LIÇÃO
08 – O CUIDADO COM A LÍNGUA
TEXTO
ÁUREO
"Porque todos tropeçamos em muitas
coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso
para também refrear todo o corpo" (Tg 3.2).
VERDADE
PRÁTICA
A nossa língua pode destruir vidas,
portanto, sejamos cuidadosos com o que falamos.
Nessa lição veremos o quanto o crente
deve ser cuidadoso na maneira de falar com os outros. Tema do terceiro capítulo
da epístola, o meio-irmão do Senhor escreve sobre um pequeno membro do nosso
corpo: a língua. Este acanhado, mas poderoso órgão humano, pode destruir ou
edificar a vida das pessoas. Por isso, a nossa língua deve ser controlada pelo
Espírito Santo a fim de sermos canais de bênçãos para aqueles que nos ouve.
1. O
rigor com os mestres. A palavra hebraica para mestre é rabbi,
cujo significado é "meu mestre". Os mestres eram honrados em toda a
comunidade judaica, gozando de grande respeito e prestígio. Na realidade, o
ofício rabínico era uma das posições mais almejadas pelos judeus, pois era
notória a influência dos mestres sobre as pessoas (Mt 23.1-7). Daí o porquê de
muitos ambicionarem tal posição. E é exatamente alarmado por isso que Tiago
inicia então o capítulo três, referindo-se aos que acalentavam essa aspiração,
visando obter prestígio, privilégio e fama, a que tivessem cuidado (v.1). Antes
de almejarmos o ministério da Palavra devemos estar cônscios de nossa
responsabilidade e de que um dia o Altíssimo nos pedirá conta dos atos e dos
talentos a nós dispensados.
2. A
seriedade com os mestres na igreja (v.1). Em Mateus 5.19 lemos
sobre a advertência de Jesus quanto à seriedade e a fidelidade dos discípulos
no ensino do Evangelho. Devido a sua importância, Jesus estabeleceu o ensino
como um meio de propagar o Evangelho a toda criatura e, assim, ordenou a sua
Igreja que fizesse seguidores do Caminho pelo mundo (Mt 28.19,20). É
interessante notarmos o paralelo que Tiago faz em relação à advertência
proferida por Jesus em tempo anterior: Quem foi vocacionado para ser mestre não
pode ter o "espírito" dos fariseus, mas o de Cristo (Mc 12.38-40).
3.
Perfeição que domina o corpo (v.2). Quem domina ou
controla a sua língua, sem cometer delitos (excessos, descontroles, julgamentos
precipitados, difamações, etc.), sem dúvida, é "perfeito". O controle
da língua significa que a pessoa tem a capacidade de controlar as demais áreas
da vida, pois a língua é poderosa "para também refrear todo o corpo".
Quem tem domínio sobre a língua, tem igualmente o coração preservado, pois a
boca fala do que o coração está cheio. Discipline-se! Faça um propósito com
Deus e consigo mesmo: não empreste os seus lábios para fazer o mal.
1.
As pequenas coisas no governo do todo (vv.3-5). Tiago faz uma
analogia acerca da nossa capacidade de usarmos a língua. Ele remete-nos ao
exemplo do leme dos navios e do freio dos cavalos. Apesar de tais objetos serem
pequenos, porém, são fundamentais para controlar e dirigir transportes grandes
e pesados. Assim, o apóstolo nos mostra que, apesar de pequena, a língua é
capaz de realizar grandes empreendimentos - edificantes ou destrutivos. Como um
pequeno membro é capaz de "acender um bosque inteiro"?
2.
"A língua também é um fogo" (vv.6,7). Quantas pessoas
não frequentam mais as nossas reuniões porque foram feridas com palavras? Você
já se fez essa pergunta? É preciso usar nossa língua sabiamente, pois "a
morte e a vida estão no poder da língua [...]" (Pv 18.21). Grande parte
dos incêndios nas florestas inicia através de uma pequena fagulha. Todavia,
essa faísca alastra-se podendo destruir grandes áreas de vegetação. Da mesma
forma, são as palavras por nós pronunciadas. Se não forem proclamadas com bom
senso, muitas tragédias podem acontecer.
3.
Para dominar a língua. Ainda no versículo sete, Tiago faz
outra ilustração em relação ao tema do uso da língua. Ele mostra que a natureza
humana conseguiu domar e adestrar as bestas-feras, as aves, os répteis e os
animais do mar. Mas a língua do ser humano até hoje não houve quem fosse capaz
de dominar. Por esforço próprio o homem não terá forças para domar o seu desejo
e as suas vontades. Mas quando Deus passa a nos governar, a língua do crente deixa
de ser um órgão de destruição e passa a ser um instrumento poderoso e
abençoador, usado para o louvor da glória do Eterno. A fim de dominar a nossa
língua, devemos entregar o nosso coração inteiramente ao Senhor, "Pois do
que há em abundância no coração, disso fala a boca" (Mt 12.34).
1.
Bênção e maldição (v.10). Tiago até reconhece a possibilidade
de alguém usar a língua de modo ambíguo. Entretanto, deve a mesma língua que
expressa o amor a Deus, deixar-se usar para destruir pessoas? Apesar de o
meio-irmão do Senhor dizer que tudo que existe obedece sua própria natureza, se
experimentamos o novo nascimento, tornamo-nos uma nova criação, isto é,
adquirimos outra natureza. Esta tem de ser manifesta em nosso falar e agir.
Portanto, se você foi transformado pela graça de Deus mediante a fé de Cristo,
a sua língua não pode ser um instrumento maligno. A fofoca, a mentira, a
calúnia e a difamação são obras carnais e não podem ter lugar em nossa vida.
2.
Exemplos da natureza (vv.11,12). O líder da igreja de Jerusalém
usa dois exemplos da natureza para apontar a incoerência de agirmos duplamente.
Tiago questiona a possibilidade de a fonte que jorra água doce jorrar
igualmente água salgada. Para provar a impossibilidade natural deste fenômeno,
o meio-irmão do Senhor pergunta, de maneira retórica, se uma figueira poderia produzir
azeitonas, e a videira, figos. Naturalmente, a resposta é um sonoro não!
Portanto, a pessoa que bendiz ao Senhor não maldiz o próximo. Se Deus é amor,
como podemos odiar alguém?
3.
Uma única fonte.
Aquele que bebe da água da vida não pode fazer jorrar água para morte.
Quem bebe da água limpa do Cristo de Deus não pode transbordar água suja.
Portanto, a palavra proferida por um discípulo de Cristo deve edificar os
irmãos, dar graça aos que ouvem e sarar quem se encontra ferido.
Uma vez Salomão disse que a boca do
justo é manancial de vida (Pv 10.11), e que as palavras da boca do homem são
águas profundas (Pv 18.4). Tomemos o devido cuidado com a maneira como usamos a
nossa língua. Não esqueçamos que, no dia do Juízo, daremos conta a Deus de toda
palavra ociosa proferida pela nossa boca (Mt 12.36).
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Referência
Revista
Lições Bíblicas. FÉ E OBRAS, Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica.
Lição 08 – O cuidado com a língua. I – A seriedade dos mestres. 1. O rigor com
os mestres. 2. A seriedade com os mestres na igreja. 3. Perfeição que domina o
corpo. II – A capacidade da língua. 1. As pequenas coisas no governo do todo.
2. A língua é um fogo. 3. Para dominar a língua. III – Não podemos agir de
dupla maneira. 1. Bênção e maldição. 2. Exemplos da natureza. 3. Uma única
fonte. Conclusão. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2014.
MUITO BOM GOSTEI
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