LIÇÃO
5 – O CUIDADO AO FALAR E A RELIGIÃO PURA
TEXTO
ÁUREO
"[...] Mas todo o homem seja pronto
para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (Tg 1.19).
VERDADE
PRÁTICA
As nossas palavras podem, ou não,
evidenciar a sabedoria de Deus.
Na lição dessa semana vamos estudar a
maneira adequada de o crente usar um instrumento maravilhoso, mas ao mesmo
tempo, potencialmente perigoso: a fala. Este assunto está interligado à
temática da verdadeira religião que agrada a Deus. O fenômeno da fala é uma das
fontes de expressão do pensamento humano, como também é responsável pelo
processo de comunicação e de formação da identidade cultural de uma sociedade.
As pessoas querem falar às outras àquilo que pensam. O crente, todavia, tem o
compromisso de não apenas falar o que pensa, mas agir como propõe o
Evangelho.
1.
Pronto para ouvir. Para alguns crentes, a pessoa sábia é a que
sempre tem algo a falar. Ouvir é um empreendimento trabalhoso e, por isso,
ignorado por muitos. Diferentemente, as Escrituras admoestam-nos a ser prontos
para ouvir. No versículo 19, Tiago introduz o seu ensino sobre o
"ouvir" e o "falar" destacando a expressão sabei isto. Com
essa expressão, ele demonstra a sua preocupação pastoral com os seus leitores.
Outro termo no versículo 19 chama-nos a atenção: pronto. No grego, a palavra
significa "rápido", "ligeiro" e "veloz". Ali, o
escritor sacro incentiva-nos a estar disponíveis a ouvir. É uma atitude que depende
de uma disposição e também da decisão em ouvir o outro. A exemplo do profeta
Samuel, que desde a sua infância foi ensinado a ouvir a voz divina (1 Sm 3.10;
16.6-13), o povo de Deus deve persistir em escutar os desígnios do Pai, pois
nesses últimos dias têm Ele falado através do seu Filho, o Verbo Vivo de Deus
(Hb 1.1; cf. Jo 1.1).
2.
Tardio para falar. Quem ouve com atenção adquire a rara
capacidade de opinar acerca de qualquer assunto. É justamente por isso que a
Carta de Tiago exorta-nos a ser tardios para falar (v.19). Uma palavra dita sem
pensar, fora de tempo, e sem conhecimento dos fatos, pode provocar verdadeiras
tragédias. Quem nunca se arrependeu de ter falado antes de pensar? Diante de
Faraó, o imperador do Egito Antigo, o patriarca José aproveitou sabiamente um
momento ímpar em sua vida. Antes de responder às perguntas sobre os sonhos do
monarca, José as ouviu e refletiu sobre elas. Em seguida, orientado pelo
Senhor, respondeu sabiamente Faraó (Gn 41.16). Temos de aprender a refletir
sobre o que vamos dizer e falar no tempo certo. Pese bem as palavras, e ore
como o rei Davi: "Põe, ó SENHOR, uma guarda à minha boca; guarda a porta
dos meus lábios" (Sl 141.3).
3.
Controle a sua ira. Uma terceira admoestação encontrada no
versículo 19 da carta de Tiago expressa o seguinte: tardios para se irar. A ira
é um profundo sentimento de ódio e rancor contra a outra pessoa. Uma vez
descontrolada, ela não produz a justiça de Deus, mas uma justiça segundo o
critério da pessoa que sofreu o dano: a vingança. A Palavra de Deus não proíbe
o crente de ficar indignado contra a injustiça (Is 58.1,7; Lc 19.45). Contudo,
ao mesmo tempo, a Bíblia estabelece limites para o nosso temperamento não se
achar irrefletido, descontrolado, deixando-nos impulsivamente irados (Ef 4.26;
Pv 17.27). O cristão, templo do Espírito Santo, tem de levar a sua mente cativa
a Cristo (2 Co 10.5) e manifestar o fruto do Santo Espírito: o domínio próprio
(Gl 5.22 - ARA). Fuja da aparência do mal. Tenha autocontrole.
1.
Enxertai-vos da Palavra (21). A Palavra de Deus é o guia
maior do crente. E para que a Palavra atinja efetivamente o coração do servo de
Deus, este precisa acolhê-la com pureza e sinceridade. Isto é, firmar uma
posição radical rejeitando toda a imundícia e a malícia mundana (v.19);
recebendo o Evangelho com mansidão e sobriedade. Leia os Evangelhos! Persiga em
conhecer a mensagem divina de Cristo Jesus, mas, igualmente, abra o coração
para ouvir a voz do Senhor.
2.
Praticai a Palavra (22-24). O escritor sacro não tem interesse em
que o leitor da epístola apenas acolha a Palavra no coração, antes deseja que o
crente a pratique (v.22). Não pode haver incoerência entre o que se
"diz" e o que se "faz" para quem é discípulo de Jesus. Se
amar a Deus e ao próximo são os maiores dos mandamentos, então, devemos porfiar
em vivê-los. Quem acolhe a Palavra
rejeita tudo o que é imundo, maligno, perverso, injusto, dissimulado,
insincero. Não apenas isso, mas igualmente abre a porta do coração para "tudo
o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é
puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama" (Fp 4.8). Do
contrário, seremos identificados com o homem que contempla a própria imagem no
espelho e depois se retira esquecendo-se completamente dela. Há pessoas que
olham para o Evangelho e ouvem, mas sem memória e perseverança, não dão nenhuma
resposta ou sequência ao chamado de Jesus Cristo (vv.23,24). Deus nos livre
desse engodo!
3.
Persevere ouvindo e agindo (v.25). Tiago conclui este ponto da
epístola da seguinte maneira: Quem é cuidadoso para com a lei, nela persevera;
não apenas ouvindo-a negligentemente, mas praticando-a zelosamente. Felicidade
plena em tudo é a promessa para quem ousa viver o Evangelho cônscio das
implicações espirituais e das consequências materiais. Alguém, um dia, disse
que os evangélicos são poderosos no discurso, mas fracos na prática do mesmo
discurso. Falamos, mas não vivemos! Precisamos analisar nossa vida em amor e
sinceridade. Entremos na presença de Deus com o rosto descoberto, coração
rasgado e alma despida. No tempo em que vivemos não dá para passar
despercebidos na dissimulação, ou seja, fingindo ser algo que na verdade não
somos.
1. A
falsa religiosidade. Apesar de algumas pessoas se considerarem
religiosas por frequentarem um templo, as Escrituras revelam o significado da
verdadeira religião. Ela reprova todo o ativismo religioso feito em "nome
de Deus", mas em detrimento do próximo. Aqui, a língua do crente tem um
papel importante. Tiago diz que é possível enganar o próprio coração quando
deixamos de refrear a nossa língua. Ora, o coração é a sede dos desejos, dos
sentimentos e das vontades. E a boca só fala daquilo que o coração está cheio
(Mt 12.34). É incompatível com o Evangelho, viver a graça de Deus sem mergulhar
no Reino dEle. Quem não se entrega inteiramente ao Senhor pratica uma religião
vã e falsa. Não podemos ser como a pessoa capaz de fazer uma belíssima oração
por um faminto, e depois despedi-lo sem lhe dar um único grão de arroz.
2. A
verdadeira religião (v.27). A religião pura, santa e imaculada, de
acordo com o autor sacro, é suprir a necessidade do próximo: "Visitar os
órfãos e as viúvas nas suas tribulações". O problema hoje é que a nossa
atenção, quase sempre, está voltada para o prazer pessoal. Temos os olhos
fechados para os necessitados que na maioria das vezes cultuam a Deus,
assentados, ao nosso lado. Lembremo-nos da vida de Jesus Cristo! Ele não apenas
olhou para os marginalizados, mas foi até eles e os acolheu em amor (Mt
25.35-45). A religião que agrada a Deus é aquela cujos discípulos professam e
bendizem o seu nome, visitando e acolhendo os necessitados nas aflições.
3.
Guardando-se da corrupção (v.27). Além de recomendar a
obrigatoriedade de visitarmos os órfãos e as viúvas, a Epístola de Tiago
menciona outro aspecto da verdadeira religião: guardar-se da corrupção do
mundo. A religião falsa está mergulhada no egoísmo, na corrupção e nos
interesses maléficos do sistema pecaminoso. A igreja deve manter-se longe da
corrupção. Estamos no mundo, mas não fazemos parte do seu sistema! O Evangelho
nada tem com os seus valores e preceitos
Nessa semana aprendemos sobre o cuidado
que devemos ter com o ouvir e o falar. Estudamos também acerca da religião pura
e imaculada que alegra a Deus: visitar os órfãos e as viúvas nas tribulações e
guardarmo-nos da corrupção do mundo. Que os nossos ouvidos estejam prontos para
ouvir, a nossa língua para falar sabiamente e a nossa vida para praticar tudo
quanto aprendemos do Evangelho. Embora estejamos em um mundo turbulento,
devemos exalar o bom perfume de Cristo por onde formos (2 Co 2.15).
___________________________
OBS:
O tamanho original de cada slide é 28x19 cm, para manter as proporções e
qualidades dos slides, sugerimos alterar o tamanho do seu slide no PowerPoint
em “Design” e depois “Configurar página”.
Referência
Revista
Lições Bíblicas. FÉ E OBRAS, Ensinos de Tiago para uma vida cristã
autêntica. Lição 05 – O cuidado ao falar e a religião pura. I – Pronto para
ouvir e tardio para falar. 1. Pronto para ouvir. 2. Tardio para falar. 3. Controle
a sua ira. II – Praticante e não apenas ouvinte da Palavra. 1. Enxertai-vos da
Palavra. 2. Praticai a Palavra. 3. Persevere ouvindo e agindo. III – A religião
pura e verdadeira. 1. A falsa religiosidade. 2. A verdadeira religião. 3. Guardando-se
da corrupção. Conclusão. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de
2014.
MTU bom... Parabéns. Deus o abençoe ricamente.
ResponderExcluir