LIÇÃO
11 - A TOLERÂNCIA CRISTÃ
TEXTO
ÁUREO
"Porque o Reino de Deus não é
comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo." (Rm
14.17)
VERDADE
PRÁTICA
Os crentes mais maduros não devem agir
egoisticamente, mas precisam atuar como modelo para os mais fracos.
INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo foi informado de que
havia alguns conflitos na igreja de Roma, os quais giravam em torno da
liberdade cristã. Alguns crentes, ainda imaturos, se escandalizavam com
determinadas atitudes dos crentes, cuja a fé achava-se amadurecida. Esses
conflitos, como acredita a maioria dos comentaristas, surgiram com o retorno de
alguns judeus cristãos que haviam sido expulsos pelo imperador Cláudio. Estes,
ao se juntarem à igreja formada em sua maioria por gentios, se escandalizaram
com determinadas práticas. Paulo busca um ponto de equilíbrio a fim de que a
obra de Cristo não sofresse nenhum dano. Este é o tema que vamos estudar.
I -
UMA IGREJA HETEROGÊNEA (Rm 14.1-12)
1. A
natureza da Igreja. É possível percebermos, nesta seção da
Epístola aos Romanos, que Paulo apela para a natureza da Igreja a fim de
corrigir o problema que nela surgiu. A Igreja é una, isto é, embora formada por
pessoas de grupos diferentes, ela forma o corpo de Cristo. Para ser Igreja, ela
precisa atender o critério da unidade. Não há judeus nem gentios, mas a Igreja
de Deus. Ela é, portanto, indivisível. Esse é o primeiro aspecto que podemos
perceber na linha argumentativa de Paulo. Nisto vemos a natureza heterogênea da
Igreja. Essa Igreja una e indivisível é de natureza local e universal. Os
crentes judeus e gentios deveriam, portanto, se conscientizar de que problemas
de natureza local não poderiam sobrepor-se à universalidade da Igreja. A
liberdade deveria ser respeitada, isto é, regulada pela lei do amor.
2. Os
fracos na fé. Quem seriam os fracos na fé? Os crentes
fracos eram principalmente cristãos judeus que se abstinham de certos tipos de
alimentos, e observavam determinados dias em razão de sua contínua lealdade à
Lei de Moisés (Rm 14.6,14). Muitos judeus que haviam se convertido não
conseguiam se libertar totalmente dos preceitos do judaísmo. Além de observar
determinados rituais relacionados ao culto, eles queriam que os gentios
fizessem o mesmo. Paulo teve que resolver problemas semelhantes na igreja de
Corinto (1 Co 8.1-13), Gálacia e Colossos. Esses cristãos - podemos chamá-los
de imaturos - não conseguiram entender por completo a natureza da Nova Aliança
em Cristo Jesus. Eram crentes nascidos de novo, mas ainda não haviam conseguido
se libertar do legalismo.
3.
Os fortes na fé. Se os crentes fracos eram formados por
judeus crentes, mas que viviam ainda debaixo da velha aliança, os fortes eram
formados tanto por judeus como por gentios que haviam alcançado um entendimento
correto das implicações da Nova Aliança. Esse fato é confirmado pela afirmação
do apóstolo Paulo que se enfileira com os fortes na fé (Rm 15.1). Portanto, os
fortes sabiam que não estavam mais debaixo da Lei, mas da graça.
II -
UMA IGREJA TOLERANTE (Rm 14.13-23)
1. A
lei da liberdade. Um tema que Paulo trata com bastante ênfase
na Epístola aos Romanos é o da liberdade em Cristo. Em Romanos 7.24 e 25, o
apóstolo tinha consciência da incapacidade de o crente se autolibertar. Por
isso, ele glorifica a Deus, na pessoa de Jesus Cristo, por prover a libertação
das garras do pecado. Em sua espístola endereçada à igreja da Galácia, ele
escreveu que foi para a liberdade que Cristo nos chamou (Gl 5.1). A liberdade
cristã lhe dava certeza de uma coisa: "Eu sei e estou certo, no Senhor
Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem
por imunda; para esse é imunda" (Rm 14.14). Essa é a lei da liberdade. A palavra
grega koinos, traduzida aqui como imunda, se refere às coisas que a Lei Mosaica
considerava comuns ou impuras. A lei da liberdade mostrava aos crentes maduros
que eles estavam livres dos rudimentos da Lei de Moisés.
2. A
lei do amor. O versículo 15 do capítulo 14 de Romanos
diz: "Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas
conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo
morreu". Tendo chamado a atenção para a lei da liberdade, agora o apóstolo
passa a falar de outra lei - a lei do amor. É o amor ágape de Deus. A lei da
liberdade, exercitada por cristãos mais maduros, mostrou-lhes Paulo, permitia
quebrar certas regras ritualísticas. Todavia se isso causasse algum escândalo
nos crentes imaturos, então essa liberdade deveria ser restringida.
3. A
lei da espiritualidade. Paulo passa a mostrar então o modelo de
espiritualidade que deve conduzir tanto os crentes fortes como os fracos (Rm
14.22,23). O crente deve possuir convicção bem definida no exercício da sua fé.
Ele deve ter critérios para que não se torne um antinomista ou legalista. A lei
que deve regê-lo é a "lei de Cristo"
III
- UMA IGREJA ACOLHEDORA (Rm 15.1-13)
1. O
exemplo dos cristãos maduros. Como então deveriam agir os
crentes fortes em relação aos fracos? Paulo respondeu: "Mas nós que somos
fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos.
Portanto, cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para
edificação" (Rm 15.1,2). Os crentes maduros deveriam dar graças a Deus por
entender o real propósito da Nova Aliança. Eles sabiam que "[...] o Reino
de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito
Santo" (Rm 14.17). Exatamente por possuírem uma fé mais substancial, eles
deveriam servir de modelo para aqueles que ainda não haviam alcançado esse
nível de maturidade. O crente maduro, portanto, deve evitar as coisas que fazem
aos mais fracos tropeçar. Isso, no entanto, não quer dizer que o crente forte
ficará prisioneiro da consciência do crente fraco. Quer dizer que o crente
forte é responsável também pelo crescimento e amadurecimento do fraco,
mostrando-lhe com amor o que significa ser livre em Cristo.
2. O
exemplo de Cristo. O exemplo para essa limitação da liberdade
foi dada por Cristo, nosso Senhor (Rm 15.3). O argumento de Paulo é que, se o
próprio Salvador não agradou a si mesmo, então por que os crentes que se
consideravam mais espirituais não poderiam agir da mesma forma? Em Cristo, Deus
mostrou tolerância para com os pecadores. Paulo já havia falado em Romanos 5.8,
que o amor de Deus pelos homens foi mostrado de forma graciosa quando Cristo
morreu por eles, sendo ainda pecadores.
3. O
exemplo das Escrituras. Paulo apela então às Escrituras como
instrumento aferidor da espiritualidade (Rm 15.4). Ele chama atenção dos
crentes, tanto fortes como fracos, exortando e dizendo que o ensino das
Escrituras deve ter um efeito prático em nossa vida. Ela não foi escrita apenas
como um livro de valor histórico, mas
é a inspirada Palavra de Deus e,
portanto, deve ser normatizadora da vida do crente. Ela foi escrita não para
ser um instrumento de discórdia ou aprisionamento, mas para alimentar a nossa
esperança.
CONCLUSÃO
Aprendemos como o apóstolo Paulo
procurou pacificar a tensão entre os crentes forte e fracos na igreja de Roma.
Esse conflito estava gerando um ponto de tensão que poderia, a curto prazo, pôr
em risco a obra de Cristo ali.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. MARAVILHOSA GRAÇA, O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos. Lição 11
– A tolerância Cristã. I – Uma igreja heterogênea. 1. A natureza da Igreja. 2. Os
fracos na fé. 3. Os fortes na fé. II – Uma Igreja tolerante. 1. A lei da
liberdade. 2. A lei do amor. 3. A lei da espiritualidade. III – Uma igreja
acolhedora. 1. O exemplo dos cristãos maduros. 2. O exemplo de Cristo. Editora
CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2016.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038
(Tim), pregação e ensino.
MUITO BOM, GOSTO MUITO DESTES SLIDES E DESTE SITE, QUE É UM EXCELENTE REFERENCIAL PARA AS EBDS!.CONTINUE ASSIM, E QUE O ETERNO TE ABENÇOE, UM DIA EU GOSTARIA DE TE CONHECER PESSOALMENTE, ABRAÇOS IRMÃO E PASTOR ISMAEL!!.
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