ao senhor uma ótima aula! Deus continue o abençoando fortemente! Shalom!
ExcluirA paz e a graça de nosso Senhor Jesus Cristo! Ser salvo já é uma virtude se levarmos em consideração que como salvos em Cristo devemos realmente sofrer uma grande transformação em nossas vidas, agora transformados e em busca das virtudes que Deus nos proporciona...
ResponderExcluirA Paz do Senhor meu amigo pastor Julio Cesar Martins! Realmente essa lição é maravilhosa, nos faz refletir os grandes benefícios da salvação! Louvado seja Deus! Obrigado pela sua participação! Bons estudos e uma ótima aula meu amigo! Deus continue lhe abençoando! Abraços!
ExcluirOlá meus queridos irmãos, quero desde já agradecer por este maravilhoso trabalho executado por vocês, está nota 1000
ResponderExcluirProfessor Fábio, a Paz do Senhor! Muito obrigado pelas palavras de apoio! Sinto-me motivado para continuar esse humilde trabalho! Sempre peço aos amados irmãos que nos acompanham pelo site que lembrem-se de nós nas suas orações. Deus o abençoe meu irmão! Que seu ministério seja uma bênção onde estiveres! Essa é minha oração! Volte sempre! Um grande abraço!
Excluirpaz e a graça de nosso Senhor Jesus Cristo! Ser salvo já é uma virtude se levarmos em consideração que como salvos em Cristo devemos realmente sofrer
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