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20 agosto 2023

LIÇÃO 09 - UMA VISÃO BÍBLICA DO CORPO / SLIDES PARA DATASHOW



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LIÇÃO 09 - UMA VISÃO BÍBLICA DO CORPO








INTRODUÇÃO


Deus criou o ser humano para o louvor da sua glória (1 Co 6.20). Em vista disso, Ele espera do homem regenerado uma vida de santidade (1 Pe 1.15). Contudo, os conceitos secularistas propagam uma forma de vida independente dos preceitos divinos. Nesta lição, vamos estudar a criação do homem e as características do corpo humano nas Escrituras e correlacionar esse tema com a visão secular do corpo hoje. Nossa finalidade é apresentar a visão bíblica do corpo, seu propósito e sua glorificação final.







I- A CRIAÇÃO DO SER HUMANO


1- A origem da raça humana. O homem é o único ser vivo criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27). Por isso, nossa Declaração de Fé ensina que fomos criados por um ato sobrenatural, imediato, e não por um processo evolutivo. Assim, o homem (adham) foi formado do pó úmido da terra (Gn 2.7). Interessante notar que o uso do hebraico adham denota nome próprio, mas também genérico, significando “homens” e “ humanidade” (SI 73 5; Is 31.3). Logo, Adão foi o primeiro homem a ser criado (Gn 2.15,19,20); e Eva, a primeira mulher, formada do corpo de Adão (Gn 2.22; 3.20). Além disso, homem e mulher são descritos como criaturas da terra, porém , Deus “soprou em seus narizes o fôlego da vida” (Gn 2.7b). Ele não fez isso com os animais. O sopro de Deus foi a outorga do nosso espírito e isso nos distingue dos demais seres criados.





2- A constituição do ser humano. Nossa Declaração de Fé professa que a natureza humana consiste num a parte externa, o corpo ou a carne (Gn 6.3; SI 78.39), chamada de “homem exterior”; e uma parte interna, denominada de “ homem interior”, composta de espírito e alma (2 Co 4.16; 1 Ts 5 23). Essa constituição humana é denominada de tricotomia, isto é, três substâncias: espírito, alma e corpo (Hb 4.12). Exemplo dessa estrutura pode ser observada na pessoa de Cristo (Lc 23.46; 24.39). A Bíblia de Estudo Pentecostal leciona que o nosso espírito é o componente pelo qual se tem comunhão com o Espirito de Deus. E a alma é definida pelos aspectos da mente, emoções e vontade. O corpo é a parte que volta ao pó e que, no caso dos salvos, será transformado no dia da ressurreição (1 Co 15.42).





3- Queda e restauração humana. A Bíblia revela que todas as áreas de nosso ser foram afetadas pelo pecado (Rm 7.20-23). Conforme a Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal, embora constituída de três substâncias, se o ser humano for afetado em um elemento de sua constituição humana, ele será afetado inteiramente. Nessa perspectiva , a vida espiritual não pode estar desassociada de seu corpo: “glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6.20). Desse modo, a conduta irrepreensível do cristão é requerida no espírito quanto na alma e no corpo (1 Ts 5.23). Isso quer dizer que a santificação deve atingir a parte material e imaterial do homem. Contudo, essa restauração somente é possível por meio do sangue de Cristo, pela ação do Espírito e pela Palavra de Deus (1 Pe 1.15-25).








II – A VISÃO BÍBLICA DO CORPO


1- Parte exterior do homem. O termo corpo (do grego, soma) normalmente identifica a parte exterior do ser humano (Mt 10.28; 1Co 15.38). O termo carne (do grego, sarx), quando se refere ao homem físico, inclui a sua dimensão exterior (Lc 24.39 ; At 2.31). Ambos os termos indicam a parte visível e material da natureza humana. o corpo é o invólucro da parte imaterial do ser humano; ele envelhece e morre, ocasião em que alma e espírito o deixam (Gn 35.18; Tg 2.26). A carne (corpo) geralmente é descrita em sentido negativo: “na minha carne, não habita bem algum” (Rm 7.18). Entretanto, esse tom depreciativo diz respeito à natureza pecaminosa do homem e não especificamente ao corpo físico. Assim sendo, nossa Declaração de Fé rejeita a ideia de ser o corpo uma prisão da alma e do espírito ou de ser inerentemente mau e insignificante.





2- Templo do Espírito Santo. A Escritura declara que “o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor” (1 Co 6.13b). Isso significa que o corpo pertence ao Criador e a Ele deve estar unido (1 Co 6.17). Nesse sentido, essa parte material do salvo deve ser santa e usada para glorificar a Deus (1 Co 6.20b). Em 1 Coríntios 6, lemos que os corpos dos salvos são metaforicamente membros do Corpo de Cristo (1 Co 6.15; cf. Rm 12.4,5). Por isso, eles não devem praticar atos imorais (Rm 6.13,19; 1 Co 6.15,16). Aqui, o cristão é exortado a não pecar contra o próprio corpo (1 Co 6.18), pois um resgate de alto preço foi pago por Cristo (1 Co 6.20a) tornando o crente templo e morada do Espírito Santo (1 Co 6.19; Ef 1.13). Portanto, como santuário, o corpo nunca deve ser profanado por impureza alguma.






3- Glorificado na ressurreição. A ressurreição de Cristo aniquilou o império da morte (Hb 2.14,15) e garantiu a nossa ressurreição (1 Co 6.14; 2Co 4.14). Entre a morte e a ressurreição há um estado intermediário, onde a parte imaterial do ser humano subsiste de modo consciente (Lc 9.28-31; 16.22-31). Contudo, nosso corpo carnal não pode herdar o Reino de Deus (1 Co 15.50). Por isso, a última etapa de nossa salvação é a glorificação (Rm 8.30). Inclui a redenção e a transformação de nosso corpo mortal conforme o corpo glorioso de Cristo (Rm 8.23; Fp 3.21). Esse evento ocorrerá quando Jesus voltar (1Ts 4.13-17). Na ressurreição, a parte imaterial será reunida em um corpo incorruptível, glorificado, espiritual e imortal (1 Co 15.42-44,52-54). Assim, a morte é o último inimigo a ser vencido (1 Co 15.26).








III – A VISÃO SECULAR DO CORPO

1- Hedonismo e narcisismo. Zelar e manter o corpo saudável é uma forma de glorificar a Deus (1Co 6.20). Contudo, em tempos pós-modernos de busca da felicidade, o hedonismo e o narcisismo são incutidos na sociedade. Com hedonismo, nos referimos ao estilo de vida em que a obtenção do prazer e a fuga do sofrimento são prioridades. Nesse aspecto, tudo é permitido. Com narcisismo, aludimos ao amor excessivo que uma pessoa tem por si própria. De acordo com essa abordagem, refere-se ao indivíduo que, de modo insensato, persegue o corpo ideal por meio da boa estética a qualquer custo e se porta com ostentação em busca da autorrealização e de ser admirado. Em oposição a essa cultura, Paulo ensina: “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém” (1 Co 6.12a).






2- Erotização e libertinagem. Ao formar o ser humano, Deus também criou a sexualidade (Gn 1.27128). Portanto, não se trata de algo impuro. O pecado não esta no sexo, mas na perversão de seu propósito. Nossa Declaração de Fé leciona que a relação sexual não só para procriar, mas também para o prazer dentro dos limites do matrimônio e do uso natural do corpo (Rm 1.26,27; Hb 13.4). Todavia, em nossos dias, a erotização do corpo é explorada nas mídias, artes, músicas e literaturas. O objetivo é seduzir e estimular as práticas sexuais ilícitas. Como resultado, a licenciosidade, isto é, a conduta sexual desregrada e imoral, prolifera assustadoramente (1 Co 6.10). Diante disso, o apóstolo Paulo adverte: “todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1Co 6.12b).






3- Liberdade e autonomia. A Bíblia atesta que o homem é dotado de livre-arbítrio (Gn 2.16,17). Isso indica autonomia para tomar as próprias decisões e se autogovernar. Somos livres, porém, todos os nossos atos serão alvo do juízo divino (Ef 12.14). Não obstante, no atual cenário, ideias secularistas promovem a banalização do corpo. O existencialismo ateu, por exemplo, afirma que para descobrir o sentido da vida, o homem deve usufruir de liberdade incondicional. Nesse aspecto, livre de qualquer moral divina, o indivíduo passa a exercer total controle sobre o corpo. Desse modo, seus adeptos atuam contra o corpo na legalizacão do aborto, da prostituição, das drogas, do suicidio assistido, dentre outros. Contrário a esse ativismo, o apóstolo Paulo assevera: “não sabeis […] que não sois de vós mesmos?” (1 Co 6.19).







CONCLUSÃO


Criado da terra, a imagem e semelhança divinas, o homem é constituído de três substâncias: espírito, alma e corpo (1Ts 5.23). Nessa concepção, não podemos pecar com o corpo sem afetar o espírito e a alma (1Co 6.15-17). O corpo é morada do Espírito, que não habita em santuário impuro (1Co 6.18,19). Na vinda de Cristo, o corpo dos santos será glorificado (1 Co 15.52). Assim, o corpo não deve ser tratado como algo pejorativo. O princípio de cuidado e santidade do corpo deve ser observado pelos que pertencem a Deus (1 Co 6.20).









 




Boa aula a todos!

Produção dos slides
Pr. Ismael Oliveira






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