LIÇÃO
07 - PODER SOBRE AS DOENÇAS E MORTE
TEXTO
ÁUREO
"E de todos se apoderou o temor, e
glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus
visitou o seu povo." (Lc 7.16)
VERDADE
PRÁTICA
Ao curar os enfermos e dar vida aos
mortos, Jesus demonstrou o seu poder messiânico e provou também o amor de Deus
pela humanidade caída.
INTRODUÇÃO
As doenças, enfermidades e a morte
existem como consequências da entrada do pecado no mundo. Escrevendo aos Romanos, Paulo afirma que
"como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" (Rm 5.12).
Jesus, o Messias prometido nas Escrituras, veio para tratar do problema do
pecado e das suas consequências (Is 53.4-7; 6.1,2). Com esse fim, Jesus,
durante o seu ministério terreno, curou doentes e ressuscitou os mortos (Mt
8.14-17; Lc 7.11-15). Todos os evangelistas, especialmente Lucas, destacam esse
fato (Lc 4.16-19).
Nesta lição, vamos estudar alguns dos
registros bíblicos sobre a autoridade do Senhor para curar doentes e
ressuscitar os mortos.
I -
DOENÇAS, PERDÃO E CURA
1.
Culpa, perdão e cura. Certa vez, Jesus disse a um paralítico que
o perdoava, e os escribas e fariseus murmuraram entre si: "Quem é este que
diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?" (Lc 5.21) Foi por
causa dessa incredulidade que o Senhor propôs: "Qual é mais fácil? Dizer:
Os teus pecados te são perdoados, ou dizer: Levanta-te e anda?" (Lc 5.23).
As palavras de Jesus provocaram espanto
na cidade de Cafarnaum. Antes de declarar o paralítico curado, Jesus
primeiramente proferiu uma palavra de perdão. No contexto do Antigo Testamento,
o pecado e as doenças eram conceitos inter-relacionados (Sl 103.3). Essa era a
crença popular de Israel nos dias de Jesus, e o contexto mostra que o
paralítico também pensava assim. O ensino neotestamentário revelará que, de
fato, há uma relação entre o pecado e as doenças (Jo 5.14; Tg 5.15,16).
Todavia, devemos observar que nem sempre a lei de causa e efeito pode ser usada
para justificar determinadas doenças ou fatos ocorridos (Jo 9.1,2; Lc 13.1-5).
Na narrativa lucana, Jesus, o Filho do Homem, demonstrou o seu poder tratando o
problema da alma, removendo a culpa e depois cuidou do corpo, removendo a
enfermidade (Lc 5.24).
2. A
ação de Satanás. É um fato bíblico que toda doença e
enfermidade existem como consequência da entrada do pecado no mundo (Gn 2.17).
Por outro lado, a Escritura mostra também que há enfermidades que vem por conta
do julgamento de um pecado pessoal (1 Co 5.5; 11.30) enquanto outras, como
demonstra Lucas, estão associadas à ação de Satanás (Lc 13.10,11). Embora nem toda doença possa
ser atribuída à ação de demônios, todavia esse era o caso aqui. Quando
confrontou o chefe da sinagoga, Jesus deixou claro essa verdade (Lc 13.16).
Jesus demonstrou seu poder sobre a enfermidade e sobre aquele que a causara,
Satanás.
II -
RAZÕES PARA CURAR
1. A
compaixão. Os Evangelhos mostram que uma das razões da cura dos
enfermos no ministério de Jesus estava em sua capacidade de demonstrar
compaixão (Lc 5.12,13). Você sabe o que significa compaixão? Segundo o
Dicionário Houaiss, significa: "sentimento piedoso de simpatia para com a
tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la". Jesus se identifica com o sofrimento humano.
Ele cura as enfermidades porque é misericordioso (Mc 3.5; Mt 20.34). E você?
Diante dos enfermos e necessitados, tem se mostrado compassivo? Precisamos ser
cheios do Espírito Santo para que nossos corações sejam repletos de compaixão
pelo próximo.
2.
Manifestação messiânica. Lucas registra que em uma de suas
visitas à cidade de Jericó, Jesus teve um encontro com um mendigo cego (Lc
18.38-42). O relato nos revela outra razão para as curas no ministério de Jesus
- a revelação da sua natureza messiânica. O título: "Filho de Davi"
usado pelo mendigo era uma clara alusão ao Messias prometido como mostram
outros textos bíblicos (Mt 1.1; 12.23; 22.42). Era uma atribuição do Messias
curar os doentes (Is 61.1; Lc 4.18). De acordo com Mateus, o Messias tomou
sobre si, vicariamente, as nossas doenças e enfermidades (Is 53.4,5; Mt
8.14-17).
III
- AUTORIDADE PARA CURAR
1.
Autoridade recebida. Lucas, mais do que todos os outros
evangelistas, associa a pessoa do Espírito Santo ao ministério de cura de Jesus
(Lc 4.16-18). O texto de Lucas 5.17 diz que antes da cura do paralítico de
Cafarnaum a "virtude do Senhor estava com ele para curar" (Lc 5.17).
A palavra "virtude", do grego dynamis é a mesma usada em Atos 1.8
para se referir ao poder do Espírito Santo. Dymanis é o poder do Espírito Santo
para realizar milagres. Jesus curava os enfermos porque a unção do Espírito
Santo estava sobre Ele. Esse é um fato relevante na teologia de Lucas. Ele
retrata Jesus como sendo cheio do Espírito Santo (Lc 4.1), capacitado por esse
mesmo Espírito para realizar milagres e
também para curar os doentes (Lc 4.14; 5.17).
2.
Autoridade delegada. Se por um lado Jesus é capacitado pelo
Espírito Santo para realizar milagres, por outro, Ele dá esse mesmo poder aos
seus discípulos. Tendo o Mestre convocado os Doze, concedeu-lhes poder e
autoridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas. Também os enviou a
pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos (Lc 9.1,2). Aquilo que Jesus
começou a fazer pelo poder do Espírito Santo teria continuidade através de seus
seguidores. O Senhor delegou à Igreja o mesmo poder que estava sobre si (Lc
9.1,2; 10.9,18,19; At 1.8; 4.8; 13.9). Dessa forma a Igreja estaria capacitada
a cumprir a sua missão. Quando a Igreja negligencia a Terceira Pessoa da
Trindade, perde não somente o seu foco, mas também a sua identidade.
IV -
A REDENÇÃO DO NOSSO CORPO
1. O
reino presente. Jesus não apenas demonstrou poder sobre as
doenças e enfermidades, mas também sobre a própria morte (Lc 8.53-55). Um dos
aspectos da manifestação do Reino de Deus, isto é, o domínio de Deus entre os
homens, era a sua realidade já presente (Lc 17.20,21). As curas e ressurreições
de mortos atestavam isso (Lc 7.22). Jesus veio para destruir o poder do pecado
e vencer a morte!
2. O
reino futuro. Se por um lado temos o Reino de Deus em seu
aspecto presente, por outro temos o seu aspecto futuro (Lc 21.31; 23.43). Como
vimos, as curas dos doentes e a ressurreição dos mortos registradas nos
Evangelhos demonstravam a realidade presente do Reino. Mas a realidade do Reino
não foi manifesta em sua totalidade. Pessoas continuam ainda lutando com
doenças e mesmo aqueles que foram ressuscitados por Cristo morreram
posteriormente. O Reino em sua plenitude só se consumará na segunda vinda de
nosso Senhor, quando teremos a redenção do nosso corpo e nunca mais haverá
morte (Ap 21.4).
CONCLUSÃO
Ao curar os doentes e dar vida aos
mortos, o Senhor Jesus mostrou o seu poder sobre o pecado e suas
consequências. As pessoas que
presenciavam o Filho do Homem realizar sinais e maravilhas exclamavam
admiradas: "Deus visitou o seu povo" (Lc 7.16). Deus visitou um povo
esquecido, sofredor, carente, oprimido e sem esperanças! Sim, o Verbo havia se
tornado carne para participar dos sofrimentos humanos. Ele tem poder para curar
as doenças físicas e espirituais da humanidade (Lc 9.11).
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Referências
Revista Lições Bíblicas. JESUS, O HOMEM PERFEITO, O Evangelho
de Lucas, o médico amado. Lição 07 – Poder sobre as doenças e morte. I – Doenças,
perdão e cura. 1. Culpa, perdão e cura. 2. A ação de Satanás. II – Razões para
curar. 1. A compaixão. 2. Manifestação messiânica. III – Autoridade para curar.
1. Autoridade recebida. 2. Autoridade delegada. IV – A redenção do nosso corpo.
1. O reino presente. 2. O reino futuro. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2°
Trimestre de 2015.
Elaboração
dos slides: Pastor, Ismael Pereira de Oliveira
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