LIÇÃO 09 - A NECESSIDADE DE TERMOS UMA
VIDA SANTA
TEXTO ÁUREO
“Mas, como é santo aquele
que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.” (1 Pe
1.15)
VERDADE PRÁTICA
Cremos na necessidade e na
possibilidade de termos uma vida santa e irrepreensível por obra do Espírito
Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo.
1 Pedro 1.13-22
13 - Portanto, cingindo os
lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que
se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo,
14 - como filhos obedientes,
não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;
15 - mas, como é santo
aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver,
16 - porquanto escrito está:
Sede santos, porque eu sou santo.
17 - E, se invocais por Pai
aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em
temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
18 - sabendo que não foi com
coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã
maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,
19 - mas com o precioso
sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
20 - o qual, na verdade, em
outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado,
nestes últimos tempos, por amor de vós;
21 - e por ele credes em
Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e
esperança estivessem em Deus.
22 - Purificando a vossa
alma na obediência à verdade, para amor fraternal, não fingido, amai-vos
ardentemente uns aos outros, com um coração puro.
INTRODUÇÃO
Quando o pecador se
arrepende e aceita Jesus como seu Salvador pessoal, ele é justificado,
regenerado, santificado e adotado na família de Deus. A santificação é
especialidade do Espírito Santo; é instantânea, mas ao mesmo tempo progressiva,
pois esse processo continua na vida do crente. O presente estudo pretende
explicar a necessidade e a possibilidade de uma vida santa.
I - DEFININDO OS TERMOS
1.
A santidade de Deus. Essa santidade é absoluta, pois Deus é
santo em seu caráter e essência, conforme disse o profeta Amós, em duas
ocasiões: "Jurou o Senhor Jeová, pela sua santidade" e "Jurou o
Senhor Jeová pela sua alma" (Am 4.2; 6.8). A
santidade é característica fundamental de Deus (Is 6.3; Ap
4.8).
Ele é singular por causa de sua majestade infinita e também em virtude de se
tratar de um Ser totalmente distinto e separado, em pureza, de suas criaturas (Sl 99.1-5).
Essa santidade é a plenitude gloriosa da excelência moral de Deus, que existe
nEle e que nEle se originou, não tendo sido derivada de ninguém: "Não há
santo como é o SENHOR [...]" (1 Sm
2.2).
2.
Significado. O verbo hebraico qadash,"ser
santo", e seus derivados "santo, santificar, dedicar,
consagrar", no Antigo Testamento, significam "separar". Quando
aplicado à religião de Israel, tem a ideia de "separar para Deus, retirar
do uso comum", tal como pode ser visto em Levítico
10.10. Isso vale para lugares (Êx 3.5), casas e
campos (Lv
17.14,16),
utensílios e animais (Lv
8.10,11; 10.12,13,17), o
ouro do Templo (Mt
23.17,19),
pessoas (Êx
28.41) e muitas outras coisas, como dias santos, festas, etc. Assim, o
sentido de santidade é de afastar-se de tudo o que é pecaminoso, de tudo o que
contamina. A Septuaginta traduz qadosh,"santo", pelo termo grego
hagíos, "santo", palavra adotada pelos escritores do Novo Testamento.
Há outro termo menos comum, mas igualmente importante, taher,
"purificar", e seu cognato katharizo, no grego, usado na Septuaginta
e no Novo Testamento nos sentidos cerimonial e moral.
3.
Exclusividade. Dizer que qualquer coisa, objeto ou pessoa
é consagrada, separada ou dedicada a Deus significa dizer que isso pertence a
Ele (Êx 13.2)
ou serve a Ele com exclusividade (Êx 30.30; Lv
20.26). O que é sagrado não pode ter uso comum; o azeite da
unção e o incenso do santuário não podiam ter outro uso (Êx 30.33,38). O sagrado
deve ser tratado como tal. Os antigos hebreus levavam a santidade a sério.
Todos esses rituais de consagração são representações visuais de verdades
espirituais reveladas no Novo Testamento (Cl
2.17;
Hb
8.5;
9.9).
SÍNTESE DO TÓPICO I
O nosso chamado para ser
santo, isto é, afastar-se de tudo aquilo que é pecaminoso, está baseado na
santidade de Deus.
II - A NECESSIDADE DE TERMOS UMA VIDA
SANTA
1.
Israel. O apelo à santidade diz respeito à pureza da nação de
Israel para manter o povo distante da idolatria, da prostituição e de outras
práticas pecaminosas. Deus escolheu Israel para ser sua propriedade particular
dentre todos os povos, reino sacerdotal e povo santo: "[...] então, sereis
a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é
minha. E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo [...]" (Êx 19.5,6). O estilo de
vida dos israelitas devia estar de acordo com a santidade do seu Deus:
"Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo" (Lv 19.2). Essa
santidade exigida era mais do que natural, porque Deus é santo (Lv 11.44), e
os israelitas foram "separados", ou seja, "retirados"
dentre os povos para Deus.
2.
A Igreja. Os três propósitos de Deus com Israel são os mesmos
para a Igreja: "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação
santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe
2.9).
Assim como os israelitas, fomos chamados por Deus e separados para o seu
serviço; agora somos "sacerdócio real, nação santa e povo adquirido".
Desde os tempos do Antigo Testamento, a idolatria e a prostituição sempre
caminharam juntas (Jz
8.33; Os
4.13,14). Esses são
os mesmos desafios da igreja hoje: "Porque esta é a vontade de Deus, a
vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição" (1 Ts
4.3).
Devemos fugir da prostituição e também da idolatria (1 Co
6.18;
10.14).
3.
Uma exigência natural. Essa exigência é mais do que natural porque
Deus é Santo: "mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também
santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos,
porque eu sou santo" (1 Pe
1.15,16)
assim como o é seu Filho Jesus Cristo (Lc 1.35; Jo
6.69).
Da mesma maneira como Deus escolheu e santificou o povo de Israel para viver em
santidade, assim também o Senhor Jesus nos chamou para vivermos uma vida santa.
Israel precisava viver longe das práticas imorais dos cananeus, nós, da mesma
forma devemos nos abster da prostituição.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Da mesma forma que Deus
separou Israel para ser santo, Ele separou a Igreja para ser santa.
III - A POSSIBILIDADE DE TERMOS UMA VIDA
SANTA
1.
A santificação posicional. É o primeiro aspecto da santificação,
também chamado de santificação passada ou instantânea. É posicional porque
acontece uma mudança no ser humano, de pecador para santificado em Cristo (At
26.18; 1 Co
1.2).
É a santificação que ocorre quando o pecador recebe, pela fé, a Jesus como
Senhor e Salvador pessoal (1 Co
1.30).
Essa santificação é instantânea, mas é também o começo de uma vida progressiva
de santificação. Todos nós, salvos em Jesus, somos santos, e é assim que somos
reconhecidos no Novo Testamento (At
9.13,32,41) e
é dessa maneira que o apóstolo Paulo se dirige aos crentes nas suas epístolas (Rm 1.7). A base
dessa santificação é o sacrifício de Jesus (Hb 10.10,14), mas ela é
obra do Deus trino e uno por ocasião da conversão do pecador a Cristo (Jo 17.17; 1 Co
6.11;
1 Pe
1.2).
2.
A santificação real. É conhecida como a santificação presente.
Ela é progressiva (Pv
4.18). A cada dia avançamos em santidade: "Mas todos nós, com cara
descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos
transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do
Senhor" (2 Co
3.18).
Observe que havia crentes carnais na Igreja de Corinto (1 Co
3.3)
e, mesmo assim, eles são considerados "santos", por isso precisavam
de crescimento espiritual (2 Pe
3.18).
De igual modo, o apóstolo Pedro exorta à santificação (1 Pe
1.15,16) os
mesmos que ele antes chama "santos" (1 Pe
1.2).
Isso é possível porque somos nascidos de Deus (1 Jo
4.7;
5.1) e
o Espírito Santo está em nós e habita em nós (Jo 14.17; 2 Tm
1.14).
3.
A santificação futura. É o terceiro aspecto da santificação,
conhecido também como "glorificação" (Fp 3.11). Na
ressurreição, seremos completos, e isso é extensivo à santificação, quando o
Senhor Jesus declara "que transformará o nosso corpo abatido, para ser
conforme o seu corpo glorioso" (Fp 3.21). É
nessa ocasião que veremos a Deus como Ele é (1 Jo
3.2).
Essa é a nossa esperança.
4.
É possível ser santo? Sim! É possível. E deve ser o desejo de
todo cristão se parecer com Jesus e ter uma vida santa, assim como o Mestre
teve. Pela sua infinita graça, Deus concede vida santa a todos os pecadores,
desde que eles se arrependam e confessem o nome de Jesus (Rm 10.9,10). Assim,
Deus disponibilizou três meios para a santificação: o sangue de Jesus: "E,
por isso, também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu
fora da porta" (Hb
13.12); o Espírito Santo (2 Ts
2.13);
e a própria Palavra de Deus (Jo 17.17; Ef
5.26).
O Senhor nos forneceu todos os recursos necessários para uma vida santa e
separada do mundanismo (Rm
12.1,2).
SÍNTESE DO TÓPICO III
A santificação tem uma
perspectiva passada, presente e futura, destacando a suficiência do sacrifício
de Cristo.
CONCLUSÃO
O nosso dever não consiste
apenas em nos afastar do pecado e de toda a forma de paganismo, mas também de
combatê-los com a pregação do evangelho e com nossa maneira de viver, assim
como fizeram os primeiros cristãos. O cristianismo é a única religião do
planeta que tem o Espírito Santo (Jo 14.16,17). É Ele quem nos capacita a viver
em santidade e a vencer as tentações. Somos privilegiados porque temos Jesus e
o Espírito Santo.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. A RAZÃO DA NOSSA FÉ, Assim cremos, assim vivemos. Lição 09 – A
necessidade de termos uma vida santa. I – Definido os termos. 1. A santidade de
Deus. 2. Significado. 3. Exclusividade. II
– A necessidade de termos uma vida santa. 1. Israel. 2. A Igreja. 3. Uma exigência
natural. III – A possibilidade de termos uma vida santa. 1. A santificação
posicional. 2. A santificação real. 3. A santificação futura. 4. É possível ser
santo? Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2017.
Elaboração
dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia
de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB,
número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 –
981264038 (Tim), pregação e ensino.
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