LIÇÃO
04 – A PROVIDÊNCIA DIVINA NA FIDELIDADE HUMANA
TEXTO
ÁUREO
“Eis que o nosso Deus, a quem nós
servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da
tua mão, ó rei" (Dn 3.17)
VERDADE
PRÁTICA
Se formos fiéis, a providência divina
jamais faltará
A história narrada no capítulo três
ocorreu possivelmente no final do reinado de Nabucodonosor. O texto é mais uma
prova de que vale a pena ser fiel a Deus até mesmo quando somos desafiados em
nossa fé. Nabucodonosor já havia se esquecido da manifestação do poder de Deus
na revelação dos seus sonhos (Dn 2.1-49). Tornou-se um déspota que exigia dos
seus súditos um servilismo irracional. No meio da multidão dos súditos, porém,
estavam os três jovens hebreus, fiéis ao Deus de Israel, do qual não
transigiram de modo algum.
1. A
grande estátua. Embriagado pelo poder e pelo fulgor de sua
própria glória, o rei caldeu chegou ao ápice da presunção, não se contentando
em ser apenas "a cabeça de ouro" da grande estátua do seu
"primeiro" sonho (Dn 2.36-45). Nabucodonosor perdeu o bom senso e
construiu uma enorme estátua de ouro maciço (Dn 3.1). Também ordenou que os
representantes das nações, súditos seus, se ajoelhassem e adorassem a estátua
que o representava.
A grande estátua de Nabucodonosor
remete-nos a uma outra estátua que será erguida pelo último império mundial
gentílico, profetizado como o reino do Anticristo que aparecerá no "tempo
do fim" (Ap 13.14,15).
2. A diferença entre as estátuas. É necessário destacar a diferença entre a
estátua do capítulo dois e a do capítulo três de Daniel. Enquanto a estátua do
capítulo dois era simbólica e apareceu no sonho de Nabucodonosor, a do capítulo
três era literal, construída por ordem do rei caldeu. A estátua erigida tinha a
forma de um obelisco que revelava, segundo se supõe, a intenção vaidosa de
Nabucodonosor em autodeificar-se (cf. Dn 4.30).
A
inauguração da estátua de ouro. Com o
coração engrandecido, Nabucodonosor desejou ser adorado como deus (vv.1-5). Não
lhe bastou a revelação de que o único Deus verdadeiro triunfaria na história
(Dn 2.47). Ele preferiu exaltar a si mesmo e aos seus deuses. O objetivo era
escravizar todos os seus súditos e obrigá-los a servirem as divindades
caldeias. Ele queria uma religião totalitária em que as pessoas obedecem não
pela lealdade, mas pela força bruta (vv.5,6).
1. A
ordem do rei a todos os seus súditos (vv.4-7). Nabucodonosor
teve duas motivações principais para construir a grande estátua (v. 1). Uma das
motivações era exibir-se perante os povos do mundo representados naquele
evento. As dimensões e a magnitude da estátua eram impressionantes:
Aproximadamente 27 metros de altura por 6 de largura. A soberba, arrogância e
insolência do rei não tinham limites. A Bíblia diz que "a soberba precede
a ruína" (Pv 16.18). A segunda motivação de Nabucodonosor era o anelo de
ser adorado como divindade pelos seus súditos. Por isso, ele deu ordens para
que todos os oficiais do reino se reunissem a fim de adorarem a sua estátua (Dn
3.1-7).
2. A
intenção do rei e o espírito do Anticristo. A intenção de
Nabucodonosor prenunciava o espírito do Anticristo, que levantará a imagem da
Besta para ser adorada no tempo do fim (Mt 4.8-10; Ap 13.11-17). A intenção do
rei era impor a religião diabólica de sua imagem para dominar o mundo, não só
nos campos material e político, mas também no espiritual.
3.
Coragem para não fazer concessões à idolatria (Dn 3.12). Os três
jovens hebreus estavam naquele local por força da ordem do rei. Todos os
grandes nomes do país, os chefes de governos, os sátrapas, os governadores das
províncias, os sábios, os sacerdotes dos vários cultos pagãos, todos estavam
lá. A ordem era que quando a música fosse tocada todos deveriam ajoelhar-se e
adorar a estátua do rei. Quem não obedecesse seria lançado na fornalha de fogo
ardente. Como sabemos, os três jovens hebreus preferiram morrer queimados a
negar.
1.
Os jovens hebreus foram acusados e denunciados
(vv.8-12). O rei foi informado da desobediência dos judeus. Ele ficou
enfurecido e mandou que eles fossem trazidos à sua presença. Os jovens hebreus
foram interrogados, mas mantiveram sua fidelidade ao Deus de Israel. Eles não
se intimidaram diante das ameaças, porque sabiam que Deus poderia intervir
naquela situação.
2. A
resposta corajosa dos jovens hebreus (Dn 3.16-18). Aqueles
jovens sabiam que a fidelidade a Deus é algo inegociável. A lealdade desses
jovens era mais que uma qualidade de caráter. Era uma confiança inabalável em
Deus. A resposta resultava também do conhecimento que tinham do primeiro
mandamento do Decálogo (Êx 20.3-5). Deus busca homens e mulheres que lhe sejam
fiéis mesmo quando ameaçados. Por isso, mesmo inquiridos pelo rei caldeu,
Hananias, Misael e Azarias não se intimidaram e mantiveram sua posição (Dn
3.16-18).
3.
Reação à intimidação (Dn 3.16-18). Ao perguntar-lhes: "Quem é o Deus que
vos poderá livrar das minhas mãos?" (Dn3.15), Nabucodonosor afrontou os
jovens em sua fé. Eles não tiveram dúvida de que valia a pena permanecer fiéis
ao Todo-Poderoso. Então, sem temor e com grande fé, responderam ao rei:
"Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos
livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo,
ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que
levantaste" (Dn 3.17,18). Os três jovens não cederam às ameaças e não ficaram
livres da fornalha, pois Deus já os esperava ali. A companhia do quarto homem
visto pelo rei dentro da fornalha foi suficiente para que eles saíssem ilesos e
sem um único fio de cabelo queimado.
Esta resposta dos jovens hebreus
confronta a posição de muitos crentes de hoje. Quão facilmente cedemos e até
negamos a fé, fugindo do caminho da provação. Todavia, Deus conta com crentes
fiéis que sejam capazes de responder às ameaças sem temer.
A grande lição que aprendemos com esses
três jovens é que "eles confiaram suas vidas a Deus e não se preocuparam
com as consequências da fornalha". Mesmo que Deus não os impedissem de
morrer queimado eles não negariam a fé! Que tenhamos essa mesma fé para
enfrentar as tribulações da vida.
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Referências
Revista
Lições Bíblicas. INTEGRIDADE MORAL E
ESPIRITUAL, O legado do livro de
Daniel para a Igreja hoje. Lição 04 – A providência divina na fidelidade
humana. I – A tentativa de se instituir uma religião mundial. 1. A grande
estátua. 2. A diferença entre as estátuas. II – O desafio à idolatria. 1. A
ordem do rei a todos os seus súditos. 2. A intenção do rei e o espírito do
Anticristo. 3. Coragem para não fazer concessões à idolatria. III – A
fidelidade a Deus ante a fornalha ardente. 1. Os jovens hebreus foram acusados
e denunciados. 2. A resposta corajosa dos jovens hebreus. 3. Reação à
intimidação. Conclusão. Editora CPAD.
Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2014.
Elaboração
dos slides: Pastor, Ismael Pereira de Oliveira
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