LIÇÃO 14 - ENTRE A PÁSCOA E O PENTECOSTES
TEXTO ÁUREO
“Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no
mesmo lugar [...] E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em
outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At
2.1,4)
VERDADE PRÁTICA
Sem a Páscoa, não há Pentecostes; e, sem o Pentecostes, a
Páscoa perde a sua eficácia: somente a redenção em Jesus Cristo, que está junto
ao Pai, traz o derramamento do Espírito Santo.
ÊXODO 34.18-29
18 - A Festa dos Pães Asmos guardarás; sete dias comerás pães
asmos, como te tenho ordenado, ao tempo apontado do mês de abibe; porque no mês
de abibe saíste do Egito.
19 - Tudo o que abre a madre meu é; até todo o teu gado, que
seja macho, abrindo a madre de vacas e de ovelhas;
20 - o burro, porém, que abrir a madre, resgatarás com um
cordeiro; mas, se o não resgatares, cortar-lhe-ás a cabeça; todo primogênito de
teus filhos resgatarás. E ninguém aparecerá vazio diante de mim.
21 - Seis dias trabalharás, mas, ao sétimo dia, descansarás;
na aradura e na sega descansarás.
22 - Também guardarás a Festa das Semanas, que é a Festa das
Primícias da sega do trigo, e a Festa da Colheita no fim do ano.
23 - Três vezes no ano, todo macho entre ti aparecerá perante
o Senhor Jeová, Deus de Israel;
24 - porque eu lançarei as nações de diante de ti e alargarei
o teu termo; ninguém cobiçará a tua terra, quando subires para aparecer três
vezes no ano diante do SENHOR, teu Deus.
25 - Não sacrificarás o sangue do meu sacrifício com pão
levedado, nem o sacrifício da Festa da Páscoa ficará da noite para a manhã.
26 - As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás ŕ
casa do SENHOR, teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.
27 - Disse mais o SENHOR a Moisés: Escreve estas palavras;
porque, conforme o teor destas palavras, tenho feito concerto contigo e com
Israel.
28 - E esteve Moisés ali com o SENHOR quarenta dias e
quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as
palavras do concerto, os dez mandamentos.
29 - E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai (e
Moisés trazia as duas tábuas do Testemunho em sua mão, quando desceu do monte),
Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que o SENHOR
falara com ele.
INTRODUÇÃO
Na última lição deste trimestre, veremos que, das
festividades do Antigo Testamento, as duas mais emblemáticas para o crente em
Jesus Cristo são a Páscoa e o Pentecostes. Tendo em vista esses dois marcos da
verdadeira fé, afirmou o evangelista norte-americano Stanley Jones (1884-1973):
“A vida do cristão começa no Calvário, mas o trabalho eficiente no
Pentecostes”.
Sem a Páscoa não pode haver Pentecostes. E, sem o
Pentecostes, a Páscoa perde a sua eficácia. Isso significa que duas são as
experiências indispensáveis ao discípulo de Jesus: a salvação e o batismo com o
Espírito Santo.
Através do Evangelho completo, podemos reviver a experiência
da Igreja Primitiva, que apregoava ousadamente que Jesus Cristo salva, batiza
com o Espírito Santo, cura as enfermidades, opera sinais e maravilhas e, em
breve, virá nos buscar.
I – CRISTO, NOSSA PÁSCOA
Tanto para os cristãos quanto para os judeus, a Páscoa é
considerada a primeira grande festa da Bíblia Sagrada. Se, por um lado, celebra
a libertação nacional de Israel; por outro, simboliza a redenção humana através
de Jesus Cristo.
1. Definição. A palavra “páscoa” origina-se do vocábulo hebraico pesah
que, etimológica e tipologicamente, pode ser definida como a passagem da
escravidão à liberdade. Essa interpretação cabe tanto à nação hebreia como ao
crente em Jesus Cristo.
Conhecida também como a festa dos pães ázimos, a Páscoa é a
mais importante festividade da Bíblia Sagrada, porque marca a primeira aliança
formal entre Deus e o seu povo (Êx 24.7,8).
2. Cerimônia pascoal. No capítulo 12 de Êxodo, a cerimônia pascoal é
detalhada com rígidas recomendações, a fim de que os hebreus jamais se
esquecessem de seu real significado (Êx 12.12). No décimo dia do primeiro mês,
cada família hebreia tomava um cordeiro, ou cabrito, macho de um ano e sem
defeito, para imolá-lo no décimo quarto dia (Êx 12.6). O sacrifício deveria ser comido
reverentemente com pães ázimos e ervas amargas (Êx 12.8).
3. Simbologia. Como já dissemos, a Páscoa simboliza tanto a redenção de
Israel como a dos gentios, pois, através de Jesus Cristo, ambos os povos
fizeram-se um (1 Co 12.13). Eis por que o Senhor Jesus foi identificado, desde o
início de seu ministério, como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29,36; Ap 5.6). Ele é o sacrifício dos sacrifícios.
A simbologia redentora da Páscoa ganha vida e expressão na
celebração da Santa Ceia (1 Co 11.23-31). Levemos em conta, também, que o Senhor Jesus foi
crucificado durante a celebração pascal (Mt 26.2). Ele é o nosso Cordeiro Pascal (1 Co 5.7).
SÍNTESE DO TÓPICO I
Cristo, o Cordeiro de Deus, é a nossa Páscoa.
II – O PENTECOSTES, A FESTA DAS PRIMÍCIAS
Sem a Páscoa não pode haver Pentecostes. Isto significa que,
sem a experiência pascal, as primícias não têm qualquer significado diante de
Deus. O sangue do Cordeiro é imprescindível à nossa redenção (Hb 10.18).
1. Definição. A festa de Pentecostes, celebrada 50 dias após a Páscoa,
recebe as seguintes designações: festa das colheitas, das semanas, das
primícias (Êx 34.22,26). Enquanto a Páscoa era uma
cerimônia doméstica, o Pentecostes era uma celebração pública, na qual toda a
nação louvava a Deus por sua suficiência; era também o momento de se exercer a
misericórdia e o serviço social (Dt 16.10; Rt 2.1-3).
2. O cerimonial. Em santa convocação, na qual todos deveriam apresentar-se a
Deus de forma jubilosa, Israel apresentava a Deus as primícias de suas
colheitas (Dt 16.11). A
cerimônia tinha início no exato instante em que a foice punha-se a ceifar a
seara (Lv 23.21; Dt 16.9). No momento mais solene, o adorador
“movia o molho perante o Senhor” (Lv 23.11).
3. A simbologia. Para nós, pentecostais, as primícias representam as almas
que, através do evangelismo e das missões, apresentamos ao Senhor Jesus Cristo.
Aliás, Ele mesmo comparou o ganhar almas ao semear e ao ceifar (Mt 13.1-8,37; Jo 4.35).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Sem a páscoa não poderia haver a Festa de Pentecostes
III – O DIA DE PENTECOSTES
Se o Senhor Jesus Cristo não tivesse sido imolado como o
nosso Cordeiro Pascal, aquele dia de Pentecostes, em Jerusalém, não teria
qualquer sentido para nós, gentios. Todavia, a Páscoa de Cristo tornou real o
Pentecostes do Espírito.
1. Cristo, o Cordeiro Pascal. O Senhor Jesus foi crucificado
durante a Páscoa (Mt 26.2). Mas, ao terceiro dia, eis que Ele ressurgiu de entre os mortos,
recebendo toda a autoridade nos céus e na terra (Mt 28.1-8). Ele é as primícias dos mortos, por
ser Ele mesmo a ressurreição e a vida (Jo 11.25; 1 Co 15.20-23).
Já ressurreto e prestes a ascender ao céu, o Senhor Jesus
prediz a grande colheita que viria através da descida do Espírito Santo (At 1.8). Portanto, os discípulos deveriam
esperar em Jerusalém a chegada do Consolador (Lc 24.49).
2. O Pentecostes do Espírito Santo. Passados cinquenta dias, desde a
morte de Cristo, ocorrida na Páscoa, eis que os discípulos recebem o Espírito
Santo em pleno dia de Pentecostes (At 2.1-4). Cheios do Espírito, falaram
noutras línguas, enunciando aos peregrinos que visitavam Jerusalém, as
grandezas de Deus (At 2.7-11).
3. As primícias da Igreja Cristã. Nesse momento, levanta-se Pedro com
os demais apóstolos e proclama o Evangelho de Cristo. E, como resultado de sua
mensagem, quase três mil pessoas convertem-se (At 2.41). Dessa forma, as primícias da
Igreja Primitiva são apresentadas a Deus Pai.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Durante o Dia de Pentecostes o Espírito Santo foi derramado
sobre judeus e gentios.
CONCLUSÃO
Sem a Páscoa, o Pentecostes seria impossível. E, sem o
Pentecostes, a Páscoa não seria eficaz. Não podemos esquecer nossas raízes
pentecostais. Que jamais deixemos de proclamar que Jesus Cristo batiza com o
Espírito Santo e com o fogo (Lc 3.16). Somente assim, dentro em breve,
apresentaremos uma grande colheita, ao Senhor da Seara, em nosso país, na
América Latina, na África, na Europa. Enfim, até aos confins da terra.
------------------------------------------------
Referências
Revista Lições Bíblicas. ADORAÇÃO, SANTIDADE E SERVIÇO, Os
princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Lição 14 – Entre a páscoa
e o pentecostes. I – Cristo, nossa páscoa. 1. Definição. 2. Cerimônia pascoal.
3. Simbologia. II – O pentecostes, a festa das primícias. 1. Definição. 2. O
cerimonial. 3. A simbologia. III – O dia de pentecostes. 1. Cristo, o cordeiro
pascal. 2.O pentecostes do Espírito Santo. 3. As primícias da Igreja cristã. Editora
CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2018.
Elaboração
dos slides: Ismael
Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA,
matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos
para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.
Comente com o Facebook: