LIÇÃO
10 - DÁDIVA, PRIVILÉGIOS E RESPONSABILIDADES NA NOVA ALIANÇA
TEXTO
ÁUREO
"Cheguemo-nos
com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da
má consciência e o corpo lavado com água limpa." (Hb 10.22)
VERDADE
PRÁTICA
A
Nova Aliança é uma dádiva divina que traz grandes responsabilidades.
Hebreus
10.1-7,22-25
1
- Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das
coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano,
pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.
2
- Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os
ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado.
3
- Nesses sacrifícios, porém, cada ano, se faz comemoração dos pecados,
4
- porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados.
5
- Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo
me preparaste;
6
- holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram.
7
- Então, disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim),
para fazer, ó Deus, a tua vontade.
22
- cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o
coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa,
23
- retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que
prometeu.
24
- E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas
obras,
25
- não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes,
admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai
aproximando aquele Dia.
INTRODUÇÃO
O
autor sagrado está próximo de concluir a sua argumentação acerca do sacerdócio
e do sacrifício de Cristo. A seção de Hebreus 10.1-18 é reservada por ele para lembrar,
reforçar e concluir os argumentos anteriormente expostos sobre a singularidade
e a eficiência da obra expiatória de Jesus Cristo. Tendo feito isso, ele destaca inúmeros
privilégios desfrutados pelos crentes que só se tornaram possíveis graças à
superioridade da Nova Aliança. O acesso direto à presença de Deus, graças à
mediação de Cristo, constitui o maior deles. Mas ao mesmo tempo em que destaca
as bênçãos da nova vida em Cristo, o autor também chama a atenção para as
responsabilidades que derivam dela.
I
- A DÁDIVA DA NOVA ALIANÇA
1. Uma única oferta. O Antigo Testamento põe em destaque
as centenas de sacrifícios que eram realizados ano após ano no culto judaico. A
quantidade de animais mortos nessas celebrações impressionava. Especialistas em
cultura judaica, e na língua hebraica, afirmam que houve situações nas quais os
filhos de Arão se gabavam de ficar cobertos de sangue sacrifical até os
tornozelos. Em História dos Hebreus (CPAD), no livro "Guerras
Judaicas", o historiador Flávio Josefo fala em centenas de milhares desses
sacrifícios. Para o autor de Hebreus, esses sacrifícios não passavam de uma
sombra da qual Cristo era a realidade (Hb 10.1).
Cristo, com uma única oferta, realizou a obra da redenção (Hb 10.14).
2. Um único ofertante. A oferta foi única, o ofertante
também (Hb
10.12). Aqui, como já havia feito anteriormente, o autor destaca o ofício
de Cristo como sacerdote e rei. Este é o diferencial entre o sistema sacerdotal
do leviticalismo e o do cristianismo. À semelhança de Melquisedeque, Cristo não
apenas oficia como sacerdote, mas também governa como rei. Depois de fazer a
purificação do pecado com seu próprio sangue, Ele, agora como rei, assentou-se
à direita de Deus (Hb
1.3).
3. Uma única vez. Uma única oferta feita uma única vez
por um único sumo sacerdote (Hb 10.10)!
Um dos pontos mais destacados na epístola pelo autor de Hebreus foi o caráter
único do sacrifício de Cristo. Enquanto os sacrifícios da Antiga Aliança
necessitavam ser frequentemente repetidos, o sacrifício de Cristo foi feito uma
única vez em favor de todos os homens. Esse fato demonstra inequivocamente, que
por um lado, os sacrifícios de animais eram imperfeitos e jamais poderiam aperfeiçoar
alguém; e que por outro, deixa claro que somente o sangue de Cristo pode
satisfazer a justiça de Deus.
SÍNTESE
DO TÓPICO I
A
Nova Aliança nos concede uma grande dádiva.
II
- OS PRIVILÉGIOS DA NOVA ALIANÇA
1. Regeneração. No capítulo oito o autor já havia
contrastado a Antiga Aliança com a Nova, levando em conta o seu aspecto
cerimonial e ritual. Os inúmeros sacrifícios e rituais jamais puderam produzir
mudança interna. A santificação no Antigo Pacto se dava mais no aspecto
cerimonial. Todavia, a grandeza da Nova Aliança está na mudança interna que ela
produz, isto é, no coração (Hb 10.16).
O apóstolo Paulo disse o mesmo com outras palavras (Rm 2.29).
2. Adoração. O autor sacro já havia destacado que
a adoração na Antiga Aliança era imperfeita porque poucos tinham acesso à
presença de Deus. O povo era representado pelos sacerdotes e, uma vez no ano,
pelo sumo sacerdote. Não era uma adoração em espírito e em verdade (Jo 4.23).
Todavia, o autor revela que esse fato mudou. No Novo Concerto o próprio crente
tem acesso ao lugar mais íntimo do santuário por intermédio de Cristo Jesus, o
perfeito sumo sacerdote (Hb 10.19).
A única atitude necessária destacada pelo autor é a de chegarmos a Deus
"com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações
purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa" (Hb 10.22).
3. Comunhão. O conceito de Igreja como Corpo vivo
de Cristo aparece no pensamento do autor de Hebreus. Embora o antigo povo
formasse uma "congregação no deserto", ele não era uma igreja no
sentido neotestamentário. A existência da Igreja só se tornou possível depois
do Calvário. Como Igreja, os cristãos podem desfrutar da perfeita comunhão com
Cristo e uns com os outros. Sem comunhão, sem congregação, não há igreja.
Ninguém consegue ser crente isolado ou sozinho. Por isso, o
"congregar" é importantíssimo para a saúde espiritual do crente (Hb 10.24,25).
SÍNTESE
DO TÓPICO II
Muitos
são os privilégios da Nova Aliança, mas o acesso direto à presença de Deus,
graças à mediação de Cristo, constitui o maior deles.
III
- AS RESPONSABILIDADES DA NOVA ALIANÇA
1. Vigilância. O autor volta às exortações feitas
nos capítulos dois e seis. Não há dúvida de que ele acreditava que um cristão
genuíno pode decair da graça, senão, não teria sentido algum seu duro tom
exortativo. Primeiramente, ele aconselha o crente a se firmar na fé (Hb 10.23).
O autor já havia usado a palavra "reter" (gr. katecheo) duas outras
vezes (Hb
3.6,14).
Essa palavra é usada em Lucas 8.15 (ARA) para os que "retêm a
palavra" a fim de não se desviarem dela. Esse apego era justificado
segundo a pergunta retórica do autor: "Quanto maior castigo cuidais vós
será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o
sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da
graça?" (Hb
10.29). Há um preço alto quando nos falta a vigilância.
2. Confiança. Com o objetivo de animar a fé dos
crentes, o autor faz menção ao histórico da vida deles. Eles haviam
experimentado sofrimento, abandono e até mesmo a espoliação; contudo,
permaneceram firmes. O que estava, portanto, acontecendo agora? Aquela mesma
confiança que haviam tido no passado deveria continuar como um sólido
fundamento (Hb
10.35). Quando o cristão perde a capacidade de confiar, ele perde a
motivação pelas coisas celestiais. O céu é para quem tem esperança!
3. Perseverança. O autor conclui o capítulo mostrando
que na jornada cristã o crente precisa de paciência (Hb 10.36).
A palavra grega hypomoné ocorre 32 vezes em o Novo Testamento com o sentido de
"paciência" e "perseverança". Essa palavra aparece também em
Lucas 8.15, referindo-se ao crente que produz
fruto com perseverança. O discipulado cristão, bem como a produção de frutos,
demanda tempo. E para alcançar as promessas de Deus é preciso perseverar até o
fim.
SÍNTESE
DO TÓPICO III
Na
Nova Aliança há privilégios, mas também grandes responsabilidades.
CONCLUSÃO
Chegamos
ao final de mais uma lição. Observamos que o autor, neste capítulo,
praticamente exauriu o assunto em torno do sacerdócio de Cristo. A comparação
detalhada que ele fez entre os dois pactos, a Antiga e a Nova Aliança, serviu
para mostrar a superioridade desta última. Cristo tornou possível o que na
Antiga Aliança era apenas uma promessa. Todavia, o cristão não deve se acomodar
nem tampouco negligenciar a Nova Aliança, abusando do poder da graça de Deus.
Em vez disso, ele deve demonstrar vigilância e perseverança no caminhar com
Cristo.
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Referências
Revista
Lições Bíblicas. A SUPREMACIA DE CRISTO,
Fé, esperança e ânimo na Carta aos
Hebreus. Lição 10 – Dádiva, privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança.
I – A dádiva da Nova Aliança. 1. Uma única oferta. 2. Um único ofertante. 3.
Uma única vez. II – Os privilégios da Nova Aliança. 1. Regeneração. 2. Adoração.
3. Comunhão. III – As responsabilidades da Nova Aliança. 1. Vigilância. 2.
Confiança. 3. Perseverança. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de
2018.
Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor
na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12.
Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 -
984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.
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