LIÇÃO 08 - ÉTICA
CRISTÃ E SEXUALIDADE
TEXTO ÁUREO
“Venerado
seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à
prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.” (Hb 13.4)
VERDADE
PRÁTICA
A
sexualidade é uma dádiva divina que deve ser usufruída dentro dos parâmetros
instituídos pelo Criador.
1 Coríntios
7.1-16
1
- Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse
em mulher;
2
- mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada
uma tenha o seu próprio marido.
3
- O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao
marido.
4
- A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e
também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas
tem-no a mulher.
5
- Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum
tempo, para vos aplicardes à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que
Satanás vos não tente pela vossa incontinência.
6
- Digo, porém, isso como que por permissão e não por mandamento.
7
- Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de
Deus o seu próprio dom, um de uma maneira, e outro de outra.
8
- Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu.
9
- Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que
abrasar-se.
10
- Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte
do marido.
11
- Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido;
e que o marido não deixe a mulher.
12
- Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher descrente,
e ela consente em habitar com ele, não a deixe.
13
- E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela,
não o deixe.
14
- Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é
santificada pelo marido. Doutra sorte, os vossos filhos seriam imundos; mas,
agora, são santos.
15
- Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou
irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.
16
- Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, donde sabes, ó
marido, se salvarás tua mulher?
INTRODUÇÃO
Se
por um lado a sexualidade tem sido desvirtuada na sociedade pós-moderna, por
outro lado alguns cristãos insistem em tratar o assunto como tabu. Embora o
tema possa trazer desconforto para alguns, a sexualidade humana não pode ser
subestimada. Por isso, estudaremos o conceito da sexualidade, o propósito do
sexo segundo as Escrituras e o casamento como o parâmetro para o sexo.
I –
SEXUALIDADE: CONCEITOS E PERSPECTIVAS BÍBLICAS
Sexo
e sexualidade possuem conceitos próprios, pois ambos constituem-se atos da
criação divina.
1.
Conceito de Sexo e Sexualidade.
A biologia define “sexo” como um conjunto de características orgânicas que
diferenciam o macho da fêmea. O sexo de um organismo é definido pelos gametas
que produzem. Gametas são células sexuais que permitem a reprodução dos seres
vivos. O sexo masculino produz gametas conhecidos como “espermatozoides” e o
sexo feminino produz gametas chamados “óvulos”. A expressão “sexo” ainda pode
ser usada como referência aos órgãos sexuais ou a prática de atividades sexuais.
Já o termo “sexualidade” representa o conjunto de comportamentos, ações e
práticas dos seres humanos que estão relacionados com a busca da satisfação do
apetite sexual, seja pela necessidade do prazer ou da procriação da espécie.
2.
O sexo foi criado por Deus.
No ato da criação Deus fez o homem e a mulher sexualmente diferentes: “macho e
fêmea os criou” (Gn 1.27). Portanto, o sexo faz parte da
constituição anatômica e fisiológica dos seres humanos. Homens e mulheres, por
exemplo, possuem órgãos sexuais distintos que os diferenciam sexualmente. Sendo
criação divina, o sexo não pode ser tratado como algo imoral ou indecente. As
Escrituras ensinam que ao término da criação “viu Deus tudo quanto tinha feito,
e eis que era muito bom” (Gn 1.31). Desse modo, o sexo
não deve ser visto como algo pecaminoso, sujo ou proibido. Tudo o que Deus fez
é bom. O pecado não está no sexo, mas na perversão de seu propósito.
3.
A sexualidade é criação divina.
Ao criar o homem e a mulher, Deus também criou a sexualidade: “E Deus os
abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra...”
(Gn 1.28). O relacionamento sexual foi uma dádiva divina
concedida ao primeiro casal, bem como às gerações futuras: “deixará o varão o
seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Sempre fez parte da criação original de Deus a
união sexual entre o homem e a sua mulher, formando assim, ambos uma só carne.
O livro poético de Cantares exalta a sexualidade e o amor entre o marido e a
sua esposa (Ct 4.10-12). Portanto, não é correto
“demonizar” o desejo e a satisfação sexual. Assim como o sexo, a sexualidade
também não é má e nem pecaminosa. O pecado está na depravação sexual que
contraria os princípios estabelecidos nas Escrituras Sagradas.
SÍNTESE DO
TÓPICO I
Para
o crente, conceito e perspectivas a respeito da sexualidade devem ser definidos
pelas Escrituras Sagradas.
II – O PROPÓSITO
DO SEXO SEGUNDO AS ESCRITURAS
1.
Multiplicação da espécie humana.
A finalidade primordial do ato sexual refere-se à procriação. Deus abençoou o
primeiro casal e disse-lhes: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.28). Tal como o Criador ordenara a procriação dos
animais (Gn 1.22), também ordenou a reprodução do gênero
humano. Neste ato, Deus concedeu ao ser humano os meios para se multiplicar,
assegurando-lhe a dádiva da fertilidade. Depois da queda no Éden (Gn 3.11,23), e a consequente corrupção
geral (Gn 6.12,13),
o Altíssimo enviou o dilúvio como juízo para eliminar o gênero humano (Gn 6.17), exceto Noé e sua família (Gn 7.1).
Passado o dilúvio, Noé recebeu a mesma ordem recebida por Adão: “E abençoou
Deus a Noé e a seus filhos e disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e
enchei a terra” (Gn 9.1). A terra, que outrora fora
despovoada, agora deveria ser repovoada por Noé a fim de dar continuidade aos
desígnios divinos (Gn 3.15, cf. Rm 16.20).
2.
Satisfação e prazer conjugal.
Por muito tempo ensinou-se que a procriação era o único propósito da relação
sexual. O Concílio de Trento (1545-1563) disciplinou a pratica sexual com fins
exclusivos de reprodução e proibiu o sexo aos domingos, nos dias santos e no
jejum quaresmal. Não obstante, a Bíblia também se refere ao sexo como algo
prazeroso e satisfatório entre o marido e a sua esposa: “Seja bendito o teu
manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade...” (Pv
5.18,19); e ainda: “Goza a vida com a mulher que amas” (Ec
9.9). Assim, na união conjugal, como também ensina o Novo Testamento, o
homem e a sua mulher devem buscar a satisfação sexual (1 Co 7.5).
3.
O correto uso do corpo. No ato
sexual ocorre a fusão de corpos: “Assim não são mais dois, mas uma só carne” (Mt 19.6). O sexo estabelece um vínculo tão forte entre os
corpos que os torna uma só pessoa. Como os nossos corpos são membros de Cristo
(1 Co 6.15), e templo do Espírito Santo (1 Co 3.16), as Escrituras proíbem o uso do corpo para
práticas sexuais ilícitas (1 Co 6.16). São condenadas,
dentre outras, as relações incestuosas (Lv 18.6-18), o
coito com animal (Lv 18.23), o adultério (Êx 20.14) e a homossexualidade (Rm
1.26-27). O corpo não pode servir a promiscuidade (1 Co 6.13),
mas deve glorificar a Deus, o nosso Pai (1 Co 6.20).
SÍNTESE DO
TÓPICO II
Segundo
as Escrituras Sagradas o propósito do sexo é a multiplicação da espécie, a
satisfação e o prazer conjugal e o correto uso do corpo.
III – O
CASAMENTO COMO LIMITE ÉTICO PARA O SEXO
O
casamento é o legítimo limite ético dos impulsos sexuais que podem ser
satisfeitos sem que se incorra em atos pecaminosos.
1.
Prevenção contra a fornicação.
A fornicação está relacionada ao contato sexual entre pessoas solteiras, ou
seja, não casadas. Para prevenir este pecado, o apóstolo Paulo orienta os
cristãos a se casarem: “por causa da prostituição [ou fornicação], cada um
tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.” (1 Co 7.2). Os ensinos de Paulo ratificam o propósito
divino do casamento, ou seja, “um homem para cada mulher” (Gn
2.24). Este princípio também foi defendido por Jesus: “deixará o homem pai
e mãe, e se unirá à sua mulher” (Mt 19.5). Deste modo, a
legitimidade cristã para a satisfação dos apetites sexuais entre um homem e uma
mulher restringe-se ao casamento monogâmico heterossexual (1 Co 7.9). Toda prática sexual realizada fora destes
moldes constitui-se em sexo ilícito.
2.
O casamento e o leito sem mácula.
As Escrituras ensinam que o casamento é digno de honra (Hb
13.4) e que a união conjugal deve ser respeitada por todos (Mt 19.6). O leito conjugal não pode ser maculado por
ninguém. Quem o desonrar não escapará do juízo divino (Hb
13.4b). Aqui a desonra refere-se ao uso do corpo para práticas sexuais
ilícitas com ênfase nos casos de relações extraconjugais (1 Co 6.10). Inclui também as relações conjugais
resultante de divórcios e de segundo casamentos antibíblicos (Mt
19.9). Embora, muitas vezes, os imorais escapem da reprovação humana, não
poderão fugir da ira divina (Na 1.3). A práxis da
sociedade e a condescendência de muitas igrejas não invalidam a Palavra de
Deus.
SÍNTESE DO
TÓPICO III
O
casamento foi instituído por Deus como limite para o sexo.
CONCLUSÃO
O
sexo e a sexualidade são atos da criação divina e não podem ser tratados como
algo pecaminoso e nem como mero elemento de procriação ou fonte de prazer. Cabe
ao cristão cumprir o propósito estabelecido por Deus para a sexualidade (Gn
2.24). O desvirtuamento desse padrão implicará punição aos que praticam a
imoralidade (Hb 13.4). Portanto, vivamos para a glória de Deus!
------------------------------------------------
Referências
Revista Lições Bíblicas. VALORES CRISTÃOS, Enfrentando
as questões morais de nosso tempo. Lição 07 – Ética Cristã e Sexualidade. I
– Sexualidade: Conceitos e perspectivas bíblicas. 1. Conceito de sexo e
sexualidade. 2. O sexo foi criado por Deus. 3. A sexualidade é criação divina. II
– O propósito do sexo segundo as escrituras. 1. Multiplicação da espécie humana.
2. Satisfação e prazer conjugal. 3. O correto uso do corpo. III – O casamento
como limite ético para o sexo. 1. Prevenção contra a fornicação. 2. O casamento
e o leito sem mácula. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2018.
Elaboração
dos slides: Ismael
Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA,
matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos
para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.
Comente com o Facebook: