LIÇÃO 08 - A SOBRIEDADE NA OBRA DE DEUS
TEXTO ÁUREO
“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas
enchei-vos do Espírito.” (Ef 5.18)
VERDADE PRÁTICA
O exercício do ofício divino é incompatível com o alcoolismo,
maus costumes e intemperanças.
Levítico 10.8-11; 1 Timóteo 3.1-3
Lv 10.8 - E falou o SENHOR a Arão, dizendo:
9 - Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não
bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais;
estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações,
10 - para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o
imundo e o limpo,
11 - e para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos
que o SENHOR lhes tem falado pela mão de Moisés.
1 Tm 3.1 - Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o
episcopado, excelente obra deseja.
2 - Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de
uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
3 - não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância,
mas moderado, não contencioso, não avarento.
INTRODUÇÃO
Na lição anterior, acompanhamos a trágica história de Nadabe
e Abiú, filhos do sumo sacerdote Arão. Embora cientes de sua responsabilidade,
eles não temeram entrar no lugar santo para oferecer fogo estranho ao Senhor.
Por causa disso, Deus os fulminou ali mesmo, diante do altar do incenso.
O que os levou a agir de maneira tão irreverente e profana?
Pelo contexto da narrativa sagrada, podemos concluir que ambos estavam
embriagados (cf. Lv 10.8,9). Por isso, profanaram
insolentemente a glória divina.
Guardemo-nos, pois, do álcool, das drogas e de outros vícios
igualmente nocivos e destruidores. O ministro cristão tem de ser um exemplo de
temperança, sobriedade e domínio próprio.
I – O VINHO NA HISTÓRIA SAGRADA
Nas Sagradas Escrituras, o vinho, juntamente com o pão e o
azeite, é visto como bênção de Deus (Os 2.22). Aliás, o vinho era usado até mesmo
como remédio (Lc
10.34). No entanto, o seu mau uso levou homens santos a cometerem
escândalos, torpezas e até crimes, haja vista os casos de Noé, Ló e Davi.
1. A embriaguez de Noé. Após o Dilúvio, Noé voltou-se ao
ofício de lavrador, e pôs-se a plantar uma vinha (Gn 9.20).
E, após ter preparado o seu vinho, bebeu-o até embriagar-se. Já fora de si,
desnudou-se, expondo-se vergonhosamente em sua tenda (Gn
9.20-29). A intemperança do patriarca trouxe-lhe sérios problemas
familiares.
O álcool foi capaz de transtornar até mesmo um dos três
homens mais piedosos da História Sagrada (Ez 14,14).
É por isso que devemos precaver-nos quanto aos seus efeitos (Pv 20.1;
23.31).
2. A devassidão das
filhas de Ló.
Dizendo-se preocupadas com a descendência do pai, as filhas de Ló
embebedaram-no em duas ocasiões (Gn 19.31,32). Em
seguida, tiveram relações com o próprio pai, gerando dois povos iníquos (Gn
19.33-38). Quem se entrega ao vinho está sujeito a dissoluções como essa (Ef 5.18).
Um servo de Cristo não pode cair nessa situação.
3. O vinho como
instrumento de corrupção. Para encobrir o seu adultério com Bate-Seba, o rei Davi convocou Urias,
que estava na frente de batalha, embriagou-o, e induziu-o a deitar-se com a
esposa adúltera e já grávida (2 Sm 11.13). Se o seu plano houvesse dado
certo, aquela criança ficaria na conta de Urias, o heteu.
A que ponto chega um homem fora da orientação do Espírito
Santo. O rei de Israel usou o vinho para corromper um de seus heróis mais
notáveis. Nossas atitudes devem sempre ser dirigidas pelo Espírito Santo.
SÍNTESE DO TÓPICO I
O vinho faz parte da história e da
cultura sagrada.
II – O VINHO NO OFÍCIO DIVINO
1. No Antigo Testamento. Em sua oferta de manjares ao Senhor,
os israelitas faziam-lhe também a libação de um quarto de him (Lv 13.13).
Nessa oferenda, o adorador reconhecia que tudo quanto existe pertence ao
Senhor. Em razão disso, deveria usar de forma santa e responsável tudo quanto
Ele deixou-nos (Pv
20.1).
Quanto aos ministros do altar, eram severamente advertidos
sobre o uso do vinho. Leia com atenção Levítico 10.8-11. Esta passagem deve ser aplicada
também aos crentes de hoje. Tanto ontem quanto hoje, o álcool pode levar-nos à
ruína.
2. No Novo Testamento. O primeiro milagre de Jesus foi
transformar água em vinho (Jo 2.1-11).
E, ao instituir a Santa Ceia, Ele fez uso desse mesmo produto, a fim de
simbolizar o seu sangue redentor (Mt
26.26-30). Desde então, a Igreja de Cristo vem utilizando o fruto da vide
para oficiar a sua maior celebração: a Ceia do Senhor (1 Co 11.23-32).
3. Advertência quanto
ao uso do vinho. É
bem possível que Nadabe e Abiú tenham entrado no lugar santo do Tabernáculo sob
o efeito do álcool. E, sem qualquer temor ou reverência a Deus, apresentaram
fogo estranho no altar divino. Logo após a morte de ambos, o Senhor fez séria
advertência a Arão: “Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não
bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais” (Lv 10.9).
Tal aviso serviu para que, no futuro, tragédias como essa não
viessem a ocorrer. Por isso, o Senhor proibiu incisivamente, a partir daquele
momento, a ingestão de vinho e de bebidas fortes no ofício sagrado. Aos
desobedientes, a punição seria a morte.
SÍNTESE DO TÓPICO II
O vinho não poderia fazer parte do ofício divino.
III – MINISTROS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO
Tendo em vista os exemplos lamentáveis e vergonhosos da
História Sagrada, o Novo Testamento faz-nos severas advertências quanto ao uso
do vinho.
1. Recomendações aos
ministros. O
candidato ao Santo Ministério, na Igreja Primitiva, não podia ser um homem
escravizado pelo vinho (1 Tm 3.3,8; Tt 1.7). Não se pode confiar o rebanho de
Jesus Cristo a alguém dominado pela embriaguez. Quem governa tem de abster-se
das bebidas alcoólicas (Pv 31.4).
2. Recomendações à
Igreja. A
recomendação quanto aos prejuízos decorrentes do vinho não se limita aos
ministros do Evangelho. Ela diz respeito, também, a toda a Igreja. Portanto,
que o verdadeiro cristão, afastando-se do vinho, busque a plenitude do Espírito
Santo (Ef
5.18). A embriaguez não é um mero adorno cultural; é algo sério que tem
ocasionado graves transtornos à Igreja de Cristo.
3. Ministros usados
pelo Espírito Santo.
No dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi generosamente derramado sobre os
discípulos (At 2.1-4). De início, eles foram tidos como
bêbados (At 2.13). Mas, após o sermão de Pedro, todos
vieram a conscientizar-se de que eles falavam e operavam no poder de Deus (At 2.40,41).
Na sequência de Atos, deparamo-nos com os apóstolos e
discípulos proclamando o Evangelho sempre no poder do Espírito Santo (At 4.8,31; 7.55; 13.9,10).
SÍNTESE DO TÓPICO III
O ministro de Deus deve ser cheio do Espírito Santo.
CONCLUSÃO
Quanto ao uso do vinho, sigamos o exemplo dos recabitas.
Voluntariamente, abstinham-se de qualquer bebida forte para que a aliança de
seus ancestrais permanecesse firme (Jr 35.6-10). E, por causa de sua
fidelidade, foram honrados pelo Senhor.
Portanto, fujamos das bebidas alcoólicas e de outros vícios
igualmente graves, a fim de que possamos ministrar ao Senhor com todo zelo e
cuidado. Deus não mudou. Lembremo-nos de Nadabe e Abiú.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. ADORAÇÃO, SANTIDADE E SERVIÇO, Os
princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Lição 08 – A sobriedade
na obra de Deus. I – O vinho na história sagrada. 1. A embriaguez de Noé. 2. A
devassidão das filhas de Ló. 3. O vinho como instrumentos de corrupção. II – O
vinho no ofício divino. 1. No antigo Testamento. 2. No novo Testamento. 3. Advertência
quanto ao uso do vinho. III – Ministros cheios do Espírito Santo. 1. Recomendações
aos ministros. 2. Recomendação à Igreja. 3. Ministros usados pelo Espírito
Santo. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2018.
Elaboração
dos slides: Ismael
Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA,
matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos
para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.
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