LIÇÃO 04 - SALVAÇÃO - O AMOR E A
MISERICÓRDIA DE DEUS
TEXTO ÁUREO
"Vós que, em outro
tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado
misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia." (1 Pe 2.10)
VERDADE PRÁTICA
A partir de seu amor
misericordioso, aprouve a Deus enviar seu Filho para morrer em lugar da
humanidade.
1 João 4.13-19
13 - Nisto conhecemos que
estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito,
14 - e vimos, e testificamos
que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.
15 - Qualquer que confessar
que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele e ele em Deus.
16 - E nós conhecemos e
cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor e quem está em amor está em Deus,
e Deus, nele.
17 - Nisto é perfeito o amor
para conosco, para que no Dia do Juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é,
somos nós também neste mundo.
18 - No amor, não há temor;
antes, o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e
o que teme não é perfeito em amor.
19 - Nós o amamos porque ele
nos amou primeiro.
INTRODUÇÃO
A salvação é obra do imenso
amor de Deus e de sua maravilhosa misericórdia. Essa obra só foi possível
porque o Pai amou tanto a humanidade a ponto de dar o seu próprio Filho para
morrer no lugar dela. Assim, por intermédio de sua misericórdia, Deus concedeu
perdão ao pecador, fazendo deste seu filho por adoção, dando-lhe vida em
abundância.
I - O MARAVILHOSO AMOR DE DEUS
1.
Deus é amor. Se é difícil dimensionar o amor da mãe pelos
filhos, imagine o amor de Deus, que é mais profundo e incomensurável (Is
49.15)! Nesse sentido, Deus usou o profeta Oseias para demonstrar o verdadeiro
amor pelo seu povo, ainda que os israelitas se apresentassem indiferentes a
esse amor (Os
11.1-4). Ora, amar reflete a natureza do próprio Deus, pois Ele
é amor (1 Jo
4.8,16).
Sendo o Pai a própria essência do amor, nós, seus filhos, somos apenas dotados
por Ele com a capacidade de amar (1 Jo
4.19).
Assim, a maior demonstração do amor de Deus pelo mundo foi quando Ele entregou
vicariamente o seu amado Filho (Rm 5.8; 2 Co
5.14;
Gl
2.20).
Logo, o objeto desse amor vai muito além da Criação, pois tem, na humanidade,
seu valor monumental (Jo
3.16).
2.
Um amor que não se pode conter. Deus sempre amou o ser
humano. A criação do homem e da mulher, por si mesma, é a prova desse amor
divino (Gn 1.26,27). Nesse
aspecto, o amor de Deus pela humanidade é incondicional, ou seja, não há nada
que o ser humano possa fazer para aumentá-lo ou diminuí-lo (2 Pe
3.9;
1 Tm
2.4).
Entretanto, há uma tensão entre o amor de Deus e a sua justiça. Como conciliar
isso? As Escrituras mostram que o ser humano escolhe abandonar esse ato de
amor, de modo que o Altíssimo, respeitando o livro-arbítrio do homem, o entrega
à sua própria condição (Rm
1.18-32). Assim, o amor e a justiça de Deus se conciliam.
3.
A certeza do amor de Deus. As relações humanas, infelizmente,
implicam trocas, por isso certa dificuldade de compreendermos a gratuidade do
amor de Deus. Pensamos que quando o decepcionamos com nossas atitudes e
pecados, Ele vira as costas para nós, como fazem as pessoas as quais frustramos
com nossas ações. Ora, havendo quebrantamento de coração (Sl 51.17),
verdadeiro arrependimento (Pv
28.13) e atitude de retorno sincero, Deus jamais abandona os seus filhos,
ainda que estes o tenham ofendido (Lc 15.11-32).
Assim, Ele nos convida a experimentar do seu perdão e a desfrutar do seu amor
como filhos mui amados. Isso tudo acontece porque o amor do Altíssimo não se
baseia no ser humano, objeto de seu amor, mas nEle mesmo (Dt 7.6,7), a
fonte inesgotável de amor.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A salvação é a maior prova
do amor e da misericórdia de Deus por nós.
II - UM DEUS MISERICORDIOSO
1.
O que é misericórdia? É a fidelidade de Deus mediante a aliança de
amor estabelecida com a humanidade (Sl 89.28),
apesar da infidelidade dela. Por conseguinte, a misericórdia do Pai torna-se
favor imerecido para com o pecador, que merecia a condenação eterna, a fim de
livrá-lo tanto da morte física quanto da espiritual (Lm 3.22). Quão
permeadas de misericórdia são as obras de Deus (Sl 145.9)!
2.
O Pai da misericórdia. A Bíblia afirma que Deus é o Pai da
misericórdia (2 Co
1.3;
Êx
34.6;
Jn
4.2).
Pelo fato de conhecer a estrutura humana, pois Ele mesmo a criou, o Altíssimo
exerce a sua misericórdia, demorando a irar-se e não nos tratando segundo as
nossas iniquidades (Sl
103.8-12); pois Deus "conhece a nossa estrutura" e
"lembra-se de que somos pó" (Sl 103.14).
Baseado na expressão dessa misericórdia, o pecador arrependido pode
tranquilizar o seu coração e, no lugar de sentir-se perturbado e aflito,
descansar no perdão e na reconciliação de Deus (1 Jo
2.1).
Jesus Cristo, o Filho de
Deus, manifestou na prática de seu ministério a divina misericórdia do Pai. A
compaixão demonstrada pelo Filho aos pecadores (Mt 15.32; 20.34; Mc
8.2)
e o olhar terno de Jesus diante do sofrimento humano (Lc 7.13; 15.20; Jo
8.10,11)
expressam a imagem do Pai da misericórdia (Hb 1.1-3).
3.
Misericórdia com o pecador.
De nada adiantaria a misericórdia divina se não fosse o seu impacto
sobre a vida cotidiana do pecador. Logo, a misericórdia de Deus pode ser
experimentada a cada dia, pois ela nunca acaba (Sl 136.1 -
ARA). O Altíssimo é longânimo para com o pecador, dando-lhe sempre novas
chances de perdão e libertação do poder do pecado (Rm 6.18).
Mediante a misericórdia divina somos libertos dos adversários (Ne
9.27),
livres da destruição (Ne
9.31),
cercados e coroados cuidadosamente pelo Todo-Poderoso (Sl 23.6; 32.10; 103.4).
Assim, apesar da situação dramática do pecador, a misericórdia de Deus pode
alcançá-lo milagrosamente.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Deus é um Pai misericordioso.
III - AMOR, BONDADE E COMPAIXÃO NA VIDA
DO SALVO
1.
Amor como adoração a Deus. O pecador não alcançado pela graça
divina, por natureza, é inimigo de Deus (Rm 5.10),
chegando até mesmo a odiá-lo (Lc 19.14).
Mas, por intermédio da reconciliação que Cristo operou na cruz, o próprio Deus
tomou a iniciativa e capacitou o salvo a amá-lo (1 Jo
4.11,19).
Por isso, o mandamento bíblico convida o ser humano a amar o Senhor Deus acima
de todas as coisas (Dt
6.5; Mc
12.29,30).
Isso não é apenas uma lei moral, mas um sentimento de profunda devoção de
coração; uma necessidade concedida pelo Altíssimo ao homem para que este
desfrute do deleite de sua presença (Dt 30.6). Logo,
mediante o amor divino, o salvo em Cristo é levado a demonstrar, em atitudes e
palavras, o quanto ele ama a Deus, sabendo que isso só foi possível porque o
Pai amou-o primeiro (1 Jo
4.19).
2.
Amar ao próximo. "Porque o amor de Cristo nos
constrange" (2 Co
5.14),
escreveu o apóstolo Paulo. Essa é a razão de o crente amar o seu irmão. Esse
amor nos constrange a amar o próximo (Mt 5.43-45; Ef
5.2;
1 Jo
4.11)
porque Cristo morreu por ele igualmente (Rm 14.15; 1 Co
8.11)
e quando fazemos o bem a quem precisa fazemos ao próprio Senhor (Mt 25.40). De acordo com a parábola do Bom Samaritano,
devemos amar o nosso próximo, não a quem escolhemos, mas a quem aparece diante
de nós durante a caminhada da vida. Embora as relações sociais estejam
precárias no contexto moderno, devemos amar o outro sem esperar algo em troca (Mt 22.39).
Assim, evitaremos a frustração, o rancor e a exigência além do que se pode dar.
O nosso desafio é simplesmente amar!
3.
Amor como serviço diaconal. Quando Jesus lavou os pés dos
discípulos, Ele ensinou, na prática, um estilo de vida que deveria
caracterizar seus discípulos (Jo 13.14), ou
seja, o de um servir ao outro. O serviço em favor do próximo, uma vida
sacrifical em favor de quem está perto de nós, demonstra, na prática, a
grandeza do amor de Deus. Os que estão em nossa volta reconhecem isso (At
2.46,47). "Amar
uns aos outros" é a maneira mais eficaz de demonstrar ao mundo que somos
seguidores de Jesus (Jo
13.35). A Palavra de Deus nos ensina que expressar afeto de misericórdia é
um estado de bem-aventurança que o Pai nos concede, pois igualmente podemos ser
objeto dessa mesma misericórdia (Mt 5.7).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A salvação é evidenciada
mediante o amor, a bondade e a compaixão.
CONCLUSÃO
O amor e a misericórdia de
Deus extrapolam a compreensão humana, pois ainda que se usem os melhores
recursos linguísticos, estes não seriam capazes de descrever quão
incomensuráveis são essas virtudes divinas. Nem mesmo o amor de uma mãe pelo
seu filho é capaz de sobrepor o amor e a misericórdia de nosso Deus. Por isso,
resta-nos expressar esse amor em nossa relação com cada criatura.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. A OBRA DA SALVAÇÃO, Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida.
Lição 04 – Salvação – O amor e a misericórdia de Deus. I – O maravilhoso amor
de Deus. 1. Deus é amor. 2. Um amor que não se pode conter. 3. A certeza do
amor de Deus. II – Um Deus
misericordioso. 1. O que é misericórdia? 2. O Pai da misericórdia. 3. Misericórdia
com o pecador. III – Amor, bondade e compaixão na vida do salvo. 1. Amor como
adoração a Deus. 2. Amor ao próximo. 3. Amor como serviço diaconal. Editora
CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2017.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 –
981264038 (Tim), pregação e ensino.
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