LIÇÃO
03 – O DEUS QUE INTERVÉM NA HISTÓRIA
TEXTO
ÁUREO
"Falou Daniel e disse: Seja bendito
o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força; ele
muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá
sabedoria aos sábios e ciência aos inteligentes" (Dn 2.20,21).
VERDADE
PRÁTICA
Deus intervém na história, pois sua é a
terra e os que nela habitam.
O segundo capítulo do livro de Daniel
revela o plano divino para o povo judeu e o gentílico. Deus revelou o seu
projeto soberano para os governos mundiais e mais uma vez confirmou o reino
messiânico. Ao estudarmos este capítulo, veremos o reino da Babilônia atuando
como o “dono do mundo” e Nabucodonosor, como o seu executor. Porém, por volta
de 604 a.C., no período do apogeu da Babilônia, o rei teve um sonho perturbador
que o deixou insone. Por providência divina, Nabucodonosor esqueceu o sonho e,
através do Espírito Santo, Daniel o desvendou. Na terceira seção do capítulo
dois (vv.17-22) veremos Deus intervindo na vida do profeta e na dos seus
amigos. O desenvolvimento deste capítulo mostrará como Deus trabalha nas
circunstâncias mais adversas. O nosso Pai atua na história humana para cumprir
os seus desígnios!
1. O
tempo do sonho (v.1). O primeiro versículo demonstra um aparente
conflito de datas. A expressão "segundo ano do reinado de
Nabucodonosor" contrasta com os três anos de treinamento de Daniel e de
seus companheiros descritos no primeiro capítulo.
Segundo estudiosos do Antigo Testamento,
tanto os judeus quanto os babilônios contavam as frações de um ano como ano
inteiro. Por isso, a vigência do terceiro ano para a cultura do reino de Judá
era o segundo ano do reinado de Nabucodonosor.
2. A
habilidade dos sábios é desafiada no palácio (2.2). Ao
esquecer-se do sonho, Nabucodonosor desafiou as habilidades dos sábios
palacianos em revelar e interpretar o que ele havia sonhado. O sonho perturbou
o rei, pois Nabucodonosor suspeitava que a simbologia do que sonhara tinha
relação com o reino e com o futuro do império. Naqueles tempos, os reis tinham
a pretensão de ser privilegiados com sonhos divinamente inspirados (1 Rs
3.5-15; Gn 20.3). Quando sonhavam, requeriam então o trabalho dos sacerdotes
adivinhos. Estes serviam à corte e interpretavam os sonhos de seus senhores. Os
sacerdotes adivinhos eram também chamados de magos, astrólogos, encantadores ou
apenas "caldeus" (Dn 1.4).
3. O
fracasso da sabedoria pagã (2.3-13). Conforme descrito no
capítulo dois, percebemos que Nabucodonosor suspeitava da lisura e honestidade
dos seus magos conselheiros. Será que estes magos se aproveitavam de estratégias
para enganar e ameaçar as pessoas com palavras vãs? Esta dúvida deveria ser
passada a limpo. Então o imperador desafiou-os a não somente advinhar o sonho,
mas interpretá-lo. O rei decretou ainda a pena capital para todos os sábios do
palácio caso não desvendassem o sonho. Diante do desafio, os magos revelaram-se
incapazes de decifrar o sonho do rei Nabucodonosor, bem como saberem o seu
conteúdo. O problema era que, por serem nobres, Daniel e os seus amigos
poderiam ser igualmente atingidos por esse decreto.
1. A cautela de Daniel (vv.16-18).
Daniel entrou na presença do rei e pediu-lhe um tempo para desvendar o sonho. O
objetivo era receber a resposta de Deus acerca do conteúdo do sonho de
Nabucodonosor. O profeta Daniel não agiu isoladamente. Antes, procurou os seus
amigos Hananias, Misael e Azarias para juntos orarem a Deus pedindo-lhe
orientação espiritual sobre o assunto, a fim de que eles não perecessem com os
sábios da Babilônia.
A ousadia da fé do profeta, demonstrada
neste episódio, ilustra-nos quão essencial é para o crente viver uma vida de
confiança e inteira dependência de Deus. Há coisas na vida do crente que
demandam oração perseverante. Para obtermos resposta do Senhor, a oração ainda
é o canal mais eficaz (Mt 6.6).
2.
Deus ainda revela mistérios (vv.19 -27). Depois de Daniel e os seus companheiros terem
buscado a Deus em oração, o Senhor revelou o que o rei havia sonhado e também o
que o sonho significava. Daniel exaltou e alegrou-se em Deus porque o Altíssimo
interveio na história humana. Quem pode livrar como o Senhor? Quem pode impedir
a sua ação? Sábio algum do mundo! Ninguém poderia perscrutar o pensamento e a
consciência de um homem poderoso como o rei da Babilônia. Mas o Senhor dos
Exércitos não só podia como o fez. Ele é o Criador; o homem, criatura! O mundo
está sob a providência de Deus, pois Ele tem poder de mudar os tempos e as
estações do ano, de remover e estabelecer reis. Ele conduz a história humana
(v.21; At 1.7)!
3. O
caráter profético do sonho de Nabucodonosor (vv.28,29). O
que foi revelado ao profeta Daniel? Em síntese, Deus mostrou que o sonho do rei
dizia respeito a Babilônia, bem como aos acontecimentos futuros envolvendo
outros reinos. A expressão "fim dos dias" merece ser destacada.
Segundo a escatologia judaica, essa é uma expressão do Antigo Testamento que
significa o espaço de tempo, desde o início do cumprimento da profecia no
império babilônico até o estabelecimento do reinado de Cristo na terra. Outro
ponto digno de nota é que Daniel não expressa nenhum interesse de ter os
créditos da revelação. Para o profeta, a revelação do mistério é mérito somente
de Deus. A glória pertence ao Todo-Poderoso que, pela sua imensurável graça,
desvenda os mistérios terrenos e espirituais aos pequeninos deste mundo.
1. A
correta descrição do sonho (vv. 31-35). O sonho do imperador babilônico era
profético. Nabucodonosor viu uma estátua (v.32) constituída por uma cabeça de
ouro; peito e braços de prata; ventre e coxas de cobre; pernas de ferro (v.33);
e pés de ferro e de barro (v.33). O versículo 34 relata "uma pedra que foi
cortada, sem mãos" a qual feriu os pés da estátua, destruindo-a
completamente.
Os quatro impérios pagãos, mencionados
simbolicamente na profecia já existiram, comprovando a veracidade da visão
profética. Todavia, a visão da "pedra que foi cortada, sem mãos"
ainda não se cumpriu, pois trata-se do reino universal de Jesus Cristo que
ainda não foi literalmente estabelecido.
2. A
interpretação dos elementos materiais da grande estátua (2.34-45).
a )
"A cabeça de ouro " (vv.32,36-38).
Exemplificava o reino da Babilônia. Nabucodonosor a governou por 41 anos e a
transformou no império mais poderoso da época.
b) "O peito e os braços de
prata" (vv.32,39). Trata-se do império Medo-Persa. Os dois
braços ligados pelo peito representam a união dos Medos e dos Persas.
c)
"Ventre e os quadris" (vv.32,39).
Retrata o império Grego. Foi Alexandre Magno que dominou o mundo inteiro
constituindo assim um dos impérios mais extensos na história da humanidade até
a sua morte prematura.
d) "Pernas de ferro"
(v.33,40-43). Refere-se ao último império da história, o
romano. Os pés de ferro e barro indicam a fragilidade deste império. A mistura
entre ferro e barro não ocorre. O império romano, por um lado era poderoso
(ferro), mas por outro, frágil e decadente (barro).
3.
"A pedra cortada, sem ajuda de mãos" (2.45).
Esta "pedra" representa o reino de Cristo intervindo nos reinos do
mundo. Cristo é a pedra cortada que desfará o poder mundial do Anticristo (Dn
2.45; Sl 118.22; Zc 12.3). A pedra cortada vinda do monte significa, figuradamente,
a vinda do Rei esmiuçando o domínio imperial e pagão deste século (Dn 2.44,45).
Cristo é quem regerá as nações para sempre!
A revelação da estátua provou ao rei
Nabucodonosor a soberania do Deus de Israel. Nação a qual o rei havia levado em
cativeiro, destruído a Cidade Santa e o seu Templo (2 Cr 36.11-23). O Deus
desta nação revelou a Daniel e aos seus companheiros o futuro dos impérios ao
longo da existência humana (Dn 2.46-49). Nabucodonosor compreendeu isto. E nós?
O quanto valorizamos e amamos o Deus soberano?
Referências
Revista
Lições Bíblicas. INTEGRIDADE MORAL E
ESPIRITUAL, O legado do livro de
Daniel para a Igreja hoje. Lição 03 – O DEUS QUE INTEVÉM NA HISTÓRIA. I – O
sonho perturbador de Na. 1. A situação moral e política de Judá. 2. A situação
espiritual de Judá. 3. O império babilônico arrasa o reino de Judá. II – A
força do caráter. 1. A tentativa de aculturamento dos jovens hebreus. 2. O
caráter colocado à prova. III – A atitude de Daniel e de seus amigos. 1. Uma
firme resolução: não se contaminar. 2. Daniel, um modelo de excelência. 3.
Daniel: modelo de integridade X sociedade corrupta. Conclusão. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ.
4° Trimestre de 2014.
Elaboração
dos slides: Pastor, Ismael Pereira de Oliveira
SENSACIONAL
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