LIÇÃO 10 – AS LEIS CIVIS ENTREGUES POR
MOISÉS AOS ISRAELITAS
TEXTO ÁUREO
"Mas
o juízo voltará a ser justiça, e hão de segui-lo todos os retos de
coração" (Sl 94.15).
VERDADE PRÁTICA
Deus
é justo e deseja que o seu povo aja com justiça.
INTRODUÇÃO
Deus
entregou a Israel o Decálogo e algumas leis civis que regeriam aquela nação. O
Decálogo pode ser considerado, em nossos dias, à nossa legislação
constitucional, civil e penal. Tanto no seu caminhar no deserto, como depois já
em Canaã, o povo de Israel viveu rodeado de povos ímpios, incrédulos,
idólatras, perversos, enfim, grandes pecadores contra o Senhor e contra o
próximo. Como nação, o povo precisava de leis que os orientasse e os levasse a
uma convivência ideal.
Na
lição de hoje, estudaremos algumas destas leis e a sua aplicação, tendo como
referencial no Novo Testamento passagens como Mateus 5 a 7 e Romanos 12 e 13.
1. O mediador (Êx 20.19-22).
Deus falou diretamente com o seu povo. Todavia, eles temeram e não quiseram
ouvir a voz do Todo-Poderoso diretamente. Então, os israelitas disseram a
Moisés: "Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que
não morramos." Diante do Senhor o povo reconhecia as suas iniquidades e fragilidades.
Moisés
foi o mediador entre o povo e Deus. Hoje, Jesus é o nosso mediador. Sem Cristo
não podemos nos aproximar de Deus nem ouvir a sua voz (1 Tm 2.5) “Porque há um só Deus
e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”.
2. Leis concernentes à escravidão (Êx
21.1-7). As leis civis foram dadas a Israel tendo em vista o
meio e a condição social em que viviam. O Senhor nunca acolheu a escravidão,
mas, já que ela fazia parte do contexto social em que Israel vivia, era preciso
regulamentar esta triste condição social. Deus ordenou que o tempo em que a
pessoa estaria na condição de escravo seria de seis anos (Êx 21.2) “Se comprares um
servo hebreu, seis anos servirá; mas, ao sétimo, sairá forro, de graça”.
Segundo o Comentário Bíblico Beacon, "a lei não exigia que houvesse
escravidão, mas visto que existia, estas leis regulamentares regiam a
manutenção das relações certas". O Senhor sabia da existência da
escravidão, porém, Ele nunca aprovou esta condição.
3. Ricos e pobres (Dt 15.4-11; Jo 12.8).
Deus sustentou o seu povo durante sua caminhada no deserto. Agora, quando
entrassem na terra, deveriam trabalhar, e haveria entre os israelitas ricos e
pobres. O contexto era outro. Em geral, a pobreza era resultado de catástrofes
naturais, problemas com as colheitas, guerras e rebeldia do povo em obedecer
aos mandamentos divinos. Deus sempre quer o melhor para o ser humano, que Ele
criou e abençoou (Gn 1.27,28) “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou;
macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e
multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do
mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”.
Isso abrange os pobres: "Aprendei a
fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão;
tratai da causa das viúvas" (Is 1.17).
Uma
parte do ministério de vários profetas que Deus levantou no Antigo Testamento
era denunciar e advertir os israelitas contra a injustiça social e trabalho mal
renumerado e opressão dos ricos e poderosos.
1. Brigas, conflitos, lutas pessoais (Êx
21.18,19). Deus criou o homem, logo, Ele conhece bem a sua
natureza. Para orientar o povo em casos de agressões e brigas, o Senhor
determinou leis específicas. Na Nova Aliança, aqueles que já experimentaram o
novo nascimento, pelo Espírito Santo (Jo 3.3) “Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na
verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus”,
não devem se envolver em brigas, disputas e contendas, pois a Palavra de Deus
nos adverte: "E ao servo do Senhor
não convém contender" (2 Tm 2.24). Na igreja de Corinto faltava
comunhão fraterna e em seu lugar havia disputas e contendas. Paulo denunciou e
criticou duramente os coríntios por esta falta (1 Co 6.1-11) “Ousa algum de vós,
tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos e não perante
os santos? Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo
deve ser julgado por vós, sois, porventura, indignos de julgar as coisas
mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas
pertencentes a esta vida? Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a
esta vida, pondes na cadeira aos que são de menos estima na igreja? Para vos
envergonhar o digo: Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa
julgar entre seus irmãos? Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isso perante
infiéis. Na verdade, é já realmente uma falta entre vós terdes demandas uns
contra os outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis,
antes, o dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano e isso aos
irmãos. Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus? Não
erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados,
nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os
maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus. E é o que alguns têm
sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido
justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus”.
2. Crimes capitais.
Deus já havia ordenado no Decálogo: "Não
matarás" (Êx 20.13). Na expressão "não matarás", o verbo hebraico exprime a ideia de matar
dolosamente, perfidamente, por traição.
Na
Antiga Aliança, o sistema jurídico era bem intolerante com os transgressores:
"olho por olho, dente por dente, mão
por mão, pé por pé". Todavia, havia casos onde a morte era, na
verdade, uma fatalidade. Pouco depois, Deus, em sua misericórdia e bondade,
estabeleceu as "cidades de refúgio",
para socorrer aqueles que cometessem homicídio involuntário, ou seja, morte
acidental (Nm 35.9-11) “Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de
Israel e dize-lhes: Quando passardes o Jordão à terra de Canaã, fazei com que
vos estejam à mão cidades que vos sirvam de cidades de refúgio, para que ali se
acolha o homicida que ferir a alguma alma por erro”. As cidades de
refúgio apontavam para Jesus Cristo, nosso abrigo e socorro. Elas também
serviam para evitar que as pessoas fizessem vingança com as próprias mãos.
3. Uma terra pura.
Deus libertou seu povo da escravidão e os estava conduzindo para uma nova
terra. As leis serviriam para ensinar, advertir e impedir que o povo Israel
profanasse Canaã (Nm 35.33,34) “Assim, não profanareis a terra em que estais; porque o sangue
faz profanar a terra; e nenhuma expiação se fará pela terra por causa do sangue
que se derramar nela, senão com o sangue daquele que o derramou. Não
contaminareis, pois, a terra na qual vós habitareis, no meio da qual eu
habitarei; pois eu, o SENHOR, habito no meio dos filhos de Israel”.
1. O roubo (Êx 22.1-15). A
ovelha e o boi são citados porque os israelitas eram um povo pastoril, rural.
Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, "tais leis visavam proteger a nação e organizá-la e voltar sua atenção
para Deus". O Senhor havia retirado os israelitas do Egito, porém, o
"Egito" não saiu da vida de muitos deles. Por isso eram necessárias
leis rígidas quanto ao direito do próximo e a propriedade privada, sabendo-se
que toda a terra é do Senhor; nós somos apenas inquilinos nela (Dt 10.14) “Eis que os céus e os
céus dos céus são do SENHOR, teu Deus, a terra e tudo o que nela há”.
2. Profanação do solo e o fogo (Êx 21.33,34; 22.6). Naquelas terras e naqueles tempos era comum os habitantes perfurarem ou escavarem o solo em busca de água para o povo e os animais e as lavouras. Quem fizesse tal abertura no solo era também responsável pela sua proteção para a prevenção de acidentes. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, "estas normas ensinavam o cuidado e promoviam o respeito pelos direitos de propriedade dos outros". Atualmente muitas reservas ecológicas são queimadas e espécies em extinção eliminadas pela ação inconsequente, criminosa e irresponsável daqueles que se utilizam dos recursos naturais de forma indevida.
As
leis abordadas nesta lição foram entregues a Israel, porém, aprendemos com os
conceitos destas leis a respeitar a vida e os direitos do próximo. Quando os
direitos do próximo não são respeitados, a convivência em sociedade se torna um
verdadeiro caos.
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OBS:
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qualidades dos slides, sugerimos alterar o tamanho do seu slide no PowerPoint
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Referências
Revista
Lições Bíblicas. UMA JORNADA DE FÉ, A formação do povo de Israel e sua herança
espiritual. Lição 10 – As leis civis entregues por Moisés aos israelitas. I
– Moisés, o mediador das leis divinas. 1. O mediador. 2. Leis concernentes à
escravidão. 3. Ricos e pobres. II – Leis acerca de crimes. 1. Brigas,
conflitos, lutas pessoais. 2. Crimes capitais. 3. Uma terra pura. III – Leis
concernentes à propriedade. 1. Roubo. 2. Profanação do solo e o fogo. Conclusão.
Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de 2014.
Mais uma vez bato o mu ponto neste site maravilhoso. Obrigado por sua disposição em ajudar. Que Deus ilumine seus passos e resplandeça o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti. Um forte abraço fraternal em Cristo
ResponderExcluirOs Subsídios aqui apresentados tem nos ajudado a dar uma qualidade durante exposição da revista, as imagens os mapas, as dinâmicas, ajudam o aluno compreenderem o contexto da lição. Obrigada por nos proporcionar estratégias de aplicação das Lições da Escola Bíblica Dominical.
ResponderExcluirFICO MARAVILHADO COM TANTO PROFISSIONALISMO, SAO EXCELENTES ESTAS FIGURAS E ESTUDOS!!!.A ORGANIZACAO DO SITE É SINGULAR, É LINDO DE ++.UM DIA O MEU SITE IRA FICAR ASSIM.TENHO UM SITE DE ENTRETENIMENTO CRISTAO, É ESTE: http://profmarcio.ucoz.com/
ResponderExcluirSE QUIZER PEÇO QUE COLOQUE COMO PARCEIRO SEU!.PARABENS!!! E SHALOM!!!.
Ah esqueci, se quizer conte com a minha ajuda e oração, e se quizer me adicionar, eu sou o Marcio de Medeiros, e tenho uma pagina no facebook,digite la prof. Marcio de medeiros
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