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05 maio 2011

LIÇÃO 5 – PÉRGAMO, A IGREJA CASADA COM O MUNDO / HISTÓRIA DA BIBLIOTECA DE PÉRGAMO


       Uma das coisas que os amantes da História têm em comum é a sua fascinação pelas bibliotecas, autênticos templos do saber humano, onde muitas vezes se partilha o conhecimento, e noutros casos, simplesmente ele é armazenado. A Biblioteca de Pérgamo teve uma história tão apaixonante como a da cidade que a acolheu. A sua rivalidade com a de Alexandria propiciou uma invenção fascinante, o pergaminho, e teve de acabar da pior forma.

A Biblioteca de Pérgamo

A Biblioteca de Pérgamo foi fundada por Atalo I (241-197 a.C.), rei de da cidade de Pérgamo (no Noroeste da actual Turquia), como resposta ao enorme sucesso da Biblioteca de Alexandria.

A rivalidade entre as duas leva o Egipto a cortar-lhe o fornecimento de Papiro.

Tal obrigou à procura de alternativas, sendo apreciadas as peles de animais, que até eram mais resistentes e duráveis. Mas estas eram um recurso caro e escasso, o que levou ao desenvolvimento de tecnologia para a sua optimização e reutilização, dando origem a um novo suporte, o pergamene, ou pergaminho.

Em 30 a. C., Marco Aurélio ofereceu o espólio da biblioteca de Pérgamo a Cleópatra do Egipto, contribuindo para enriquecer ainda mais a sua rival.
A biblioteca de Pérgamo foi uma das mais célebres da Antiguidade, competindo em importância com a de Alexandría. Da mesma forma que outras dinastias do período helenístico, os reis de Pérgamo foram grandes protectores da cultura e da arte. 
Grandes colecionadores de arte, brilharam especialmente pelo seu carácter bibliófilo, rivalizando com os Ptolomeus no Egipto. A sua grande ambição foi transformar a sua capital, Pérgamo, numa cidade como Atenas na época de Péricles.
O rei de Pérgamo, Atalo I Soter, foi o fundador da biblioteca e o seu filho Eumenes II foi quem a engrandeceu e fomentou; chegou a reunir até 200.000 volumes (outras fontes falam em 300.000). 
Ali se estabeleceu uma escola de estudos gramaticais, como tinha sucedido em Alexandria, mas com uma corrente diferente. Enquanto que em Alexandria se especializaram em edições de textos literários e crítica gramatical, em Pérgamo inclinaram-se mais para a filosofia, sobretudo a filosofia estóica, em busca da lógica em vez de fazerem análise filológica.

Invenção do Pergaminho

Os volumes de Pérgamo eram copiados num material chamado pergaminho, inventado e ensaiado precisamente nesta cidade. 
Inicialmente os livros eram de papiro mas, segundo a lenda, Alexandria deixou de abastecer Pérgamo desta matéria prima, para evitar que a biblioteca pudesse chegar a fazer sombra à de Alexandria quanto ao número de volumes. 
Os historiadores asseguram que a escolha do pergaminho foi completamente voluntária e tal ficou a dever-se ao facto de este ser um material mais fácil de guardar e de maior durabilidade.

Alexandria leva ao fim da biblioteca de Pérgamo.

No ano 47 A.C. ocorreu o incêndio de Alexandria e de parte da sua biblioteca, por causa dos confrontos entre o exército egípcio e de Júlio César. 
Segundo narra Plutarco, nas suas Vidas Paralelas, mais tarde, como recompensa pelas perdas, Marco António teria mandado para Alexandria os volumes da biblioteca de Pérgamo, que já tinha sido saqueada anteriormente por causa das lutas políticas que houve na Ásia Menor naqueles anos. 
Paradoxalmente, a biblioteca de Pérgamo acabou por ser absorvida pelo seu maior rival.

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