DIGA SIM À VIDA!
TEXTO
ÁUREO
"De palavras de falsidade te
afastarás e não matarás o inocente e o justo; porque não justificarei o
ímpio." (Êx 23.7)
VERDADE
PRÁTICA
O direito à vida é um bem pessoal e
inalienável; sua preservação e proteção devem ser parte da responsabilidade do
homem cristão.
INTRODUÇÃO
O sexto mandamento manifesta o propósito
de Deus pela proteção da vida. Sua vontade é que os seres humanos façam o
mesmo. O tema é abrangente e complexo, razão pela qual deve ser estudado com
diligência. A lei diz "não matarás". Isso não contraria a guerra, a
pena capital e o próprio pensamento cristão? Mas o assunto não se encerra por
aí. Esse é o tema do presente estudo.
I -
O SEXTO MANDAMENTO
1.
Abrangência. Este é o primeiro mandamento que consiste
em uma proibição absoluta, sem concessão, expressa de maneira simples com duas
palavras: "Não matarás" (Êx 20.13; Dt 5.17). A legislação mosaica
dispõe sobre o tema ao longo do Pentateuco, cuja abrangência fala contra a
violência, o assassinato premeditado e o não premeditado. Temas como guerra,
pena capital, suicídio, aborto e eutanásia são pertinentes ao sexto mandamento.
2.
Objetivo. O sexto mandamento reflete o ensino geral do Antigo
Testamento sobre o respeito à santidade da vida. O Senhor Jesus incluiu aqui o
ensino sobre o amor (Mt 5.21,22). No novo concerto Ele inclui "pensamentos
e palavras, ira e insultos". O Novo Testamento considera homicida quem
aborrece a seu irmão (1 Jo 3.15). O objetivo deste mandamento é religioso e
social, com o propósito de proteger a vida e trazer a paz entre os seres
humanos (Mt 5.44; Rm 12.18).
3.
Contexto. "Não matarás" já era um mandamento antigo,
mas agora é introduzido de uma forma nova. O respeito à vida era conhecido na
Antiguidade pelos mesopotâmios, egípcios e gregos, entre outros. O Código de
Hamurabi (1750 a.C.), rei da Babilônia, é um exemplo clássico, contudo não se
revestia de autoridade divina. Essa é a primeira distinção entre os códigos
antigos e a revelação do Sinai. A outra é que Deus pôs sua lei no coração e na
consciência dos demais povos (Rm 1.19; 2.14,15).
II -
IMPORTÂNCIA
1.
Da vida. A vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito de
tirá-la (Gn 9.6). Somente Deus, que criou o homem à sua imagem, tem o direito
de pôr fim à vida humana (Gn 1.26,27; Dt 32.39). Três grandes personagens da
Bíblia pediram a morte e não foram atendidas: Moisés, Elias e Jonas (Nm 11.15;
1 Rs 19.4; Jn 4.3). Tudo isso nos mostra que a vida pertence a Deus, e não a
nós mesmos. Deus sabe a hora em que a vida humana deve cessar, Ele é o soberano de toda a existência.
2.
Não matar. A proibição do sexto mandamento é não assassinar. O
verbo hebraico ratsach, "matar, assassinar, destruir", aparece 47
vezes no Antigo Testamento, em sua maior parte nos textos legais. A primeira
ocorrência é nos Dez Mandamentos (Êx 20.13). A tradução mais precisa das
palavras lo e tirtsach seria: "não assassinarás", ou "não
cometerás assassinato", pois "não matarás" é uma expressão
genérica. O dispositivo mosaico proíbe o homicídio premeditado, o assassinato
violento de um inimigo pessoal (Êx 21.12; Lv 24.17). O termo refere-se também a
homicídio culposo, aquele em que não há intenção de matar (Dt 4.42; Js 20.3).
3.
Etimologia. São raros os termos correspondentes ao verbo ratsach
nas línguas cognatas; só no norte da Arábia foi encontrado o verbo radaha,
"quebrar em pedaços, estilhaçar". O termo ratsach não é usado na
guerra nem na administração da justiça e não aparece no contexto judicial e
militar. Parece haver uma única ocorrência em que ele é aplicado à pena de
morte (Nm 35.30), mas estudos mostram que originalmente a ideia do verbo era de
vingança de sangue.
III
- PROCEDIMENTO JURÍDICO
1.
Significado do homicídio. O homicídio é o maior crime que um ser
humano pode cometer. A proibição do assassinato, apesar de constar dos códigos
de leis anteriores ao sistema mosaico, já havia sido estabelecido pelo próprio
Criador desde o limiar da raça humana: "Quem derramar o sangue do homem,
pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua
imagem" (Gn 9.6). É contra Deus que o homicida está desferindo seu golpe
ao tirar a vida de alguém, pois a imagem é a representação de uma pessoa ou
coisa.
2.
Homicídio doloso (Nm 35.16-21). Aqui são dadas instruções
específicas acerca do procedimento jurídico sobre o homicídio doloso. Se alguém
ferir de morte seu próximo, "com instrumento de ferro" (v. 16),
"com pedra à mão" (v. 17) ou ainda "com instrumento de
madeira" (v.17), ou por qualquer outra forma (vv.20,21), e a pessoa
golpeada morrer, o autor da ação é considerado homicida. O substantivo
"homicida", rotseach, vem do verbo ratsach e aparece repetidas vezes
aqui. Trata-se de homicídio doloso.
3.
Homicídio culposo (Nm 35.22-25). Era o crime involuntário e
acidental, razão pela qual o autor não devia morrer, e a lei estabeleceu o
procedimento a ser seguido para livrar o réu da pena de morte. Ele precisava se
refugiar numa das cidades de refúgio até provar que o homicídio fora acidental
(Dt 19.4-6). A outra maneira de escapar das mãos do vingador do sangue era
agarrar-se nas pontas do altar (Êx 21.12-14; 1 Rs 1.50, 51). Esses dois
recursos equivalem ao habeas corpus concedido atualmente.
IV -
PUNIÇÃO
1. O
sangue de Abel. O termo "sangue" de Abel em
"A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra" (Gn 4.10),
está no plural, no hebraico, que segundo o Talmude, antiga literatura religiosa
dos judeus, significa "sangue de sua descendência" ou seja:
"todo aquele que destruir uma vida em Israel a Escritura reputa como se
tivesse destruído o mundo inteiro" (Sanedrin 4.5). Tal crime interrompe
para sempre a posteridade da vítima. Em Hebreus é dito que o sangue da
aspersão, de Cristo, fala melhor do que o sangue de Abel (Hb 12.24). Isso
porque o sangue de Jesus clama por misericórdia, mas o de Abel por vingança (Gn
4.10,11).
2. O
vingador. A lei dava o direito ao "vingador do sangue"
(Nm 35.19,21b), goel, em hebraico, "redentor, remidor, vingador", de
matar o assassino onde quer que o encontrasse. Vingar o sangue era, no Oriente
Médio, uma questão de honra da família (Êx 21.24; Lv 24.20; Dt 19.21). Era uma
grande desonra para a família não vingar o assassinato de um ente querido. Isso
é mantido ainda hoje nessa parte do mundo. Porém, o Senhor Jesus mandou
substituir a vingança pelo perdão (Mt 5.38,39).
3.
Expiação pela vida. O crime de assassinato podia ser expiado
por uma das duas maneiras estabelecidas na legislação mosaica. A primeira, no
caso de homicídio doloso, em que uma vida é expiada por outra (Nm 35.31), o
assassino deve ser morto, ou seja, era "vida por vida" (Êx 21.23). A
segunda diz respeito ao homicídio culposo, a busca de proteção em uma das
cidades de refúgio. A expiação, nesse caso, é a morte do sacerdote da cidade
(Nm 35.25)
CONCLUSÃO
O Senhor Jesus vinculou o sexto
mandamento à doutrina do amor ao próximo. Devemos manter nossa posição em favor
da paz e da fraternização dizendo "não" à violência em suas diversas
modalidades, para a glória de Deus.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. OS DEZ MANDAMENTOS, Valores divinos para uma sociedade em
constante mudança. Lição 08 – Não matarás. I – O sexto mandamento. 1.
Abrangência. 2. Objetivo. 3. Contexto. II – Importância. 1. Da vida. 2. Não
matar. 3. Etimologia. III – Procedimento jurídico. 1. Significado do homicídio.
2. Homicídio doloso. 3. Homicídio culposo. IV – Punição. 1. O sangue de Abel.
2. O vingador. 3. Expiação pela vida. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1°
Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Pastor, Ismael Pereira de Oliveira
Excelente aula tb parabens e que Deus continue te ungindo mais e mais, e te encha de mais graça e sabedoria do seu Santo Espírito!!!.
ResponderExcluirO homicidio tem sido algo natural para o homem carnal, temos que orar, pois a iniquidade tem se multiplicado muito neste muito!!!.
ResponderExcluirTem que ressaltar também que muitas pessoas, até mesmo cristaos, tem defendido a pena de morte, nao deixa de ser um homicidio, algo pre meditado.
ResponderExcluirPessoas se colocam na posição de Deus!!!.
Muito. Bom dia....ja refletiram. Que os protagonistas da lei foram. Os que mais mataram? Moisés matou... Josué matou .o exército de Israel veio exterminando quem estava no caminho...????como assim dizerem. Nao matarás? ? Existe uma explicação: na tradução. Original diz:nao cometera assassinato. ,,Isso mudaram na traducao para o grego.nao matará. ..se assim. Não. Haveria mortes pelos patriarcas da lei
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